Poemas Mar
No mergulho de mar, nos pingos da chuva, nos raios do sol e na brisa invisível que toca a nossa pele, assim como no ar que entra e sai dos nossos pulmões, no Amor que existe, na lua que clareia a escuridão da noite tranquila e necessária ao sossego pelo movimento do dia, no carinho do bichinho de estimação, nos grãos de areia que se movem de lugar, na planta que nasce, no fruto da árvore que brota para alimentar, nas marés, nas folhas que caem, no perfume das flores, nas estações, na força de uma formiga, na leveza dos movimentos de uma baleia, no canto dos pássaros, na concepção e vida dentro de um ventre que cresce a cada dia e com tempo certo de vir ao mundo, na imperfeição humana em seres perfeitamente criados, na matéria tão dispensável, uma casca, mas criada com todas as suas funções estabelecidas com precisão para viver, na alma de cada um, única e especial, nos milagres da vida, na vida inteira, Ele está presente e Ele se apresenta sempre tão perfeito. É sempre um espetáculo maravilhoso e inigualável.
É tão bom sentir Deus e Ele está em todo lugar. Isso é reconfortante e traz paz.
O Mar
Tu és enorme e forte
Não sei de onde vem,
Mas vai do sul ao norte.
Quero encarar tuas ondas
Temendo afogar sinto medo
Arriscar? Sinto que devo .
Tu me chamas
O perigo me seduz
E o coração queima
Devido a tua luz.
Grande mar azul
Coração dispara ao ver-te
Quero mergulhar, mas...
Temo em não me querer!
Tempo, responda:
O que devo fazer?
Martírio
Quis tudo ter
Julgava saber
Sem nada ter
O que fazer?
Seduzido pelo mar
Larguei meu porto seguro
Sem forças para nadar
Sinto que afundo
Dores fortes sinto
Machuca muito
Não sei a que dói mais
A da escolha feita
Ou a do arrependimento
Deus, socorre-me!
Estou errado de novo
Como sois bom e complacente
Faz o melhor para mim de novo!
As ondas são anjos que dormem no mar,
quando de noite vem palida a lua.
com um lindo olhar você me encanta,
e com apenas um beijo minha alma flutua.
Seus raios incertos atingem meu ser,
como uma bela noite na luz de um luar.
meu coração palpitando de amor por você,
um amor mais profundo que o fundo do mar.
E quando nas aguas meus olhos suspiram,
são ventos alheios com cheiro de mar.
nunca viverei sem pensar em ti,
nunca deixarei de um segundo te amar.
Mar Azul
Pátria- amada daqui te vejo
Perdido no fundo do meu mar azul
Talvez Pátria -amada esteja eu encima do meu mar azul
Pátria-amada não desejava ter partido
Foi o vento que me soprou
Pro meu mar azul
Quando as nuvens carregadas
Desciam em lágirmas,
Num impacto veloz
Afastar-me da Pátria-amada
E ao meu lado levar minha amada
Que em meus braços sorria e ainda assim tão amada navegava a me olhar
Até sufocarmos no meu mar azul
Deixando minha Pátria-amada que tanto amava.
Êita vida
Vivida com métrica e medida.
Chão de pedra sabão
Som do mar nas geraes, sertão.
Irregular saudade de você
Que está aqui do lado
Aos beijos no largo do enforcado
Entre inconfidentes sorrisos morenos
Brejeiros baianos
Em passagem entre mineiros.
Para que foste teu!
Ó MAR!
Quanto do teu sal são lágrimas?
Minhas, suas, humanas e mundanas.
Amores, sonhos, desejos e planos;
Perdidos, refeitos. achados e concretos.
Quanta vida...
Tanta Morte...
Grandeza proporcional a sua imensidão generosa,
Berço confortável de chegadas e partidas,
Recepção do todo e tudo.
Inundação raivosa,
Vazia,
Cheia.
Cessão de espaços,
deixou banhar-se.
Colocou-se abaixo de todas as águas.
Na humildade,
Tornou-se.
Cumpriu-se o mar,
e o império se desfez e o poeta se refez.
Ensina-me o sal o aprendizado de espaços,
Consciência de sonhos reais.
Realidade.
Ceder sorrindo,
Enraivecer-se inundando,
Concretizar sumindo,
Doar recebendo.
O experimento.
Aquele que sente o amargor da perda,
saberá valorizar o doce sabor do ganho.
A Consciência.
Leva-nos livres.
E aquele olhar, humano, diante do milagre do sal,
pode repousar tranquilo ao perigo e ao abismo,
que generosamente nos espelha o céu!
Saudade
Quanto a saudade do amor habita a alma tristonha
faz da vida nau sem rumo no mar da esperança perdida.
Era uma vez!
Na minha infância
Eu era princesa do mar
Eu era rainha dos reinos da fantasia
Já fui Cinderela
Branca de neve
Chapeuzinho Vermelho
Já voei com Peter Pan
Já fui a Sininho
Também fui Emília
Também a Narizinho,
No reino das Águas Claras...
Hoje só tenho a lembrança
Do tempo em que eu era criança
Eu que já fui sereia, princesa do mar
Meu sapatinho de cristal se quebrou
Minha capa vermelha desbotou
Meu Peter Pan envelheceu
A Sininho de dentro de mim, já não tem mais o pó de pirimpimpim
A Narizinho ao botox se rendeu
O Reino das Águas Claras escureceu
Tudo passou
Eu cresci...
Tudo só é maravilha no país da Alice...
ILUSÃO.
Quando ainda pequeno, ouvi dizer que o mar era algo muito grande cheio de mistério e que quando o vento sopra faz correr sobre sua imensidão uma grande fervura. Eu nunca vi o mar assim, mais imagino que seja mesmo dessa forma; grande, confuso e cheio de fervura, assim igual a que vejo nos teus lhos, pois o único mar que conheço é o mar de teus olhos que tem toda uma imensidão , um mistério, que quando se esta longe parece com um bando de pássaros batendo suas asas no azul do céu, aproveitando o sopro da vida para dar o seu primeiro vôo assim são as ondas que balançam, balançam, e crescem num só piscar, esse é o mistério que tem no mar de teus olhos o mar que eu conheço bem, mar que me afogo em morte e moro em vida.
Sei que as vezes é preciso e fazer pode ser a única saída, por isso relato os meu dias antes de dormir, é para certificar que estou bem, de que estou vivendo como que vive de sonhar, é fascinante o gosto pelo proibido, pelo o que é ousado, pois é disso que eu falo. Tenho sempre uma idéia contrária, o rumo mais difícil, a resposta mais dificil e tenho sempre mais de uma pergunta, tenho muitas dúvidas mais tenho só hoje pra dizer: ESTOU BEM! Assim como fica bem um passarinho na gaiola, um peixe fora d´gua ou mesmo um simples ser humano sem os sentidos.
Mais é como digo: “o cabresto só serve para quem o usa , nunca para quem o põe”.por isso jamais me fará bem ,o que eu faço aqui onde estou, por que esse cabresto que coloquei em minha face, só serve apenas para dizer: sou mais um que precisa ser, guiado, a diferença é que eu mesmo me guio, porem em direção dispersa da qual gostaria, mais sim porque precisa ser por essa vereda, pois dessa forma encontrarei as outras, quando já estiver percorrido todo o caminho que me resta aqui nesta selva carasca. Que é a saudades do mar que tem em teus olhos.
A nossa Nação
Ó Portugal doce sátira!
Perto do mar plantado!
Estás a caminho do fim!
Do que foi a tua pátria!
Só nos resta agora um estado!
Que nos rouba a ti e a mim!
Por onde andei neste mundo!
Toda a vida trabalhei!
Deixei muita ponta solta!
Sinto agora bem profundo!
Que não mais as unirei!
Sem uma grande revolta!
Com cravos se ludibriou!
Um povo inocente e pobre!
Em cantigas de embalar!
Quanto ouro se desviou!
Do inteligente ao nobre!
Estudaram pra nos roubar!
Minha voz de raiva treme!
Quando nessa gente penso!
Distribuindo o que é nosso!
Para se manter no leme!
Deste barco podre imenso!
Aguentar mais! já não posso!
O mar que vidas ceifou!
Em prol da nossa riqueza!
Afoga agora os afoitos!
Triste sonho que passou!
Se afogasse a safadeza!
E os retorcesse em oitos!
Plos sonhos que nos roubou!
O cobre, a conta gotas!
Que nos vem parar à mão!
Vem da Europa à tonelada!
Pra engordar certas tropas!
Distribui-se plo ladrão!
O honesto não leva nada!
E o povo tem de pagar!
Porque o querer não é poder!
Sem ter o pilim na mão!
Pra quem menos trabalhar!
Ganha quem menos fizer!
Pode quem for mais ladrão!
Da América com sua frota!
Nos chega a inspiração!
Cada Estado é colossal!
O mesmo faz a Europa!
Com cagadelas de mosca!
Como a Grécia e Portugal!
A Justiça! ó justicice!
Outrora nos deu orgulho!
Aos justos também servia!
Serve agora a malandrice!
Minada pelo gorgulho!
A safar quem não devia!
O pobre mama! cansado!
Numa teta bem magrinha!
Em favor dos comilões!
Engorda-se o engravatado!
Aos funcionários do Estado!
Distribuem-se os milhões!
Junta-te a mim Zé povinho!
Faz da minha a tua voz!
Não para ganhar a guerra!
Agarra-te a um ancinho!
Rebenta a casca de noz!
De quem rouba a nossa Terra!
À beira-mar
Decidindo à beira-mar
Por que orla caminhar, chegou o verão
Quente como sempre
E pra onde quer que olhe
Tem olhos sedentos, safados
Pele morena e corpos sarados
E o Rio com seu Cristo
Nos protege e abençoa
E mesmo em meio a tanto pecado
Nosso Cristo nos perdoa
Decidindo à beira-mar
Em que dia embarcar
Esperar as festas ou não
Mesmo apertando o coração
Quero é recomeçar
Em outro lugar
Também à beira-mar
Mar
Mar
Misterioso e sombrio, mar
Me abra seus caminhos, mar
Deixa eu nadar contigo, mar
Pra essa lenda eu eternizar
Me conte da Runas e dos seus mistérios
Do povo do norte , da morte, dos ventos
Mar, me ensina a amar...
Me fale daquela que há muito me espera
Qual será seu nome e o perfume dela
Mar, me ensina a amar...
E mesmo que um dia
Eu tenha que te cruzar
Pro meu caminho encontrar e minha historia estrelar
Espero que vá comigo
Aonde quer que eu vá
Me ensine e seja meu amigo
Me ajude a me encontrar...
E encontrar a paz...
Quem quiser me entender, que veja o mar...
Alma imensa que quase não se aguenta dentro do corpo.
Irado e calmo ao mesmo tempo.
Água que não mata sede.
Ingrata
Enchi de alegria o teu mar
Mandei que as brisas fossem soprar
Pedi que os pássaros fossem sobrevoar
Pintei-o de azul para todos observar
Cuidadosamente empurrei as ondas
Pra lá e pra cá
Pus conchinhas e búzios para enfeitar
Enquanto você apenas observou o meu secar.
O MAR
O controle do homem não cessa mais na praia. Ele deixou a sua marca no mar, uma marca feia. Repulsiva. Como ondas do mar lançam a lama e a sujeira de seus excessos. Espumam seus próprios atos vergonhosos, e os lançam a vista de todos. Esquecem que os oceanos são uma chave para a vida desse planeta.
Laura viu o mar pela primeira vez. O que ela poderia dizer sobre o mar?
O que eu poderia escrever a respeito? Procurei na minha memória visões, depoimentos, vivências... Pensei em Carlos Drumond de Andrade em Copacabana vendo o mar... O mar de Rubem Braga... O mar que trouxe Neruda ao Chile e depois o deixou na costa, e o oceano o golpeava com espumas e o vento negro de Valparaíso o enchia de sal sonoro... Agora...
Encontrei um mar desaparecendo da face da terra. O mar se transformou num depósito de lixo. Esgotos sanitários, resíduos químicos de fábricas, e as águas carregadas de pesticidas que escorrem das terras agrícolas, tudo isso segue em direção dos oceanos via barcaças, rios e tubulações. O homem trata os oceanos como gigantesco esgoto. Os banhistas enfrentam inúmeras doenças no banho de mar, ao caminhar na praia ou, recebem todo lixo de volta nos peixes que comem. E ainda perguntam de onde surgem tantas epidemias. Parece muito? Isso não é nada. Respire fundo. Devemos muito desse ar inalado aos oceanos, especificamente as algas fornecem cerca de 90 por cento do oxigênio que respiramos. Os oceanos desempenham um papel crucial no clima global e nos ciclos da chuva. Caiu a ficha? Embora se ouça em uníssono: “Que tempo louco”. Quem?
Chegará o dia em que ninguém mais ousará dizer: “Vou ver o mar"
Serei
Eu quero ser um mar de rosas
Te banhar com meu perfume
E no quebrar das ondas lhe envolver.
Ser flor sem muito espinhos
Fazer das pétalas o nosso ninho
Onde o amor irá nascer.
Comemorar com um bom vinho
E ser feliz mesmo com o envelhecer.
Fazer versos e poesias
Falar de amor e fantasias
E mesmo se algum dia você e eu nos separar
O amor possa entender.
APOLOGIA DO AZUL
É a distância que azula o céu, as montanhas e ganha espelho no mar. Também azula o paneta em que vivemos, quando visto ao longe.
A distância é bela exatamente por ser distância. Por não estar ao alcance de nossas mãos. Ela sempre há de azular o sonho; a saudade; a poesia; o futuro desejado; a esperança mais dispersa.
Agora já sei por que nos depreciamos tanto. Por que nosso amor é tão agressivo e saturado na presença, mas ganha doçura e nostalgia quando estamos ausentes. Por isso a volta constante. A reconciliação.
O azul dá suporte à ilusão; à fantasia. É a cor da beleza, mesmo do que não é belo. É a natureza do abstrato; a roupa do que não é corpo.
Mar de dúvidas: é nele que me encontro e ao mesmo tempo me perco.
São tantas perguntas que me afloram à mente, que me sinto confusa e o pior de tudo é que as respostas não vêm.
Talvez os fatos sejam respostas e eu não queira acreditar.
Quando olho pras dificuldades, dá vontade de jogar tudo pro alto, desistir.
Mas quando penso em cada detalhe que me faz feliz, os sentimentos falam mais alto e me fazem acreditar que devo lutar.
Se será compensativo lutar, isso só o tempo poderá dizer. A vida é cheia de riscos, erros e acertos (mais erros que acertos).
O tempo é o senhor de tudo, mas às vezes, queremos ser o senhor dele, não sabemos esperar, não sabemos lidar com ele, principalmente quando ele se alia à distância. Ah, aí sim fica mais difícil compreendê-lo.
E assim, continuo a indagar tudo que vivencio, com a certeza de que momentos passam, sejam eles ruins ou bons.
A única coisa que fica é a lembrança.
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