Poesia Completa e Prosa
Poesia, o tempo: O pior veneno, e o melhor bálsamo.
Nascemos, crescemos e, ao longo do tempo, com as adversidades, crises e problemas, ou morremos emocionalmente, ou amadurecemos em meio às nossas superações e resiliência, em meio à dor e ao sofrimento.
O tempo é a razão da alegria ou do sofrimento de muitos... Enquanto uns clamam pela graça, misericórdia e favor de Deus para superarem suas problemáticas interiores, outros se entregam à amargura e, a cada momento, se afundam em meio ao sofrimento e à dor.
O tempo, para alguns, é o pior veneno, pois os prende às suas frustrações, desilusões e traumas mal resolvidos, que fazem deles seus próprios algozes e inimigos.
Poesia: O peso da solidão.
Vemos o quanto as pessoas fazem falta, como sentimos saudades dos abraços repletos de afetividade, da alegria que sentimos em cada sorriso que transmitimos.
Por essa razão, a solidão é o termômetro de cada relação, manifestando em cada coração o peso da sua sensação, quando valorizamos mais os bens materiais dessa vida e esquecemos que apenas pessoas podem nos trazer paz, alegria, contentamento e a mais pura expressão de vida.
Por isso, em cada olhar, em cada pensamento e sentimento, estão expostos nossos mais íntimos desejos, que os bens dessa vida jamais poderão suprir.
Hoje resolvi ir atrás da poesia...
A tanto abandonada por mim, mas sempre presente no meu ser.
Lá estava ela, a minha espera, com um banquete de inspiração, de graça!!!
Como diz Ney Mato Grosso “meu sangue latino”, este sangue latino é assim mesmo, quer inspiração para viver, quer desabafar, quer se encontrar, quer ser!!!
A poesia é amiga antiga, esta em tudo e está em nada, está onde os “olhos podem ver e os ouvidos ouvirem”.
Estar na sua presença é sinônimo de plenitude de vida.
AÍ SE TEM O SONETO ESPECIAL
Ter a poesia amorosa, emotiva e alada
Os versos com sentimentos suntuosos
Aroma, sussurro e suspiros numerosos
Possuir sentido, uma poética afeiçoada
Não ter bobagem, desencontros, nada
De partilha, somente beijos ardorosos
Muito a se fartar, elementos veludosos
Na norma nenhuma vontade moderada
Transgredir o espaço da alma, coração
Entregar-se sem pejo à sua devoção
Mergulhar na paixão, soltar o aperto
Conservar a inspiração sentimental
Sentir-se em plenitude, um concerto
Afetivo. Aí se tem o soneto especial.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 janeiro, 2025, 15’33” – Araguari, MG
Cantinho da Criança
Ah, a beleza de um evento mágico como esse merece ser imortalizada em poesia!
Em tempos idos, um dia sublime surgiu, Natal em festa, corações em uníssono. Papai Noel, cercado de duendes e elfos, Espalhava alegria, um sorriso em cada rosto.
A brisa trazia o espírito natalino, Cores vibrantes, arte em pleno brilho. Nas mãos do artista, o lixo ressurgia, Em obras-primas, recicladas, tão vivas.
Entre as letras, a poetisa cativava, Seus versos emocionantes, ecoavam. E as crianças, olhos brilhantes, sorriam, Com os robôs de carros, maravilhadas se sentiam.
A música e a dança enlaçavam a noite, Risos e alegria, pura magia envolvente. O Cantinho da Criança, missão cumprida, Arte e leitura, sonhos em plena vida.
Natal, um sucesso, um compromisso selado, Educação e cultura, num laço eternizado. Memórias guardadas, em cada coração, Um dia memorável, uma doce canção
É ...se eu transformo tudo em poesia, é porque aprendi a viver após o caos assim. Aprendi a dar voz a minha alma pelos poemas que oscilam discretos e inquietos.
Aprendi a chorar pela beleza das palavras profundas e simples.
Aprendi a amar, a sobreviver, a insistir.
Os poemas são meu grito de resistência, de desistência, de inércia, de ebulição!
Os poemas...
Eu os sou!
Amor de poesia, vida de poeta,
Por onde andará, minha rainha perpétua?
Por ti, vaguei neste labirinto sem fim,
Mas não vejo teus passos,
Apenas fagulhas dançando em mim.
Como brasa, meu peito ainda te aquece.
Senhorita, senhorita, senhorita...
Cuidado por onde pisa!
Estou longe, e por ti há quem nada diga.
Cuidado, oh, minha querida...
Há versos que queimam sem se apagar,
E amores que não são feitos para durar.
A POESIA
Os versos de uma poesia
Traz sonhos e realidade
Passeia pelo desconhecido
Colhe apenas a felicidade.
A poesia penetra no universo
Faz viagens pela magia
Na composição de um verso
Ele transmite alegria.
A poesia é um raio de Sol
Invadindo o quarto
Com aromas de girassol.
É a escrita que afaga
Envolve o silêncio
Nunca se apaga.
Autoria Irá Rodrigues.
Vida quente e poesia
A vida é fogo que arde sem aviso,
no sangue que ferve em desejo preciso.
O corpo que chama, ardente, sem medo,
no toque que acende centelhas em segredo.
O café desperta, intenso, apressado,
como o abraço que envolve, apertado.
Nos lábios, o gosto de febre e vontade,
no peito, um ritmo de pura verdade.
Que seja quente, que queime, que dure,
que vida morna jamais me segure.
SimoneCruvinel
O cordel para mim é a poesia
que retrata a nossa realidade.
Fala do silêncio do meu sertão,
fala também no agito da cidade.
Com a cultura o cordel segue vivo.
E se não for bem direto é inclusivo,
perde parte da sensibilidade...
O meu amor pela poesia,
surgiu pela necessidade de
refletir,e pensar mais sobre mim,
mas meus pensamentos vagos,e
distante da realidade,me fez procurar
algo me inspirava a verdade,aí a leitura
se tornou primordial,ler agora é o meu
habitual,a poesia me acompanha em
quase tudo,ele é o meu refúgio,queria
muito ser poeta sonhadora,mas isso
me tornaria apenas uma lacradora,não
uma pensadora,pensar de uma forma
ampliada sobre o mundo,é também falar
dos absurdos,infelizmente o amor não é
absoluto,mas o meu amor pela poesia
supera tudo,escrevo versos não por um
mero capricho,ou tornar bonito o meu
rabisco,mas pra tornar o teu pensamento
mais aguçado,e crítico,essa é a importância dos meus escritos..
POESIA CODA
Sou muitas mãos
E muitas vozes
Também sou muitos ouvidos
E tantas outras expressões
Sou telejornal e novela das 8
Encarte de mercado
Promoção de biscoito
Sou a pausa – do sinal afoito
Astronauta em dois mundos
Indo e vindo neles... amiúde
Alguém que se reinventa
Sou um poema (nas mãos) de Nelson Pimenta
Sendo assim, deixa-me suspenso
Entre configurações de mãos
e grunhidos de meus pais
Sinto deles o cheiro
(até hoje)
Quando falo em sinais
Existe algo de peculiar
No modo como a poesia surge na minha mente.
Nasce um amontoado de palavras
Todas misturadas
E vou arrumando aos poucos
Até formar um poema,
Cada verso, vai se encaixando.
Na poesia tudo da certo
Mas, na vida real
A gente ainda está embaralhado
Com esse tal amor...
Poesia Sobre os Paradoxos do Amor
O amor, clamor sutil que ressoa no âmago,
Essência amarga que embriaga os sentidos no abismo.
Luz etérea que se incendeia na penumbra da existência,
Sombra luminosa que persiste onde o visível se dissolve.
Frio abrasador que destila na carne o véu da transcendência,
Calma turbulenta que agita os recessos da psique.
Silêncio retumbante que abala as fundações do ser,
Vazio pleno de infinitudes, onde o finito se perde e se refaz.
Poesia: Saudades, como não tê-las?
A saudade é como a brisa do vento, que passa sobre nossos rostos e se vai num momento. São lembranças carregadas de sentimentos, de momentos inesquecíveis que nos emocionam quando as trazemos em nossos pensamentos.
Saudades, como não as ter? Por muitas vezes, elas nos trazem lembranças que geram esperança e confiança, e outras vezes nos deixam tristes, com uma ânsia interior, um clamor que é um misto de sofrimento e dor.
Não ganho dinheiro com poesia
Não ganho dinheiro com muita coisa
Não ganho nada
Não ganho na corrida
Não ganho like
Não ganho na loteria
Não ganho dinheiro com essa tal de poesia
E não ganho de forma alguma o seu coração
O teu amor
O que ganho é um prato com sabor de solidão.
Warlei Antunes
Ah se a poesia cantasse
e a melodia da alma
em rima
Tocasse
Seria em tom maior
o ritmo romântico
em cântico
Sinfonia
No solfejo do sentir
a partitura do desejo
em música
Clássica
A entoar o dom de amar
na batida do coração
em escala
Composição
Aqui dentro uma canção ♥︎
Nós somos um encontro improvável — desses que o acaso organiza quando a vida resolve fazer poesia em silêncio.
Ele é o sossego que não se impõe, eu sou a inquietação que não pede licença.
Ele respira fundo, eu prendo o ar.
E no meio dessa dança tão desigual, nos tocamos onde ninguém vê.
Eletem um mundo dentro do peito, mas não o exibe.
É discreto até nos gestos de afeto.
Ama como quem cuida de uma planta: sem alarde, mas todos os dias.
E eu, que sempre fui urgência, aprendi com ele o valor da constância.
Aprendi que amor também pode ser morada, e não só fogo.
Somos diferentes, diria que não nos completamos, nos confrontamos.
E nesse espelho que ele me oferece, vejo partes minhas que eu nunca tinha parado pra olhar.
Às vezes me sinto barulho demais pra quem gosta de silêncio, mas ele me escuta.
Mesmo quando eu não digo nada, ele me escuta.
Nós não somos um conto de fadas, somos reais.
Temos pausas, falhas, espaços.
Mas também temos escolha, essa nossa escolha diária e silenciosa de permanecer.
E talvez o amor seja isso: reconhecer o outro como território sagrado, ainda que desconhecido.
Eficar.
" FIEIS "
Tu me darás, dos versos teus, a rima
no enredo que te faz poesia plena
conforme, a declamar, teu corpo encena
o que te torna, enfim, uma obra prima!
Assim me exposta, frágil, tão pequena,
poesia da mais alta, minha, estima
te deitarei canção posta por cima
a te exaltar no amor que nos condena.
Daremos, nós, inveja aos menestreis,
nas noites de luar, loucas, crueis,
entorpecidas das almas errantes…
Tu me darás a rima dos teus versos;
eu te darei meus textos controversos
e o tempo nos fará fieis amantes!
EM REDOR DA POESIA
Em redor da poesia distrai o amor
Suspiroso, alegre, impar, elevado
Cândida sensação dum confessor
Num soneto tão quão apaixonado
E neste sentimento cheio de ardor
Diz-se palavras ternas, no afinado
Poetar: modesto, castiço, amador
No tom singular. O peito apertado
Obriga então a poesia ser serena
Onde a prosa pra sedução acena
Desenhando o sentido, as ilusões
Nesta bruma de paixão, estamos:
Soneto e poeta, nestes reclamos
Cochichando prezadas emoções.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 abril, 2024, 19’36” – Araguari, MG
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