Poemas me Ame no Silencio
#Amor não se mendiga...
#Amizade não se cobra...
#Carinho não se pede...
Guardo silêncio há demasiado tempo...
Do não dito... que deveria ser falado...
Por que me calei até agora?
Não sei explicar...
Por que motivo só agora digo?
O que antes eu deveria falar...
Digo:
Que o ontem não pode ser esquecido...
O amanhã será merecido...
Se o hoje for bem vivido...
Estou farto de esperar que muitos se libertem do silêncio...
O eco é infindável...
Vi brotarem lágrimas felizes...
De milhares de sorrisos vazios...
Estrelas que dos céus caíram...
Transformando noites tristes...
Vi amantes cantarem para a lua...
Fria, distante, nua...
Uma dor, um lamento...
Que faz a gente pensar...
Coração a palpitar...
Ser forte para amar...
Mãos que se encontram...
Beleza maior não há...
Não temo ao implacável tempo...
Não temo o sofrimento...
Nem ao vento do desconhecido que abraça num momento...
Tenho medo da escuridão...
Que a falta da luz esconde...
A verdade...
É no barulho do silêncio
E no silêncio da multidão
Que posso ouvir você
Cantando uma canção
É recitando uma poesia
É conversando com a solidão
Que descubro que uma heresia
Pode ter perdão
É vivendo sem vida
É chorando sem lágrimas
É voltando sendo ida
É perdoando com mágoas
Vou vivendo sem sentido
E sem sentimento
Com tristezas
Mas também com alento
Ah, se por um momento
Ela me notasse de verdade
O meu pensamento
Se encheria de vaidade
29/08/2019
Silêncio é o mais alto barulho
É na calada da noite e no escuro
Que descubro o obscuro
Que minha doença eu curo
É durante esse momento
Que me vem um alento
Que o meu pensamento
Não é mais sofrimento
É durante as lagrimas
Que se acaba a solidão
É durante o nosso choro
Que preencho meu coração
É durante um abraço
Que o mais forte amasso
Se deságua em alegria
Trazendo-me euforia
É durante o seu beijo
Que sinto seu cheiro
É apenas neste momento
Que acaba meu sofrimento
18/08/2019
O SILÊNCIO DA NOITE
A noite chega de mansinho
Pela janela entra um vento em laço
O silêncio é triste, um descaminho
O coração pulsa em descompasso
Os pensamentos fluem em polvorosa
Nenhum norte a ser seguido
A estrada é curvilínea e perigosa
O destino é incerto e traiçoeiro
Mas nada impede que a esperança
Renasça a cada aurora
Como no movimento de uma dança
Que não me sai da memória
OUSADIA (soneto)
Longe do poetar o amor, a alma nua
A solidão escreve! Um silêncio cego
Do claustro, em um vazio e no ofego
Insiste e teima, sofre e tudo continua
Mas o velho coração na dor entrego
Na esperança que o pesar construa
Prática. E não a uma desilusão crua
Largue o querer, em um aconchego
De tal modo, que o viver no suplico
Então chore, grite, e assim agrade
A ilusão. E então valha o sacrifício
Porque a pureza, barda da liberdade
Da arte casta, nunca usa de artifício
Pra amar com leveza e simplicidade
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Às vezes temos que alinhar coração e razão...
Ficar em silêncio, ouvir a respiração pulsar, ouvir ao seu redor o que há de acontecer
Voltar para si, olhar para si
Mesmo sabendo como é difícil, mas vale lembrar, é só questão de costume
E sei o que digo, pois o meu querer é tudo para ontem.
Tente viver com calma, sem pressa, viva para você.
Sou um Grito de Arte,
Uma escritora falida,
Num estrondo de silêncio,
Ensurdecedor,
Minha Arte vive em mim,
Mas, não posso viver da minha Arte,
Sou um Grito,
Estrondoso,
De silêncio,
A vida é uma violência à minha inteligência,
Onde todos os dias,
Sou violentada à deixar a esferográfica de lado para os versos,
E colocá-la entre os dedos,
Para melhor atendê-los,
Essas são as grades do capitalismo selvagem,
Onde,
Um uniforme, para alguns é capaz de ditar regras de julgamento,
Onde deixo meu mundo das ideias,
Escritora que sou, para escutar insultos,
Falta de educação, falta de empatia, não de todos,
Mas, de muitos,
Que julgam-se melhores por estarem por detrás de uma mesa...
Ou com um crachá de cargo à mais,
Tanto faz.
Nunca revide uma ofensa
Reaja com sabedoria.
Entre um grito e o silêncio
Prefira calar-se...
Nunca uma briga, nos trouxe a Paz!
Plenitude do desejo 01
Perdido
Mesmo com o seu silêncio, viajo nos seus desejos, viajo em uma tempestade de maior grau de satisfação, quando atinge a plenitude do desejo.
Navego sem vento e sem sentido, navego sem barco, navego sem pensamentos, que vivi a procura de um porto sem atracação de navios... (rsm) 15/02/2020
"Hoje"
Hoje o dia!
Está vazio…
… e sem graça.
O silêncio está intenso…
… e eu não ouço a tua voz.
Hoje o dia!
Ele está em pedaços.
Hoje o dia!
Está calmo…
… sereno…
… e tranquilo.
Que pena!
Hoje o dia!
Não teve suas gargalhadas.
Hoje o dia!
Está se findando…
… sem a tua brilhante presença.
Que dor…
… que dor.
Que dor de saudade.
Hoje o dia!
Respirou a tua ausência.
Hoje o dia!
Ele gritou por você…
… praticamente o dia todo.
Olha!
Foi sem falhas…
… ou intervalos.
Hoje o dia!
passou o dia…
… esperando por você.
Admilson
16/02/2020
Se eu te vejo, mudo minha concepção de tempo e espaço.
Se não a vejo, o silêncio no olhar ensurdece-me a alma
e cala meus ouvidos,
me fazendo destilar a verdadeira mentira entranhada no amor
e disfarçada de prazer no calor estar em contato
com o teu corpo.
Preciso apenas de um olhar avulso, e de um sorriso perfeito
por trás da indiferença que não aprendi de certo administrar.
os olhos gotejam no balde
a liberdade melancólica da lua
sempre só
num silêncio-móbile
que Patti Smith canta:
você seria uma asa no céu azul
em sua escuridão
finally we are no one
pergunto-me se isso não seria o fim do horizonte
Amar-te
Amar-te
no prisma
sonoramente refletido
no mais alto silêncio.
Amar-te
no corpo espelhado
sem máscaras
sem fingimento
no vazio do caos
imenso.
Quisera.
Amar-te
sem ameaça, sem perigo.
Amor atento e dedicado…
E, nesta via de mão dupla…
amar-te, intensamente amar-te…
e, ser amado.
Pousa a mão na minha testa
Não te doas do meu silêncio.
Estou cansado de todas as palavras. Não sabes que te amo?
Pousa a mão na minha testa.
Captarás numa palpitação inefável, o sentido da única palavra essencial - amor
MEU SILÊNCIO
Eu consigo ouvir o som ensurdecedor do meu silêncio.
Um silêncio que não é completo e nem poderia ser.
O pulsar de cada artéria do meu corpo grita mais alto que um agonizante soldado ferido.
Mas, as falas dentro de mim, tornam-me mais audível, viva, serena.
Quisera ser somente eu e o meu silêncio.
Necessário é que seja assim.
Calo-me diante do meu silêncio e busco compreendê-lo. Saio do mundo para entrar dentro de mim mesma.
Por vezes falo mais alto que a voz dentro de mim. Perco-me em pensamentos incompreendidos justamente pelo fato de não deixá- los falar.
Aquilo que não é necessário falar não deveria ser dito. Aquilo que não pode ser compreendido deveria ser falado. Por vezes as repostas estão nas horas silenciosas que insistimos em falar.
As vezes no silêncio de mim mesma ouço outras vozes agonizantes, todas fora de mim.
Muitos que não ouvem seu próprio silêncio buscam ser ouvidos por quem não poderia compreendê-lo.
Minha atitude diante disso é o silêncio, silêncio que fala, que sente, que ouve.
Há um certo egoísmo no meu silêncio, e um certo altruísmo comigo mesma.
Calem-se todos, e fale eu! Eu ouvirei meu próprio silêncio. Mas, serei solicita as vozes que me falam.
Ouvirei muito, ouvirei tanto, até compreender a razão do silêncio dessas vozes. Compreenderei o vosso silêncio, e entenderei o meu.
Enquanto ouvem-se as vozes, eu ouvirei o silêncio, e falarei a mim mesma o que é pedido que eu cale. E, neste meu silêncio e no vosso silêncio, compreendo muito mais do mundo do que pelas vozes que me falam.
OUTRO CARNAVAL
Longe do agitado turbilhão da rua
Eu, num oco silêncio e aconchego
Do quarto, relembro, num sossego
Os carnavais com a folia toda nua
Mas a saudade palia de desapego
De desdém, mas numa trama sua
De tal modo que a solidão construa
Lembranças, e assim eu fique cego
Teima, lima, este fantasiado suplício
Dum folião, com o seu efeito de ter
Que no tempo não tenho mais início
Porque a disposição, gêmea do querer
A alegria pura, tão inimiga do artificio
Agora é serenidade e fleuma no viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ele também é silêncio
É pele do ar
Subjetividade
Paz e esperança
Mistério da criação
Pintor do universo
Vestido de majestade
JESUS. ❤
