Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Todo mundo se esquece
que antes da saideira
tem sempre a abrideira,
Um alguém há de
amar uma vez na vida
queira ou não queira
(Poema da sexta-feira)
(As vezes)
As vezes penso
Quando olho para ela
E digo a mim mesmo
É melhor fazer nada!
Mas quando ela olha para mim
As vezes penso
Dizendo a mim mesmo
É melhor fazer alguma coisa
Buscar na casta
do japó o Acaé-Raisaua
para recordar a lenda,
Para quem sabe surpreender
com um novo poema,
Porque no final o amor
sempre há de ser a sentença.
Quando o balanço
das palmeiras de Açaí
fizerem o acalanto
sou eu que estarei
o seu coração ocupando,
E assim você descobrirá
de vez que está me amando.
Tudo depende do momento
que se escreve um poema
que pode ser de paz
ou virar um Acangapema,
O quê importa é o quê
se deseja ser capaz.
(O restante o tempo faz)
Colocaste um Acangatara
em mim e os teus olhos
dentro dos meus olhos,
Assim inteiro passaste
a morar nos meus sonhos.
Em meio à devaneios, minha alma pôde descansar em uma praia de ventos álgidos que faziam do meu sangue, gelo.
Meus pés puderam passear pela areia quente e solitária, não havia ninguém ao meu lado.
Era um privilégio escutar a canção das ondas, era um privilégio a ausência de voz que não fosse a minha.
A boa solidão, como eu digo, é um privilégio.
Carta de redenção
Dizem que nenhum homem pode se arrepender de seus pecados
E continuar como se não houvesse acontecido nada
Mas as coisas que ouço são diferentes
E sei que no fundo serve apenas para me lembrar
Que cada um terá seu dia, de glória ou julgamento
Percebo que os espíritos me intoxicam.
Observo-os infiltrarem-se em minha alma sem sucesso
Eles tentam dizer que é tarde demais para mim
Mas sei que todos acreditam que esse é o sinal
De que estou voltando para casa...
Eu juro que vou viver para sempre
Digam ao meu criador que ele pode esperar
Estou cavalgando em vida, para algum lugar ao sul do Céu
Talvez em busca de redenção.
É dia de julgamento lá em casa, por isso volto...
Uma vez me prometeram absolvição
Mas sei que no fundo há somente uma solução para os meus pecados.
Tenho que encarar meus fantasmas
E saber sem nenhuma ilusão
Que somente um de nós vai para casa de novo
E eu culpo este mundo
Por tornar-me um homem pecador, sendo eu um homem bom
Se o demônio fizer o que quiser
Vou acabar entrando no Céu
Por que este mundo é o culpado por me fazer um pecador
Mas juro que vou viver para sempre
Depois que voltar para casa
Por que tenho dívidas a pagar e um julgamento marcado lá em casa.
Peço ao Senhor, tenha misericórdia
E guardo uma prece nessa carta para quando mais precisar dela.
Para o Pai, Filho e o Espírito Santo
E a assino, PECADOR, Sem nome.
Quando eu encontrar meu criador
Será que ele fechará o livro dos corações que parti?
Ou será que ele irá embora e me deixará viver para sempre?
Quem ler amiúdemente essa carta assim, pode até parecer que é uma carta de redenção.
Mas na verdade é o primeiro passo para a transcendência.
Pecador, sem nome(Edgi Carvalho).
Assim pode se chamar
peixes a Garça-branca,
Testemunho que Acará
na mesa faz festança,
e é o famoso Acarajé
que Azeite de Cheiro
não pode nunca faltar
quando for preparar,
Igual abraço seguido
com os seus beijos
sempre que a gente
vier a se encontrar,
o quê nos importa
é a imensidão de amar.
Buscar em cada
adágio popular
a essência que
devemos reencontrar
para a gente
nunca mais se perder,
Porque devemos
reaprender a conviver,
e não deixar ninguém
os nossos ouvidos
emprenhar por falsas
promessas de poder.
Te emprestar o sono
como se fosse um
inquieto Acutipuru,
Porque ainda tens
tudo de levado curumim,
Nasci para você
e nasceste para mim.
Ouvir o Açubá
e sentir a vibração,
Deixar a áurea
tomar a mente,
o corpo e o coração,
Amar a sua existência
é toda a explicação.
Pagar a acuação
em Carapicuíba
na sua companhia,
Estar cercados
de tanta gente
tão querida,
Daremos graças
ao amor e a vida.
Sem saber quem és
sinto-me dentro
por todos estes anos
Cercada pela ausência,
e pelo seu silêncio
que fazem uma orquestra
da minh'alma, do peito,
do corpo e do pensamento.
(Poema dos sete sentidos)
Entre becos e vagões,
avenidas e vielas,
o vazio mesmo em multidões
faz, molda o poeta.
Afirmaram-se minhas intenções,
amoleceram-se minhas pernas,
não preciso de soluções,
só de emoções sinceras.
"Por retinas que interpretam como arte,
até chefes fazerem descarte.
Somos o gado e o governo o frigorífico,
a escola é a sala de abate".
Chora sinfonia.
"Chora viola que você se afastou
Chora o banjo que fui eu que te afastei
Chora o tempo que me pede perdão
Por estragar meus sentimentos, a quem eu nunca duvidei
E numa chuva de cinismo e poder,
Logo eu, sob chuva, que nunca me acostumei.
E de barco vou barranco a baixo
Chora o baixo o canto pro meu filho
Que meu amor de vida não foi sua mãe,
Mas a cacheada que a tempos me encontrei.
Chora o lute que o amor não e reciprocado,
Só há dor de um lado,
E já se sabe o lado de quem.
Chora a harpa, me acusando de não amar,
Perdi-me em meus sentimentos
Mas os seus não eram dúvidas para ninguém"
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