Poemas Sombrios
O que era mudo
Agora é ouvido, falante
O que era sombrio
Agora é luz, ofuscante
O que era tristeza
Agora é alegria, contagiante
Jaz moribundo
Desperto novo mundo
Toda mudez será olvida!
sentimentos dolorosos
Me falta algo no peito
Em um lugar escuro e sombrio
Apenas um acorde de um som vazio
Em seu pior momento
Uma dor que perfura e destrói a alma
Imensurável incapaz de numerar
Apenas a solidão e uma alma vagando
Coração de gelo quebrado com o passado
Um passado com final obscuro
Alma destruída por uma só pessoa
Em seus sonhos não cogitou
Que usariam máscaras
Ariadne
Oh, musa Ariadne, rainha do fio
Que guiou Teseu por labirinto sombrio
Com teias de ouro e prata em suas mãos
Teus encantos seduzem poetas e trovões
As ninfas de Apolo, filhas do sol
Dançam e cantam ao longo do arrebol
Com o toque de tua lira, oh Musa divina
Criam-se versos de amor e paixão genuína
Ariadne, beleza incomparável
Amada por um poeta inigualável
Seus olhos como estrelas cintilantes
Sua pele como pétalas flutuantes
Ela é a inspiração de sua arte
Seu coração está sempre em seu alcance
Em cada verso, em cada rima
Ele exala o perfume da rosa mais fina
Oh, doce Ariadne, musa adorada
Que guia o poeta em sua jornada
Com tua mão, ele escreve seus versos
Com teu amor, ele alcança seus sucessos
Nas asas dos grifos, eles voam alto
Pelo céu azul, sem medo do salto
Sempre juntos, sempre abraçados
Eles constróem uma história sem igual
E assim, com a ajuda das ninfas de Apolo
O poeta eterniza seu amor em um sólo
Com a imagem de Ariadne em sua mente
Ele escreve um poema épico, magnificente
POÇO ESCURO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Dou notícias do mundo ao teu canto sombrio;
lá nas ruas há sonhos novinhos em folha;
muita gente sorri, também chora, tem brio,
sabe quando precisa escapulir da bolha...
Tua triste visão fatalista e caolha
é do caos; do dilúvio; da treva; o vazio;
desconheces a pinga e condenas a rolha,
falas tanto em amor e teu conceito é frio...
Trago muitos recados da vida lá fora;
tem um povo que segue, desenvolve, aflora,
cai do galho no tempo de ficar maduro...
Vê a barra do céu que te nina com farsa,
pelas lendas do inferno, do fogo e da sarça
e da luz que te prende nesse poço escuro...
Ser Errante que passeia
por um mundo sombrio
Num vazio constante
Sendo Impaciente, Não suporta a tranquilidade,
sempre em busca de respostas,
e adentra numa profundidade
de questionamentos, de inconstâncias,
externado sentimento de um Perdido,
Quando o excesso de cobrança desperta
nas inseguranças de um futuro desconhecido.
Graças ao Senhor, mesmo quando tudo parecer sombrio, a vida pode ser encontrada, ainda que como uma pequena fagulha de esperança, neste momento, o vazio será dissipado e florescerá a perseverança com o espírito mais forte após ser renovado.
Durante a escuridão das incertezas, do futuro misterioso, a fé pode ser acesa e ter um destaque radiante, majestoso, semelhante ao do Sol que permanece a brilhar num dia acinzentado com muitas nuvens, um resplendor grandioso e incansável.
Com isto, se a percepção estiver atenta e bem intencionada e se o coração estiver grato, é possível enxergar as cores e a beleza de um dia cinza, de um tempo fechado, os ricos detalhes que vivificam, então, o escuro não será tão desagradável.
Não importa quão sombrio seja o cenário, a esperança jamais me abandonou. Ela me lembra que tudo é temporário e que as dificuldades acabam passando. Ela diz que o sol sempre voltará a brilhar, trazendo consigo novas oportunidades e motivos para sorrir...
- Edna Andrade
Você me traz para dentro
quando me distraio
com este mundo sombrio,
e me faz esquecer de tudo.
Como o Sol entretendo
a Lua Cheia no Universo,
me tocas do jeito certo
e ocupa o pensamento.
Você me seduz do alto
com encanto, salto
e este jeito macio
de se tornar a urgência.
Como Galáxia Circinus
me cobrindo de carinhos,
te quero meu e rendido
com toda a competência.
Você me coloca no peito
anjo lindo, bom e divino
sempre para me acalmar,
és ímpar para ser meu par.
Como fios convergentes
e Aglomerado do Esquadro
em breve longe do passado,
juntos estaremos lado a lado.
Nada desta tragédia humana
nunca nos vestiu, a carapuça
não nos pertence: prevenidos
preservamos o melhor da gente.
Ainda se fala
sobre o dia
mais sombrio
do Exército,
Todo o dia
tem sido levado
um General
para ser detido
sem explicação.
A História vem
se repetindo,
como vocês
não querem
murmuração?
O General foi
preso porque
deu opinião,
e sobre
o paradeiro
dele não há
nenhuma
explicação,
Há mais
de 50 dias,
E você em
silenciação.
O General foi
arrancado
no dia 13
de março
no meio
de uma
pacífica reunião.
O capítulo sombrio que
se avizinha do mundo
e do nosso continente,
vem chegando com
um intrigante prato
de entrada indesejável,
Só sei que nós nesta
América do Sul precisamos
dialogar e proteger
com raça a nossa gente.
Sem mordaça continuo
pedindo a liberdade
de um General acusado
falsamente de instigação
a rebelião e pedindo a liberdade
de uma tropa igualmente,
não tem dado para ignorar
a solidão Waraó e Pemone
no Esequibo que está no limbo
da Justiça indevidamente.
Sem entender a receita que
no guia é muito difícil de aceitar
a continua prisão dos jovens
presos da revolta do Chile
que lutaram pela Nova Constituição,
não dá para fingir que é
injusta a mapuche reclamação.
No tempo se diluindo
como creme de abóbora
nos ponteiros do relógio,
gostaria de estar lendo outro
futuro para todos nós
ou mesmo até o reescrevendo.
AVINDO (soneto)
Pálido, o luzir do raiar, cerrado sombrio
Chave lá fora, cá dentro o peito chora
Embalsamado no tempo que implora
Por afago, neste dia de um céu bravio
Sobre o leito do meu olhar a aurora
Em lágrimas escoadas do verso vazio
Melancólicas, com suspirar e arrepio
Que consola com a lua, branca senhora
E nos olhos rasos d’água, palpitando
A saudade, que dá aflição se abrindo
Em lembranças, que ali vai resvalando
Não te rias de mim, ó agrado findo
Por ti, no rancor eu velei chorando
Mas, no amor, paz e renovo avindo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020, 04’37” - Cerrado goiano
NÃO CHORE O AMOR
Não chore nunca o amor perdido
No silêncio sombrio da sofreguidão
Deixai ir, à solta, o luto da emoção
Na dor de o afeto vão adormecido
E quando, à noite, o vazio, for valido
Abrolhai, no peito, a doce recordação
Pura, e feliz, das horas em comunhão
De outrora, e na história de ter vivido
Lembrai-vos dos enganosos, dos idos
Das sensações com haveres divididos
E das maquinas que te fez quiçá doer
E, ao considerar, então, a tua perca
Vereis, talvez, como é frágil a cerca
Da divisão. E que é possível esquecer!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2020, 10’41” - Cerrado goiano
NAS ASAS DA SAUDADE
Foi em vão os versos para me serenar
Na treva afiada do sombrio sentimento
Cada rima tentou, assim, desencontrar
De ti... e mais e mais, se fez momento
A prosa insisti em versos para te amar
Na poética somente pesar e tormento
Pois, cada estrofe escreve o teu olhar
E cada suspiro aquele sonoro lamento
Pranto, sussurros, sensação e agonia
Foi-se sonhos sonhados com paixão
E agora somente está sentida poesia
Que pronuncia, tão cheia de vontade
Em um momento referto de emoção
E, tudo, então, nas asas da saudade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 18’35” – Araguari, MG
Astro fulgente
Quando o vejo em meu leito sombrio
Uma trilha abre-se
Nela surge um astro fulgente
Desperta meu ser mortal desfigurado
Na sua felicidade a minha deita-se.
A primavera antecipa-se
Mostrando sua linda e colorida aquarela.
Suave é á noite quando o sopro de tua voz
Anuncia a chegada das estrelas
Afugentando a escuridão da noite
Num aceno ímpeto de saudade.
A bruma acaricia o gramado íngreme
Contemplando as madeixas das copas
Que balançam ao soneto do vento...
O Eremita
Com lentes tingidas de um brilho sombrio,
Meus olhos, embotados de dor e lágrimas,
Veem o que outros não percebem, no silêncio confinado.
Com olhos que ultrapassam o véu da realidade,
Sou um estranho em minha terra, sem lugar para pertencer,
Amei com a quietude de estrelas esquecidas,
Sonhei com a vastidão de galáxias perdidas,
Mas meu coração é um relicário de esperanças defuntas,
Um navio sem ancoradouro, perdido em um oceano de solitária penúria.
Sou um homem que, em suas próprias marés, se consome e se afoga
E, nas profundezas da mente, se perdeu.
Quando não estamos com a cabeça no lugar, qualquer besteira pode se transformar em algo insuportável e, de repente, você pega um caminho sombrio e não consegue achar mais o caminho de volta.
a morte é uma velha amiga minha desde a minha existencia ela fez me companhia a espera do momento que eu tropeçar para levar-me.
Acho que, afinal, é isso que nos resta. Uma triste história de amor com um final não muito legal, e uma xícara de café. Ao menos temos café.
O GATO PRETO
Alma negra que percorre a noite
No telhado briga, ama, e mia. Frígida!
Ao brilho da lua, num acoite
Uma paulada fria tira uma vida
Das sete que se tinha na alma
Renasce frio como uma hidra
Dum cemitério cheio de camas,
Descansa nos olhos amarelos a irá
De um bichano astuto e misterioso
Que ao voltar da morte cansativa
Devora os olhos do ser monstruoso
Que lhe tirou uma vida progressiva.
Eu amo o jeito que damos tão duro
Sim, chegamos tão longe
Amor, olhe para mim, você é minha superestrela
Quando eu tiver medo, quando o mundo ficar sombrio
Venha e salve o meu dia, você é minha superestrela
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