Poemas e Poesias
ALEGRIA
Todo boneco escuta
Todo carro toca
Todo pião observa
Todo vídeo game é viciado
em alegria de criança.
A SEMENTE
O TODO contém o TUDO
O TUDO está contido no TODO
Do TODO veio o TUDO
E TUDO voltará ao TODO
Todos estão no TUDO
Ninguém está no TODO
O TODO é TUDO
Mas o TUDO não é o TODO
ARAÇÁ (A RODA DO TEMPO)
Quem tá, veio, porque já foi
Quem veio, tá, porque voltou
Quem voltou, já veio, porque tava
Quem foi, voltou, porque não tá
Quem vai, não vem, porque tá
SALVE, DEDÉ SEIXAS
Conheci um atlante andando no chão
Vi com meu olhos, iludidos pelo ancião
Com meia idade, tinha saber de um milhão
Falou de uma universidade, por ele cursada com fervor
Daquelas que a vida, te coloca como aluno e professor
É um ser que se inventou, como homem, sábio e doutor
Maluco beleza, que veio aprender o que tinha pra ensinar
Não cresceu, pra esconder seu tamanho, e humildade mostrar
Aos olhos dos que carregam o mundo, nas costas a lhes esmagar
Os pensamentos e as palavras em medidas bem pitada
Encheu livros, cabeças, poemas e conversa animada
Percorreu o mundo, voltando pra amada
Em sua fome desenfreada, um tal de Nietzche devorou
Vomitou outro Seixas, aquele do rock and roll
Filosofraseando o mundo encantou
O Dom Quixote da Suíça Pernambucana
Desbravando o frio daqui, dentro do sertão em chama
Enfeitou-se de glória, sem espaço pra fama
Na simplicidade ocultou, os poemas da vida espalhada
Editores não enxergaram as obras, pelo leitor aclamada
Do poeta de fogo, que tira poesia, entre a cruz e a espada
Vou falar só uma vez, pra quem lê e quem não leu
Que mistério nele transcendeu, nas frases que escreveu
O pequeno se fez grande, e como sol a iluminar se deu
PAULO COELHO
Garoto pequeno que o mundo engoliu
Nos livros jogado, seu mundo surgiu
A vocação que nascia
Da Grande Magia
Que as vendas da “boa moral” jurava não ver:
Um coração oprimido, apertado
Gritando por SER
OUTRO PAULO, O LEMINSKI
Na tarde fria me jogava
Em gelo frio e quente
Dentro de mim vindo
Na liberdade escorregadia
Tu me ensinaste a ser
Liberto de mim
Pra ser você:
deus de poema
CHICO XAVIER
Em tenra idade com outros aprender a ter
Eles lhe ensinavam o que iriá vir
Diante de olhos torcidos ao que ai ser
Caminho único nesta vida: servir
Sua mão tracejava mensagens do Lado
Aos lamentados, filhos apartados do coração
Em memórias revividas, hoje é encontrado
Paziguando a tristeza e a dor da multidão
Lágrimas colhidas, no balde da vida
Aos que fadados perderam para morte
Amados levados pelo destino que finda
Esperança encontrada em Xavier nova sorte
Caridade e instrução chamavam todos da Luz
Ajudando povo doente de profunda saudade
Exemplo vívido, sempre SERVINDO o guia da cruz
Amor enjaulado, SER de humilde verdade
Sina traçada, abraçava os de cá
Aonde há dor arrancava esperança
Vida marcada, ensinava os de lá
Que era no outro a grande bonança
O que fez é celebrado, com admiração
Os livros escritos, a palavra semeada
Aos pobres: o ombro, aos ricos: compaixão
O santo da gente, fez sua própria jornada
Um mandamento somente cumpriu
Amou-os como a si mesmo:_ vivia
E feito o trabalho da terra partiu
Em dia de festa, de muita alegria
ESTAÇÃO BRÁS
Corpos em pilhas de homem
Como molhos de coentro
Respirando à agonia do outro
Marés de gente numa brecha que os consomem
Assim o rebanho corria sem tempo a perder
Deixando a vida passar dentro de lata apertada
E por vinte centavos, a ganância fugiu apressada
Na sombra do gigante acordado: POVO NO PODER
As promessas voltaram em canto bonito
O gigante coitado, de sono caiu
O mundo na lata, à barriga consentiu
Passando_ a força sua _as sanguessugas de granito
E no sonho, ele se viu acordado
Sem parasitas dos lados
Mostrando que não é nada coitado
Se seus olhos, nossos e vossos abrir, estão acabados.
VAGA-LUME
O ser humano é uma bosta
Que maltrata, que violenta
Que descarta, que mata
Que bosta
Mas, é o único que salva-me desta merda
De vida
HINO DO CAOS
No redemoinho das águas
No meio do furacão
No fundo do abismo
No giro da galáxia
No buraco de minhoca
No sonho esquisito
No dente arrancado, felicidade-louca-macabra...
No caminho das aves
No fim da vida
No canto da morte
No sono profundo
Na luz da estrela
Na sociedade alternativa
Na liberdade total
Na permissão: foi tomada
O amor se fez lei
Pela espada do forte
E o olho do rei
ORAÇÃO PARA ATEU
Deus disse: "FAÇAMOS o ser humano a NOSSA IMAGEM e segundo a NOSSA SEMELHANÇA..."
"Deus criou o ser humano à SUA IMAGEM, à IMAGEM de Deus o criou."
Gênesis 1, 27
"A sombra do tempo, condicionado no espaço.Na primazia da ação.Infinito?Finito? Invenção.Somente a gravidade sobre a massa."
marcos fereS
Esplendor
Pense numa flor.
Que cultivada no jardim.
Ao seu tempo. Cresceu.
Projetou suas cores em esplendor.
Exalando o perfume por toda sua volta.
E quando era tocada, por chuvas de pedras?
Não se deixava sequestrar.
Escondida nas sombras de outras plantas.
Projetando suas próprias vibrações.
em seu espectro único de cores.
Intransferível, na forma,
Enriquecendo o jardim.
Alçando do próprio caule,
em direção a luz do sol.
Abriu-se em pétalas até o fim.
Permitindo-se , ver. E ser vista e admirada,
Beijada e visitada.
Distribuindo pólen e sementes,
floreando a vida em sua volta.
Não temia. Porque sabia que.
Na próxima primavera.
Lá estaria seus frutos, sendo admirados
Por anônimos que passavam.
Sendo contagiando e agradecidos.
Por tanta beleza. Por aquele que as plantaram.
Não se tornara uma semente.
Que, caída em terra.
Deixou-se cimentar, suas possibilidades
de ascensão e abertura de virtudes.
Abriu-se toda, até que lhes falta-se cores.
E soltou-se naturalmente ao solo. Deixando apenas,
o botão que as segurava a raiz principal.
Tinha gozado todo o sentidos da vida.
Não fora cortada, e nem serviu de adereço.
Não ficara na sombra, com medo das chuvas.
Gastara toda sua formosura, fascinando olhos da vida.
E ao final. Gloriosamente,
desprendera espontaneamente suas pétalas ao solo.
Para fazer um tapete aos pés da planta raiz.
Para testemunhar. Que desabrochara, apesar de tudo.
Sem espaço para arrependimento entre uma pétala e outra.
Sabendo. que na próxima primavera.
O Jardim. Voltaria a florir.
marcos FereS
Quietude
Precisamos de momentos de silêncio e solidão, onde a única certeza que temos é a presença de um Deus Onipresente e o toque da brisa suave. Corremos o risco de voltarmos ao tempo, nas lembranças de outrora, entretanto, nelas não podemos permanecer. O silêncio atento torna as palavras como remédio para o coração. Mentalmente falamos consigo, mas do lado de fora a vida vai acontecendo minuto após minuto. Essa experiência é diferente para cada pessoa, é uma estrada pela qual poucos viajam. A mudança interior faz-se necessária, pois uma mente reta produzirá condutas retas. Ao trilhar por essa estrada é fundamental o desejo de mudança e assim tudo e todos a nossa volta colherão os frutos dessa introspecção. Sentir-se bem em um mundo onde as coisas e relações têm sido tão superficiais é apreciar a leveza da vida, mesmo diante de momentos tão dolorosos e pesados. Toque a si mesmo para que os outros venham ser tocados com o seu melhor e verás a beleza nas coisas simples da vida.
Texto: Silvia C. P. Lima
Paredes
Parede reais
Parede imaginárias
Parede psíquica
Parede espiritual
Parede de arrependimento
Parede falsa
Parede perfeita
Parede rebocada
Parede iluminada
Parede cansada
Parede esperançosa
Parede entediosa
Parede caída
Parede em construção
Parede bem acabada
Parede de carne
Parede com sombras
Parede visitada
Parede vazia
Parede esquecida
Parede alegre
Parede ilusória
Parede religiosa
Parede otimista
A Parede. Uma forma de enxerga-la.
marcos fereS
Além Eternidade do Agora
Para quem não se encontra na vida.
A eternidade é castigo.
Por isso nunca deixe de sonhar.
Pode ser um sonho pequenino.
Um botão de uma florzinha a desabrochar,
no seu jardim.
O primeiro voo de um filhote de passarinho.
Aprender a observar com o coração.
E não. Com o estomago.
Esse. Jamais será saciado.
Porque esse é seu papel.
Apenas indica a fome.
E o cérebro obedece.
Indica a hora de lutar ou de correr.
E se cansa todo o momento.
Aprimorando a astucia do sobreviver.
Esta correto em suas ações.
Mas sofre muitos desgastes,
durante a viagem.
E segue durante toda a vida de,
orelhas em pé.
Quando não lhes sobrar nada,
a eternidade será o seu castigo.
Porque , um pouco acima.
Um bater adâmico, do coração,
A lembrar a pacificação do espirito,
Que deveria atrever juntos com outros.
A mesma jornada.
Se existe volta, não sei.
Se eternidade. Castigo.
Como viver uma eternidade,
sem renovação.
Sem melhorar-se.
Apesar dos atritos e conflitos?
Bombardeios de idéias plantadas,
e escondidas , nas sombras
de cada pensamento.
Saiba que já estais na eternidade.
E o coração é o medianeiro,
Para equilibrar as cores espectrais
de baixo ventre, para além da cabeça.
E o que chamas de bom sensu.
De proveito para além eternidade,
do agora.
Marcos FereS
Conversão de janeiro
Janeiro novo ano.
novas promessas
a começar.
Emagrecer,
Enriquecer.
Para de beber.
E de branco se benzer.
Seguir a estrela guia.
Como fizeram os Reis Magos.
E em volta de magia.
Seu destino iam achar.
O menino encontrando.
Outra vida , fez-se ao lado.
Para aquela luz se adorar.
E seguindo a caminhada.
O que de antes. Fez-se nada.
Pegando novamente a estrada.
Não voltaram pelo mesmo lugar.
marcos fereS
Os cachorros do mercado
Os cachorros do mercado.
Todos soltos. Espreguiçados.
Na porta da frente.
Esperando a tarde cair.
Daqui a pouco.Adentro fechados.
Esperando o anoitecer.
Guardiães das portas do lado.
Durante a noite vão latir.
Vivem uma vida tranquila.
Depois de curado as feridas,
Pelas ruas do abandono.
Agora de barriga cheia ,
vivem na porta do mercado.
Olhando as pessoas.
Esperando o afago.
E a hora do guarda chegar..
Nem os olhos costumam abrir.
Dormem sonhando que chegaram no céu.
No céu dos cachorros.
Se não recebe, um agradinho na hora.
Ficam em silencio e a vontade.
São tanta gente, passando.
Que nunca falta nada de verdade.
No mercado, é assim.
É um pedaço de carne, outro de pastel.
bolachas e doces.
Churrasquinho e pão de mel.
E é no meio dessa gente ordeira.
Em volta do mercado. Trabalhadeira.
Que deixaram esquecida.
A antiga vida de cão.
São os cachorros do mercado,
Que estão sempre, ali na porta.
Agradando a multidão.
No lugar certo. Na hora certa.
Aprenderam o que fazer.
Já não estão abandonados.
Estão sendo bem olhados.
Por cada banca do mercado.
Onde todos. Tiram. O seu viver.
marcos fereS
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