Poesia
UTOPIA
Em cada manhã
Acordo sempre
pensando com seria bom viver na utopia,
longe da tristeza
e da agonia,
dormir e acordar
no abraço da amada,
Quem me dera,
disfrutar da segurança
que oferecem essas ruas,
sair as madrugada
sem medo
das vozes gritantes,
nem das sombras
humanas.
Massvi Suburbano Odisseia
Numa batalha jamais nos entregamos por derrotados.,
não nos desafiem porque podemos ser grandes marados.
o meu povo vai encher avenida dos aliados,
para projetamos rimas verbais de pesos pesados.
A vida não se tem valor
se não se vive com intenso amor
A vida não tem sentido
se não se vive com o que se tem aprendido
A vida não teria ousadia
se no mundo não existisse poesia
SÓ VOLTES SE
Não voltes fingindo, tu
Que não houve nada demais
Não voltes querendo, tu
Compor uma falsa paz
Se cometeste teu erro
E inda assim quis outra chance
Não voltes pensando, tu
Que já estou em teu alcance.
Ah, não voltes com preguiça
Não voltes com vida nova
Só voltes fazendo justiça
Só venhas para dar a prova.
E trates de convencer-me!
Que quero coragem e esforço
Só venhas, meu bem, só voltes
Se for não ser alvoroço.
Porque, ó, meu bem, repares...
O que quero é um amor tranquilo
Não vou ser tua calmaria
Para ganhar aquilo!
Só voltes, tu, só voltes
Se for para fazer direito
Se não, faças teu melhor:
Vai-te embora como insatisfeito.
Fazendo tua peça engraçada
Que nela mais nada me dói
Voltes, meu bem, voltes
Sabendo que não me corrói.
Não levantarei um dedinho
Não chorarei tua desgraça
Não ajudarei um tadinho
Que de tadinho se passa.
Não queiras de mim compreensão
Não queiras ser tão egoísta
Não venhas com a ilusão
De outra tão fácil conquista.
Só voltas, então, só voltas
Se puderes fazer diferente
Aguentes, meu bem, és tu
Quem terás que ser paciente.
(...) Arriscadamente charmoso.
"Mergulhar de cabeça em pessoas profundas, pode ser um risco que você quer correr..."
“” Não quero ser alguém que te tire o sono
Que te faça sentir abandono
Quero ser quem te entende melhor
Eu quero ser tua jóia mais cara
Sua sensação rara
Na vontade de viver e ser feliz
Eu quero ser a tua juventude
Mesmo quando o destino
Te mostrar o tempo é rude
Eu quero ser tua vontade
De ter na vida algo de valor
Eu quero sim, ser seu grande amor...”’
"" O castigo foi um tanto cruel
Quando moldou resistência
E navegou desejando outro mar
Que maldade
Perversidade brincando de ser feliz
Vamos tomar cachaça...
Eu e a solidão
Ai tu vens como cantiga
E sopra sonhos
No peito do incólume sonhador
Que perdido
Resigna a sorte...
Agora
É tudo ou nada...""
"Talvez eu tenha esbarrado num mundo tão imenso com você...
Que raramente ou nunca mais o vira...
Me transformou no melhor que eu poderia ser.
Fez eu encontrar meu paraíso...
É ai que esta a magia no que eu sinto.
Foram jogados os dados.
E na guerra interior da paixão,
fui atingido por todos os lados.
De uma forma que nunca havia despertado.
Cai no seu fenômeno encantado..."
Transtorno de domingo
Aos olhos de todos - as vísceras - completamente expostas. Expostas feito quadros, feito instalações contemporâneas nas ruas da periferia. Sacadas ao meio dia na frente de todos, na porta da padaria. E o corpo, sem identidade ou cor revirado às avessas, a revelia de sua vontade. Caído de ponta a cabeça na sarjeta, após tamanha tormenta.
De repente, um grande alvoroço! As sirenes do carro de resgate interrompem o silêncio local - chegam primeiro que a polícia - essa chega instantes depois com todo seu aparato.Mas já é tarde demais!
Todos observam calados, incrédulos com o ocorrido. Ninguém fala nada, ninguém vai embora. E como se ainda esperassem acontecer algo permanecem no local, velando o corpo. O sangue encarnado que escorre do corpo já roxo, segue pela guia da calçada em linha reta, na direção do esgoto.
Já se passam das sete da noite e o corpo permanece ali, no mesmo lugar! Só que agora coberto com uma manta de papelão improvisada, feita de caixas de óleo de soja, doadas pelo dono da padaria. Ninguém parece ter pressa de tirá-lo daquele lugar. Só o dono da padaria se preocupa com o corpo, pois já é hora de baixar as portas, de fechar o comércio e acabar com todo aquele grande transtorno de domingo.
Caminhos trocados
Dor, destruição, praga,
Assolam a alma, corpo e mente,
O que é esse sentir,
Que tira tudo quanto temos?
O que é um ganhar em se perder?
É cólera, invade, assola,
Trás morte,
Que outrora era vida.
Para viver é preciso morrer,
Para ganhar é preciso perder,
Mas porque tão alto preço?
Desafiar deuses é brincar com fogo,
Brindar o desconhecido,
Rir para o abismo.
O preço é cobrado,
E sem mesmo saber,
Será pago,
De uma forma ou de outra,
Aqui não existe calote.
Disposto?
De uma forma ou outra,
Não existe outro caminho,
Que não seja assombrado.
Sigo para o lado oposto,
Olhando o outro.
Olhar anistia,
Nem que por um segundo,
A terra devastada.
Certo ou errado,
Que Deus o saiba,
Não eu!
Seguir por aqui,
É o que resta,
É o que devemos fazer.
Espinhos, pedras, buracos,
Já nem são,
Grandes obstáculos,
Para uma alma que,
Como Fênix procura,
Renascer das cinzas.
Que assim seja,
Seja feita a vossa vontade,
Não a de Deus,
Não a minha,
Nem a sua,
Mas alguma vontade seja feita,
Para que um dia,
Se tivermos um pouco de sorte,
No descansar do universo,
A vida possa nos sorrir,
Mais uma vez!
E nesse dia possamos,
Nos apegar a eternidade,
Sermos os pobres miseráveis,
Que somos,
Sem ousar tanto,
Reconhecendo nossas fraquezas,
E sabendo que um dia estivemos,
Acima do bem e do mal,
Além, e que aqui tudo foge,
Ao controle daqueles que pensam,
Serem os jogadores mais hábeis.
Ir querendo ficar
Ser ou não ser,
Não sei o que ser,
Não sei o que sou.
Se querer encarnasse o ser,
Queria ser você.
Loucura querer te possuir,
Como um demônio,
Que toma o corpo alheio,
Sem domínio,
Muito anseio.
Se é contigo,
Que sei o que sou,
Onde estou,
Porque não te roubar,
Te levar,
Sem somar?
As pessoas não entendem,
O que é ser e não ter,
O que é ter e não ser,
Mas, nem eu entendo,
O que é ser e ter.
Já tive sem ser,
Hoje sou sem ter,
Desejo saber como é,
Aquilo que eu não sei.
A vida é uma loucura,
Pessoas nos brindam,
O tempo todo,
Algumas apenas passam,
De um lado a outro,
Outras cruzam caminhos,
Passam algum tempo, se vão,
Mas existe um valor inestimável,
Quando encontramos quem deva ficar,
E ela sem conseguir ir, fica!
Deixo-te, que vá,
Como é difícil ir querendo estar aqui.
Se precisar mesmo, entendo,
Explico tudo bonitinho,
Com início, meio e fim.
Mas não existe quietude,
Quem sabe mesmo a razão,
É a alma, que mesmo sem pedir,
Te prende aqui,
Sem deixar jamais partir,
Já não há inquietude,
Existe paz, tranquilidade,
Amor, barulho do mar e sopro do vento,
Lá não tem, duvido!
O valor mais inestimado,
Está quando quem tem que ficar não vai,
Quando quem precisa sorri o entrega,
Os olhos encontram o que procuram,
A bochecha dói e a cara de bobo.
Aquilo que julgo tão valoroso, encontrei,
Querer ficar, poder ir!
Será que ela fica ou vai?
“Por que a mim não escreves? {2}
-
Por que a mim não escreves?
Por que, por que não escreves?
Nesta essência não te inseres?
Sentes que sou-me o nada?
E tal nada não alimenta o que queres?
Queres a vida de forma vasta?
Por que a mim não escreves?
Por quê? Por quê? Por quê?
Tens inspiração em falta?
Que falta somente a mim,
Que dás aos outros, completa,
Como se fossem dignos de ti.
Por que a mim não escreves?
Por que, tais letras, sufocas?
Uma carta como outrora
Sílaba esmagada pelo tempo
Que descreve uma maldita história
Que frágil como uma brisa do vento;
Eu não quero que me escrevas
Como quero… Como quero…
Algo que transforme esta treva
Em teu conto dramático eterno;
Eu não quero que me escrevas
Só quero… Somente quero…
Ser a protagonista que inventas
A sofrer em cada trecho mero.”
Pouso para repouso.
Não tome como inconstância
O que não é constante.
Ouvir o canto,
Mesmo no desencanto.
O horror de palavras torpes
Que são tão somente palavras,
Como as mais belas.
Engano de toda certeza,
Pois do que se sabe
O único fato
É nada conhecer.
Amanhecer um novo dia,
De forma alguma será como ontem,
Se apresenta como completo desconhecido.
E de nós a ignorância
De que tudo será como foi.
Acredito no que sinto,
Penso, vivo e digo.
Quando o dito é sem sentido,
Tomado como não dito,
De outra forma interpretado, entendido,
Mesmo assim por mim acreditado.
Palavras ditas,
São autônimas, livres,
Cada qual constitui
Seu próprio sentido,
Assim elas sempre fazem.
Do que sei que gosto,
Nem sempre digo,
Depois poderá tomar outro caminho,
Como palavras ditas e caladas,
Se tornando desconhecido.
Importa é estar vivo,
A vida sem brilho é inútil ser vivida.
Preciso é encontrar pouso
Para repouso,
Reflexão das estradas,
Passagens e atalhos percorridos.
Não existem ciclos,
Existe constância e inconstância,
Permanência e impermanência,
Sombras do passado
Que iluminam o amanhã.
É preciso olhos sensíveis ao negro,
Para na escuridão
Enxergar a mais sincera luz da aprendizagem.
Tudo é construção de uma vida,
Razão onde não existe,
E isso é a essência
É o segredo de todas as coisas.
O que dá sentido
São apenas palavras.
Se no princípio era o verbo,
No final há de ser.
“Por que a mim não escreves? {1}
-
Por que a mim não escreves
Se te escreves ao respirares?
Se te respiras então escreves
A cada segundo em que vives
E se não vives tão vorazmente
Escreves à solidão e à tristura
No silêncio que lhe persegue
Em meio ao sono que amargura
Escreves quando pensas
Em alimentares teus vícios
E se escreves para todos eles
Para que o existir seja longínquo
Por que a mim não escreves?
Se não lhe sou tão precipício
Se não lhe causo um sentir abismo
Não me escreves por sentires
Sobre mim o mais puro vazio
Sobre esta lacuna, inda assim
Tu poderias escrever-me
Ou contando-me os teus motivos
Do por quê a mim não escreves.”
“Rasga esta estranheza
Traz-me uma razão
Conceda-me beleza
Sabor de emoção;
Prometa-me que fiques
Escreva-me que amas
Entrelaces no que incide
Uma paixão em chamas;
Toque este céu brando
Da minha boca rubra
Nectáreo esvai de manso
De dentro de mim à lua.”
“Embriagada e sozinha
Como nos velhos tempos
Sinto-me entorpecida
Em busca de um beijo;
Quero estar em chamas
Experienciar a intensidade
Sentir sobre a cama
Do prazer às extremidades;
Me apetece ocupar a boca
Mesclar sabores antagônicos
Me apetece despir a roupa
D’um corpo ou amor platônico;
Todavia o outrora se repete
E como outrora o desejo excessivo
Apenas, infeliz, se converte
Em poemas sobre vinho tinto.”
A revelia
Sou o poeta que escreve seus versos nos muros
artista dos becos e das vilas que declama suas dores e amarguras
sou o filho do meio, de outros tantos, criados a revelia e sem recursos por uma dona Ana ou uma dona Maria...
Na rua sou ligeiro, nem bala perdida me acha
sou rima faceira que combina em seu corpo tempo e espaço, ódio e amor, paz e guerra
sou a linha de frente da guerra, a lâmina da faca, o cano do fuzil
sou o verbo inteiro, vez ou outra partido ao meio, transformado em refrão
sou o mundo inteiro e o meu bairro
e o desespero da mãe quando falta o pão
sou a minha esperança
a ponta aguda da lança - nunca se esqueçam!
Sou o pai de família que acorda todos os dias bem cedo
e segue firme sem pedir arrego, sem desejar vida fácil.
Sou o pretinho longe do tráfico, salvo pelo passinho e pelo futebol
sou a segunda parte do hino nacional que ninguém canta:
a liberdade
os campos verdes
o lábaro que ostentas estrelado.
Sou apenas mais um filho da pátria Brasil com nome de santo
feito outros tantos Silvas nos becos, nos morros, nas periferias
apenas mais um brancopretovermelhoamarelhoíndio e favelado
renegado pelo sistema, vestindo preto por fora e por dentro.
Coração De Rimas e Versos!
Tenho
um coração livre..
Carregado de
sonhos e poesias.
De versos e rimas.
Só para te oferecer!
Não deseja conhecê-lo?
Duvidas...
“” O que será o amor?
Seria uma magia, bela e insana.
Ou apenas um sorriso pela manhã
Seria talvez o encontro de corpos
Ou a ressonância de desejos
Quem sabe água cristalina a descer a montanha
Ou a ave a migrar em céu azul
O que será o amor?
Seria esse momento que penso em ti
Ou a ausência de possibilidades de te possuir e ainda querer
Seria o beijo,
Um anjo
O mel
O que será o amor?
Entre tantos amores
Seriam flores
Cores
Licores
Sabores
Ou uma sensação
Coração noutro coração
Emoção noutra emoção
Qual palavra definiria o amor?
Vem
Quero
Espero
Penso que se for tudo isso e um pouco mais
Seria esperar demais
Ou viver para acontecer?
Não sei ... Ou sei
Mas vai, responde ai...
O que é o amor (?) ””
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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