Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Muito além do que os teus
olhos podem ver,
As curvas perigosas nasceram
Para serem tateadas,
experimentadas e [saboreadas...
Os olhos muitas vezes traem,
Mas os toques jamais
- eles fazer gemer...
As curvas sinuosas
fazem as almas [apaixonadas...
Só de pensar nas tuas curvas:
bem as quero!...
Porque nelas está
o mapa da mina,
O mapa do melhor
dos teus mistérios...
Está escrita
nas tuas curvas
que elas formam um
poema que me excita;
E nos tantos mistérios
que as tuas curvas,
- sempre me aguardam
Escondem um mistério
que não se elucida.
Portanto, amor, mais
do que me ver:
- venha para me ter.
E se for o caso, venha
até para me usar!...
Para eu ter motivos
para escrever
deixando as gentes
repletas de poeminhas,
e com as almas [enamoradinhas].
Trago-te imperiosamente,
Sensualmente,
Para beijá-lo deste jeito,
Para mergulharmos
Profundamente,
Um no outro...
Trago-te sensualmente,
Tacitamente,
Para beijá-lo de todos os jeitos,
Para nos abraçar com os nossos abraços,
Ternamente,
Carregando juntos um tesouro...
Trago-te apaixonadamente,
Vulgarmente,
Para beijá-lo dos jeitos mais escandalosos,
Para você se enroscar nas minhas colunas
De mármore branco,
Para o bom conjugar do nosso fino ouro...
Trago-te largamente,
Carinhosamente,
Para beijá-lo intensamente,
Para a gente se explorar extensamente,
Sexualmente,
Porque nos pertencemos imensamente...
Trago-te amorosamente,
Ternamente,
Juntos vamos para Thassos,
Temos o amor como a nossa [joia,
Que levaremos até para a Lagoa [Giola,
Porque em nós cabe o Universo [esplêndido,
Carregamos juntos o amor [primeiro
E derradeiro,
Juntos viajaremos o mundo [inteiro...
O teu beijo é a fonte que beija os bosques
- naturalmente me tens
Como o pasto se entrega para a chuva
- nada me detém
Sê meu, porque escolhi ser tua,
- por mais de mil e uma noites
E com todos os teus toques.
Irei me banhar na tua seiva
No primeiro ensejo,
Não escondo o meu desejo
à ti entrego-me toda,
Dou-te o meu melhor desvelo.
Se é maravilha o quê estou sentindo,
não nego, e revelo que maravilhada estou,
Por ti o meu coração brilhou e ainda brilha;
E ele continua brilhando,
desde o dia que elogiastes a minha escrita quando ainda ela era reduzida
à modestos e religiosos 'versos',
Provocaste-me os impulsos mais diversos...
Ainda me provoca a tal ponto que continuo
escrevendo como refúgio,
- escrevo para me refugiar dos outros, é claro!
Escrevo para estar mais perto de ti,
- insinuo
Sem nenhum pudor, desnudo-me para ti.
Nunca viste nada mais sem vergonha, creio
- com jeito de brisa e cheiro de mato
Um coração carinhoso e ensolarado,
- com a intensidade de uma queda d'água
E com um corpo pelando feito brasa,
Com versos e fluidez para descrever,
- o amor in natura
Que chamam até de loucura...
A eternidade se torna desdita
E completamente 'frondosa'
Porque longe da tua paz
Sinto-me desventurosa.
Porque te busco em letras
Uma por uma perfumada
Sonho um dia ser por ti amada.
Eu já tinha a ciência
Que jamais de ti escaparia
Disseram-me que eu enlouqueceria
Pelo teu olhar fatal que desafia.
Busquei ganhar os teus olhos
Bem sabes, que o teu corpo também
Não mintas para mim, eu vejo o além.
Conheço a tua intenção penetrante
Tentes ser comigo vacilante
Não encontrarás nada tão vibrante
E que chegue perto do meu seio amante.
Porque tens
os meus cabelos,
Estou mansa entre
os teu dedos,
Pronta para ser
só loucura
Em ritmo e ledos,
Ainda bem
que não temos
Mais [segredos].
Excitam todos
os teus meneios,
Confesso que
já tive mil medos,
Mas muito mais fortes
foram o desejos;
Entusiasmam todos
os teus empregos,
Nunca houve notícia
de tão subversivos enredos,
Nunca chegou perto sequer
dos históricos mancebos.
Tenho no teu regaço
o melhor dos berços.
Porque a poesia
é a boa desculpa
Para que não
nos desviemos,
E sempre para
que nós voltemos
A viver esse espetáculo
venturoso.
Tenho atração pelo teu
beijo meloso,
Que na verdade é um
beijo licoroso,
Somos dois seres
para lá de criteriosos,
Que buscam em matéria de amor
serem primorosos
Confesso-te tudo,
e ainda mais um pouco:
Tens poder sobre mim,
mexeste com os meus impulsos
Para lá de [vigorosos]...
Um pedaço de sanidade,
E outro de insanidade,
Tens um pedaço de verso,
E outro que é só saudade;
Uma boa estrofe descrita,
Para dizer o quê me atina,
Porque somos uma mistura,
Que até ao Universo fascina.
A terra sempre precisa da água,
Você precisa da minha calma,
Quando você me dá o teu sorriso,
Jamais resisto,
Eu te entrego a minh'alma.
Não sei escrever, e nem recitar,
Quero nos viver, vivo a inventar,
Você é o meu mais lindo luminar,
Porque a tua potência provoca,
A tua ausência sempre me sufoca,
Perco até o meu respirar,
Amor, volta logo!... porque és o meu ar.
Sinto muito não saber falar direito,
E também não escrever com o português
Correito - os meus versos são na realidade:
Um por um - todos 'escorreitos'...
A água que sempre ginga na terra,
Exatamente, como a água eu sou;
Basta que você me peça,
Logo, me dou.
Escrevo do meu jeito,
Escrevo para você imaginar tudo,
E do jeito que deve ser imaginado.
É verdade, que mesmo sem saber escrever,
Arrisco-me escrevendo
Para cair na boca do povo,
E deixar esses meus versos falados,
Antes escrever poesia para alguém,
Do que ser inteiramente só
Ou andar mal acompanhado.
Quero o seu olhar em mim,
Conheço os teus enredos,
Sei que abrigas segredos,
Lindos são os teus dedos,
Quero que venhas, enfim.
Os labirintos da vida fizeram
A gente se encontrar...
Existe um amor e um afeto
Para a gente cuidar...
Vamos nos entregar?...
O amor é o sol que ilumina,
As mais escuras prisões,
E transcende todas as estações...
Conheço os mistérios dos porões,
Que levas nos teus olhos escuros,
Não menos lindos, e tão puros...
Fico silenciosa aguardando por você,
Estou aqui esperando o teu mimo,
Por ti não nego que suspiro,
Imaginar você longe - temo, podes rir!...
Com os olhos abertos quase que deliro...
Chegou a hora de desfrutares do amor,
Com o meu doce sabor de infinito,
O amor mais bonito e mais seguro,
O amor mais inesquecível e fecundo,
Não me esqueço de ti em nenhum segundo.
Em profundo espírito de oração,
Olho para o céu perguntando:
- Foste tu o meu coração?
Ao menos estás aqui dentro,
Um bom motivo para fazer
Companhia para a sombra,
poesia e água fresca.
É um alento trazer-te para cá,
Só a poesia que é que me concede
Tal possibilidade embalada nessa rede,
E escrevendo uma prosa
de que tem sede e morre de amores.
Pode ser que sim, pode ser que não,
Se [realmente] foste tu
O meu coração, você está aqui
embalado por verso, poema e canção.
Hoje mesmo sem ter você por perto,
Tenho um balneário como companhia,
Viverei grande como a poesia do mar,
Navegando nas letras e agarrada
aos cometas - descobrindo o quê é amar
- sozinha -
Minh'alma não te alcança, confesso,
Não te alcança por continuar em lira
Para talvez embalar outros versos,
e amores que sequer foram descobertos.
Talvez o exílio do amor seja a missão,
para os poetas emplacarem com paixão,
e mexerem com toda essa gente
que foge até da emoção,
gente que finge que não sente,
e finge até que não é gente!...
Talvez você sequer tenha me desejado,
sinto por não tê-lo feito apaixonado.
Portanto, amor, mesmo que você não
fique do meu lado, e encontre outro
amor: continuarei escrevendo para você
não se esquecer que um dia alguém nessa
vida te escolheu para viver-te como amor.
Longas são as horas
que passam sem
a tua presença,
- a tua essência ficou
nas minhas letras
Entrelaço versos
para que eu
não sinta
a tua ausência,
- para que eu
me faça
arquitetura
decomposta
Entregue e disposta,
- bem saborosa
nas tuas mãos,
Poema.
Castigo e incito
a tua atenção,
Sou o teu verbo vadio,
Que requer cuidado,
Que pede a tua mão,
Entrando devagar
no teu coração...
Nestas horas
que te fazes
esquivo,
- tenho o resquício
do teu corpo aqui
E destas linhas
que relembram
o meu gemido,
- gravo na tua
memória
o meu sorriso,
Foges com o teu
coração remexido,
- os meus poemas
vão junto contigo
Fazendo contigo
tudo o que
fizeste comigo.
Provoco de propósito,
E me vanglorio,
Não te farei remido,
Deixarei-te faminto,
E completamente enlouquecido...
Levaste contigo
os mais amorosos laços,
- és peixe na minha rede
E também pescador nato,
- voltarás depressa
para os meus beijos
E também para os meus abraços,
Já escuto os teus
passos apressados,
- para apoiares a tua
cabeça em meu regaço
Vens trazendo uma safra
de beijos enrodilhada
pelos teus carinhos destilados.
Quando você está longe,
Tudo é fadiga, tudo cansa,
A saudade desfia o peito,
Ruína se faz reconstruída,
Com graça e poesia infinita,
Ah! essa saudade bandida...
Incerta via do pensamento,
Tudo é tempestade e sentido,
Assim é a saudade locomotiva,
Que o tempo se faz embarcado,
E o coração crê que é passageiro,
Seguindo no impulso do sentimento.
O tempo apressa o relógio,
Não despreza nem o simplório,
Coloca os segundos em velório,
Só para enterrar a saudade,
E desafiar a castidade,
Quero me entregar de verdade.
Faz-me bem essa espera,
Porque ao invés de reclamar, escrevo,
Para quando voltares, voltares doce,
Bem doce querendo o meu sossego,
E vires arrebatado pelo nosso 'instante',
Para que eu circunscreva no teu corpo delirante.
Escuta esse poema, pois.
Escrevo com a gentileza
De quem ama e rejeita todos
Os ditados e teoremas,
- porque para amar não
Há nenhuma receita correta
Ama-se ou ama-se.
Aconchega sem dilema, pois.
Esparramada entre as ramas
Da pequena alfazema, arrumei
Um espaço para caber nós dois.
Entenda esse poema, pois.
Vinde comigo, e com jeitinho
De quem sonha com uma noite
De verão enluarada,
- não quero me ver desgarrada
Estou trilhando o nosso caminho,
Quem ama jamais está sozinho.
Provoca loucamente, pois.
Estou atiçada para incendiar
Porque somos um fino palheiro,
Loucos para o fogo nos tomar.
Eu o consumo com louvor,
É vinho tinto, pura safra,
Prazer que não se encerra;
Prelúdio infinito de um amor,
Grande como oceano,
Dominador como o céu,
Fonte do mais puro e saboroso mel.
Talvez te
ver mais
uma vez,
talvez!...
Transitando
entre a tua
gente,
pode ser,
Fui na beira
da praia
na areia
No afã
de escrever
o teu nome
Só para te
esquecer:
não consegui
- corri!
E eu que acreditava
que os meus poros
Eram impenetráveis,
- você está neles
Ocupando
com todos
os teus
aromas,
- os mais
primaveris
aromas
Tomaste-me
de mim
para ti,
Dominada
estou pelas tuas
pompas.
Rompo com o mundo
para me dobrar,
Para me ceder
ao cortesão
[atirado,
Teu primaveril
perfume perfuma,
Esse verso sobre
o teu corpo deitado,
Findando
esse soneto
[enamorado.
Haverás de me rever refeita,
Ainda mais tua - e perfeita,
Porque a trova que plantamos
A acácia mais bela [semeia].
Acabaram de vez os [freios,
Só a espaço para desejos e flores,
Conhecemos a vida e os [sabores,
É por isso que nos escolhemos.
Nós sabemos o quê queremos,
Amor de verdade é o quê temos,
Um sentimento de pertença,
Com doses de [indecência].
Carinhos que irão sempre [adiante,
Gostamos de tudo que seja insinuante,
As nossas índoles são [picantes,
No melhor do arfar - extasiantes.
Os nossos beijos são o [alimento],
Os nossos corpos formarão um casulo,
Decidimos estamos pelo nosso futuro,
Nós nos escolhemos por porto seguro.
Com o coração apaixonado
Pertenço-te mais à você
Do que a mim mesma,
Você chegou para mexer
Com a minha cabeça,
Não há mais um porquê
Para olhar para trás,
Agora sei que eu te
amo a cada dia mais...
Se é conto de amor,
A gente inventa
Do jeito que for,
E tempera o nosso
amor com pimenta
O nosso bom motivo d
e sermos presença,
Assim nos aquecemos
com o mútuo calor...
Do que dizem que
pode ser ilusão
Está escrito nos teus
olhos a minha paixão,
Sei que aos poucos
você está para chegar
Não falta muito, sei que
você vai se entregar,
Nem eu e nem você vamos
parar para pensar...
Não procure
pela explicação
O amor quando acontece
tem a sua própria lógica,
O importante é estarmos
juntos além das horas,
E dessa vez, nenhum
dos dois irá embora,
O amor chegou para ficar
escrito na nossa história.
Você me pede um verso
Eu quero bem mais do que isso,
Estou pedindo o teu avesso
Quero viver no teu
colo um doce paraíso;
Ter você aqui do meu lado,
é bem isso que eu preciso.
Esse teu olhar discreto
Arranca de mim sem ruído
Uma mistura de prazer
Com um carinho proibido
Ouço o barulho do mar
Tenho o teu corpo para amar
Tenho a maior riqueza do mundo
O seu coração para me amar
Sem mais nem menos
Tudo sempre é motivo
Para sermos obscenos
Nós somos o sentido
Vamos dando cores e tons
Para o tempo e para o amor
Sigo contigo para onde for
Por mim e por ti persisto
O nosso amor é obra do destino
Arranco de ti um poema
como se fosse um beijo,
Desvendarei o teu mistério
- e o teu sabor
Não me importo, o amor
tem o seu próprio jeito.
Busco por ti não importando
- por onde for,
Os nossos hemisférios ganharão
- o ritmo do amor,
Não temo dar ao tempo
o seu próprio tempo,
Dou-te tudo, inclusive, o meu galopar,
Resolvi para você me entregar.
Teço planos como o bico das gaivotas
desenham o mar
- debaixo do sol e de chuva -
estou a te esperar,
há uma encantadora vontade
para te devassar...
Estou aqui hipnotizada a nos imaginar...
Duma forte e ditosa paz semeada
- resolvi ser tua,
Podem dizer que é delírio de amor
- não ligo,
Resolvi ser tua namorada
- bendigo,
Sou tua flor perfumada à luz da Lua.
Neste teu corpo, navegar é preciso,
Quero o teu delírio de amor, e o teu feitiço,
Não ligo que me digam que estou perdendo o juízo,
Tenho um céu, um mar e um bom motivo;
Não preciso de mais nada a não ser te sentir,
Tenho a urgência do teu amor,
Só me falta mesmo é ter o teu calor.
Vem logo!... Meu amor mais que doce amor!
Tenho por ti a mesma leveza
de uma borboleta azul,
Moro aqui em Balneário Barra do Sul,
A minha saia rendada
pelo vento balançada,
Faz coreografia para colocar
a tua vontade atiçada,
Só de te aguardar aqui
nessa praia tranquila,
Planejando entregar para ti
as peraltices meninas,
Trago por ti uma ternura que não termina,
e uma carícia ensolarada:
ainda hei de ser tua amada.
Declinada pertenço-te totalmente,
- pertenço-te tanto até nas gostosas
injúrias trocadas,
Não nego que te pertenço,
- pertenço-te tanto que por um instante
que te distraias, sou capaz de me sentir
rejeitada jogada nas Rua dos Enjeitados.
Deitada pertenço-te totalmente,
- pertenço-te tanto que sou capaz
de te seduzir com o meu encanto,
Não me faço de rogada,
- aproveito-te inteiro como fera esfomeada
Não recuso nem um pouco o dono,
deste corpo que é um divino,
e sublime banquete;
Não ligo para a opinião
daqueles que leem este verso,
e não creem na tua existência,
Morrem de inveja porque o meu
amor eles não têm.
Inclinada pertenço-te totalmente,
- pertenço-te tanto que sou capaz
de escrever poemetos com o suco
das amoras que foram plantadas.
E sou capaz de fazer balas
com as pétalas das rosas
que ainda nem foram colhidas,
- pertenço-te doidamente caminhando
livre até na areia da praia
Lembrando de nós dois até mesmo
apreciando o deslizar dos barcos.
Suspensa pertenço-te totalmente,
- pertenço-te tanto até nas estrofes
que ainda nem escrevi,
És a poesia revistada e revisitada
em prece e procissão,
- prece da minha paixão e profissão
dessas manhosas letras,
É esse o meu jeito de
chamar para mim a tua atenção.
A nossa aliança é sublime
Mais do que palavras
- elas cultivam a atitude:
Nunca subestimamos o acaso.
O amor sempre esteve conosco
- lado a lado
Determinação do Bom Jesus dos Navegantes,
que fez a gente ter se encontrado.
A tarde chega misturando amorosamente
No céu as cores rosa e lilás...
Sinto gotejar o aroma de lavanda
- estou aqui na varanda...
Contando os versos
Que vem atrás dessa saudade,
Que você me faz;
Está retido na minha boca o teu beijo
que me embalsama,
e no meu corpo está a tua mocidade vivaz.
O mundo pode cair à deriva...
Temos em nós uma paz infinita,
Uma vivacidade que não se apaga
E um encanto além da chama...
Sim, nesta tarde que saúda
As minhas três palmeiras,
Estou aguardando notícias suas
[alvissareiras] - cá estou sereníssima...
Quando se ama é assim: não se teme dançar
no [precipício,
O coração busca o outro até no
[abismo,
Vive-se a profunda certeza de estar
Vivenciando a amorosa serenidade
[mais extrema]...
É na certeza de ter a proteção
Do teu colo dando o meu em troca,
é que a gente se amplifica e se serena;
certeza longe de ser pequena.
As nuvens no firmamento
estão se movendo,
E gentilmente você
me empresta o seu ombro,
- esquecemos juntos
esse mundo de escombros
Somos dois pedaços
que formam um Universo,
- só o amor dissipa
o que há de adverso
O nosso amplexo
em carinhosa rotação,
- estamos nos aproximando
As nossas almas estão
se envolvendo,
- o amor é a nossa
aventureira razão
Os nossos corpos estão
em plena translação...
Centelha mística
que pode surgir
sem explicação,
É o amor batendo forte
novamente no coração,
Fazendo a transliteração
da poesia
que habita em ti
diretamente em mim,
- virando gotas e explorando
o oceano na imensidão: não nego,
e tampouco me recuso...
repetirei infinitamente
a dose de beber da
tua fonte de (pura tentação)...
Não me importo
com o quê pensam,
e muito menos
o quê irão pensar,
se amar custa caro: pago o preço.
Ir em busca do amor
requer sempre um recomeço.
A minha cabeça
aconchegada no teu ombro,
- a cintura enlaçada
pelos teus braços
Lado a lado
os nossos regaços
se libertando do abandono,
- sim, desse jeito
que você me faz,
é do jeito que me mexe comigo
- que por ti me apaixono
O nosso amor iluminado
se protegendo
por estes descampados,
e pelas estrelas abençoado,
Nos amando nessa paz
de começar e recomeçar;
protegidos estão
os nossos passos para seguirem
em frente com a doçura
primeira de um casal de namorados.
Encontrado nas nossas grandiloquências,
- assim é o nosso tácito consentimento
Desfazendo-nos desse mundo em gris
- colorindo-nos nas cores mais sutis,
És o sublime amor que eu sempre quis.
Nesse mundo em desvario,
O amor é uma profecia celestina,
Vou protegendo o nosso canteiro de flores
Com os meus carinhos de menina
Aprecio a tua segurança masculina.
Cada gesto teu, ilumina.
Cada carinho teu, fascina.
Cada palavra de admiração,
Desfaço-me de mim
Para ser inteiramente tua - 'vestida',
Simplesmente pela luz da Lua.
Não me perco de nós porque estamos
Perto, perto...
Perto como o coração que bate no peito
- usufruindo -
Desse amor vadio amor - a saudade existe,
Mas o contentamento é perfeito.
Na nossa performance
Não cabe o preconceito
- não fazemos amor -
O quê fazemos é arte; e muita arte...
Porque para amar não há conceito,
O amor é afeito à melhor parte...
No mar, na montanha, aqui,
E bem pertinho daí, iremos juntos ousar...
Escrevo essas linhas
Para você Se deliciar,
[maliciar]
- e por todas as minhas curvas
o teu desejo redobrar.
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