37 poemas sobre o tempo para pensar na passagem dos dias

⁠Confia no processo;
Embora árdua luta, lida com vozes contrárias
Milita com confiança no progresso
A mente inquieta é resposta arbitrária
Dos planos que no âmago de sua alma deseja
Mas, do coração procede a força motriz
Pulsante, é dele a voz que vibra e assim te diz:
Tudo passa... A arbitrariedade da vida é temporária.

Inserida por josias_godoi

⁠Quando as relações florescem ou partem
Algumas relações vêm como semente.
Pedem terra boa, sol na medida e tempo, muito tempo.
Outras chegam como vento.
Mexem tudo, levantam folhas secas, e depois seguem.
Nem por isso são menos importantes.
A vida nos ensina que, nem todo laço é nó, e nem todo nó precisa apertar.
Há vínculos que nos libertam, há distâncias que aproximam, há despedidas que salvam.
Revisar uma relação não é falta de amor, é amor por inteiro, por si, pelo outro, pela verdade que se impõe quando a alma já não cabe no silêncio.
Relações vivas não pedem perfeição, mas presença.
Não exigem que sejamos sempre os mesmos, mas que sejamos verdadeiros
naquilo que estamos nos tornando.
Porque, no fim, a beleza das relações não está em durarem para sempre,
mas em florescerem com sentido enquanto duram.
Felipe Felisbino, em maio de 2025.

Inserida por felipe_felisbino

Outono

Outono! As folhas douradas, em queda livre,
Espalham-se dançando com o vento,
Num frenesi de liberdade.
São cores, formas,
Vida que se vai,
Mas que não perde a beleza em seu movimento.

As árvores despem-se lentamente,
E o chão se torna um mosaico
De formas e cores.
Um tapete dourado de memórias e saudade,
Ecoando em cada passo
Do caminhante sonhador.

As folhas que caem
São como páginas de livros,
Que contam histórias de um tempo que se foi,
Sussurradas no ouvido
Pela brisa outonal.

Com suas folhas amarelecidas,
O outono lança seu convite à reflexão:
A se despir das certezas,
E olhar atentamente para os ciclos da existência,
Para a impermanência da vida.
E encontrar, no chão,
A beleza da efemeridade da essência.

(Outono)

Inserida por ana_claudia_fuschini

Tempo...

⁠Há muito tempo, no passado, com pena do meu coração, tranquei-o numa caixa com uma chave velha e gasta, não queria que ninguém, além de mim, tivesse acesso ao que já foi ferido e enganado tanto. Portanto, fiz um favor a mim mesma, perdi a chave na suposição de que ninguém, nem mesmo eu, jamais a encontraria. Assim, eu não teria que me preocupar com a possibilidade da caixa ser aberta novamente.

Inserida por SAFIRASOUZA123

⁠Tempo passa rápido

Tudo envolve momentos
Passagens onde prevalece os detalhes
Singularidade simbólica
Resta abraçar partes da intensidade
Demasia da sensações que passam rápido.

Inserida por kaike_machado_01

⁠ Em quê o tempo nos ajuda?
O que ele pode nos deixar.
Uma saudade profunda, uma ferida a se curar;

Nos deixa experiências;
-Amor? Afeto? Sei lá .
Talvez lembranças bonitas,
E um jeitinho carinhoso de se apegar.

Mas um dia se acabará o meu tempo,
E como todos se perguntam.
Como eu irei me acabar?
Sozinho, abandonado? -Com amigos a me rodar.

Sabe, espero que o tempo seja justo.
Seja paciente e devagar.
Aliás o tempo é infinito, e jamais irá se acabar.

Inserida por RegiSanz

⁠Tempo Terno

Tarde tranquila,
Teus traços tocam,
Trêmulo tento
Tecer ternura.

Trilhos tortuosos,
Tantas tempestades,
Tua ternura
Traz tranquilidades.

Tu, tesouro,
Teu toque tão tenro,
Transforma tormento
Tal qual templo eterno.

Tateio teu torso,
Tímido, terno,
Trocamos trajetos
Tramando eternos.

Tantas traduções
Tateando tu,
Tão tua trilha
Torna tudo tu.

Inserida por TchescoMarcondes

“O tempo, esse escultor silencioso de instantes, devora nossa felicidade toda vez que a mente se deixa algemar por pensamentos indomáveis, e assim perdemos eternidades

em simples segundos que nunca mais regressam.!

Inserida por cadu_chersoni

⁠Tempo

Nós temos tempo para várias coisas: para o celular, para o trabalho, para os prazeres rápidos, prazeres longos. Até mesmo quando o dia está corrido, encontramos tempo para aquele dia que foi exaustivo.

— Dia produtivo! —

Mas o que foi realmente produzido, além de todas as tarefas que um ser humano funcional precisa cumprir, e de todas as obrigações necessárias para manter um serviço — seja ele autônomo ou não?

Somos constantemente (e cada vez mais) treinados para nos acostumar com a correria, com a ocupação. Deixamos de romantizar o romance para romantizar o trabalho, o desinteresse, a pressa, a falta de tempo e de atenção.

Damos tempo para várias coisas, até mesmo ao próprio tempo, mas... e o nosso tempo? Quantas vezes no dia temos um tempo para ouvir a nossa parte mais frágil ou aquela que mais nos causa orgulho? Quantas vezes paramos para ouvir o que o nosso silêncio tem a dizer — insegurança — medo — solidão — solitude?

É tão comum buscar alguma distração e ocupar a psique, tentando enganar as memórias, as saudades, as frustrações espalhadas por todos as partes.

E, nessa correria... quanto tempo tem o nosso tempo?

Inserida por ShandyCrispim

⁠Enquanto a Vida Passava

imagina,
a vida passando na tv da sala.
sem pausa,
sem voltar.

um ao vivo sutil —
onde você pode sentir,
dizer,
ou apenas estar.

mas se olhar pro celular,
perde.

perde um olhar,
um gesto,
um silêncio.

perde o agora.
o celular aqui é só um nome
pra tudo o que te afasta de ti,
uma metafora.

as comparações,
as vozes que não são suas,
as urgências inventadas.

basta um segundo,
e você já não está mais ali.

está em outra vida,
ou desejando estar.

e sua história,
que é só sua,
segue passando...
sem reprise.

sem legenda.
sem aplausos.

por quanto tempo mais
você vai deixar
que a distração
se sente no seu lugar?

Inserida por ShandyCrispim

O tempo

O tempo corre, o tempo passa devagar, o tempo age conforme lhe convém, mas ele chega.
O tempo às vezes é justo, outras vezes, injusto. O tempo não para, pois cada milésimo que passa se esvai, tempo de nascer, crescer, viver... e tempo de ir, muitas vezes sem se despedir.
Nós nos adaptamos ao tempo, não ele a nós. O tempo passa, vem e vai conforme está predeterminado.
Não fique parado, pois nunca saberemos quando o tempo irá parar.

Gabriel da Silva Salvador

Pensamentos da Madrugada

Inserida por Gabrielsalvador

⁠Tudo que a gente fala
Ou venha a escrever
Em algum tempo foi dito
Só fizemos transcrever.

Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
16/06/2025

Inserida por gelsonpessoa

⁠Passa um pano para o tempo passar...

O passado é o que o nome diz,
Use-o como um livro,
Experiências são preciosas,

Nem sempre o livro é um romance,
Às vezes rola um drama,
Uma comédia,
E tem até aqueles de ficção científica ou terror barato de sangue que espirra em pó,

A decisão é sua de como usar em seu favor,
Conhecimento ou dor?
Guarde-os na prateleira da vida,
Releia os seus capítulos favoritos,

O que não te serve, deixa lá,
No canto empoeirado,
Onde nem espanador se arrisca chegar,

Deixe as traças da superação com ele acabar,
E siga alerta,
Vivo,
Nada contido,

De tanto ler,
Que agora escreve seus livros.

Inserida por LeticiaDelRio1987

⁠Palhaçada

É como o tempo passa,
Outrora,
Emo,
Que sou (confesso),

Usando MSN e Orkut,
Ouvindo Fresno (ainda escuto),
Sofrendo em lágrimas e dores,
De amores que nunca existiram,

Banal?
Não,
Mas, é incrível lembrar de como era a tal!

Não de "me achar",
Nunca fui isso,
Mas, de arcar com as responsabilidades da vida,
Até um pouco egoísta na época,

Achando que trabalho enriquece,
Mas, quem adoeceu com o tempo foi a alma,
Com calma,

A maturidade tomou conta,
E a conta?
Sim,
Chegou, veio com força,

Recuperando o que é bom,
Sanando o que não,
Firme com a firmeza de prego que se move na areia,

Num mundo líquido onde as certezas da vida se tornam incertezas,
Amores, desamores,
E rumores em verdade inconcreta.

Inserida por LeticiaDelRio1987

⁠Ponta Porã Linha do Tempo

Por Yhulds Giovani Pereira Bueno

Na linha tênue que separa e une o Brasil e o Paraguai, repousa Ponta Porã — ou como carinhosamente dizem por ali, *a Princesinha dos Ervais*. Uma cidade que não se contenta em estar na margem de um mapa: ela ocupa o coração de duas nações, dois idiomas, duas culturas... e muitas histórias.

É difícil caminhar por suas ruas sem perceber que o tempo se mistura como o chimarrão servido em roda de amigos: quente, forte, com traços guaranis e sotaques sul-mato-grossenses em perfeita harmonia.

O português e o espanhol se cruzam como os passos de quem atravessa a linha internacional sem perceber — porque, em Ponta Porã, fronteira é apenas um detalhe simbólico.

Ali, as feiras fervilham com o colorido dos tecidos paraguaios, a música sertaneja divide espaço com a polca e a cumbia, e os sabores revelam encontros: chipa e pão de queijo, sopa paraguaia e arroz carreteiro. Nada ali é puro — e ainda bem. A identidade ponta-poranense é mestiça, e é nessa mistura que ela se fortalece.

Histórias de colonos vindos da Europa, indígenas resistentes, paraguaios que fincaram raízes, brasileiros que abraçaram a lindeza fronteiriça. Cada um deixou um tijolo, uma receita, um costume.
O passado ali não se guarda em livros, mas nas varandas com cadeiras de fio, nas rodas de tereré sob a sombra dos ipês, nos nomes que não soam de um só lugar.

Ponta Porã é palco de somas e divisões. Soma de sonhos, divisões de saudades. Porque todo mundo ali tem alguém “do outro lado”, e isso não separa — aproxima. Mistura que não se dissolve, mas que se reinventa a cada geração.

E assim segue a Princesinha dos Ervais: de vestido bordado com ervas mate, cabelo com aroma de fronteira e um olhar que enxerga longe, para além da linha imaginária, onde a cultura não pede passaporte, só respeito e celebração.

Inserida por yhuldsbueno

⁠Ecologias de Mim

Sou feito de círculos concêntricos,
onde o eu se forma na dança do outro,
na casa, na rua, na pele dos dias,
na palavra que me disseram
e naquela que nunca ouvi.

No primeiro círculo, tocam-me os olhos,
as mãos que me embalam e moldam;
no segundo, cruzam-se caminhos,
ecos de vozes e silêncios de quem passa.

Mais longe, decisões sem rosto
alteram o chão onde caminho —
leis, rotinas, ausências e horários,
tudo aquilo que não vejo,
mas que me constrói por dentro.

No mais vasto dos mundos,
vive o tempo, o espírito, a cultura,
as ideias que nos formatam o sentir,
as crenças que pesam sobre o corpo
como uma herança invisível.

E entre cada camada de mim,
há um fio que me costura: a história.
O tempo a escorrer-me nos ossos,
a infância que volta,
a mudança que nunca cessa.

Inserida por Santiago_Vento

Enquanto Ainda Há Tempo
Vou desabrochar. Estamos a cinco passos do fim.
Me lamento pela minha falta de tempo enquanto ele ainda existe.
Me segurei, me reprimi, não vivi, esperando ser diferente para obter sucessos que pessoas comuns não têm.
Eu quero, mais que tudo, conquistar meus desejos da vida, mas meus desejos fúteis pulsam dentro de mim. Então, gritarei dentro do meu mundo:

Em como eu gostaria de dirigir com o som estourando em um carro conversível e os cabelos ao vento.
Como eu gostaria de fazer compras todos os dias.
Como gostaria de viver um romance urbano dark, maravilhosamente memorável.
Como quero experimentar coisas novas, diferentes bocas, corpos e sensações.
Como eu quero, em um dia intensamente frio, usar um casaco de pelo, com uma boina e um scarpin combinando.
Em como eu gostaria de visitar lugares pelo mundo e tirar fotos incríveis.
Em como quero viver uma grande temporada da minha vida em um apê que tenha a minha cara, minha essência, em uma cidade grande, com uma vista esplêndida.
Em como eu gostaria de lançar um livro com meus pensamentos.
Em como eu gostaria de adotar dois cachorros e um cabrito.
Em como eu gostaria de ter uma amiga tão parceira como a Kamily foi para mim, em um tempo.
Em como quero viver minha vibe à flor da pele, me levando a outro universo, que, em meus sonhos, torno realidade.

O grito que dou hoje é como o alívio que encontro em viver meus desejos silenciosos e me sentir menos sufocada por abrir mão deles.

Inserida por yasz

⁠Sou como a água de um rio…
Calada, disfarço minha fúria,
Você olha, acha que é calma,
Mas no fundo… sou abismo.

Tente mudar meu caminho, ouse me parar,
Levante barreiras, cave desvios…
Só não esqueça:
Minha força não se mede na superfície.

Debaixo do que parece paz,
Escondo correntezas traiçoeiras,
Buracos que te puxam,
Te arrastam… te afogam.

Pode tentar me secar,
Gole a gole,
Como quem suga por um canudo…
E quando achar que me venceu,
Surjo, escorrendo onde você menos espera.

Eu sei esperar…
Silenciosa, espero o tempo das chuvas.
E quando elas caem,
Eu transbordo.
Eu invado.
Eu quebro.
Eu retomo tudo aquilo que é meu.

E nesse instante, meu caro,
Só resta dobrar os joelhos,
Pedir perdão ao Deus que te resta…
Porque eu te puxo,
Te abraço nas minhas sombras,
E te mostro que com a força de um rio…
Ninguém jamais deveria brinca

Inserida por adnaline

⁠Tudo como é, matéria ou não, pode estar em qualquer lugar, em um só lugar como em dois ou mais lugares ao mesmo tempo ou viajando por ele (tempo) segundo um designio que lhe é próprio.

Teoria metafísica.

Inserida por brunoescritor01

⁠O Êxtase de um Novo Tempo

Viver… Ah, viver o melhor momento da existência!
Seja no pomar, sob a sombra generosa das árvores frutíferas,
Ao som melodioso do chilrear dos pássaros,
Que, em coro, anunciam a beleza do dia que nasce.

É o bucolismo romântico que se derrama em cada canto,
Onde a natureza veste-se de festa para celebrar a vida,
E o êxtase profundo floresce como perfume invisível no ar,
Sussurrando aos corações atentos:
“Este é o jardim da vida… um altar de recomeços… um novo tempo que desponta.”

Aqui, cada instante é uma poesia viva,
Cada sopro de vento é uma oração,
E cada raio de sol é um convite irrecusável
Para sentir, agradecer e simplesmente… viver!

Inserida por JBP2023