Poemas Variados e Diversos
Poema do quase fim
Quase, foi assim...
De repente, quase o fim!
Quase vi acontecer com meus amigos de sempre
bem perto de mim.
Uma rusga por um mal entendido qualquer
um ruído na comunicação no momento do diálogo derradeiro
palavras mal ditas, não ditas, ditas de qualquer jeito
e uma vida inteira sob suspeição.
Por causa do disse me disse, já não podia ouvir mais nada
a raiva os controlava, dominava seus corpos, suspendendo-lhes a razão.
Já não se tocavam há tempos - por medo, por precaução.
Já não se falavam como antes - em tom de brincadeira, naturalmente.
Ira!
Talvez resolvesse, não sei se resolveria.
Talvez tudo se resolvesse, se fosse em um outro dia...
Mas, não! Tinha de ser neste dia.
Ainda há esperança, é no quase fim que a vida se renova
é no quase fim, que se encontra a saída
e é no quase fim, que tudo o que é verdadeiro se reafirma.
Pois no fim... é mesmo só mais um dia, feito tantos outros ruins.
A PAIXÃO
Não tema, codifique o poema
já que a distancia existe
e a saudade insiste
completa e extrema
A certeza consiste
na arte do versejar
cristal raro p’ra se guardar
jóia que ainda inexiste
Nos sonhos o divagar
laços coloridos em riste
que enlaçam sentidos no amar
É desejo ardente e persiste
invade p’ra muito alegrar
aquele que um dia foi triste
Milena
Mesmo não te conhecendo muito vou fazer um poema.
Começarei devagar,para não estragar e nem errar pois isso seria um problema,
Vamos falar do seu nome que vem de Maria e de Helena,
Mal sabe que é o feminino de Milan,e que pode resolver mil problemas;
Por agora eu sou só mais um,mais logo logo serei seu Milena !
Poema - Para quando você voltar
É querer meu ter você aqui por perto,
Mas isso não está sob meu controle.
Você sabe que meu coração estará sempre aberto,
Aqui dentro te dando mole.
Sinto que aquela despedida
Não foi, por certo, o fim.
Foi apenas uma partida
E haverá de voltar para mim.
O tempo vai custar passar.
É difícil, eu sei.
A saudade vai apertar.
E estes versos guardarei,
Para que um dia eu possa te mostrar
Que em todas as horas da vida eu te amei.
"" Poema é circunstância
poesia constância
fogo que arde.
.
poesia é flor
paixão é amor
caliente
.
paixão é tato
amor é olhar
olfato
.
poesia é poesia
poema é poema
e amor é amor...
UM DIA... HEI DE ESCREVER
Um dia... hei de escrever
O mais lindo dos poemas!
De um poema que fale
O que canta meu coração.
De um poema escrito
Com suavidade, esplendor
E que do fundo de minh'alma
Narre todas as prerrogativas
Necessárias, clementes
Para que seja endereçada
Àquela que a cada dia
Conquista mais o meu amor!
CADA PÉTALA
Cada pétala
Que desabrocha
Em flor no jardim
É como se fosse
Um lindo poema
Escrito nas nuvens
Dedicado a mim!
ACHO QUE ÀS VEZES
Acho que às vezes
Escuto sua voz
No meu ouvido sussurrar
Aquele poema canção
Que escrevi pra te dar.
Não sei se você lembra...
À época você adorou!
Nele, continha a mensagem
Mais linda que compus
Para expressar meu amor.
Coração apaixonado,
Pelo amor enfeitiçado
Não sabe o que é certo
Muito menos o que é errado!
Acho que era prenúncio do fim...
E assim, um dia desmoronou.
Tava cantada por um canto
Num ritmo de uma poesia
Onde a palavra amor
Deixava-se embalar
Em sonhos e fantasias.
Era mais que uma declaração:
Eram doze acordes na utopia
De um poeta sonhador!
ANTES DE VOCÊ ME ESQUECER
Antes de você me esquecer
Lembre-se de cada poema meu!
De cada palavra escrita, dita
Declamada do fundo da minh'alma.
Verás que meu amor está presente
Fragmentado em cada página
Em cada rima, em cada verso.
Em cada sonho, deixei escrito
Com a delicadeza sutil da vivalma
Todos os pensamentos, planos.
E nem por um momento disperso
Deixei transcrever amarguras
Lágimas, tristezas, desenganos!
Antes de você me esquecer
Deixa eu te pedir uma coisa:
Se um dia sentires saudades
Saiba que saudade arrebenta!
E toda vez que olhares pela janela
E sentindo minha presença...
Perceberás que meu olhar distante
Haverá de tocar teu coração
Como um sopro que se foi e se esvai
Sentido com o peso da tormenta!
O QUE RESTARÁ DESTE POEMA?
O que restará deste poema
quando a boca silenciar?
Quando a mão trêmula
cansada, desnorteada
não conseguir o papel segurar
o que restará deste poema?
Ainda que haja vida além
que faça reviver, suscitar
como lê-lo sem se importar
com o próprio sentimento
se a escrita é triste, singular?
Como saber conciliar
vida, tempo, envelhecimento?
Quando a precisão do tempo
tomar de assalto o momento
e, percebendo-se a fragilidade
do corpo, d'alma, da mente
o que do poema permanecerá?
O silêncio do adeus?
a dor, a tristeza, a saudade?
Ou a última lembrança do desejo
incapaz de poder versejar?
E QUANDO O TEMPO... (POEMA)
E quando tempo
insofismavelmente
zombar de mim...
a ele, nada direi
apenas deixarei
que as cicatrizes
falem por si só
e ele sem pena nem dó
haverá de tripudiar-me
alegando que nada
quando criança reclamei
É certo! E por ser verdade
verdadeira, absoluta
mostrarei a ele que
em toda minha vida
durante o decorrer da labuta
a única coisa compensável
que fiz e sempre adorei
foi que amei, amei, amei!
PROJETOS DE VIDA (POEMA)
(MEUS VOOS)
Meus voos
não são rasteiros...
são voos altos
que ultrapassam
os limites do espaço
são voos incessantes
destemidos, livres
obstinados, pensantes
são voos de céus
de mares, oceanos
reais, corporais, penetrantes
meus voos
possuem as mais belas asas
são profundos, abissais
voos arriscados
planejados, moldados
na inquietude do ímpeto
dos projetos de vida
por outra morte sentida
pela vontade inconteste de voar!
Como escrever um bom poema?
Bem, estrutura e fonética nunca estão boas por completo. Contente - se em ver suas obras prontas virarem rascunho novamente, pois é assim com os poemas. E é assim com a vida.
"" Depois de um soneto
a poesia e o poema não se contiveram
tiveram um caso
não por acaso
nasceu a trova
como prova
de que os poetas não só imaginam
mas existem sim
histórias e histórias de amor..
Que terno! - disse ele do poema que leu, e logo complementou: é um verdadeiro presente que se dá a quem se gosta...
E o diálogo seguiu em forma de prosa em meus pensamentos, afinal, sempre gostara de escrever:
- Seu moço, posso saber porque "tai" rindo tanto feito "tabacudo"?
- "É mode quê" eu voltei pra ca!
- "Mai comé" que tu fica feliz em voltar pra essa terra infeliz? Aqui "num" tem nada de bom.
- Eu sentia falta do gosto da água e do cheiro de barro. "Oia" pra isso: o pasto cresceu. Tem até flor, aí eu catei uma e dei pra Tôinha.
- E é por causa disso que tu tá tá sorrindo? Tu é doido! Lá na "capitá" tu tem tudo...
- Menino, meu tudo é Tôinha. "Num" adiantava muito não. "Mai" sorte que percebi isso logo e ela ainda me queria. "Num" pude trazer nada de lá... Mas essa flor, sim, essa flor ela gostou. Disse até que vai colocar num vaso. Foi lá na feira comprar.
- Tu é doido! Tu é doido João.
- Eu sou doido de amor! Só se for...
Tôinha colocou a flor no vaso e no cabelo também. Se arrumou, passou perfume que João gosta e o chamou para comer.
- Eu trouxe esse CD de "capiba" da "fêra" pra tu. Ainda gosta?
- Não precisava minha, flor!
Não restou nada do cuscuz com galinha e pão que Tôinha fez. Foi tudo tão inesperado. Mal sabia ela que depois de dois anos e sete meses iria rever João. Nunca, nenhuma vez, se falaram depois que brigaram.
Amor verdadeiro não morre, se materializa numa rosa do sertão, num pedaço de pão, num perfume lembrado, num CD que foi comprado. O amor está num sorriso estampado de quem volta feliz para casa, na certeza de encontrar sua amada.
SORRIA, SORRIA (POEMA)
Ei amigo, sorria, sorria.
Sorria sem se esconder
por trás da sua rizada.
Escancare-a de modo
que as pessoas achem
que você não é normal
porque o mais legal...
É sorrir sem segredos
que tal botar nos lábios
um pouco de felicidade?
Sorrir espanta maldade!
Mostre-se sem medos
aventure-se com sua rizada
conquiste adeptos
forme uma grande corrente
Sabe o que é bom mesmo?
Sorrir faz com que a gente
seja feliz! Sorria. Viva feliz!
E torne-se amável, diferente!
REVOLUCIONÁRIOS DA HISTÓRIA
(Este Poema canção foi agraciado com a medalha honra ao mérito pelo grupo “Tortura Nunca Mais” do Arquivo Nacional)
No rosto do Brasil ainda sangra as torturas, os espancamentos
Seus jovens ainda reclamam dos maus tratos, dos confinamentos
Marcados pelo pavor da covardia
Opressão AI-5, contra rebeldia.
Nos seus ouvidos ecoam os gritos, ávidas mães que choram
Pelos filhos desesperados que imploram
Dos impiedosos quartéis da ditadura
De tanto medo, de tanta tortura.
Pela história manchada, pelos anos de chumbo
Por uma vida mais digna, pelos direitos humanos.
E hoje no arquivo maculado da memória
Prisões de fortes paredes frias
O fantasma da morte, aparição, nos campos de concentração.
Embaixo dos coturnos bem engraxados
Marcas da violência em corpos ensanguentados.
Revolucionários, estudantes, grande legião
Tanques de guerra, fazendo evolução...
Era preciso viver, era preciso sonhar
E contra os opressores era preciso marchar.
E hoje nos monumentos aos mortos, na lápide heróica da comemoração
Coroas de flores, homenagens na foto
A bravos homens destemidos que lutaram e morreram pela pátria
Mas não silenciaram diante do poder opressivo.
E aos que sobreviveram mesmo que mutilados de vontades e sentidos, nossa eterna gratidão.
Prestes, Olga, Gregório, Julião, Ivan Aguiar, Arraes, Amaury Caminha, Brizola, Zé Duarte e tantos outros.
SIGA EM FRENTE
(Poema canção)
Ando perdido pelo caminho
Apenas na memória os dias, as horas!
Sem parente, sem vizinho
Vagando pela praça da história
Sem afago, sem carinho...
Sigo em frente, vou sozinho!
A cidade não vai a lugar nenhum
Você é apenas mais um
Desapareça no tempo, no espaço
Aconselhou um velho de vários saberes
São apenas crianças, não mulheres
Vendendo seus corpos seus sabores
Está no diário dos tabloides...
Cada vez mais sujo, cada vez mais mortes!
Sigo em frente...
Siga em frente vá sozinho,
Vasculhe outra rua, outra saída
As cartas já foram traçadas
Os viciados estão por todos os lados
Vigiados por olhares ocultos
Pela tristeza dos abandonados!
Os homens enlouquecem por dinheiro
Enchendo sacas, cofres, mealheiros
Meus heróis e bandas mudaram de nome
Ficam propagando a miséria
Na barriga dos que passam fome!
Está no diário dos tabloides...
Cada vez mais sujo, cada vez mais mortes!
NÁUFRAGO
(Poema canção)
(...) Quando você tomou o rumo
Quebrou uma rotina desvalida!
Minha vida respirou aliviada
Me soltei, me livrei, me libertei...
Das amarras enferrujadas
Que o cais do porto tratou de desgastar!
Já fui louco, já fui torto
Vivi sem nome, alma ferida
Meu barco procurando porto
Preso, encalhado, sem destino
Minha bandeira tremulando em desatino
Vivendo a esmo para encontrar...
Meus passos, meus pedaços!
Tristeza em viver a vida em desalinho
Apenas sonhando os sonhos...
De um rabisco em pergaminho!
MAR DE PAIXÃO
(poema canção)
Das janelas, das vidraças
Quando meu olhar se afasta
Procurando quem tanto amei
Nos lençóis frios de solidão
No cais de pedra da paixão
Minha praia anda deserta
E por horas a fio em alerta
Buscando nos olhos do farol
Um aceno dia e noite
Até o romper do sol
Mar de maré cheia,
Mar azul de pedra e areia
Mar de amor sem fronteiras
O tempo é triste de felicidade
Quando o mar se alegra em calmaria
Escuto sua canção em agonia
Dos gemidos cortante das ondas
Se tocando contra o cais
Do cais de pedra da paixão voraz
Mar de maré cheia
Mar azul de pedra e areia,
Mar de amor sem fronteiras!
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