Poesia Carinho Machado de Assis
EU IMAGINO
Imagino se existisse de fato...
A coerência política,
o amor da humanidade
o aperto de mãos das nações
e a verdade das verdades.
Imagino se não existisse...
Gambelações religiosas
Gente perseguindo gente
abuso de autoridades aos inocentes.
Imagino se...
O poder não fosse povoado por,
calhordas que surrupia a nação
e inventam leis, em benefícios
próprios
e estão sempre de chibata nas mãos.
Antonio Montes
Maria, Maria
Lá vai Maria...
Já soltou pandorga
saltou amarelinho
hoje, em sua correria
bate peca e pula corda
esconde as lagrimas do seu choro
almejando calmaria.
Pela tensa noite...
Chorou em silencio,
pelo propenso filho,
pela paz enganosa
e pela falsa alforria...
Maria, Maria.
Maria, Maria...
De todas as lagrimas
de todos os rios
de todas as penas
de todas as flores
Maria da noite
Maria do dia
Maria da cruz
Maria mãe de Jesus.
Varre o terreiro, lava casa
passa roupa, faz comida
passo, a passo na calçada
Maria pra baixo e pra riba.
Sentiu dor e agonia
orou pela magia
cobraram-te a verdade
velou o olhar do vigia
Maria, Maria.
Maria da cidade
Maria do pilão
Maria de todos os dias
Maria do coração.
Eu quero o cheiro do café
bacia com bolinhos fritos
quero o que Deus quiser
Maria, Maria, eu sei...
O mundo esta cheio de proscritos
mas os inocentes...
Ainda ouve os seus gritos.
Antonio montes
ARBÍTRIO
As ruas que são minhas
que são suas...
É das meninas inocentes,
dos presentes transeuntes
e dos Meninos de rua.
São ruas de calçadas
de muros altos, cercas elétricas
são ruas de muitas placas
semáforos, e câmaras para multar
ruas de gente que presta
e mentes que não presta.
Elas tem verdes nas paredes
engarrafamentos, tem sede
estrela em cada poste
espelhos pra todos os lados,
refletindo o seu embuste.
Essas ruas que são minhas
que são suas...
Nunca foram, as minhas ruas.
muito menos, as suas ruas.
Antonio Montes
MUDANÇA DE TEMPO
O tempo, mudou
... Levou o vento,
arrastou, chuva acampamento
e o sorriso do amor.
Deixou estio
pregou a seca
e acendeu a cerca
com seu pavio.
E todos os peixes
com sede de rio
ficou sem navio
e os seus queixes.
Antonio Montes
Para onde vai o amor não amado?
O "eu te amo" que só tem significado no dicionario.
Para onde vai as incertezas da vida?
A vontade de abraçar alguém, que só sentimos na hora da partida.
RASCUNHO DA CANÇÃO
Rascunhei as curvas do nosso amor
sobre paginas de papel canção e nos desenhos...
Fiz rabiscos de ciúmes,
borrões das desconfianças...
Então esfreguei a borracha sobre as;
encrencas, os ímpetos das descrenças.
Descobri que nosso amor ficaria perfeito
se existisse coerência, adesão e paixão
e troca mutua em nossos corações.
Eu estava compenetrado em nosso rascunho
quando percebi que o nosso amor
não teria dissipado na ausência d'essas
coisas ... Foi quando uma lagrima dos
meus olhos, movida pela saudade, se
transformou em água, despencou e,
encharcou o rascunho da canção.
N'aquele momento, tudo que sobrou
foi a ótica de um grande amor.
Antonio Montes
NOSSA TELEPATIA
Perdido na praia, da minha solidão,
ali, em meio as melodias das sereias
eu escrevia seu nome nas areias.
A lua estava cheia, São Jorge com dragão
enquanto, os peixes debatiam-se sobre as
ondas do mar... Eu sentia a flecha do amor
trespassar o meu frágil coração.
Vi as espumas, apagar seu nome...
Debruçado sobre a prata lunar, eu chorava,
enquanto eu chorava...
Minhas lagrimas molhava a saudade e a
paixão soluçava a telepatia do nosso amar.
Antonio Montes
CUIDADO!
Cuidado com o alimento e com o que alimenta
Cuidado com o lamento e a quem lamenta
Cuidado com o interesse e com a ferramenta
Cuida do endereço e da trilha que há de ser feita
cuida do que te acompanha
cuidado com a campanha
cuida dos familiares
cuidados que dão insônia...
ESSA AQUELA VIDA
Aquela historia da vida vivida
nascida no sereno, serena pequena
hoje a vida é velha, comprida ferida
as vezes tem gosto amargo de veneno.
Aquela vida todavia esta por vias
vias de fatos de atos... Baco-baco
entre tacos suspiros de tabacos
a vida passa com espirro e hiatos.
Aquela historia de vida vivida
estão lendo, tanta leitura perdida!
Aprendendo a cada dia uma vida
essa vida todavia só quer, viver a vida.
Uma vida de poema poesia
um viver um momento a cada dia...
Um sopro com muleta em primazia
as vezes um vento, em desalento leve
... Leva a farinha.
Antonio Montes
A RÉGUA
Lá vem a morte...
Em seu trem forte, não atrasa
com sopapo, com seu choque
vem moendo, vem morrendo
foiçando de sul ao norte,
não tem asas, mas arrasa.
Lá vem a morte...
Pelos campos pelas casas
arranca caretas, arranca lagrimas
espalha dor entre amores
seca espinhos , seca flores
espalha ausência e arrasa.
Mesmo sem asa ela voa
voa até a pessoa má
voa até a pessoa boa.
A morte é incerta
a na certa infecta
até mesmo a mais leve garoa.
Eu sou forte, vou lutar
mas tenho medo da morte, me levar.
Antonio Montes
COM POEMA
Assim com poema, vou por ai
desenfreado sem lado
as vezes em sopros mirrados
em outras... Em ventos largos.
Te digo, não ligo...
Se eu vir, escorregar,
e por acaso, cair no lago,
quem sabe, sob frio, molhado
farei um poema de tremer
ou até mesmo um poema
encolhido, coitado.
Mas uma coisa, te digo
mesmo que eu acenda a centelha
Entre banhos de palavras e larvas
não irei queimar minhas favas...
saborearei o mel das frases
sobre as telhas da minha casa.
Antonio Montes
ESTRIMILIQUE
Com a cangalha
sobra a galha...
Com fuxico e sem fuxico
o burrico do seu Dico
ploc, ploc
nunca deu ouvido a grito.
Leva milho
leva palha...
Na estrada com zagaia
relinchos não atrapalha
seu reboque, seu enfoque
subindo descendo
babando, tremendo
a galope, de sul ao norte.
O seu Dico, vai aos gritos...
Acreditando no feito
e os ticks fiquitiço
nem esta ai para isso
muitos menos com os grilos
de burrice do burrico.
Antonio Montes
Réquiem 5
Imagine a vida como uma roda gigante
E em cada ponto uma constante
Veja que interessante
De um lado o nascer
Seguido pelo crescer
Depois o fazer
E por fim o morrer
Isso é o viver
Réquiem 3
Logo eu que sou tão ambicioso
Fui pego por um mundo de vicio
Mágica do sacrifício
De movimento sinuoso
Pejo em ignorância
Isso só pode ser vingança
De primeira instância
Essa é minha herança
Por ser tolo e arrogante
Vivendo como um
Eterno ignorante
Querendo a vida comum
Ou ate inconstante
Sem ter por mim nenhum
Amor se quer delirante
Réquiem 6
O que são os sentimentos
Se não um punhado de vontades
Sem qualquer sentido
Em si reprimido
Às vezes até coagido
Por dizeres alheios
Em rumos certeiros
Sem qualquer pedido
Disparados como flechas
Acertando corações em cheio
Por entre mechas
De puro devaneio
Entrelaçados a mente
Do momento sorridente
Macabeu
Meu mundo escureceu
Quando das cinzas se emergiu
Aquele velho frio
No silencio que se rompeu
Quanto o céu cedeu
E o primeiro cavaleiro saiu
Minha raiva surgiu
E nos homens o medo cresceu
O segundo cavaleiro aluiu
O terceiro o seguiu
Por fim o quarto apareceu
E a fê dos homens se perdeu
E a esperança que se extinguiu
Sem saberem que o verdadeiro terror sou eu
Maldita Sorte
Eu que sou midas ao avesso
De poderes a contra gosto
Sendo rei imposto
Melancólico e obsesso
Em tudo que expresso
Tocando ou quero
Se comigo não sou sincero
Por ser Louco, confesso
Estar desesperado
E preso em solidão eterna
Ser ter o que me espera
Nem algo almejado
Estando sempre acordado
Com nenhuma felicidade a vera
Verde Mistério
Teus olhos insistem em me impressionar
Adoro velos mudar de cor
Conforme está o teu humor
Deixando sempre um mistério a solucionar
Adoro velos vagando ao procurar
Sentidos no amor
Que eles fazem com finco rigor
Olhos como ondas verdes do mar
Sempre dispostos a me animar
Belos e únicos como só eles podem ser
Olhos que estão a dizer
Palavras para me ter
E em um piscar
Meu coração devorar
Andaluz
Teus olhos , junção de eclipse lunar,
Com fragmentos estelar.
Luz incandescente, de brilho reluzente
a me incendiar.
Eu, solitário, solidário com resquícios
de uma ilusão.
Sobrevivo contemplando-te diante
da imensidão.
Balsamo raro, cura eu, cura voce
Livrando-nos de nos perder.
Vida e cruz, caminho de luz.
Reluz andaluz!
Prece
Chegou sorrateiramente,
e lançou a semente.
Sem saber se iria colher,
os frutos que plantou.
Tratou logo de cantar,
uma canção de vida.
Peço sua bênção e proteção,
faça chover na plantação.
Dê esperança ao meu sertão,
cuide desta nação.
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