Poemas pequenos de Trânsito
Fiz dois cursos no SENAT
De João Pessoa. Te digo:
Primeiro de instrutor de trânsito,
Depois de transporte coletivo.
Um outro fiz no SENAI,
E não sei se serve pra lavoura.
Esse foi em Pernambuco,
O de motoniveladora.
Transito por está noite
Com a solidão e minha sombra que me assombra
Sigo adiante preso a mim mesmo
Com resto de liberdade que sobrou
Procurando encontrar uma saída
Que me deixe enxergar o mundo de outra forma
Sem precisar de ninguém para sorrir
Buscando minha felicidade interna
Ponto infinito
Dimensões espelhadas
Colisões e despedidas
Em todas as versões
Trânsito de temporadas
Me lembra quem eu sou
Dribla o tempo e espaço
Guarda meus sonhos
Entrelaça as passadas
A ponte, a estação e a casa
Obedeça a legislação de trânsito.
Respeite a vida, inclusive a sua.
A dor de um acidente geralmente nunca acaba.
No trânsito existe aquelas duas placas mesmo elas viradas contrárias sabemos interpretar qual a mensagem de sinalização devido o formato, que são:
Pare e outra Dê a preferência.
Incrivelmente tem motoristas que nem com ela de frente entendem o que significa.
NO TRÂNSITO
EU NO ÔNIBUS
PRESO NO TRÂNSITO,
ELE EM SEU CARRO
TAMBÉM ESTAVA.
ENQUANTO ELE RECLAMAVA,
POR VIAS LITERÁRIAS
LIVREMENTE,
MEU PENSAMENTO TRAFEGAVA.
Nicotina pra quem não fuma,
Barulho pros que dormem,
Trânsito pra quem apressa,
Obediência na desordem.
Vento bom.
É normal ter na cidade
festa e aglomeração
trânsito e velocidade
edifício em construção
sossego e tranquilidade
vento fresco e liberdade
a gente encontra no sertão.
Sociedade do futuro
Acordar, trabalho, trânsito, discussão
Fast-food, drogas, sociedade moderna em evolução
O prazer supérfluo é tua sina
Completa teu vazio com dopamina
Resume tua rotina vã
Quantas curtidas te fazem feliz no instagram?
É nos teus pensamentos
que eu já não transito mais
É a tua paz
que eu não tiro mais na madrugada
Eu falo teu nome pra estranhos
quando meu nome você nem fala mais
a dor do teu corte ainda dói em mim
só espero que ao me cortar
sintas também por mim
ULTRAPASSAGEM PROIBIDA
No trânsito
do teu
corpo,
a minha
mão,
com
habilitação
e meio
atrevida,
quase
sempre
ignora
as sinalizações.
Principalmente,
onde
avisa:
ultrapassagem
proibida!...
Voltei feliz, embora cansada.
O trânsito era infernal,
mas me deixava ver as vitrines.
Me ative às de lingerie,
pensei numa camisola nova.
Viajei pela janela molhada
e turva da chuva fraca
imaginando a sedução da seda.
Te vi, meus olhos sorriram.
Thays
Transito
num amor
infinito.
Humanamente
tenho poderes
esquisitos.
Arte
de ter sorrisos
explícitos.
Yasmins
são perto de ti
mito.
Só
amo a ti e, logo,
grito.
Não quero mais horas no trânsito, ônibus lotado,
Nem o corre-corre desbaratinado
Passar pela vida sem dela gozar
Eu quero a simplicidade de um pé na areia
No final da tarde de uma quarta-feira,
Curtindo a brisa que vem lá do mar
Eu chegava,
transito intenso,
carros e pessoas cruzavam,
olhei para o relógio,
era quase quatro horas da tarde,
meu coração assaltava algumas batidas.
Eu a vi pela janela,
e foi como uma fotografia,
nunca mais esqueci
dos detalhes do dia
em que eu a conheci.
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar
Vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo.
Com a força dos meus passos
Ponho o mundo em movimento.
Transito pelos espaços
Nem tão rápido nem tão lento.
Pois há curvas no caminho
Que nos põem em desalinho,
Às vezes atordoados.
Mas olhando à paisagem
Que enfeita a viagem
Seguiremos motivados.
