Poemas Nordestinos

Cerca de 1614 poemas Nordestinos

⁠CORDEL DA DESCONHECIDA

Contam uma história
De uma moça granfina
Que apareceu certa vez
Com a sua cintura fina
As pernas eram tortas
Seu nome era Josefina.

Gostava de um forró
Apaixonada por um vaqueiro
Com o sangue nordestino
O moço era forasteiro
Ela chegava, se apresentava
Como filha de fazendeiro.

O homem era conhecido
Como aventureiro José
Certo dia sem avisar
Na estrada meteu o pé
Foi viver na capital
Levou na bagagem a fé.

Josefina se lamentava
Por ter sido abandonada
O amor lhe dominou
Estava apaixonada
O mais triste da vida
Não podia fazer nada.

Chorava de noite a dia
Pior não tinha dinheiro
Parabéns correr o mundo
Atrás do seu vaqueiro
A alegria foi embora
Seu amor era verdadeiro.

O tempo foi passando
A moça era só tristeza
Desenganada do amor
Saiu pela redondeza
Chorando a desilusão
Pelo destino foi presa.

Autoria Irá Rodrigues.

Inserida por Irarodrigues

⁠A minha inspiração feita
de apego a terra,
com as cores dos ipês
pendurou no Cordel
do Universo os meus
Versos Intimistas
para que derretam
de amor o seu coração
mais de uma vez,
porque meus olham
percebem toda
a provocação que você fez
e não canso de desejar a tua tez.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠-Quando não tiver afeto, e muito menos intelecto, pegue caneta e papel e busque o cordel.
-Quando estiver na pesquisa de campo, e o cansaço amolar, te invadir, e você se sentir sucumbir, busque ainda no cordel para não desistir.
-Quando aquilo for falado, ouvido, mal compreendido, não fizer sentido, tome nota, tome tento e extravase seu tormento
- Quando o corpo deixar de codificar e a razão duvidar, siga na epistemologia seja noite ou seja dia, é assim que eu faria, sem cozinhar em banho-maria.

Inserida por AnneBeth30

Damião o roceiro do Sol(poesia de cordel 2006)

Damião vivia bem
Em Minas Gerais
Pois dele se esperava ser um grande capataz
Defensor dos oprimidos
Nas terras dos Generais

Todos na fazenda eram paus mandados
Faziam o que não queriam
Para não serem condenados
A cada tarde traziam dois
Para serem castigados!

Ele escreveu a carta:Fica agora como justo
Os roubos do Senado
Pois reuni o povo Para o nosso liberado
Enquanto o senhor diretor vive na cadeira sentado
Nosso povo todo dia
Vive sendo castigado

Damião não se calou
Diante da injustiça
Pegou sua espingarda
E enfrentou a milícia
Que veio para reprimir
A sua audácia e rebeldia
Mas ele não se rendeu
Lutou com coragem e valentia

O povo se levantou
Ao lado de Damião
E formou uma resistência
Contra a opressão
Eles queriam liberdade
E justiça no sertão
E não aceitavam mais
Serem tratados como escravos não

O diretor se enfureceu
Com a revolta de Damião
E mandou chamar reforços
Para acabar com a rebelião
Mas ele não contava
Com a força da união
Que fez o povo vencer
A batalha da libertação

Damião o roceiro do sol
Ficou na história do lugar
Como um herói popular
Que soube se levantar
E defender os seus direitos
Sem medo de lutar
E inspirar as gerações
A nunca se acomodar

Inserida por SamuelRanner

Cordel minha terra.

Eu sou filho do mato
Da terra da cultura
E quem não a entende
Sem ter desenvoltura
E fala do nordeste
Nem sabe da fartura

Lembra de pouca chuva
Poeira, chão rachado,
Mandacaru e palma
(Coroa de frade) espinhado
Caatinga, capoeira
(Unha de gato) estirado

Se chove o ano todo
Estrada é agonia
Buraco em buraco
E todo carro chia
Vamos falar do tempo
Tudo logo esfria

Mas assim é que é bom
Neblina no distrito
Nem dá pra ver escola
Fica logo aflito
As crianças na chuva
De bota faz bonito

Já vi frio de quatorze
Sensação térmica 8
Tem quem acha, é quente
Vigi, povo afoito
Tem aquele que treme
Só levanta no açoito.

De touca na cabeça
Cachecol no pescoço
Doze meses tem o ano
E vale o esforço
Um quarto é de sol
Chuva no resto moço

Já consegue decifrar
Com quê foi revelado
Nada é melindroso
Não está disfarçado
Pra não ficar nervoso
Já volto arretado.

Inserida por PaulodeAraujoSilva

⁠O APÓSTOLO DA BÉLGICA NO CORAÇÃO POTIGUAR
Autora: Nivania Helena - Trecho do Cordel

No dia vinte e três de outubro,
De mil novecentos e trinta,
Na cidade de Namur,
Uma nova vida se pinta.
Chegava ao mundo um menino,
Na Bélgica de terras frias,
Sob um céu de nuvens e estrelas,
Uma linda história que se cria.
De seu Joseph e Dona Anna,
O caçula Jacques Theisen nascia,
Um brilho no olhar e um sonho,
Que o destino logo revelaria.
Esse foi o começo de uma vida,
Que a muitos irá inspirar,
De um homem que levou o amor,
Para longe, onde quis chegar.
Por uma família cristã foi criado,
Obedecendo sempre à doutrina,
De inteligência admirável,
Com uma força que ilumina.
Com doze anos de vida
uma guerra estourou,
Passou medo, fome, e cirurgias,
Com bravura enfrentou.
Em mil novecentos e quarenta e dois,
Fiel aos sacramentos de coração,
Três dias antes do Crisma,
Fez sua primeira comunhão.
Apesar das dificuldades que passou,
Dizia que teve uma infância feliz,
Assistia às missas com devoção,
Na igreja da Matriz.
Aos dezenove anos,
Um homem de fé e amor,
Atendeu o chamado de Deus,
E no seminário entrou com fervor.
Com coragem e dedicação,
Jacques Theisen se preparou,
Para uma vida de missão e serviço,
Que com amor sempre abraçou.
Deixou sua terra natal
E seguiu para o Brasil,
Para levar a palavra divina,
Como ninguém nunca viu.
Em mil novecentos e sessenta e oito
Embarcou na viagem naval
conheceu Dom Nivaldo Monte
Ao invés de Ribeirão preto atracou em Natal.

Inserida por HELENAONE

Literatura de Cordel

Título: O Sermão do Monte


Jesus subiu ao monte
e começa a ensinar
à multidão e aos discípulos
que o ouvia sem hesitar.
Jesus falava inspirado
e o povo, maravilhado,
começa a se alegrar.

O mestre traz o sermão
Sobre as bem-aventuranças.
Estavam ali presentes:
Homens, mulheres, crianças,
com seus corações tocados
e espíritos renovados
radiantes de esperança.

O bom Mestre é paciente
No trato com o aprendiz.
Seu jeito meigo e suave
Dos homens, quebra a cerviz
Com brandura e carinho
Sem papel ou pergaminho
Jesus abre a boca e diz:

Os que são pobres de espírito
serão bem-aventurados
e se apropriarão do Reino,
que o Deus Pai tem preparado,
e o que chora neste chão
Se alegrará de montão,
porque será consolado.

Os humildes brilharão,
terão a terra por herança.
O faminto por justiça
a achará em abundância
e saciará a fome
que, por vezes, o consome
na adversa circunstância.

Felizes também serão
os pacificadores,
os promotores da paz,
que nas guerras plantam flores.
São filhos do Deus amado,
povo bem-aventurado
que à terra dão sabores.

E aos que, por justiça,
sofrerem perseguição,
como presente de Deus,
o Reino dos Céus terão,
e o que for difamado,
perseguido e maltratado,
por Jesus, se alegrarão.

O misericordioso
Será bem-aventurado
e terá a misericórdia
conforme a terá buscado.
E os puros de coração
Ao Pai Celeste verão,
no tempo determinado.

Essa fala de Jesus
É bastante conhecida,
se chama Sermão do Monte,
em que a graça é refletida,
no ousado amor de Cristo,
que se deu em sacrifício
para nos conceder vida.

Inserida por marcossergio

A MULHER NO CORDEL
.⁠
O cordel sem a mulher
É pinga sem tira-gosto,
É namoro virtual
Sem amasso sem encosto.
Feijoada sem toucinho
Panelada sem ossinho
Ir à praia com sol posto!

Inserida por AirtonSoares1952

⁠Num canto de cordel eu vou cantar,
De amor, de dor, de querer bem,
"Você é fogo que chama", hei de começar,
"É água da minha sede", ao seu desdém.

É o suspiro que escapa sem avisar,
No vasto mar do amar, ao luar eu sou refém,
Seu nome é doce que não posso parar de chamar,
Com sabor de dendê, amor que a vida contém.

Eu sou a luz a guiar por onde tu vais,
Mas sua sombra me cobre, escura e furtiva,
Na senda do amor, sempre dou mais,
Na espera de um carinho, minha alma cativa.

Abraço o vazio, esperando um sinal,
Ligo e recaio no silêncio de tua ausência,
Mensagens flutuam em um espaço virtual,
Sem retorno, sem eco, só a minha insistência.

Amo sem garantias, coração na mão,
Será que aceitas este amor, ou é em vão?
Foi sorte ou esperança, essa minha condição,
De te ter na minha vida, ou apenas ilusão?

Devo eu persistir, ou abrir meu coração,
Para um novo amor, outra direção?
A sinceridade, dizem, é a chave da libertação,
Ser só, mas ser inteiro, sem viver de expectação.

Em versos de cordel eu ponho meu sentir,
Entre linhas de esperança e de desistir,
Amor que seja livre, pronto a partir,
Que a vida é pra frente, é preciso decidir.

Inserida por matheushruiz

⁠O poeta do autêntico cordel
com a água da cultura mata a sede.
Ao chegar no barraco do saber,
põe no chão o bisaco e arma a rede.
Conhecimento com ele sempre vem,
mesmo assim, se esforça,mas não tem
uma placa do YouTube na parede.

Inserida por evertonlimaoficial

⁠O CORDEL ESTÁ DE LUTO

Nos versos bem traçados
Em pedaços de papel
O poeta rabiscava
A beleza do cordel
Hoje fez grande viagem
Mudou-se para o céu.

Com seu jeito amigo
Assim será lembrado
Elton Magalhães
Um poeta renomado
Baiano de Castro Alves
Escreveu o seu passado.

Triste poder falar
É um grande sentimento
Deus está à sua espera
Chegou o seu momento
O cordel está de luto
Tudo na vida tem seu tempo.

Irá Rodrigues.

Inserida por Irarodrigues

⁠Me chamaram pra eu ir declamar
Fui ao palco sem demora declamei
Fui falar do Cordel que é cultura
E no mundo da Poesia viajei
Alguém disse que eu sabia de tudo
Eu confesso num momento eu fiquei mudo
Mas eu disse que de tudo eu não sei.

Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
11 Janeiro 2025

Inserida por gelsonpessoa

⁠Nossa Casa do Cordel
Da Cultura ela faz parte
E em todo o Brasil
Ela é um Baluarte
Uma Casa que tem planos
Com os seus dezoito anos
De muita Poesia & Arte.

Santo Antônio do Salto da Onça RN Terra dos Cordelistas
19 Janeiro 2025

Inserida por gelsonpessoa

⁠Se a pergunta vem no ar,
a gente para pra escutar.
Do cordel, vamos falar,
e a curiosidade saciar!


Do livro: "Cordel de primeira viagem: estudantes em sua estreia literária pelo sertão encantado da cultura nordestina"

Inserida por JaniaradeLimaMedeiro


Cordel


Com a xilogravura
das experiências
fiz do meu coração
o livreto de Cordel,
preso e pendurado
no varal do Universo
só para mostrar
que amar é o único
destino inequívoco.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Cultura Brasileira: Um Cordel

O Brasil é um país De muita mistura e cor Tem gente de todo canto E de toda religião Tem índio, branco e negro E muita miscigenação

O Brasil é um país De muita arte e sabor Tem música, dança e teatro E também literatura Tem feijoada, acarajé E muita fruta madura

O Brasil é um país De muita festa e calor Tem carnaval, São João E também futebol Tem samba, forró e frevo E muito gingado no sol

O Brasil é um país De muita luta e valor Tem história, memória e resistência E também esperança Tem heróis, mártires e guerreiros E muita criança

O Brasil é um país De muita beleza e amor Tem floresta, praia e serra E também cidade e campo Tem bicho, planta e gente E muito encanto

Inserida por usually

⁠Cordel Bíblico

A Parábola do Filho Pródigo

Na Biblia está escrito
Sobre a bondade de um pai,
Fala de um amor bonito
Pelo filho que se vai !

Após receber a herança
O moço sumiu no mundo,
Desperdiçou com gastança
Se tornou um vagabundo!

Faminto e já padecido
Pra casa ele retornou,
Cabisbaixo e arrependido
E o bom pai lhe abraçou !

Com alegria foi recebido
Se alimentou e agasalhou,
O filho estava perdido
E o seu pai o achou !

Lucas 15:11-32

Inserida por vital_da_mata_filho

⁠Cordel de Natal:Foi por amor


Foi por amor que Deus o enviou,
Nosso Deus um dia viu,
Que o homem se afastou.

E como andava longe,
Ele um dia planejou.

Enviar seu filho amado,
Para o homem se voltar.

Mandando um anjo,
A falar com Maria,
Que na sua barriga iria carregar.

Uma criança tão linda.
Com o nome de Jesus,
Para o homem salvar.

Inserida por JurandirRibeiro

⁠Cordel das Bibliotecas
Vou contar nessa toada
Com rima e inspiração,
De leitura bem falada,
Que nos traz formação.
Ler um livro é ter viagem
Sem precisar de avião.
Quem comanda essa missão
Com saber e com valor
É a Pedro Calmon,
Que trabalha com amor.
Dá suporte e fortalece
Cada espaço acolhedor.
A de Anísio Teixeira
É morada do saber,
Onde a luz da educação
Sempre brilha a florescer.
Seu legado é tão forte
Que jamais vai se perder.
Lá na Thales de Azevedo,
Com estudo e devoção,
Cada página é um segredo,
É porta para evolução.
Pra quem busca conhecimento,
Não existe limitação.
Na Monteiro Lobato
O encanto vem primeiro,
Pois criança bem-letrada
Tem futuro verdadeiro.
Entre muitas fantasias,,
O saber vira roteiro.
A Juracy Magalhães
Faz bonito seu papel,
Com histórias tão diversas
E um acervo sem tropel.
Cada estante é um tesouro,
Cada livro é um troféu.
E a Biblioteca Central
No seu posto de farol,
Tem riqueza sem igual,
Como estrela lá no sol.
Conhecimento brilhando
Num eterno arrebol.
Seja estudo ou poesia,
Cada qual tem seu valor.
Livro é chama acesa
Que ilumina o leitor.
Salve as bibliotecas,
Nosso espaço inspirador!

Inserida por elizete1598

Caatinga espinhenta
Que arrebata o obstinado espírito
Do vaqueiro empinado de olhar empírito
Aboiando triste o magrelo barbatão

Caatinga malvada
Que açoita o espinhaço calejado
Do caboclo obstinado
Em morrer pelo seu mórbido sertão

Caatinga bravia
Que o tempo e a vida desafia
Impávida de decadente e ousada teimosia
Que não morre pela falta d'água fria
E nem se entrega ao sol ardente do meio dia

Caatinga sem noção
Que fura o olho do desavisado
E enlaça o valente de coração apaixonado
Com tamanho luar que atenua a valentia sem razão

Caatinga desalmada
Que abriga a alma perdida na desolação
E oculta o mistério do espectro fujão
Extinto da incrédula civilização

Caatinga estranha
De morredouro existir
Que ora parece deixar de viver
E de súbito volta a reluzir

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