Poemas Nordestinos

Cerca de 1625 poemas Nordestinos

Sem água.

Essa é a imagem que vejo
não há nada que me iluda
só destrói nosso desejo
já virou Deus nos acuda
mas que pena o sertanejo
sofrer assim sem ter ajuda.

Inserida por GVM

Eu sou.

Sou nordeste brasileiro
em cada palmo deste chão
sou a luz do candeeiro
que ilumina o coração
sou o sangue do vaqueiro
derramado no sertão.

Inserida por GVM

Isso é Brasil.

O nosso dinheiro sumiu
há tempo ninguém recebe
isso é a cara Brasil
não se come e não bebe
o meu prato está vazio
e o governo não percebe.

Inserida por GVM

Povo do interior.

Por aqui não tem maldade
povo humilde sim senhor
que sente felicidade
até quando faz um favor
como é bom a tranquilidade
que existe no interior.

Inserida por GVM

Secura.

Tem poeira neste chão
é sinal que tem secura
sem água não tem pão
que alimente a criatura
e o retrato do sertão
nunca troca de moldura.

Inserida por GVM

Virgulino e Maria.

Quantas batalhas venceu
da cara feia não temia
de combate nunca correu
cabra macho de valentia
mas Virgulino tremeu
e o coração se rendeu
aos encantos de Maria.

Inserida por GVM

e sempre fora como a imensidão do mar,
porém, os dias castigam tanto,
que daqui a pouco virá Ser(tão), seco e árido.

Inserida por xlucvvs

Adeus meu chão.

Eu tinha uma vaca leiteira
do meu boi sinto saudade
a minha égua galopeira
vendi por necessidade
quando passei na porteira
a saudade foi inteira
e o coração pela metade.

Inserida por GVM

Vida de mato.

Tem rio por entre a mata
tem galope no alazão
a colheita é sempre grata
com as delícias no fogão
não quero ouro nem prata
basta essa vida pacata
que tenho no meu sertão.

Inserida por GVM

O sertanejo.

Se for luxo e riqueza,
num tem, não senhor.
A minha nobreza
é ser trabalhador,
que vem da grandeza
de alguém de valor.

Inserida por GVM

Sem luxo.

É pela enxada que puxo
respeito e consideração
eu não preciso de luxo
de carro nem de mansão
basta a terra que repuxo
ter a comida no bucho
e muita paz no coração.

Inserida por GVM

Meu roçado.

Desde a minha partida
não tiro leite de gado
não vejo a terra sofrida
não planto no meu roçado
se a chuva for permitida
o sonho da minha vida
É ter de volta o passado.

Inserida por GVM

Galho seco.

A coisa está séria
não tem um atalho
sem água a matéria
resseca no galho
tem muita miséria
pra pouco trabalho.

Inserida por GVM

Natureza.

Na cidade tem escassez
fartura aqui nunca faltou
você pensa no fim do mês
eu no que a gente plantou
fica com o que o homem fez
que eu prefiro o que Deus criou.

Inserida por GVM

O preço da vida.

A beleza aqui encanta
onde fiz meu endereço
se a comida não é tanta
ser feliz não tem preço
da semente que se planta
sempre brota um recomeço.

Inserida por GVM

Minha vida!

Aqui tem boa comida
tem o perfume da flor
a cabeça anda erguida
e o cidadão tem valor
essa é a simples vida
que me foi concedida
pela graça do Senhor.

Inserida por GVM

Lá fora ascende
Lua de agosto,
Que em quase setembro,
Cheia reluz em tempo quente

E de todo conto e história
Que em noites de prosa surgem
A lembrança do seu rosto
Se torna a única memória

Por você deixo que lutem
Deixo de ter título
Deixo até de ser Rei
Se ao teu lado eu for mais que amigo.

Em noite de agosto,
Quase setembro
Deixa eu ser teu exemplo
De amor sem desgosto
E com gosto serei

Inserida por GeorgeReis

Terra solta.

Onde a água não irriga
é triste a situação
o governante nem liga
se falta chuva no sertão
se não brota uma espiga
a dor que vai pra barriga
também fere o coração.

Inserida por GVM

O sítio.

Eita saudade certeira
de fazer fogo de lenha
de subir numa estribeira
correr pasto pela brenha
ir buscar a vaca leiteira
e tomar leite na ordenha.

Inserida por GVM

Esperança.

É assim a nossa vida
como viver numa balança
num dia a seca é contida
no outro a seca avança
mas o que falta de comida
está sobrando de esperança.

Inserida por GVM