Poemas sobre Destino
Ora (direis) ser quem sou! Exato.
Me perdi no caminho, me achei, no entanto
A cada passo, erro e acerto, vários o relato
Vou andando, o atrás se desfez por encanto
O tempo para os justos
O tempo detém a chave para abrir todas as portas, desvendar segredos, revelar mistérios, realizar ou destruir sonhos, e com a mesma força mover as quatro afiadas lâminas no machado da justiça iluminando com os raios da verdade e ensurdecedor trovão, é possível esconder-se de tudo e de todos menos do tempo.
Estou a pensar, o que da vida esperar
Que o amor surja com a paixão
Que eu seja tomado pela emoção
E que ainda assim tenha razão
Espero o melhor amor chegar
E meu coração mais forte baterá
Que eu só tenha o trabalho de amar
Aquele que acredito que o destino trará
É, esse desejo é mais um devaneio
Deixar o trabalho para a vida é ilusão
Esperar chegar a pessoa certa será em vão
Aquele que anseia pelo amor pronto
Até se dar conta viverá na solidão
Perdido em sua rasa imensidão
Suas prioridades revelam seu coração.
Seu coração diz onde está seu tesouro.
Seu tesouro declara quem te governa.
Voo
As rodas tocam o chão
o corpo não,
tal qual andorinha
voo rasante,
porém, sem asas,
destino em desarranjo
ascensão de um anjo.
Tanta excitação,
Tanto desprezo,
Então vou te dizer de coração,
Aquilo que estava na minha garganta a muito preso,
Será que continuará a me odiar,
Só digo que sinto tanto por te amar,
E o mundo nos separar,
Igual o céu e o mar.
ALMA INQUIETA
Quem o cerrado dirá à alma inquieta no vazio?
De tortos em tortos galhos queixas soltas no ar
De estrelas em estrelas o pensamento a voar
Num calafrio, recolhido e só, eu, aqui sombrio...
Ergo os sonhos do chão seco, do pó a jorrar
Jorro angústias murchas do peito sem feitio
Cheio de desagrado, de pecado. E mal gentio
Que saudade doída! - Recordação sem paladar.
Pra purificar a sensação, um coração piegas
Livre da ingratidão, livre da trava indiferença
Onde, em perpétua quimera, devaneio cativo
Não posso então ter na ilusão as tais regras
E tão pouco nas lembranças cética crença
Amor e esperança vivem no cárcere que vivo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A vida e as nossas ações seriam mais brandas e caridosas, quando tomasse conta dos nossos corações o sentimento de caridade.
A caridade vem do conhecimento do outro lado.
Não há outro caminho.
Se apenas nós pudéssemos ousar em pensar que a justiça começa quando entendemos de que apenas uma vida nesse mundo não bastaria, que a misericórdia de Deus vem das oportunidades de tentativas de vida após vida em busca de se melhorar e compreender.
Compreender.
Simplesmente pelo fato de haver tantas e tantas vidas em situações diferentes, se perante a Ele, somos todos iguais.
Que justiça seria essa se não houvesse a oportunidade de tentar e tentar de novo?
Que justiça é essa em que a desigualdade desde o nascimento beira a nossas vistas e achamos isso normal?
Abra sua mente.
Estamos 2018 anos após a visita de Jesus.
Estamos atrasados na compreensão e presos em interpretações que desafiam nossa lógica, intelecto e intuição.
Reflita sobre suas ações perante ao outro.
A vida é uma conta bancária. Os sentimentos movidos a bondade e tantos outros provindos do amor e compreensão são nossos créditos, e a maldade, negligencia, poder, ódio e tudo que é movido a indiferença, nossos débitos.
Como está sua conta?
Calcule de acordo com a sua caridade moral, aquela do coração e do amor ao próximo.
Como será sua próxima vida de acordo com os seus passos e sentimentos atuais?
Reflita sobre a justiça divina. Se não entender, reflita novamente.
Deus é justo.
“ Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre, tal é a lei. ”
“ Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade. “
Allan Kardec.
Geramos nossos próprios meios. Obtemos exatamente aquilo pelo que lutamos. Somos responsáveis pela vida que nó próprios criamos. Quem terá a culpa, a quem cabe o louvor, senão a nós mesmos? Quem pode mudar nossas vidas, a qualquer tempo, senão nós mesmos?
Deus sabe que isto é verdade
Como a vida é engraçada. Lembro como se fosse hoje quando eu dizia que passaria o resto da minha vida ao lado de cada um de vocês. Mas infelizmente além de engraçada ela gosta de pregar peças na gente, e bem a minha foi um pouco dramática, olha só onde vim parar..
Eu era como um passarinho livre ao vento que pode bater suas asas pelo inacabável céu azul, eu era livre ao lado de vocês, mas um certo dia minha asa se quebrou, se quebrou e eu tive que me isolar do mundo para me recuperar.
Mas assim como um passarinho com a asa quebrada eu me recuperei, eu cresci e mudei mas o que ainda continua lá como sempre esteve, é a nossa amizade, é o amor que sinto por cada um de vocês.
Foi aos poucos que fomos nos conhecendo, conquistando com sorrisos, com palavras, com pequenos gestos, e foi de repente, em dia estava eu lá dando um simples "oi" e quando menos percebo vocês já tinham se tornado.. minha família.
ESCOLHAS
Todos os dias passamos por várias situações boas e ruins, e sempre temos escolhas.
Escolhemos focar nas coisas ruins ou aprender lições com elas.
Escolhemos olhar os problemas ou as soluções para resolvê-los.
Escolhemos reclamar da saúde, ou fazer algum exercício e melhora-lá.
Escolhemos reclamar se está calor/frio, ou aproveitar o clima.
As escolhas são nossas.
E ai, o que tens escolhido?
Que cada escolha venha a nos fazer aproveitar cada segundo que Deus nos deu de vida.
Bem-vindo Menino Jesus
Está chegando um Divino
Menino nascido de um sonho
Menino querido feliz e risonho
Do Pai predileto
De glória repleto
De luz e esplendor
Garoto dileto
Oriundo do amor
Deus menino nascido
Da flor
De nome Maria
De alma singela
Dentre todas a mais bela
Humilde e estrela
Leveza de alma
Que a todos acalma
Se a buscam em louvor.
Mulher Divinal
Mãe do Redentor
É filho, o Altíssimo
Jesus, o Senhor
O Filho do Pai, Unigênito
De poder revestido
Oh! mãe, teu menino
Nós é muito bem-vindo.
Oh! doce menino.
De poder revestido
Mudou nosso destino
Seja muito bem-vindo.
Já entendi seu recado,
Vou ficar triste desolado,
Por você nem se quer ser abraçado.
Este no qual sempre sonhei,
Desde o primeiro dia te adicionei,
Naquele instante ocorreu sonho, foco realizei.
Contudo deu tudo errado,
Era outro seu amigo do lado,
Desde então fiquei envergonhado.
Mas não desisto não,
Nele tenho fé toda motivação,
Pois cada texto seu lido,
Chega , abre meu coração
isso sim esta escrito e destinado.
Gerúndios de outono
Vou estar tentando escrever a minha lenda
De prenda nada. Preciso preservar a minha
fé
Vou estar redesenhando o meu destino.
Desatino. Não sou nem mesmo desenhista.
Vou estar reconstruindo a minha estrela.
Sem brilho que se apaga dia após dia.
Vou estar bebendo meu último cálice derivativo
Do sacrifício que eu escolhi para padecer.
Vou estar soltando todos os bichos presos
Dentro do meu ser pequeno e intempestivo.
Vou estar decifrando meu enigma.
De não ser nem de longe o que sonhei.
Vou estar navegando entre as almas
Sonâmbulas que giram em torno de si mesmas.
Vou estar aqui neste lugar
Gerundiando e cometendo neologismo
No meu tempo de outono
Pra ver se acaba o meu abismo.
E no infinitivo possa a minha primavera retornar.
Ainda menino, queria voar.
Não voar literalmente, mas voar em meus sonhos.
Me sentir livre. Dono de meu destino.
Então, enquanto crescia, mais ficava amarrado nesta terra de ter.
Ainda não sabia, tinha que cumprir um rito de passagem.
Tempo que não tem tempo.
Hoje, não tenho certeza de minha liberdade, mas sei do meu tempo.
Hoje, vivo o tempo de viver.
Vivo na Estrada
Vivo sem o querer
Só quero caminhar.
O vento ousar
O horizonte olhar
O motor escutar
Teu braço me enlaçar
Meu amor apertar
No jeito de te amar.
Não importa o destino
Nem quando chegar
Esta estrada sentindo
Nessa estrada sentindo,
Você me amar.
Ivan Madeira
Set2015
Vista tuas asas,
e voe com liberdade.
Liberdade de sentir o corpo e a alma,
de poder dar asas a imaginação,
de libertar seus sentidos,
e com suas asas abraçar o mundo.
Lembre-se em cada percurso,
sempre que possível for,
mude um pouco a rota para ver sorrisos,
e levar contigo a tal felicidade e o amor.
Paciência
Tô velejando por aí
Passeio transcendental
Para olhar dentro de mim
Andei perguntando
Sobre a ventania ao vento
Colhei tempestades
Fiquei desabrigado
Revolto numa solidão
Olhando para o infinito
Me vi tão vazio na multidão
Um grito de loucura me deu a mão
Quero sair desse lugar distante
Ainda lembro da vontade de nadar
Das brincadeiras na estante da sala
Agora crescido já perdir o tempo?
É tão estranho está sozinho
Mas, nunca é tão tarde para ser feliz
O tempo não está perdido?
Palavras não são respostas
Para as perguntas atravessadas
Num mundo veloz quem quer saber?
Hoje amanheci sem culpa
Não vou arquitetar desculpas
Quero mim recomeçar, não fujo
Não vou descartar o sofrimento
Nem zombar da esperança
O fogo do meu coração está vivo
Leopardo Dom
Cicuta
Vejo na taça cicuta
Por precaução não bebo
Ela esperou com esmero
Paciência de ferro
Para me envenenar
Lia Kafka por admiração
Não gostava de coincidência
De uma prudência delicada
Seu riso comedido
Verdadeira faca amolada
Recitava Homero de improviso
Usava livros como correntes
Declamava sonetos gregorianos
Assim gozava infinitamente Encharcada de prazeres
Eu era a contramao, sem desejo
De todo farto conhecimento
Negava-me a curiosidade
Sem pretensão fugia
Receava chama da luz
Foram várias tentativas
Ela queria me curar
Da minha extravagante estupidez
Desesperada implorou
Antes de desistir
Fez de mim cobaia em tudo
De submisso à dominador
Ao se sentir fracassada
No plano kafkiano
Resolveu acabar comigo
Leopardo Dom
Mirella
Quem vai desconfiar
Dessa sua submissão
Quem vai descortinar
Seus mistérios menina
Seus amores e tremores
Nem mesmo saberia
Que a meiga e dama gentil
Tem alma de escrava
Feita para servir ao senhor
O dono que beijas os pés
Nas ruas desfilas
Oh, bela madame
Com seus saltos pretos
No quanto é a cadela
Escrava Mirella
Leopardo Dom
