Poesia Carinho Machado de Assis
O que tenho pra te oferecer amigo
Enquanto bebo tua fonte que me espera.
São palavras, são sentidos, são perigos
Ou são silêncios profundos de uma era
O que tenho pra te oferecer amigo
Enquanto sugo de teus olhos uma velha história.
São prazeres, são amores, roucos gritos
Ou sussurros de vencer até a vitória
Hoje vi um beija flor assentado no batente de minha janela.
Ele riu para mim com suas asas a mil.
Pensei nas palavras de minha avó:
“Beija-flor é bicho que liga o mundo de cá com o mundo de lá.
É mensageiro das notícias dos céus.
Aquele-que-tudo-pode fez deles seres ligeiros para que pudessem levar
notícias para seus escolhidos.
Quando a gente dorme pra sempre, acorda beija-flor.”
Sou mulher que ainda chora
Por tão grande escuridão
Minha essência está aqui
Dentro do meu coração
De um Brasil ensanguentado
Onde ninguém é culpado
Mulher da mesma nação!
Não falo na língua mãe
Pois ninguém vai entender
Falo com minha essência
De um povo que quer viver
Respeitado culturalmente
Ter nossa terra somente
Pra ela não mais sofrer.
Sou essência de um criador
De onde nasce inspiração
Curar com ervas da terra
Ou imposição de mãos
Para ouvir e aceitar
É preciso acreditar
Ser forte é nossa missão.
Não foi fácil guardar
No silêncio as tradições
Mantendo dentro de nós
Principalmente ancioes
Ancestralidade pura
Em prol da nossa cultura
Tabajara são campeões.
Choramos com a natureza
Nossa mãe foi destruída
Nossos irmãos acabados
Nossas águas poluída
Nosso ar ficou impuro
Respirar tanto munturo
Terra viver tão sofrida.
LIÇÃO
A luz da lamparina dançava
frente ao ícone da Santíssima Trindade.
Paciente, a avó ensinava
a prostrar-se em reverência,
persignar-se com três dedos
e rezar em língua eslava.
De mãos postas, a menina
fielmente repetia
palavras que ela ignorava,
mas Deus entendia.
Sonhar é transportar-se em asas de ouro e aço
Aos páramos azuis da luz e da harmonia;
É ambicionar o céu; é dominar o espaço
Num vôo poderoso e audaz da fantasia.
Fugir ao mundo vil, tão vil que, sem cansaço,
Engana, e menospreza, e zomba, e calunia;
Encastelar-se, enfim, no deslumbrante Paço
De um sonho puro e bom, de paz e de alegria.
É ver no lago um mar, nas nuvens um castelo,
Na luz de um pirilampo um sol pequeno e belo;
É alçar constantemente o olhar ao céu profundo.
Sonhar é ter um grande ideal na inglória lida:
Tão grande que não cabe inteiro nesta vida,
Tão puro que não vive em plagas deste mundo.
É meio-dia em minha vida.
Um mensageiro inesperado
Vem prevenir que apresse a lida,
Como se fosse anoitecer.
Vento da noite, ainda é cedo!
... e nem lavrei a terra agreste.
Flores do mais
devagar escreva
uma primeira letra
escreva
nas imediações construídas
pelos furacões;
devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre os vendavais;
devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre a faca
das marés;
devagar imprima
o primeiro
olhar
sobre o galope molhado
dos animais; devagar
peça mais
e mais e
mais
amor
bateu
para ficar
nesta varanda descoberta
a anoitecer sobre a cidade
em construção
sobre a pequena constrição
no teu peito
angústia de felicidade
luzes de automóveis
riscando o tempo
canteiros de obras
em repouso
recuo súbito da trama
Pela primeira vez infringi a regra de ouro e voei pra cima sem
medir as conseqüências. Por que recusamos ser proféticas? E
que dialeto é esse para a pequena audiência de serão? Voei pra
cima: é agora, coração, no carro em fogo pelos ares, sem uma
graça atravessando o estado de São Paulo, de madrugada, por
você, e furiosa: é agora, nesta contramão.
MARFIM
A moça desceu os degraus com o robe
monografado no peito: L. M. sobre o coração.
Vamos iniciar outra Correspondência, ela
propôs. Você já amou alguém verdadeiramente?
Os limites do romance realista. Os caminhos do
conhecer. A imitação da rosa. As aparências
desenganam. Estou desenganada. Não reconheço
você, que é tão quieta, nessa história. Liga
amanhã outra vez sem falta. Não posso
interromper o trabalho agora. Gente falando por
todos os lados. Palavra que não mexe mais no
barril de pólvora plantado sobre a torre de
marfim.
o amor só entende
o osso
o sacro
o ísquio
o ílio
suas cavidades
e fossos
o amor só atende
ao osso
seus canais
e cristas
suas linhas
e esboços
o amor se distende
em osso
suas ligas
forames
seus
ramos
seus poços
o amor só se rende
ao osso
há muito que os dinossauros
não andam nem sobrevoam
esse mundo
há muito que as coisas
se quebram sem conserto
no entanto fósseis de brinquedo
fabulam outra realidade
a mulher presa ao poema
se extingue e ressuscita
em movimento perpétuo.
Eu disse à árvore:
me abençoa, árvore,
sê minha avó
minha mãe
minha filha.
sê tu, árvore,
minha ilha de pássaros
e verdes
meu eterno retorno
pulmão e coração
meu berço minha rede.
ela, a árvore,
nada nem disse
e ficou ali naquela existência
sua de árvore
minha avó
minha mãe
minha filha
como todas as coisas são
sem precisão de bússolas
ou outras confirmações.
a palavra amor
comporta todo esse desastre
todo esse choro e desencontro
todas as guerras pelo nome
Helena
ou Fatma
ou Maria
ou César
ou Miguel
etc etc ao infinito?
a palavra amor
comporta todas as tecnologias
para um abraço
o avião o trem
a velha carroça encostada nos fundos da casa
e essas cartas
essas músicas
essas joias e penduricalhos?
a palavra amor
comporta todo os filmes
do cinema americano
as balas zunindo de ciúmes e desengano?
a palavra amor comporta
todos os verbos
e esses versos mal escritos
que envergonhariam os primeiros
habitantes das cavernas?
a palavra amor comporta
tanto bicho morto
pilhas de livros
tantas fogueiras
e luas ao redor do sol
e ainda as vozes que pairam sobre as cabeças
eu te amo te amo te amo?
a palavra amor
[esse móbile girante
objeto perfuro-cortante]
comporta a minha vida
e a tua?
"[...]Está nas estrelas
Foi escrito nas cicatrizes dos nossos corações
Não estamos quebrados, apenas curvados
E podemos aprender a amar novamente..."
Nada mais do que te amar,
Nada além de me viciar em seus lábios,
Nada arruinara as canções de amor de nossas almas,
Nada nesta cidade saberá de nossa paixão,
Nada neste estado ousara sentir nosso amor,
Nada no nosso país descobrira o que é gritar baixinho, amando no barulho do paraíso.
Nada neste planeta sabera que nosso amor é o destino,
Nada nas galáxias escutara os gemidos de nossas canções,
Nada poético sabera das poesias que te dediquei,
Meu caro te amo.
Do frio da neblina ao infinito do além,
Ame, mas me ame,
Adore mas adore meus cachos,
Se divirta com meu sorriso,
Te droge com meus olhos,
Te derreta de paixão por mim,
Entre na estrada mas siga nosso amor,
Me ame,
Mas me ame,
Pode sentir ódio, mas me ame,
Te enlouqueça mas me ame.
As poesias e seus destinos.
Tu é algo que eu sabia que ia existir
Que ia me apaixonar no instante em que te vi,
Que ia lembrar de algo que ja vivi,
Que ia me enlouquecer de amar,
Que ia me encantar ao te olhar.
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