Poemas para Alguem que Morreu
O homem que não sabia amar
Me disseram que ele morreu sozinho
Mas semana apertei a sua mão quando voltava para casa
Ele acreditava nas pessoas ...
Ninguém acreditava nele
Mandavam ele embora
Diziam que tudo ia passar porém o fizeram acreditar que ele não era bom
Ele gostava de abraços e se cercava de amor
Ficava sem palavras em gratidão
Ninguém se importava ...
O homem que não sabia amar
Morreu sozinho
Ontem vi ele sentado escutando música e vendo o pôr do sol
Também acho que ele estava errado
"Em nosso desespero, tentamos plantar uma amizade, no campo em que o nosso amor morreu.
Amizade proibida, em que a todo instante, no lugar de um simples abraço, desejarei o teu corpo no meu.
O que seria de mim, vislumbrar-lhe e não ganhar um beijo seu?
Sabe que nunca existiria uma amizade entre nós, porquê no seu amago sabes; o seu amor sou eu.
Eu fiz o que podia, infelizmente não deu.
Viu frieza em mim, mas se sou tão frio, porquê a sua ida, em mim tanto doeu?
Punição, penitência? Na escuridão da noite roguei pelo pecado de sua pele, e no alto de seu pedestal, castigou-me feito Deus.
Já esqueço-me dos sonhos, que um dia seriam seus.
A chuva cai e o mais intenso desejo inunda o meu eu.
Fito o campo fértil e percebo, que ali nada floresceu.
Talvez seja pelo sal em minhas lágrimas, que rega e torna infértil, o solo feraz em que o nosso amor, morreu..."
Mágoa
Os sonhos perderam-se com frigidez do tempo
O que era para ser apenas um começo
Morreu antes de nascer
Na calmaria veio forte vento
Emoções agitaram-se numa bandeira de trégua
Mas já era tarde
Sobrevive somente um último suspiro
O desgosto ressurge iminente face a face
Os olhos vermelhos não demonstram sentimentos
O passado por instantes dominou o presente
Todas as chances sepultaram-se em um silêncio vazio
Soluços controlados prevalecem à clareza das palavras
Pensamentos propagam-se em vãs formas fúteis
E em uma troca de olhares inúteis decidem
É hora de partir
Não há mais motivos para esperar o que se tornou fatal
O enfraquecido tudo que existia não tem mais valor
Seguem-se caminhos distintos com destino sem volta
Onde como bagagem restou somente a mágoa
Autor: Jorge Jacinto da Silva Junior
"O amor tem muitas maneiras
De parecer que morreu
Mas um amor nunca morre
Finge apenas que esqueceu"
Você não morreu.
Mas naquele dia algo dentro de você morreu;
A confiança.
E sem ela esse relacionamento está morto.
Estou no corre
Saudade bate mas não mata
Saudade tenho de quem já morreu
Os que estão vivos
Sabem onde me achar
Esse mundo tá maluco,
não se diz mais obrigado,
"com licença" já morreu,
dar bom dia é pecado.
E ninguém pede desculpa,
xinga, grita, não se culpa...
ô povo mal educado!
Será que a morte já viveu algum dia?
Será que ela morreu de morte matada?
Será que morreu de velhice ou de covardia?
Ou será que já nasceu morta e enterrada?
O Verbo se fez carne
Na terra desceu
Operou muitos milagres
Era mesmo filho de Deus
Morreu numa cruz, mas ressuscitou
Ele está vivo
O nosso amor, ainda não morreu...
Eu não mando em você,
Nem nos meus sentimentos.
Até hoje choro e comento
Quando de você eu me lembro.
Sei que já se passaram anos,
Mas não esqueço dos nossos planos:
Da nossa casa alugada ou própria
E que a nossa filha poderia
Se chamar, Maísa ou Vitória.
Que ela iria se parecer comigo
Ter meus olhos, minha boca
E seus cabelos lisos.
Não posso negar às vezes
Me pego olhando nossas fotos
No meu celular, que eu apaguei
E o google drive fez questão
De ocultar .
Que só depois de um tempo fuçando o meu e-mail
Eu achei todas elas lá
E Que ainda não tive coragem
De apagar.
Não é mentira nem caô,
Me escute por favor e
Dê só mais uma chance
Para o nosso amor.
Sei que você ainda não me esqueceu,
Toda vez que te vejo
Seus olhos te entregam
E eu sinto que o nosso amor
Ainda não morreu!
Edvan Pereira "O Poeta"
- Quem entenderá?
Quando Jesus Cristo nasceu, a religião morreu. Então não houve mais necessidade de religamento do homem com Deus através de sacrifícios. Jesus se tornou a própria ponte da Graça para a Redenção, e todas as Leis resumiram em amor e amar.
CHORAR BAIXINHO...
Morreu. Vestiu-se de negro o sentimento
entre as lembranças as muitas, as penosas
dando um aperto do que foi um dia alento
hoje só tristuras nas recordações dolorosas
Má sorte! Como dói o afeto que foi ao vento
ao relento, o olhar afligi agonias silenciosas
ó ilusão, então, me tira deste tal sofrimento
balsama minh’alma com perfumes de rosas
Aliviando, assim, essa fúnebre infelicidade
pense na sensação de ferir-se com espinho
desolado pelos pensamentos de saudade...
Se este amor está morto, sem um carinho
um abraço, o laço, e não mais restou nada
então, deixe meu coração chorar baixinho! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/03/2021, 14’07” – Araguari, MG
Estou morrendo. Nasci e naquele exato momento, uma parte de mim morreu.
E a todo instante desde então, venho morrendo dia após dia. Meu fim está próximo. Se é hoje ? não sei.
Amanhã ? talvez. O certo é que ele vira, inevitavelmente e disto não posso escapar.
Natal
O Natal (ainda) vai mal...o Cristo nasceu nesta data... ou será que morreu?
...tanta confusão das tradições, que ao nos lembrarmos das comemorações natalinas, o que nos vem à mente é um velho gordo vestido de vermelho, um pão com frutinhas, sorrisos ameaçados pelo dia seguinte que tende a apagar tudo isso, um peru que esteve apavorado às vésperas e finalmente descansará em paz na panela de alguém. Ah, tem os familiares e os amigos... brincam de "amigo secreto"...deve ser por isso que muitos nem vão mais à casa um do outro durante longa data, senão perde-se o sentido da brincadeira no natal... fogos iluminam o céu... tão lindos, mas se dissolvem tão rapidamente, assim como aqueles sorrisos (ainda bem que temos smartphones).
Festa da alegria, de fartura e comunhão, não podemos negar. Muitos dizem que nesta data as pessoas ficam melhores...
Presentes e mais presentes... estão presentes, todos...
E o Cristo?
Eii...será que o convidaram??
Tu sorriu
Meu mal sumiu
Me respondeu
Tristeza morreu
Chamou atenção
Enxerguei constelação
Seu infinito
De longe
O mais bonito
Teus olhos escuros
Me mostrou
Outros mundos
Tua boca
Fez a minha
Salivar
Tua linda face
Entrou na mente
Pra ficar
As vezes
Não faz Sentido
Mas se
Encaixa
Como engrenagens
Ou algo parecido
Grito com toda
Minha força
Para o universo
Me traga ela aqui
Ou me leve até ela
É só o que te peço.
Páscoa
Será que pode nascer de novo quem morreu por falta de amor, por ausência de empatia?
Será que é pedir excessivamente um milagre de ressurreição, que devolva vida para toda essa gente?
Será que a dor vai passar e o será que o corte vai se fechar?
Será pedir demais, querer um tempo de trégua, ou mil anos de paz?
Nildinha Freitas
Pois então, somos seres pensantes.
Já ouvi muito a frase:
"Pensando morreu um burro."
Mas sou da seguinte opinião;
"Quem não pensa muito erra!"
Eu admiro pessoas que interagem ideias, opiniões, dando sugestões quando tem vez, após ter sido concluído a ata não adianta dar palpites de como deveria ser, gosto de quem pensa pra frente com os pés no chão, tem um senso crítico aguçado de pontos positivos e negativos, não estou dizendo de mimimis, mas sim de características ao todo, que discutem pontos de vistas.
Ia lhes dizer por hoje chega, mas já virou o dia, então boa noite, ou melhor...
Bom dia!
O HERÓI QUE CAIU DA TARDE
.
.
Morreu o herói,
Como morria a tarde.
Para ele, o silêncio estendeu seu manto
Sem o feroz fulgor das festas; sem fazer alarde
.
Ah, tu,
Que tantas lutas vingaste
Contra as tiranias que derrubaste.
Agora já não há glória; já não queimam fogos.
Somente o último calor suave: apenas o calar dos pássaros
.
Como é possível, a um herói,
Morrer sem fogos, sem a luz que arde?
Como é possível este pôr dos olhos, como um cair da tarde?
.
Os pássaros, à sombra, não respondem,
O riacho murmura e cala:
Morreu o Herói
Ao cair
da
Tarde
DESENCONTRO
Pintei um céu
Para nós dois
Um quadro azul
Em tom pastel.
Morreu meu sonho
quando amanheceu
Você, indiferente,
Não me reconheceu
E no vale ficou
Sem olhar para o céu.
Eu te acenei amor
Amorosa te beijei,
E o dia era instante
Sereno, constante,
Gravura em papel
Mas um beijo de amor
Não foi o bastante.
Despedaçada,
Abandonei os teus olhos
Perdidos no vale
Sondando ilusões
Sem olhar para o céu.
Enveredei nas alturas
Carregando teu nome
Um punhado de estrelas
E um doce pincel.
Estava certa que vinhas
Porque tinha que ser
Mas olhei para baixo
E chorei a verdade:
Você tão cruel
No vale voejava
Junto às borboletas
Sem olhar para o céu.
