Poesia Completa e Prosa

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SONETO DO AMOR PERFEITO

O amor perfeito, só há a quem amar
Nele sentir a paixão de ser amado
Amando sempre e, o tendo do lado
Onde cada segundo não pode parar

Não há nada na vida melhor que jurar
Lealdades, deixando o coração atado
No olhar, assim apaixonados, fundado
Então, sem qualquer ilusão a perturbar

O amor é presente no destino fadado
É sentir prazer e por ele querer esperar
Sem a incerteza do certo ou do errado

E nesta tal magia a quimera de sonhar
Que agrega, há entrega, e é imaculado
Amor não tem fórmula, se faz anunciar!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Em Que pensamento estou eu
Entre o mar das infinitas percepções
Entre o pensamento em que estou à procura
Mais não consigo encontrar o pensamento que esta a deriva
Perdido no mar das ilusões entre a morte e a vida
Carrega em si a solidão pronta para ser encontrado
Entretanto descontrolado nas ondas do mar encantado
Que só em mim pode ser achado
Na escolha do ser ou não ser pode ser eu a questão?

Inserida por Wellingtonr

Na luz do amor se criou a escuridão do universo
Na imensidão do conhecimento nasceu tudo
Na contemplação de tudo surgiu o desejo da vida
Na existência da vida a morte se fez necessária
Na morte surge o sonho da imortalidade
Na imortalidade revelasse todos os sonhos
Na imensidão do sonho se encontra todos os desejos.

Inserida por Wellingtonr

Como encontrar o que não esta perdido
Como se perder ao encontrar
Encontrando eu estarei perdido
Me perdido eu irei encontrar
Aquilo que apenas no seu olho
No olhar que era só meu
Poderei eu encontrar
O que a muito se avia perdido
Mas que nunca sumiu de lá
E que lá sempre esteve
Pronto para se dar
Pois o mesmo não se pode guardar
Se não é o amor do seu amado
Quem será amado por seu amor.

Inserida por Wellingtonr

Reclamam da vida
Sem a terem vivida
Intensamente convicta
De que ela não presta
Junto de minhas dores
Também com meus odores
Doente com essa maldade
Que chega com a idade
Penso muito mais a de vir
Muito mais vou ouvir
Sei também que mais que isso vou sentir
Mas mesmo assim não desisto
Olho para minha dor e continuo rindo
Sei que vou sofrer
Porque sei ate quando vou viver
Vou sofrer a medida que vivo
Vou viver a medida que sinto
Nada posso fazer para isso mudar
Mas nesse lago da vida posso nadar
Junto de meus males vou mergulhar
Perto de mim eternamente quero estar.

Inserida por Wellingtonr

Eu tento te desenhar
Mas tamanha beleza,
Não consigo esboçar
Perco-me em cada curva,
Em cada olhar
Estou eu a me apaixonar
Em cada forma
Em cada sussurrar
Perco o folego não consigo respirar
Perdido em mim não consigo explicar
A beleza que só posso contemplar
Eu só consigo imaginar
Que estou a sonhar.

Inserida por Wellingtonr

PRAÇA DAS NAÇÕES


Dá licença Castro, mas...

A praça não é do povo
Como o céu não é do condor

A praça é do Cagado, do bigola
Do Perneta, do Zé-da Ana e do Paquinha

A praça é das nações
Como o céu é das andorinhas

A praça é da igreja
Como a noite é da polícia e da dor

A praça é da mulher que beija
Como é da beata, a ladainha

A praça é do “Especial”
Do rato, do Râmbert, do Preto

Do Popeye, do Pão-Branco, não!
Do Luquinha, do Edinho e minha

A praça é do som estridente da sanfona do Zé-da-Ana
Em busca do tão sonhado refrigerante

A praça se cala, se acalma sob o som que toca
Tocantins de um Luiz Tupiniquim

Sob o passo largo e óculos escuros, dobra-se o mastro
E a praça se rende ao tom do ‘Safari” e Jair de Castro

A praça se inquieta com oradores, padres, missas e cultos
E fica indecisa com Willama, seus atores, atrizes, todos cultos.

A praça é dos amores
A praça é viagem
A praça é dos pecadores
A praça é passagem

A praça é o obstáculo e o receptáculo
É o caminho que nos leva ao “espetáculo” dos céus

Que passa pela lente objetiva de Tadeu
Que também ama a praça e Ama Deus

Que passa pela pena mordaz de Rezende
E pela crônica eterna de Jauro Gurgel

Passa pela subjetiva câmera de Silésia
E de sua nordestinidade Jaqueline. Visse?

E passa... só não passa pela indiferença das elites,
Dos vidros elétricos de Ômegas, Fiats, Vectras e vereadores.

Inserida por edsongallo

CIDADES

A mim restou falar das cidades que vivenciei
As cidades que estão vivas dentro de mim
Cantarei lembranças de Campina Grande
Voltarei à São Luiz do Maranhão
Subirei montanhas em Belo Horizonte
Andarei pelas ruas de Carolina
Viajarei mais a Palmas, e
Escreverei daqui da Araguaína.

Espaços soltos na memória
O redemoinho do tempo vai liquidificando-as

E o Gomes, de Palmas
Agora sobe montanhas em Belô

Augusto dos Anjos faz versos escatológicos
Nas ARNES de Niemeyer
Otávio Barros dança um reggae
Na ilha do amor
Drummond dorme próximo ao Lago Azul

As cidades dançam
Os nomes seguem o ritmo
Confundem-se
Eu modifico as cidades
E permaneço...

A mim,
restou-me falar das cidades
..Das cidades

Inserida por edsongallo

FLOR

É preciso mais que uma flor
Para expressar a solidão que o
Teu silêncio causou em mim

Por instantes alguma coisa floresceu
No chão agreste de minha vida
Um inverno de lágrimas inunda meus olhos

O que restou do meu jardim eu recolhi
Num vaso
Uma rosa
Sem espinhos
Sem sépalas
Uma rosa vermelha de pétalas frias
Como a chuva que você fez chover em mim

Nem essa flor consegue expressar
A solidão que teu silêncio deixou em mim.

Inserida por edsongallo

ALUCINAÇÃO (soneto)

Perdoa-me, ó amor, por sonhar-te
Meu coração anda nu por te querer
Minh'alma te tens na razão pra valer
Pois, tu és no meu soneto dor e arte

Os meus olhos alucinam sem te ver
Nada vejo e, estás em qualquer parte
Nos meus desejos tornas-te encarte
De uma repetida narrativa, sem ser

A saudade faz loucuras que reparte
A alucinação de um mesmo sofrer
Pois tudo passa, e nada é descarte

E nestes rastros, sois o meu render
Frágil e também tão forte, dessarte!
Que me tem vivo neste túrbido viver...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Insensatez

Você é minha consciência
Tão transparente como água
Aos tons da seda amarga
Desta inconsciência

Rubras sentenças que apaga
Feito uma praga
De veraneio ignorância
Despejando toda a ânsia

Monstro dentro da adaga
Perfurando a palavra
De perjúrio nesta saga

Parando o mundo Agora
Poente melodia sábia
Do que mais ria

Inserida por Mattenhauer

Ausência de corpo presente

Indiferentes, dançavam a pavana,
Enquanto o tempo dócil se evadia,
Sufocados na fumaça de havana,
Na corrente que a vida esvazia.

O grupo, que a angústia despistava,
Exangue e desprovido de ideal,
De Moscou, Pequim ou Bratislava,
Vivia o seu próprio funeral.

No quarto de estátuas, salpicado
De tédio agudo, expressão final,
Estavam lá, sem nunca ter estado,
Reféns de uma coluna social.

O denso vazio da conversa
Estampa o ócio na fisionomia.
A sarabanda que atrai, perversa,
Nos cérebros sem uso, a apatia.

Esperanças, na entrada abandonadas,
Procuram a lembrança passageira
Das ilusões sempre acalentadas
No vácuo da mente hospedeira.

Ganhar batalhas sem ganhar a guerra,
Tragados por insossa calmaria.
E descobrir que entre o céu e a terra,
Há mais que uma vã filosofia.

Não há revolta nem ressentimento,
Nessa desordem quase vegetal,
Mutismo sela o arrependimento
No leito de Procusto sideral.

A densa bruma altera o semblante.
Escravo é da verdade o corifeu.
A voz do coro congela o instante:
Baldada a morte pra quem não nasceu.

Prisões cósmicas são o cruel destino
De ilusões no limbo da razão
Fica a procura: mero desatino.
Da finitude, singular refrão.

Resume-se, ó mundo putrefato
Do anódino, do vil, do rotineiro,
Na ignorância deste simples fato:
Entrega vale, se for por inteiro.

Inserida por celsocolunista

FEITOS DE UM POEMA

Eu tenho um poema...
Que fala de penas
que fala de asas e liberdade,
de musica leves tocadas
de sonhos nascidos do nada
das alegrias e felicidades.

Eu tenho um poema...
Que fala de versos e rimas
do cheiro da casa simples
das tranças d'aquela menina
que fala do rancor e da irá
do amor vivido em flor
do rancor causado pela dor
do amanhã e da doce vida.

Eu tenho um poema...
Já feito no fim da tarde
falando do alvorecer
da lua prata da noite
do vento e seus açoites
horizonte e por do sol
da solidão e seu anzol.

Eu tenho um poema...
Nascido de prosas e palavras
com boiada e boiadeiro
da vida mansa e canseira
do menino e da peteca
do ranger da velha porteira
e a moeda na gibeira...

Fala do velho caminho
das flores d'aquelas margens
das remadas na canoa
a brisa do amor na proa
os feitos de gente boa
dos desfeitos e das vantagens.

Eu tenho um poema...
Que também fala das espadas
das guerras desenfreadas
feita para lucro de facínoras,
um poema cheio te temas
com suas penas e lagrimas
suas magoas e suas tremas
nele contem as façanhas
e contendas de um poema.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FRUGALIDADE

Da milharada eu quero milho
p'ra fazer um mungunzá
com mais puro sentimento,
socado a pilão, sem casca
as quais caíram ao chão
com peneiradas ao vento.

Da peneira a peneirada
com furos e suas águas
cheia de partículas no ar,
e esse cheirando a verde
orvalho matando a sede
de um sonho ao sonhar.

Quero também o aroma
do café quente da manhã
... Toalha xadrez na mesa
bule e xícara e a beleza
dos olhos da natureza
e a cesta cheia de maçã.

Já da roda, a ciranda
e quadrados do amarelinho
a corda eu pulo de banda,
e de manhã na manhãzinha
pego o ovo da galinha
antes que o dia me tromba.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Somos alma gêmea....
K. Mesmo com a distância jamais deixaram de ser amar...
O amor k. Sentimos um pelo outro e tão puro e verdadeiro....
Como as ondas do mar....
Como as flores são da natureza...
Como as estrelas pertencem ao céu...
Como o sol tem seu calor....
Deus nos uniu e nos ungiu com sua benção celestial...
E lá do céu os anjos entoam noite e dia louvores e nosso amor.

Inserida por PedroGoncalvesDias

PÉ DE COCO

Aquele pé de coco, tem coco...
Coco com oceano castanha
o cacho esta acima do horizonte
nele tem, casco, tem bagaço
tem folhas verdes, lá no alto
que sobre os ventos arranham.

Pegue uma faca ou facão
faça um talho e de um talho
o coco então, cairão ao chão
e deixarão de ser entalho.

N'aquele pé de coco, tem coco
Coco para fazer cocada
e distribuir em volta do fogo
na fogueira da molecada.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

AMOR DA LUA

É nessa calçada...
Que um dia tivemos o abraço da lua
olhares serenos das estrelas
... Te quero, você me dizia...
Imenso é meu querer,
e meu amor, por você,
amor meu... Se você me deixar,
de saudade eu vou morrer.

A noite com sua brisa
nos aconchegava em seu peito
e o seu cheiro inebriava a minha vontade,
enrolávamos, sobre o apetite do silencio
e só os suspiros dos nossos corações
apontava vida para o nosso amanhã.

O momento, pespontava o nosso amor medonho
nos trazia sonhos e trepidava nossos corpos,
com a felicidade dos nossos risos
e, dos nosso rostos risonhos.

Os segundos, minha querida...
Transformou-se em flechas cúpidas
Fixando a nossa união...
No eterno alvo da vida,
e no pulsar do nosso coração.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

A LABAREDA

Eu tenho querer no meu coração
essa casa digna só para você
ah, como é tão bom essa paixão...
Intercalada nesse imenso querer.

Eu fico a salutar e também crepitar
no meu peito repleto de amor
e o sono ao me levar te ajeita
nesse florido jardim em flor.

Da minha janela, o horizonte
me chamando para a verdade
a recordação vendo os montes
desse coração com saudade.

Penso na caricia, estou na sala
aonde a volúpia, se instalou
delirando com muita lembrança
momento que nosso fogo crepitou.

Na telepatia, tudo acontecendo
eu aqui nas labaredas de você
a salutar o aconchego já fervendo
venha meu imenso amor, meu querer.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O VERDADEIRO AMOR

Quem sempre vive em dúvidas entre dois ou mais amores, não ama nenhum deles (se amasse não viveria em dúvidas).
O verdadeiro amor te abduz de todos os outros ditos possíveis amores; ele te torna visionário para a felicidade e, sendo assim, te cega e te mortifica para os encantos de qualquer outra pessoa; ele despreza tudo o que não seja o objeto do seu desejo.
O verdadeiro amor é fiel não por uma mera questão de caráter, ética ou moral, mas porque é da sua própria natureza sê-lo.
Dizem que a gente só ama de verdade uma ou duas vezes na vida. Dizem que o verdadeiro amor é eterno.
Penso diferente:
O verdadeiro amor acontece sempre, e em vários momentos durante a nossa vida: é quando você, ainda que por pouco tempo, quando está com alguém sensacional, muito além de especial, simplesmente não lembra ou não quer mais saber de ninguém.

Inserida por Atsoceditions

EM FRENTE

Em frente a gente...
Sonhos de uma vida
esperança de felicidade,
... O dia dá partida
horas dão despedida.

Em frente ao surreal...
As duvidas dos sonhos
o outono do viver
os insetos dos jardins
o acalanto do mal.

Em frente a gente...
Tumulto da aglomeração
planos, pautas e promessas
esperança fazendo festa
cântico e dança no salão.

A velhice com bengala
as filas nos sociais
frases curtas, dizendo não
a dor infligindo a cara
o desfeito no coração.

Em frente a gente...
A faixa, a placa... PARE
o semáforo, todo grená
a pulsação e exaustão
a duvida do viajar.

Em frente a gente...
admiração de flores e cachos
A vontade de ir para cima
o medo de ir para baixo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes