Poemas Ladrao de Homem
Encrespado Aureolo
Bloco de vida coisa que é dura.
Costura de agulha sem ter saída.
Nó de tristeza, embelezas a natureza,
Agarras-te aos vãos das manhãs,
Pois tecidos te envolvem a beleza.
És o ar rarefeito no meu peito,
Sabor a café e saliva que rejeito.
Musa toda assim delicado deleito,
És quem os meu olhos saboreiam,
Pele quente que ferve como efeito.
De leve suspeitas da mocidade,
Sinto encrespado aureolo que sabe,
Ao toque do lábio seco de inverdade.
A tensão sobe para mil sem fim
E eu no teu ventre afundo de mim.
Minha morte lenta meu medo cerrado,
Onde me enrolo, me excedo, me advenho.
Meu respirar venta no teu corpo molhado
E a cadência do teu coração tenta,
Percutir o auscultar do teu afago.
Que é ser só breve este momento,
Não pequei ao tragar-te o rebento.
Em ti eu sou a ternura do castigo,
O som que salivo e estremece por dentro,
O intimo ardor que partilho contigo.
Tragarei de ti inacabados amanheceres,
Tal como a agulha costura os doces plangentes,
Que a tua natureza pura de incastos prazeres,
Debita em mim dos teus segredos vigentes,
Que curo com a dura doçura de a mim tu te cederes.
Fogo-fáuto
Como eu queria ser o desumano vagabundo a sobrevoar sem norte, sem medo, o mundo.
À sorte o meu lugar de não saber se atravesso o ser da pedra que sou e desmereço,
Barão fino puro o traço da goela ao laço, dádivas, duro dizeres trovas e apanhares sovas.
Do desgosto que foi do outro morte só por selo, trovador e fogo posto, finado em fim de Agosto,
Que do meu jazido brotem noites de fogo-fáuto que eu o verei de azul do alto,
Desde que sobrevoe o mundo desumano e vagabundo, deixem-me pérfido morar no fundo.
Pela minha cadaverina fecundo o solo onde amarei de novo, serei broto, povo e Papaverina
E ao meu lugar vou ousar ser bela sem que ninguém me atropele... ali irei ser flor a brotar.
Hei-de ser pelas mãos de quem amar deslumbrando de mim e do o meu encanto.
Nada posso contra o querer, sou de novo vagabundo, sobrevoo sem medo nem norte o mundo
Não vejo mar nem o azul do fundo, vejo purpura, cor de encanto e de novo morro pro mais belo acordar.
METAMORFOSES DA SOLIDÃO
Presa em mim.
Introspectiva
Perdida
Desiludida.
Dor interna
Afastamento
Solidão
Isolamento.
Choro insano.
Me perco
Desabafo
Entorpeço.
Lentamente
Enlouqueço.
Sim?!
É o fim?!
Da dor
Da ausência
Da falta?!
Que alegria
Euforia
Agonia!!!
Que lástima!
Me conheci
Redescobri
Sobrevivi.
E agora
Mundo afora
Espera
Por alguém
De outrora
Que chegou
E foi embora.
Já é hora!
Nara Minervino
𝑶𝒏𝒐𝒎𝒂𝒕𝒐𝒑𝒆𝒊𝒂 𝒅𝒐𝒔 𝑺𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐𝒔
Pele com pele, na pele._________𝗖𝗿𝗿𝗿!
Mel na pele te barro,___________𝗖𝗿𝗿𝗿!
Tua melanina tom pastel,_______𝗪𝗼𝘄!
Nu, minha pele te narro!________𝗕𝗹𝗮́!
Digo-te ao pé do ouvido,________𝗠𝗶𝗮𝘂!
Escrito em papel papiro,________𝗖𝗿𝗿𝗿!
Travesso lascivo deliro,_________𝗡𝗵𝗮𝗰!
Pele de clitoria ternatea,________𝗥𝗼𝗻𝗿𝗼𝗺!
Clímax, libido trago fluido._______𝗔𝗮𝗮𝗵!
Pele com pele, esse sabor a mel..._𝗣𝗮́𝘀!
Esse nosso fel... esse teu abrigo!__𝗛𝘂𝗺!
Turvo Sentido
Quando nos azuis astrais das águas geladas,
O coração não for mais o cavalgar do corcel,
Serei eu nas lágrimas das amenas cavalgadas,
Navarca na luta com a fantasia, ou na rua, menestrel.
Enquanto uns entretêm,
Outros lhes dão sentido.
Muitos riem!
Enquanto os mesmos lhes dão ouvido,
Monocórdico gemido na noite esguia,
Eu no escuro sonho com uma luz que brilha.
Luto ao som da trovoada em noite fria.
Se eu ao menos tivesse sido pardal de gente,
Erigido na mente, renascido diamante do bruto,
Não tragaria de mim constante que se lamente.
Não faria da noite dia, nem da esquiva morte, luto!
Filho do cravo mudo
E da espingarda silente.
De que muitos riem!
Enquanto outros lhe dão com tudo.
Decibel de incertezas turvas no brilho do escuro.
Capitel donde assisto à peça humana no teatro mudo.
E é tudo um drama, onde nada gruda em dia de entrudo!
Enquanto a geada não cresta o fundamentalismo besta,
O arrebatar de um sino toca o feudal preço do cinismo.
Sonho com o fluido escuro que entra por uma fresta,
Sou eu a humanidade que não presta... a sonhar que cismo!
Enquanto o amor for tudo
E tudo o que amei só:
Ridículos riem;
Poucos terão dó!...
E a poucos eu direi,
O quanto eu amei só!
200mg de Apatheia
No paradoxo das minhas visões,
Entre a fantasia e a realidade,
Não há, nem afirmações,
Nem abraços, na verdade!
Só há nós que se dão nos laços,
À força de algumas vontades.
Quinquagésima mecânica do amor,
Onde há falta de abraços, dor...
Onde há águas de amassos, cor...
Onde há verdejantes regaços,
Mil maravilhas espectrais... flor!...
Se algum um dia eu te quiser dizer
O quão foi importante viver,
Desfeito no bordo da boca,
Derramado ao cabo acabado.
Águas, lágrimas e gota,
Nos braços de quem eu devia ter chorado;
Quão importante a chuva,
cair em terra seca?
- Uva!
Quão importantes os nós,
desfeitos na garganta?
- Quanta!
Quão importante eu,
ser desafio?
- Bio!
Quão importante o barro,
desfeito em cacos?
- Fracos!
Se sou na liga das teias,
Feito de más ideias.
Se outra sorte tu me desses,
Não haveriam caras feias.
Nem liga que me fizessem,
Para que eu tivesse ideias.
Por isso morro por um abraço,
Desfaço-me em mil do laço.
Filho da pouca importância,
Entre si e o seu regaço.
Vivo só em mim, sorvo da distancia!
Vivo à luz do sobreviver
Entre o dia que me deu berro
E a noite em que o berro morrer!
Eram 3 socós,
Um socó pediu pra o outro socó coçar,
só que tinha 3 socós, e o outro socó estava com inveja do socó que ia coçar o outro socó que pedido pra ele coçar, como o socó que ia coçar o outro socó não queria coçar só um socó então como são 3 socós, um só socó queria coçar os dois socós, então são 3 socós pra um só soco coça.
Qual socó coçou os outros dois socós?
Claro que sou complicado.
Bruto e estressado.
Mas, eu me deixo envolver.
Só pra ficar pertinho de você.
A DISTÂNCIA
Não há distância quilométrica
Que o amor não afeta,
Que o coração não injeta
Numa saudade tão certa.
Não há distância de espaço
Que não meta no embaraço
O amor sem cansaço
E tão carente de um abraço.
Não há distância de amores
Que não provoque dores,
Que não cause dissabores
Na vida de quem colhe flores.
Mas há a distância que existe
No coração de quem insiste,
De quem no amor só persiste,
Porque dele jamais desiste.
Há a distância que incomoda,
Que mais emagrece que engorda,
Que torna a poesia prosa
E que ao amor só renova.
Há a distância, enfim,
Que põe um aqui e outro aí,
Que não permite ir e vir
E faz qualquer peito explodir.
Há a distância que dói,
Que a alma do peito corrói,
Mas que nem de perto destrói
O desejo de se ter logo após.
Nara Minervino
Aprendi que:
Tem escolhas que não leva a lugar algum, assim como existem decisões que mascara qual melhor rumo ou direção a tomar, que mentir nunca foi a melhor opção,adiar ou atropelar sonhos não e sinal de fraqueza, aprendi que dinheiro nenhum no mundo paga uma boa noite de sono que correr nunca foi garantia de sucesso na chegada,
Que a sabedoria adquirida com o tempo e a chave prá seguir em frente nessa longa e dura caminhada.
Que viver simplesmente viver e a melhor escolha pra construção da minha longa e própria estrada.
Eu semeio... Tu florescesses... Nós germinamos... Elas nascem, crescem, multiplicam. Assim o Ciclo da Vida. Inseminar, germinar, florescer, polinizar...
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo - SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Atrás de uma mulher forte, habita uma menina que soube se reinventar.
Marilina Baccarat De Almeida Leão
Escritora brasileira premiada no Brasil e no exterior
DE QUANTO TEMPO?!
De quanto tempo a gente precisa
Para entender que a vida não é um teatro,
Que as pessoas não são panos de prato
E que há sentimentos sentidos de fato?!
De quanto tempo a gente precisa
Para entender que o futuro é agora,
Que a vida não espera a boa hora
E que o tempo passa logo, sem demora?!
De quanto tempo a gente precisa
Para aprender a fazer empatia,
Para saber que nem toda dor irradia
E concluir que no sorrir não há só alegria?!
De quanto tempo a gente precisa
Para aprender a amar sem sofrer,
Para aprender a perder e vencer
E crer no dia que vai amanhecer?!
De quanto tempo?!
A vida é uma só!
O tempo também!
Por que uns aproveitam melhor
Todo o tempo que têm,
Enquanto outros sequer enxergam
As oportunidades quem lhes veem?!
Oh, quanto tempo se perde
Desperdiçando-se o tempo que não se tem!
Nara Minervino.
𝗨𝗻𝗰𝗹𝗲 𝗦𝗮𝗺
Ladrilhos é o que vejo!
Ladrilhos é o que ouço!
É o que telinta e parte.
Ladrilhos negros,
Cuja rachadura é arte.
Ladrilhos de cerâmica fina!
Ladrilhos frios na pele quente!
Em mil pedaços ágeis.
Ladrilhos negros...
Porte fino de gumes hábeis.
Ladrilhos em camara lenta!
Ladrilhos em retrocesso!
Like a black playback.
Ladrilhos negros...
Hey bro! Come back!
Ladrilhos que fazem estrilhos
Hey King! Come back!
Do you saw that?!
Do you saw that, King?!
Estilhaços humanos,
A força de cassetete,
Na vós do incólume,
Com quem ninguém sem mete.
Put him in a bunker, just forever!
Daqui não sou nada.
Daqui pouco vejo.
Daqui pouco luto.
Daqui parece piada.
Daqui parece gracejo.
Daqui nem sequer imputo.
(Hey George! Watch that!)
Ladrilhos é o que vejo!
Ladrilhos é o que ouço!
É onde carimba o lacre.
Ladrilhos brancos,
De quem regorjeia o fraque.
Ladrilhos da mais alta costura!
Ladrilhos frios na casa do tirano!
E é tudo um saque,
No pavimento humano!
Tiquetaque ao roque,
No xadrez Republicano
E o peão é que "sufoque"!
Ladrilhos mil onde governa o senil
Ladrilhos que fazem estrago
Na consternação do senado
Forty-One Uncle Sam
Forty-One Finger Points to
Fifty States
For you Unite
Fifty States that open the heaven gates
To George Floyd’s!
There will be a big basketball hoop.
He will enjoy...
And beautiful field.
Forever, and ever!
George Floyd’s fly!
Fly George Floyd’s
O dia em que eu amei a chuva.
Foi se o tempo em que eu amava a chuva.Quando criança achava que Deus estava fazendo xixi na gente por ter tantas pessoas ruins no mundo entretanto a chuva faz parte de nossas vida, sem ela não se criam poças para que os animais possam beber água alias ela juntamente com a terra forma uma perfeita combinação de dar a vida as plantas. Ha muitas formas de se descrever a chuva. Ela não seria tão diferente das pessoas, hora esta mansa e gostosa, hora parece que o mundo desabaste em cima de nos,hora esta fria, hora refrescante e ou relaxante, hora esta confusa. A chuva se parece com as pessoas, porem a chuva não sente, não ama, não sente ódio e nem rancor, isso é o que diferencia a chuva de pessoas. No inicio eu disse que amava a chuva, de certa forma eu amei fui ser humano, pois eu amava eu sentia, sentia oque hoje as obrigações do mundo me afastaram desse sentimento e faz com que esqueçamos e esqueçamos de que um dia amamos a chuva. A chuva te faz lembrar, lembrar de que um dia você soube amar coisas que hoje são empecilhos na nossa vida coisas intoleráveis que antes eram toleráveis ,e assim nos tornando pessoas frias, amargas e fúteis. talvez eu conte esta historia para os meus netos: "O dia em que eu amei a chuva". Por que talvez? Não Saberei se estarei cheio de obrigações, pois a chuva me atrapalharia contar uma boa historia.
PROFESSORANDO
Professor é assim:
Espia
Copia
Escuta
Retruca
Impõe
Limita
Permite
Evita
Pergunta
Responde
Exige
Avalia
Instiga
Duvida
Aceita
Rejeita
Planta
Semeia
Espera
Colheita
Nara Minervino
SER CRIANÇA
Ser criança...
É ter sonhos
E não os achar enfadonhos.
É fazer planos
Sem medo dos desenganos.
É viver de pureza
E não duvidar da certeza.
É não ter pressa
E viver a vida completa.
Ser criança...
É estar feliz
E ser, todo dia, aprendiz.
É crer no amor,
Sem pensar em espinho de flor.
É se sentir repleto
E do amor está certo.
É brincar com a vida
A quem enxerga comprida.
Ser criança...
É...
... ser assim:
Acreditar em
TUDO,
Por saber que
Amanhã
Virá o mais... lindo... futuro!
É...
... Não duvidar...
... De ninguém...
Porque reconhece que
Só
O
Amor
F
A
Z
bem.
Nara Minervino
OUTRA CANTIGA DE CIRANDAR
Fui à Espanha
Buscar meu chapéu
Azul e branco
Da cor daquele céu.
Mas na Espanha
Não encontrei ninguém
Que dissesse onde estava
O chapéu do meu neném.
Olha palma, palma, palma.
Olha pé, pé, pé.
Olha roda, roda, roda,
Caranguejo peixe é.
Bati palma, palma, palma,
Finquei pé, pé, pé.
Dancei roda, fiz ciranda,
Para ver meu bem me quer.
Samba, crioula,
Que vem da Bahia,
Pega a criança
E joga na bacia.
Mas tem cuidado
E carinho com meu bem.
Ele é o meu amado
E outro igual ele não tem.
Nara Minervino
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