Poesia Completa e Prosa
As manhãs tem esse "quê" de melancolia
Talvez por na maioria das vezes chegarmos até elas cansados demais, descansados demais,
atônitos demais, pensativos demais,
felizes demais ou tristes demais .
A verdade é que as manhãs nunca são serenas, só elas nos sopram nossas próprias verdades.
FLECHA DA VIDA
A noite invoca...
Chave na porta,
escancaro do medo
... A porta entorta,
coragem importa.
Aonde esta a solidão?
se não aqui!
Ela me deu a mão
impulsionou o meu silencio
desencantou meus sentimentos...
intensos
tensos
propensos...
Quebrei, voltei
chorei na volta
quem se importa!
Se importa um coração
que aporta solidão...
Vejo o meu sonho...
Ritmos toca-me uma canção
acordado...
Sentimentos desentortam
e passos irão a oca.
Mas se toca a sua joça
a sua joça toca...
ainda que possa,
poça.
Livro fechado
cadeado, poca
flecha da vida
... Fossa.
Antonio Montes
A ORAÇÃO
A reza virou roque...
Folks, trote...
Baião lambada e xaxado
não se espante...
A oração virou funk.
Hoje a reza ora por ai...
Como hally
com bleik, hip hop e happy
Como, blues em azul
expandindo mimica,
fazendo reality show...
Com soul de norte a sul
para baixo e para cima
bateria e violão,
guitarras tina, suas rimas...
A reza, é show
para todos os lados...
Show que não pertence
a reles coitados.
A reza esta por ai...
Aos saltos, pelos palcos
pelas mãos e requebrados,
a reza hoje te quebra...
Com dizimo p'ra todo lado.
Antonio Montes
O que eu mais queria,
Era a felicidade de acordar todo dia.
Sentido a graça, a alegria
Alguém pra ser musa da minha poesia.
Sentir o toque, o cheiro, o calor
Alguém simplesmente pra chamar de amor.
Dividir e conquistar,
Tudo o que a vida vier a nos dar.
Com alegria, juntos enfrentar a tristeza,
Nadando, brigando contra a correnteza.
Unidos, sempre unidos, amor incomum
Desafiando tudo e todos, um por um.
Gigantes são os desafios desse amor,
Muitas incertezas irão nos impor.
Sempre vão querer idealidades,
Regras, para vivermos à felicidade.
Jamais, nos sujeitaríamos certo ou errado,
Para vivermos com amor, lado a lado.
Se quiser que tudo isso seja Teu.
Caminhe comigo e entregue na mãos de Deus.
LMMarochi 26/05/17
"" Quem acredita na revolução pela voz
na ordem do dia que ecoa nas praças e calçadas
guerra silenciosa sem poder
das bandeiras que pouco avançam
elas compram o pão da liberdade
e entoam canções de paz
mas há mistérios que nunca serão revelados
nas vozes dos que não se calaram
Geraldos, Vinicius, pelas ruas marcharam
e sucumbiram ao caráter predador do anti
nada mais justo que uma pátria amada
idolatrada, sem ladrões servis
assim os meus e os teus filhos herdarão
a cultura que fizemos acontecer
num grito de amor
que haverá de se ouvir para sempre
liberdade, ordem e progresso ...""
TUDO É FOI (soneto)
Num piscar de olhos, tudo é foi
Outros aléns são rapidamente
O tempo feroz é que nos corrói
E gera o amanhecer diferente
Então que o erro nos perdoe
Que a sorte seja contundente
Os olhares, olhares nos doe
Momento, muitos e ardente
Presenças, maior que a falta
Onde amor seja lhana pauta
E nos incendei da tal paixão
Nada nem sempre é à ribalta
Apressado por nós sem falta
A vida, em sua combustão...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 27 de maio
Cerrado goiano
ACORDES ALADOS
As sombras se despediu, amanhece dia
... Agora a lua, jaz... Se escondeu,
deixando a noite e as lembranças
do seu prateado e de nossos afagos.
Nesse ínterim...
Os compositores alados
treinam os primeiros acordes
da sua união, e do seu fado,
e com isso... Saem chilreando
pelas folhas do seu salão.
O sol reaparece...
E aquece com sua prece,
iluminando o amanhecer do seu reinado
... Perdurando a sua esperança pelo dia
para logo, cair colorindo em seu crepúsculo
... E outra vez, fixar a saudade
da nossa frenesia.
Antonio Montes
E prosseguia o rapaz dizendo que à amava
Como se não ouvesse outra palavra
A moça orgulhosa já não acreditava Talvez queresse dele uma serenata
O rapaz continuava
E a moça ainda o rejeitava
Até que o rapaz já não aguentava
Ali perdeu sua amada
E nele ela jogou uma praga
O mesmo nunca mais sentirá nada
A não ser por ela, pobre autoritária
TRAMBIQUE
Nessa rede eu me enredo
... Em madorna sobre o ar...
Em sono com minha parede
para assim melhor sonhar.
Durmo... E em sono me pego
sonhando com seu amar
e no tráfico desse meu ego
sou impedido de te amar.
Nessa rede eu balanço
para não vê o mundo rodar
em meu balançar, avanço
nem vejo o tempo passar.
Nessa rede eu me lanço
como peixe em desespero
avanço de molho e gancho...
Nas malhas dos trambiqueiros.
Antonio Montes
OUTRAS TERRAS
Era água, e eu...
Naveguei sobre ela
cheguei em outras águas,
águas de outras terras
outros seios...
Outras línguas
outras pernas.
Gente de sentimentos serpentes
... Não sorria,
nem mostrava os dentes.
Era terra de outras terras
onde o verde emperra...
Sedento por sede
e por águas de outras heras.
Antonio Montes
DOIS MENINOS
Dois meninos...
Um soltava pipas
o outro pulava cordas.
A linha da pipa arrebentou
O menino...
Amarrou a pipa com a corda...
Acorda, para ver a corda amarrada.
A corda que uns dos meninos pulava
no alto do céu pulsava
com a pipa que puxava
Sob aurora agora
a corda navegava com o vento,
e voava, abaixo das nuvens, voava...
Fazendo sorrir os sentimentos.
Antonio Montes
COMO EU
João! João vive como eu...
Pobre assalariado,
fincado no emprego
comida, todavia simples
desagregado da liberdade
nunca tem tempo!
Para viver em total felicidade.
João, mora como eu...
Mora em casa simples...
As vezes desmorona,
as vezes seu bairro se alaga...
João paga... Paga, esgoto,
luz, paga água...
Comida, bebida
condução e aluguel
paga tudo, nunca tem nada!
O João passa como eu...
Sempre na falta do mundo
passa por emprego, pela fome
passa por ai com esperança
passa desempregado
passa até mesmo...
A vergonha de ser homem, homem
em um país que os mandantes
são lobisomens e esses animais
tem auxilio para tudo, tudo...
Até mesmo para desviar
todo o nosso tesouro, e depositar...
Nas terras de outros homens
João morre?
Sim! Sim, o João morre como eu...
Sem dinheiro para ser enterrado,
bramura silenciosa
poucas lagrimas... Morre em
uma casa desprovido de riqueza
sobre uma cama apertada,
duas tabuas como mesa
e bocas bocejando p'ra você...
Coitado, uma pessoas tão boa!
Homem integro
um nobre ser.
Antonio Montes
Ladrões de palavras
Sou poeta, sim senhor,
por isso ninguém vá reparar
poemas e cantos de amor
é o que mais gosto de espalhar
Muito normal, acho, não sou,
mas tenho a felicidade,
meu coração se bastou,
nem precisa de realidade
Caminho em letras e sons,
não desafino, nem erro,
pinto o mundo nesses tons,
encontro poesia onde quero
Não preciso de bengala
buscando em outros ajuda,
nem modificar textos e falas,
isso é caminho para a Papuda!
E o que nos importa meu amor
o que pensam de nós?
O que falam sobre nós.
O que importa?
Nos bastamos no amor que conjugamos
Quanto aos de corações amargurados
e pensamentos isentos de toques de ternura;
deixe-os meu bem...
Vem,
façamos amor no universo.
Deixe que falem
Deixe o resto, aos restos!
AMAR DO VERBO AMOR
Amar do verbo amor, como enunciar?
Amor é complemento ao sentimento
Que acompanha o substantivo alento
Instinto sublimado do ser e do estar
Muito se pode nas flexões dele ligar
Só ter no verbo um desejo sedento
E um coração capaz de ter portento
Onde dele não se tem como olvidar
Não se une amor sem ter o elemento
Amar, é no presente ao se conjugar
Mais que perfeito n'alma, tal alimento
De tudo o amor também é o vigorar
Transitivo direto no encantamento
Que só saberá quem dele enluarar
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
MAÇÃ E GRUTA
Meus pés molhados,
em águas rasas, findo...
De oceanos esquecido
e fundos perdidos...
Sob beira de praia, vago
assim, como Adão se perdeu
em seu paraíso.
Adão, perdeu o juízo
comeu a fruta do EDEM
escapou do cadeado...
Afundou-se na gruta
cometeu o teu...
Primeiro pecado.
Hoje, com tantos filhos seus,
povoando esse imenso jardim...
Se não fosse a ganância da serpente
se não fosse a teima pela fruta...
A terra não estaria assim,
tão cheia de frutas, e de gente
e repleta, com tanta gruta.
Adão, Adão... Obrigado pela fruta!
Se voltar lá...
Morda, coma e beba
para nunca esquecermos de ti
e que os olhos do mundo...
cheios de malicia,
para sempre te veja.
Antonio Montes
De um tempo fugaz...
No meu olhar a alma que habita em mim
Reflete a canção adoçando
O meu rosto num sorriso cintilado poético
Que vem de meu coração vibrante...
Gotas de orvalho brotam docemente
De um firmamento gris
Fulguradas pelas luzes sofisticadas
De um tempo fugaz...
Na visão marejada e carente de ti
O tempo não se detém nem retorna
Prossegue inexorável
Os sentimentos confundem-se...
No distante horizonte... Onde um pássaro
... Voa... Disperso... Maltratado...!
COSTELA OCA
Eu não queria concorrer
com o barro... Barro de Adão,
que ele não me ouça,
se bem, que Adão...
Em sua fé, cedeu a Deus,
partes, de sua costela oca...
Deus? Ah, Deus...
Com aquele pedaço de costela
pensou logo na cabocla,
cabocla mulher, fez Eva...
Impecável, toda insossa
donzela, singela, bela moça.
Assim que ela nasceu...
Deus lhe deu um nome
e Eva ao nascer...
Nasceu fazendo planos
tramando, de que um dia...
haveria de ser, homem.
Antonio Montes
“” De quebra te dou carinho
Todo meu tempo e meu amor
E sempre que puder te levarei rosas
Vermelhas como o fogo de minha paixão
Impetuosas como a fúria de meu desejo
Desejáveis como a ternura do teu beijo
Assim, coberto de felicidade todo dia
Cantarei a ti o amor que de meu peito irradia
Numa bela e saudosa canção
Perfeito como brumas de Chandon
Ou doce como lembrança de Amsterdã.
Assim serei teu
Por completo e perdido......””
SONETO DE IMPROVISO
Vem desse ar seco do cerrado
Um soneto tangido pelo vento
Que retumba do ipê frondado
Brisando odor no pensamento
Uma canção mágica de alento
Tal qual um afago resbuscado
Desfolhado em encantamento
Inebriando o estro engasgado
Um sopro de tão suavemente
Sentido, tão leve se presente
Que a alma sente sem perceber
É visão poética e contundente
Que traz fascinação para gente
Bela, que no encanto a de haver
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
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