Poesia Completa e Prosa
O homem calmo, que expressava suas ideias com serenidade, tornou-se um cão raivoso, que mordia as barbas do vento. Isso aconteceu em um momento de implosão, em que lavou seu rosto no lago da iniquidade. Tudo era tarde demais para amanhecer.
Quando a linguagem falta, os homens se comunicam com o olhar denso demais para não ser reconhecido. E todos os gestos comunicavam brandura ou irritação. Há sempre uma forma de dizer o que escapa da alma, como repartir o pão na hora da fome.
O amor atinge um limiar em que já não é possível voltar atrás. Quando se excede, o amor se desmancha como uma avalanche que não pode mais conter a terra em seu estado de deslizar para além de si mesmo.
Tudo o que é demais se excede, como um galho turvo pelo peso dos frutos. Tudo o que é demais falta, como um tempo gélido que queima a ponta dos significados abstratos e abissais. O equilíbrio é o ponto dos extremos. É o zero absoluto.
Uma alma recém nascida se espanta com o pensamento, tão novo quanto original. Pensa o que é natural, se faz frio, se faz calor, se a vida é um lugar agradável de se viver. Enquanto isso recolhe-se no ninho da alma e apenas absorve o absurdo.
Uma casa feita de memórias certamente seria um palacete, com grandes quadros na parede remetendo a lembranças fortes como o sol do meio-dia. Em um trono real se sentaria e pensaria: “Eis que existo”.
O amor que não pode existir é como um abacate nascido de um pé de manga. Tudo é estranheza inadmissível. O amor como resistência do que não pode ser. Seus filhos nasceriam do caos e existiriam mesmo em meio à inexistência.
Ele fazia mil planos, construiria mil projetos. Edificaria um reino e faria plantar árvores novas, mas suas mãos gélidas provavam que o seu corpo já não vivia e o vazio se fazia como única existência possível. A morte em vida, ou a vida em morte, povoada de realizações sonhadas.
Ele pensava e para cada pensamento corria uma gota de sangue de sua cabeça, parecia calor, mas era sangue e o esvair da vida. No entanto, permaneceria vivo, haja vista que os pensamentos eram infinitos e o sangue simbolizava que eles estavam vivos.
Ele nasceu com a missão de carregar o silêncio do mundo, mas não imaginava que seria tão leve, já que as bocas frenéticas não paravam de dizer palavras e, como na torre de Babel, ninguém se entendia. O mundo estava habitado de ruídos, da linguagem que traduzia o incomunicável desespero das almas que não se entendem.
Sua alma calada é uma fruta de plástico.
O agora eterno era um relógio sem bateria.
O amor sem liberdade é um homem preso ao corpo.
Uma flor que nasce do silêncio era um gesto que só o tempo entendia.
A lucidez em demasia é a distorção da realidade em estado de insanidade.
Quando ninguém a observava ela ria com os ouvidos.
A cor da ausência é transparente e quando preenchida é um prisma de arco de íris.
A lágrima interna molha a alma.
Páaa é o som do impossível absurdo.
Se a linguagem evaporasse ela nascia de novo na chuva das palavras.
Um espelho se quebra no escuro, apenas os átomos presenciaram o colapso. Simbologicamente, todo o universo é formado por átomos, que se reorganizam a cada desintegração.
Palavras são facas que cortam o silêncio de maneira irremediável. Textos são mísseis direcionados ao interlocutor.
O som de uma memória que nunca aconteceu se assemelha a gotas pingando de uma torneira que não existe.
Às vezes a alma se cansa e se aconchega em nosso colo, cujo único afago possível é o silêncio das palavras que nunca brotaram, mas escreveram um livro de memórias caladas.
Um relógio quebrado paralisa o tempo como o silêncio joga xadrez com as constelações.
Extacolia é um neologismo que mistura êxtase com melancolia. Ela se encontrava em um estado de extacolia e não sabia definir o que sentia.
O invisível tem o peso de uma pluma deslizando suavemente dos céus à terra, sem pressa de chegar, até porque ninguém veria.
No meio de uma casa abandonada havia um ninho de passarinho. Em vez de ovos, havia uma semente resistente, com sede de vida, que cresceria rompendo o telhado e se formaria como um imponente pinheiro. Todos os dias era Natal.
O inconsciente humano é um profundo oceano desconhecido, como a noite escura que absurda os corações aflitos, que não podem comer estrelas.
Se a linguagem fosse um corpo ela seria as mãos, esculpindo um ser humano capaz de pronunciar o silêncio das pessoas angustiadas com o grito histérico dos desesperados.
A raiz da árvore sustenta o tronco. A raiz quadrada é incompreendida pelos próprios matemáticos poetas, que não enxergam números, mas metáforas. A raiz de uma palavra é sua essência que grita, dizendo que chegou primeiro.
A linguagem em determinado momento estagna. A poesia dá nova voz à linguagem, com suas criações originais. A linguagem é um cardume de pequenos peixinhos.
O tempo passa arrastado como minha dor que não encontra sentido em nossa sociedade. Minha dor é o líquido que sai da fruta, quando colhida antes do tempo.
Todos os pensamentos que penso são únicos. Alguns pensamentos que todo mundo pensa são únicos.
Espelho é para rosto assim como silêncio é para linguagem. O espelho espera o rosto para refletir. O silêncio espera a linguagem para se transmutar em palavra.
A árvore precisa de tempo para amadurecer. Seu crescimento encontra analogia com o relógio que mede o tempo. A árvore simbólica cresceu em trinta e três minutos, contados no relógio.
A luz era o eco brilhando. Seu brilho revelava uma ferida na alma que se esconde em pântanos escuros.
Solidão é sinônimo de ausência e vazio. Um retroalimenta o outro. Solidão é ser a única árvore do deserto.
Ontologicamente a verdade não pode ser a mentira. Onde mora a verdade, há ausência de mentira. Onde mora a mentira, há ausência de verdade, como o fruto que não cai longe do pé. Essa explicação racional é limitada como uma árvore que não produz frutos. Sua missão é ser flor.
Roda de Tereré.
Sob o sol abrasador da fronteira, onde o Brasil e o Paraguai se encontram como irmãos, o tereré é mais que um simples mate frio. Ele é o fio que tece a identidade de um povo miscigenado, de terras que trocam palavras em português e guarani sem que se perceba a mudança. Em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, cidades separadas apenas por uma rua, o tereré percorre mãos calejadas, histórias antigas e lendas que se misturam à realidade.
A erva-mate, nativa dessas terras, carrega consigo memórias de tempos que já foram. Conta-se que os antigos povos guaranis a consideravam um presente dos deuses, capaz de restaurar forças e aproximar amigos. E assim permaneceu, atravessando séculos e chegando às rodas de conversa onde os brasiguaios se reúnem para contar causos. Entre goles da bebida refrescante, misturada aos yuyos colhidos no mercado vizinho, passam-se os relatos de tempos difíceis, de conquistas, de saudades e de esperanças.
Aqui, a fronteira é apenas um detalhe geográfico. São países diferentes, mas os mesmos costumes, os mesmos rostos, as mesmas risadas ecoando entre as ruas. A vida pulsa com um ritmo próprio, onde cada encontro é celebrado com um tereré compartilhado. Porque na alma dessas terras, não há divisões que resistam a uma roda de conversa regada a erva-mate e memórias que constroem um povo.
DEVANEIOS
Quem me dera
Da rosa o verso.
Do verso a trova.
De trova em trova
Uma boa prosa.
Quem me dera poeta, escritor, trovador.
Quem me dera
Da prosa a canção.
Canção de rosa toda prosa
Em verso e trova.
Poesia transbordando, arte em ebulição.
Quem me dera a inspiração.
Valéria R. F. Leão
Mais uma vez.
É tão chato amar, e não ser amado.
É tão triste se doar, e não ser aceito.
Por mais que a gente queria ficar bem, a tristeza e, a dor de ser rejeitado, nos tira todo o chão abaixo de nossos pés. Parece que essa tristeza e dor, nunca chegarão ao fim.
De repente, quase sem querer, bate uma vontade de chorar.
As lágrimas surgem no olhar e, a toda hora, pedimos a nós, que ninguém perceba e pergunte o que temos, e o que está acontecendo, pois, se isso acontece, não há como segurar as lágrimas, elas começam a rolar.
A gente não quer falar com ninguém, só queremos ficar sozinhos até a tristeza ir embora.
Isso é o que achamos que queremos, mas, na verdade, o que queremos, é que a pessoa amada chegue perto de nós, e nos diga: — “está tudo bem. Eu estou aqui. Eu gosto de você”.
Vai ser difícil superar esse momento, mas sei que preciso dar a volta por cima.
Muitas pessoas dependem disso e, esperam por mim.
Mas nunca conseguirei apagar ou esquecer, tudo o que sinto por você.
Perdoe-me pelo modo como reagi, após ter a certeza de que não poderei ficar esperando um dia, você se entregar a esse amor.
Obrigado por me permitir ter momentos tão especiais ao seu lado.
Jamais os esquecerei.
Jamais te esquecerei.
Esperar...
Esperar você ligar para ouvir-te dizer que sente minha falta, que não para de pensar em mim também, assim como eu penso em você.
Esperar-te mais uma vez para receber seu abraço e seu carinho.
Espero-te todos os dias, todas as horas, minutos e segundos.
Espero ver sua visualização em meus status a todo minuto e, é tão frustrante não ver que você visualizou, mas mesmo assim continuo olhando para ver se você viu.
Os números de visualizações só aumentam, mas nada de você aparecer para acalmar o meu ansioso coração que só espera por você.
As vezes tento te castigar, mas percebo que quem mais sai castigado sou eu.
Finjo não me importar e nem sentir sua falta, mas isso só aumenta ainda mais a minha dor que sua ausência e seu silêncio me trazem.
Tento entender o que se passa com você para poder de alguma forma acalmar este meu coração aflito que só quer tê-la.
Sempre prometo para mim mesmo e, às vezes para você também que mudarei minha atitude infantil, mas não consigo.
Não consigo entender o que acontece comigo, e sempre que tento ser forte percebo que sou fraco tanto quanto uma criança recém-nascida e que dependo muito de você, do seu carinho e sua atenção.
Seu cuidado e preocupação para comigo é imprescindível para o meu bem-estar.
Não sei por que, mas gosto de ouvir sua repreensão por algo que fiz errado e, quando me olha com aquele olhar de desapontamento e espanto finjo não ligar, mas no fundo no fundo sinto que sou importante para você, e por isso é que me olha assim as vezes.
Agora, neste exato momento sinto que meu coração já até se acalmou um pouco mais só em lembrar que você ainda se importa comigo e que por mais que eu me faça de infantil sempre terei uma nova chance de ter sua aprovação e satisfação em me ver crescer e amadurecer um pouco mais.
Espero ter sua atenção e carinho sempre comigo.
Perdoe-me mais uma vez.
Só penso em você.
Esperar você é tudo que mais tenho feito.
Esperar...
A maturidade não é gratuita. Não me sujeito a modas ou cânones que considero inapropriados. Sou dona de mim e da minha vida.
Há que desvencilhar-se dos ditames externos ao nosso ser.
Não seria justo ultrapassar o tempo a nós destinado sem alguma, ainda que mínima, contribuição para nosso próprio aperfeiçoamento e, com alguma sorte e total desapego, estendê-la ao próximo.
"A prosa adere ao pensamento, uniformiza-se adapta-se a ele; e muitas vezes um subentendido produz um jogo de luzes e sombras cheios de profunda beleza, amiúde a frase breve produz inesperadas imagens pictóricas, outras vezes antíteses, ou as anedotas enriquecem as sentenças austeras, a argúcia atenua a trágica solenidade do assunto"
Não tente se defender atacando os outros, tentando expor defeitos alheios ,mudando o rumo da prosa, será que já não é hora de reconhecer os seus e tentar melhorar ?. Atacar o outro não seria justificativa para tais atitudes mediocres e nem mudaria em nada sua condição. Tentar se defender citando problemas de otrem não vai mudar a situação que está. Ou seja pare de se esconder , desmerecer o próximo tentado levantar o próprio ego isso é atitude de pessoas sem argumentos e sem maturidade o suficiente para admitir a si " sim errei" . Só assim mostrará para seu eu que melhorou não com palavras mais com atitudes. Se isso fizer diferença "claro" porque no mundo em que vivemos ninguém mais se preocupa em ter caráter.
Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamentos e estados d´alma (em prosa e em verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de uma mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia-a-dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.
"Tento ser imortal num verso, tento ter vida longa numa rima,tento seguir numa prosa,viajo por canto,causa e contos,vivo de desencontros, tento,procuro e encontro, prefiro seguir sem rumo,pra não te causar espanto,leigo de vida eterna,sábio de pouca vida,velho de meia idade, jovem quase ancião, a procura de diversão, escrevo mais essa linha, me alegro com pouco,fico contente se muito,o que de fato importa é o que de fato tenho."
O pensamento expresso em prosa não tem compromisso com o lirismo – como num poema – podendo ser direto e preciso quando necessário, sem os aforismos da poesia. Não ficando atrelado aos arreios da forma, do estilo, da rima ou da métrica, segue livre para mexer com emoções e provocar reflexão no leitor pela identificação com algo que ele já sentia, e que apenas precisava ver traduzido em palavras para que se sentisse representado nele.
De texto em texto. De verso em prosa. De sussurro ao ouvido ou de grito afora. Sigo nessa fala mansa, com pressa. Destino vai ou volta. Futuro se escreve ou passado se lembra? A estrada é o caminho , o aprendizado o pedágio. Tentar pegar atalhos é passar por cima do necessário. Vai amor, chega razão. Vai companhia, vem solidão. Nessa vida tudo se transforma. É o tempo , o local e a situação. As dores são da Alma, mas a Alma ainda não é coração. . O corpo é o reflexo do que enxergamos um dos outros. Ver além disso pode ser antes da hora, perturbador e perigoso. Deus da a mão, Buda a doutrina. O espiritismo a vida eterna como reencarnação em outras cinas. De entender que não há crença, não há teoria ou achado. Que seja mais importante que o viver agora sem muito importado. Felicidade é espírito e ao mesmo tempo o objetivo final. Sem ela todo o aprendizado e o querer bem perdem todo o seu ideal. Siga a vida em prosa, cântico ou rima, passe em vários caminhos estradas ou cinas. Mas escreva felicidade em seu cotidiano.
Sou um poeta do novo século, não escrevo apenas poesias, faço das minhas palavras meus versos, prosas e textos, e no meio, disso tudo, persisto em escrever o que sinto, transformando milhares de sentimentos em simples palavras lidas e interpretadas por vocês, as vezes me embolo no meu proprio contexto, as vezes nem sei o que sinto, as vezes minhas palavras são gritos que são apenas ouvidos, por mentes fortes e ao escrever cada palavra, continuo a minha jornada, em busca de amor, em busca de felicidade, em busca de paz, em busca da pessoa amada.
Tudo sobre ontem viva hoje! se foi bom e necessário, os dias são versos as vezes prosa, fale das paixões mas viva a realidade, filhos que se importam, famílias e afetos, não importa ame seus momentos, pois Deus se agrada acredite! São delícias de dias bem vividos, o fim de tarde vendo as nuvem e sentindo os ventos frescos das montanhas do norte, do sul, seja de onde for viva e reviva o intensos momentos de alegria e prazer natural, simples, cortejando e admirando nuvens passageiras, na companhia de um bom amigo, da esposa e filhos não tem preço um bom papo em fim de tarde chuvosa, calorosamente magnífica nem calor sem frio, mas aquecida a alma com frutos divino sigo em paz com Cristo.
A prosa-poética do autor do monumental Ciclo da Cana de Açúcar é uma característica distintiva de sua escrita e tem um papel essencial em seu legado literário. Sua capacidade de combinar a riqueza da prosa com a beleza da poesia permitiu-lhe criar obras que não apenas contam histórias, mas também evocam emoções, paisagens e culturas de maneira única e memorável. Seus romances regionalistas, com sua prosa-poética, continuam a encantar leitores e ser apreciados pela sua riqueza literária.
Aqui está um pouco da minha história, contada em verso e prosa, moro aqui na cidade maravilhosa. Esta cidade eu amo de coração, mas não me sai da memória os meus tempos de sertão: namorando ao luar com minha amada amante, tocando a boiada, tocando o meu berrante, cavalgando a aboiar nos verdes campos do lugar.
Sou assim...
Respondo ao ódio com amor.
Ao desprezo com humildade.
À ironia com o silêncio.
À violêcia com brandura
À calúnia com serenidade
À indiferença com resignação
E a todo mal com uma prece.
Não, não sou arrogante por isso
Nem me acho a tal
Creio em Deus e a Ele eu sigo
Ele me ajuda a superar tormentas
Me sussurra aos ouvidos "Coragem!"
Me leva adiante dos me que me ofendem
Sem que eu lhes ouça os murmúrios vis.
Então, você aí,
Não me julgue mal porque você me vê mal.
Corrija para onde olha
Força boa vem de cima, não de baixo.
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