Poemas Sombrios
O tempo passa
Ainda vejo sua sombra na parede
Ainda escuto aquela música, da primeira noite que eu dormi na sua casa.
Ainda lembro do seu cheiro
Ainda sinto falta do seu cabelo
O tempo passa
E o amor
Não sei...
Como
Sobrevive ao tempo
Mesmo caminhando em uma via de mão unica
Ele segue em frente
Sem perceber que não tem volta
Movido pela esperança de
Amor
Volta!
É só mais um eco
De tudo o que a gente foi.
Sou deserto
Sou oceano
Sou noite
Sou manhã
Sombra incerta ❤
Sou silêncio de mim
Sou versos em poesia.
Quero o frio, e o calor de um corpo pra me aquecer. Quero sol, mas com a sombra de uma árvore para ler. Quero música para alegrar os ouvidos e acalmar a alma, que ressoa todas as boas vibrações do universo.
B.
Soneto de Encontro
'Estás comigo
Estamos cantando na sombra com a luz de aurora
Caminhando por palavras infinitas
Existem tantas coisas...
Aprendi a gostar de tudo que me encanta por natureza
Das linhas que compõem o quadro
Imagens que embarcam longe
Perto da ponte
Que é nossa
Dentro da casa preferida tu descansas na rede de tricô
E a cor desse amor é a cor de encontro. '
Nao permita que sua sombra seja maior que a luz..
Não deixe que os enganos sejam maiores que as certezas..
Nunca deixe de olhar para o que realmente faz diferença
em seu coração ,para dar lugar ao que te leva pra longe ..
Não permita que a inveja alheia faça você duvidar de quem
você é ...
Pessoas para te derrubar sempre existirão...
Cabe a você dar ouvidos a elas ou não...
Hoje me lembrei.
Hoje me conheci novamente,
Fui até o pico que trazia a sombra para o meu mundo
Descobri que não havia problema
Esta colina era minha, era meu o dilema.
Hoje me descobri como nunca
Mudei sem perceber tamanha decadência.
Nego, mas meus traumas me trouxeram seqüelas.
Escondi meu melhor sorriso, minha melhor roupa,
Escondi minha melhor piada, e minha bola favorita...
Onde estão eu não me lembro...
Mas hoje me lembrei que lagrimas são salgadas...
Luz, minha luz,
Onde está minha luz?
A sombra envolveu-a,
Em seu manto de trevas acolheu-a.
Sol, ó meu sol,
Para onde foi o meu sol?
A noite roubou-o,
No breu mais profundo guardou-o.
Vida, minha vida,
Para onde foi a minha vida?
Entre os meus dedos escorreu,
E como flor entre espinhos morreu
As crônicas do Mundo Emerso - O Talismã do poder
"Alma Perdida"
Sou alma perdida no meio da solidão.
Sou sombra que caminha no vale da morte,
O ser que arranca as suas próprias entranhas.
Minha alma tem espelhos partidos,
Absorvem toda a vida que possa existir em meu redor.
Sou espírito que canta marchas fúnebres.
Rasgo os céus com minhas lágrimas.
Ninguém ouve meus gritos.
A minha sombra insiste
Vai andando a minha frente
Eis que num giro deixo-a para trás.
Com poderes em versos
E atitudes cósmicas
Altero a ordem do meu universo.
VERMELHA TEUS SENTIMENTOS
[20.01.2019].
Encobre-te com a sombra da Terra!
E me deixa te observar em sua beleza,
Pois vens para trazer mudanças,
Quando for hora de tudo acontecer.
Ah, lua de sangue,
Vermelha teus sentimentos,
Abre as portas do meu peito,
Para que meu coração possa se inspirar.
Assim, encontrarei as razões,
Dos quais sou um poeta!
Liberta-me das paixões,
Dai-me um fragmento das canções.
Veja, os mistérios não se explicam,
Mas causam versos em sua manifestação,
Despertando-me, e vivo a vida,
Sendo um trecho contido num livro.
SOMBRA DOS VENTOS
Cansado de ser marinheiro nauseado
De remar à unha rumo a dezembros nublados
Pus-me ao solo encravado
Aqui ando e corro descalço
Meu superego, campo farto de hectares
Da primeira à última porteira
Posse tenho das poças em que tanto afogo
Eu quem afaga a cada seca desse cerrado
Eu quem afaga
Espelho de faca
Plantarei um pássaro
Para asas fazerem sombra em meu quintal
Sujo, eivado, de esgalho (ou da migalha)
O assoalho de meu quintal...
Solo, sujo, sol e chão
Farto de folhas de feridas que secaram
No outono que se foi.
Não como a sorte que nasce nos trevos
Nas vielas dos meus dedos...
A minha sorte - eu tenho outras -
Ainda é cedo
Pra mostrar
Quero (mais do que posso); vê lá se posso
Oh, esperança tão teimosa
Quero comprar uma rede
Pra me balançar
E voar em vento
Pra mo'da vida não parar
A minha sorte - eu tenho outras -
Ainda é cedo
Pra mostrar
A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura num momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!
Na sombra de tua poesia, eis que me encontro,
Entre versos e sonhos, o encanto se expande.
Tua lembrança é brisa, um sussurro, um encontro,
Nas páginas da memória, a verdade se expande.
Palavras que tingem a alma, com cores do sentimento,
Cada linha é um mundo, cada estrofe, um mar.
O que fizeste por mim, é eterno, é fundamento,
Na vastidão do poema, onde me perco a vagar.
Sei do que te interessa, e a resposta, aqui está:
Tu, que me escreves com coração e com alma,
Sabe que cada verso teu, em mim, ecoará,
Pois na poesia que crias, encontro a minha calma.
O que achei de teus versos? São laços de emoção,
Que em cada rima, me envolvem e me transformam.
São flores de papel, que brotam da tua mão,
E no jardim das letras, novos sonhos formam.
Eis a minha resposta, na simplicidade que sinto:
Grato por cada palavra, por cada suspiro leve.
Nos teus versos, encontro o que no mundo pressinto,
Um elo de poesia, que eternamente me envolve.
Eu caminho através do vale da sombra da morte
E não temo mal algum, pois sou cego para ver tudo isso
Minha mente e minha arma me consolam
Porque eu sei, matarei meus inimigos quando eles vierem
Certamente que a bondade e a misericórdia irão me acompanhar todos os dias da minha vida
E eu habitarei essa terra eternamente
Eu caminho juntos às águas calmas e elas restauram a minha alma
Mas eu não posso andar no caminho dos certos, pois sou errado
(Through The Valley)
naquela noite
despi-te o luar
que vestias no olhar
dei sombra ao sol
que escondias no regaço
pronto para amar
ah esta loucura
que me faz escrever-te
me faz estremecer
a caneta na palma da mão
perceber que nada é em vão
este amor
qual cavalo selvagem
galopando nos vales
que se quebram nas dunas
perto do mar
não te quero sempre..
quero que me tragas o amor
antes da hora que ameaça
a chegada do amanhã
que tudo não seja mais
que uma esperança vã..
Canção sem seu nome
EU VI VOCÊ ATRAVESSAR A RUA
MOLHANDO A SOMBRA NA ÁGUA
EU VI VOCÊ PARAR A LAGOA PARADA
VOCÊ ATRAVESSOU A RUA
NA DIREÇÃO OPOSTA
PISANDO NAS POÇAS, PISANDO NA LUA
E A POESIA REFLETIDA ALI ME DEU AS COSTAS
E PRA QUE PALAVRAS
SE EU NÃO SEI USÁ-LAS?
CADÊ PALAVRA QUE TRAGA VOCÊ
DAQUELA CALÇADA?
VOCÊ ATRAVESSOU A RUA
NA DIREÇÃO CONTRÁRIA
E A POESIA QUE MEU OLHO MOLHAVA ALI
QUEM SABE NÃO ME CAIBA
QUEM SABE SEJA SUA
ALI, ATRAVESSANDO A CHUVA
E TODA A LAGOA PARADA
VOCÊ NA DIREÇÃO ERRADA
E EU NA SUA
Esperança maldita.
Tudo em nada e nada em meio a tudo.
É assim que me sinto!
Ser sem sombra, sem rumo.
Ser de vida! Vida desgraçada, sem alento, nem lamento. Vida vivida, mal vivida, mas, vivida!
Olhar tosco, brilho vazio, sorriso sem luz, é assim que sou.
Sem esperanças, crenças ou coisa qualquer.
É assim que sou eu! Um ser sozinho...
Sem nada e sem ninguém.
Cheio de vazio. Vazio sem fim, sem luz, sem trevas... Apenas vazio!
Fúnebre. Assim é que é minha vida!
Esperança maldita, desgraçada, desgarrada, que teima apesar de tudo em ser feliz...
25/05/07
"O Abraço No Ar"
Ela apareceu feito sombra bonita,
num tempo em que o mundo me olhava torto. Tinha olhos que pareciam saber de mim sem perguntar nada.
E um silêncio que gritava mais que qualquer voz.
Não disse muito,
mas eu entendi tudo.
Ou talvez…
entendi o que eu precisava sentir.
Ela era a garota da tela, era o mistério da minha solidão. Vestia o preto que eu sentia por dentro. E sumiu sem dizer adeus,
como se fosse um sonho tímido
que teve vergonha de durar.
Desde então,
me pego perguntando
Será que lembra de mim?
Será que doeu nela também?
Será que… ainda existe?
Mas a verdade é
ela vive em mim,
não como pessoa,
mas como marca.
A marca de um tempo onde amar era mais imaginação que presença.
A marca de um encontro que não aconteceu inteiro, mas foi inteiro mesmo assim.
Ela foi o retrato da minha fome de ser visto.
Foi poema não escrito, canção sem refrão,
abraço que só existiu no ar.
Hoje, eu olho pra trás…
e não odeio.
Não esqueço.
Não apago.
Mas também não me perco mais.
Porque ela foi passagem.
E eu sou caminho.
REENCONTRAR
Versos soltos pelo vento,
Vago no mar do tempo,
Sou sombra do que já fui,
Em caminhos que desencontro.
Essência evaporada, perdida,
Num caleidoscópio de sonhos,
Colorido que se esvai,
Preciso me reencontrar.
Pintar de novo as manhãs,
Com cores de esperança,
Coração que pulsa vida,
Em harmonia e dança.
Sigo nessa estrada incerta,
Procuro em mim o brilho,
Faço da jornada a meta,
Renascer é meu trilho.
E em cada passo, revivo,
Nas notas de uma canção,
Buscando o que é perdido,
Em eco e ressurreição.
Roberval Pedro Culpi
Essa solidão é um eco que ressoa no vazio dentro de mim. O medo, uma sombra a dançar nas paredes da minha mente demente. A tristeza, uma chuva fina a molhar minha alma sem aviso. O desânimo, um peso a amarrar meus pés ao chão. Juntos, tudo forma uma tempestade silenciosa... cada gota carrega o sabor amargo da ausência de tudo. Mas e que bom que sempre há um 'mas'...
mesmo na noite mais escura, estrelas teimam em brilhar. Respiro fundo e lembrar que toda nuvem é passageira, mais ou menos ligeira...
e a luz, por mais tênue, nunca desaparece de verdade. Mantenho sempre um pouco de sanidade.
