Poemas Góticos
Te foste
Ah! As cicatrizes...
Os meus olhos de silêncio.
Sempre que me cortavas...
Palavras duras.
Palavras silenciadas.
Lembro-me do quanto odiava os dias assim.
Mas não conseguia me desvencilhar.
Estava amarrada.
Presa.
Colada.
Sangrava a pele.
E um algodão-doce me adoçava.
Hoje já não sinto tua falta.
Nem do algodão-doce.
Te foste, graças a Deus, de mim te foste.
Esteja consigo mesma, em paz e sem o barulho que tem fora da sua alma.
Resguarde seu silêncio e expanda internamente seu amor.
Sentir esse amor de dentro (e não o contrário), permitira à você, a visão de como interpretar e interagir com o amor que vem de fora, a amizade, apenas dita e não sentida de fato, irrelevante pensar ou achar do outro.
Entre para dentro e venha segura de si para fora.
A SOLITUDE
Na solidão silente, ecoa o ser,
Entre sombras, a alma a renascer.
O silêncio, poesia do coração,
Na solitude, encontro a reflexão.
No vasto campo da própria mente,
Dança a solidão, suave e envolvente.
Em cada pensamento, um universo,
Na solitude, descubro o meu verso.
Entre páginas vazias, o diálogo íntimo,
A solidão, um amigo autêntico.
No silêncio das palavras não ditas,
Encontro a paz em suas escritas.
Solitude, trilha da introspecção,
Onde o eu se encontra em comunhão.
No abraço do silêncio, descubro a plenitude,
Em cada instante, celebro a magnitude.
ROMA -
No desejo das palavras por dizer
que o silêncio guardou na voz de cada fonte,
Terra d'heróis que não nos cabem conceber,
trago de repente Roma no horizonte!
Tudo me grita outro tempo ao passar
por entre mudas estátuas que se erguem
a cada canto desta Roma singular
que meus olhos rasos d' água já não temem.
E vejo-me passar por entre a neblina
revejo-me nos olhos, nas vozes desta gente,
cruzo-me comigo nas ruas, a cada esquina
como se voltasse a um Passado 'inda Presente.
Como se meu túmulo fosse um túmulo de pedra
às portas de tantas Glórias aqui adormecidas;
passa a vida mas o sonho nunca medra
e voltamos ao ponto das despedidas.
Estou em Casa mas tenho saudade...
A distância faz-me perto por meu mal!
De regresso ... volto à minha cidade
mas sinto saudades de Roma em Portugal.
(Escrito na Igreja de Santa Maria in Trastevere
junto ao Palácio de S. Calixto em Roma)
Acima das palavras e dos olhos
Observo ...
Distante
E em silêncio observo
Não tem flores
Nem barulho
Só luz ...
Uma luz cansada e silenciosa
Trêmula...
Que sente o vento ...
Estou distante
Pensando nos seus olhos azuis
Que não refletem mas meu rosto
Era lagos ...
Onde morria todos os dias e ressuscitava nos seus braços
Olho o mundo sozinho
Sem você...
Um mundo sem alma
Sem amor
Sem cheiro ou tempo
É uma prisão
Eu só existo...
Nada mais
Você era meu mundo
E só
Bebo mais um gole do meu whisky
E só
Para sempre sigo só ...
O silêncio é tão "barulhento" que muitos hesitam em mergulhar nele, temendo que tudo o que vivem seja apenas uma ilusão!
Simião Gomes.
Percebo afinal meu pecado...
Em silêncio mais profundo...
Faria piedade a toda a gente...
Esta pena, esta dor...
Este é o preço da vida e todo o seu valor...
Horas que perdemos...
Vão pelo espaço acompanhando os astros...
E todo este feitiço e este enredo...
Na luta dos impossíveis...
Tão profundo meu segredo...
Das profundas paixões...
Dor infinita...
De guerra e amor e ocasos de saudade…
Da alma o profundo e soluçado grito...
De que fui para ti só mais um neste vasto mundo...
Hoje triste ouço a solidão...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
Da natureza que parou chorando...
Diante meu descontamento...
A vida é assim, uma ânsia…
Fazes o bem...
Que terás o mal por paga...
E o sonho melhor bem pouco dura...
Por tanto querer-te...
Recebi amarguras...
Pouco antes...
Nada agora...
E a princípio não percebi...
Como chegastes...
Partiste...
Mas levastes um pouco de mim...
Na profundidade dum desencanto...
Fiz-te doçura do meu coração...
Não compreendestes...
Mudarás, todos mudam...
Mais tarde em tua vida, um dia, hás de tentar
revolver da memória este tempo de agora…
E sentindo então o vazio...
Lembrarás do deixado para trás...
Não se vive outra vez...
E o tempo a tudo vence...
Fostes embora...
Mas fiquei em paz...
Sandro Paschoal Nogueira
Está fazendo silêncio dentro de mim.
Eu ando calada, falando menos, contando as palavras, usando apenas as necessárias, economizando a voz e sinto que faz silêncio dentro de mim.
Poderiam dizer que é paz ou vazio, não penso que seja. É um momento sem respostas.
Tanto mudou em tão pouco tempo que nenhuma das afirmações de outrora servem pra agora.
Direi o que então? Que não sei como será o amanhã!? Que as certezas construídas, quando desconstruídas levam muito mais do que as respostas? Elas levam um pouco da gente que precisa se recompor.
O meu silêncio é semente. É o momento em que não dá pra ver que há uma vida nova surgindo, olhando de fora não dá pra imaginar que algo novo já vive ali, mas está lá.
Olho ao redor e vejo pouco do que via, olho no espelho e me questiono se dá pra ver em mim esse silêncio todo.
O meu silêncio é descanso, de tantas falas que viraram apenas vento. É descanso do quanto eu sempre pensei que deveria saber responder tudo.
As vezes as perguntas são muitas, em outros dias parece que as respostas existem aos montes, mas de fato há esse interregno em que perguntar não adianta, responder não faz sentido.
Não que eu não quisesse algumas respostas, não que eu tenha algumas perguntas, mas é que realmente não é possível entender se eu deveria as querer.
Então me deparo com uma nova realidade, que não acredito que dure muito, mas por enquanto, o que eu tenho é silêncio enfim.
O Natal e a Guerra -
É Natal ...
o silencio despe o infinito
e o mundo veste-se de guerras.
Há mães que choram filhos mortos,
pais que choram pais,
mortos que não partem,
tanta gente sem rumo.
Não sei se é Natal!
Não pode ser Natal!
É Natal ...
as lágrimas jorram como fontes
secando as fontes d'água.
Gente sem casa, sem comida
nem familia.
Corações despedaçados
suplicando por amor.
Não sei se é Natal!
Não pode ser Natal!
É Natal ...
o Sonho de Belém é destruido ...
... a manjedoura está vazia
e vazia está a humanidade.
Não sei se é Natal!
Não pode ser Natal!
O Menino retira-se da gruta.
Não há cânticos de Glória
nem estrelas no firmamento,
o manto da noite veste Belém.
O silencio despe o infinito
e o mundo veste-se de guerras ...
Não é Natal!
Ali ... não pode ser Natal...
Domingo sem sol
Esse dia sem cor
Contempla a solicitude
Encanta com harmonia do silêncio
Dessa reflexão tardia
Dessa imensidão de porquês.
Em silêncio, um coração que confessa,
Emoção transborda e pelo olhar atravessa.
Um mergulho perfeito no oceano raso,
Onde cada dia o não te sentir se faz fato.
Na carência de se entrelaçar na sua fria pele,
Como a flor que busca o sol, assim me revele.
Quase sempre perdido, mas em um só abraço me encontro,
No calor de um mero toque, os vazios eu afronto.
Aguardo pelo amor, por olhares que se demoram,
Sim, quero ser amado, onde esperanças moram.
Num enlace de mãos, na fusão dos olhares,
Busco o porto seguro, nos mais doces lugares.
Ah, ser o desejo! Não como brisa passageira,
Mas como o intenso vendaval na terra inteira,
Com força e paixão, sem temor ou medida,
Que anseia e consome, em cada despedida.
Ofereço o meu mundo, não em ouro ou riquezas,
Mas em gestos e atos, com repletas certezas.
Moveria os céus, as estrelas alcançaria,
Um amor imortal, que a vida valeria.
Na busca de um reflexo, um paralelo do ser,
Que basta entender o amor, que saiba bem querer.
Um espelho de alma, em sintonia perfeita,
Na dança do tempo, a história refeita.
Por um amor que seja, como rio que sempre flui,
Profundo e incessante, que nunca se conclui.
Corações que se ardem, que em chamas se fundem,
Em laços que se trançam, em destinos que se confundem.
Antes da tempestade
O silêncio e os dedos de uma criança
Tocam a frágil teia de aranha
Sobre o olhar cauteloso de um cão
O vento atinge as folhas
E meus olhos cansados escutam
Um chamado ...
Tão familiar e distante
Eu queria ser um rei
Sem nada que pudesse me derrotar
Apenas por um dia ...
Nós somos amantes
Isso é um fato
Nada nos matem juntos
Nada nos separada
Por apenas um dia ...
O silêncio
O silêncio é um sorriso
nós lábios,
E uma flecha no coração”
Ele abre a porta do medo
E faz convite a solidão
Chega assim sem avisar
Sem saber qual a razão
E mesmo sem ter motivo
Ele insiste em ficar
E se há algo positivo
É bem melhor pensar
Tudo antes de falar.
Teu silêncio me confunde
Teu sorriso me distrai
As vezes penso que estou certo
Sobre ti, sobre o que queres me dizer
Mas de súbito me desperta
Quando dizes estar certa
Que nada queres de mim
Ah, como isso me dói
E me faz perder o chão
Fico sem saber o que fazer
Pois meu coração insiste em te amar
Mesmo que tu não queiras me amar
Se pudesse mudar o rumo
Faria tudo diferente
Buscando atender teus desejos
E tornar tudo mais coerente
Mas a vida é assim, cheia de surpresas
E quem sabe um dia, quem sabe
Possamos juntos fazer um novo começo
Até lá, guardo em meu peito
A chama do amor que sinto por ti
E continuo a te olhar
Com a esperança de que um dia
Venhas a perceber
Que estou aqui, sempre a te esperar
um silêncio que nos ensina
Eu tive uma vizinha que não conheci.
Me alegrava o jeito que ela cantava.
Ouvindo os louvores que vinha do andar de cima.
Havia ritmo e uma voz que expressava alegria.
certo tempo depois, os louvores começaram a ser interrompidos .
Mais ou menos sempre por volta do mesmo horário.
Discussões ocupavam o espaço das melodias.
E depois de um tempo, já não se ouvia louvores em nenhuma parte do dia.
O tom de voz crescia, e uma alternância entre sussurros e gritaria acontecia.
até que um dia, o silêncio completo anuncia, que no andar de cima já não morava mais a vizinha.
A história que comove leitores em sua maioria.
é mais comum do que se imagina.
não se pode fazer nada por ela.
mas a maior lição que se aprende, é cuidar dos nossos próprios relacionamentos
Depois que se perde, sempre aumenta a percepção do valor que se tinha.
Ser paciente e agradecido, elogiar mais que do tecer críticas, são ingredientes de uma receita
Que quando bem feita, faz permanecer a alegria.
Noite
"(..)Ouço o silêncio,
o palpitar do mundo,
o palpitar da Noite,
Educadora paciente e sapiente,
que silente
nos devolve
nossos pensamentos decifrados(..)"
No silencio da minha alma ouvia a orquestra que não tocava
e o maestro regia os músicos em uma sinfonia doce e silenciosa....
Eu chorava.
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