Poemas e Poesias
Este poema, seu poema
Este poema
Na verdade foste tu a autora
Eu sei,
Não te lembras do dia nem da hora
Mas foste tu
Quem escreveu este poema
O que fiz
Se é que algo fiz
Foi desenhar em palavras
Cada gesto seu
Adicionei beijos e juras
E este poema nasceu
Este poema é todo seu.
Poema para Mondlane
Na terra onde nasci há um só arquitecto
E esse poema é prova da sua existência
Quando escrevo, é com liberdade
Com que ele me libertou
Quando amo
É com amor que ao povo amou
Esse arquitecto és tu, ponte da unidade
Nacional
Tu, imortal Mondlane
Fundador da Frente de Libertação de Moçambique
Orgulho de Mocuba, Nagande e filho de Moçambique
Tu, gigante a sonhar, rua da liberdade
Onde os Moçambicanos fazem ninho.
Este poema
Este poema é meu
De tão simples que é
Só podia ser meu
Adicionei o La e o Guna
É por isso que este poema
De ninguém mais pode ser
Senão de Laguna
Sim! Laguna sou eu
Sou eu laguna
Tão virgem na poesia
Que este poema de ninguém mais seria
Senão da minha própria autoria
Se não o julgo melhor
Também não o tomo por pior
Pois, apesar de serem versos simples
O fiz por amor.
Onde, onde ...
Onde vais buscar a inspiração
Onde está o que te inspira
Onde está a tua poesia
Onde estão os teus poemas
Onde estão os teus pensamentos.
Tento tantas vezes ver entre tantos
Tento sentir olhando o que tu vês
Tento amar da mesma maneira
Tento esquecer o que acabaste de dizer
Tento criar, sonhar, viver e escrever.!!
Poema ao Invejoso.
Estas minhas mãos feridas,
Das lutas da vida,
Da dor que carrego em minha alma.
São a prova que eu,
Sem o consentimento seu,
Vou vencer nesta vida,
Lutando e tentando,
Sem fraquejar,
No coração eu carrego,
O saber de ganhar.
Tu não queres de mim,
A vitoria na vida,
Mas eu digo a ti,
Esta luta é minha.
Independente de tudo,
Sei que vou vencer,
Pois não depende de ti,
Apenas do meu querer.
E querer é oque tenho,
É oque carrego nas mãos,
Batalhando na vida,
Seguindo meu coração.
Não tenho medo da dor,
Pois eu ja a senti,
Não é tão assustador,
Quanto viver sem sorrir.
Sei oque devo fazer,
Pra na vida vencer,
E nunca desistir,
Nem ser como você.
Conformado com tudo,
Em uma vida sem nada,
Criticando a todos,
Em uma vida arrasada.
Não é ganancia oque sinto,
Minha sede não é dinheiro,
É apenas prazer,
De fazer meu querer,
Nesta vida tão curta,
E não ser infeliz.
Infeliz como muitos,
Que nem chegaram a tentar,
Sonharam com coisas,
Mas nunca tentaram ganhar.
IPIRANGA
Entre amigos,
gargalhadas,
poemas a declamar,
ouvidos atentos.
Néctar fermentado,
não me faz tremer,
poema citado,
agora podemos beber.
Beber e ler,
antes do sol nascer,
do bar fechar e
o som desligar.
Pés errados no meio fio,
visão embaçada,
palavras dobradas.
Somos tão jovens,
Como Renato,
selvagens.
Bexigas cheias de cerveja,
banheiros do posto am/pm
pensamentos embaralhados,
ser-veja.
Sentir-se sóbrio após mijar,
apenas mais um efeito do álcool,
que resulta em poesia.
INSPIRAÇÃO
Só o coração é poeta...
A arte só produz versos
Mas toda poesia e beleza vêm do coração
Fábrica de sonhos infinitos...infinitos...
Coração que faz canção...
Canção a declarar-se a existência
A ensinar o dom do amor...
Chama acesa de inspiração
Que ilumina o destino-destinatário
Dizendo que a palavra mais linda
É a que faz canção...
BORBOLETA
Eu não farei poema à borboleta,
inseto que esvoaça sobre a rima
furtada da inequívoca obra-prima
jamais escrita por esta caneta.
Persigo a perseguida de veneta,
mas voa a rima alheia à minha estima
a qual “torce, aprimora, alteia, lima
a frase”, que se esconde numa greta.
E o muro, “paredão todo gretado”,
é sóbrio, é careta, e é quadrado,
mas guarda para si aquela greta.
Solitário empunhando esta caneta
por ser da borboleta rechaçado,
achei-me, em outra greta, contentado.
Doíam-me os poemas
nas suas páginas em combustão
alastrava a raiva dum fogo posto
Para o qual não havia água
Que o abrandasse
Lacrimejava-me o olhar
De tanto verso incendiário
- Quem é que via o meu sangue a arder ?
E se me perguntares:
qual a razão desse impulso ardente
Dir-te-ei:
-Nunca soube em que ponto cardeal
O poema se cruza com a sua estrela ! ...
[Távola De Estrelas] Index - Eu Canto O Poema Mudo
Fazer uma poesia.
Se poeta não sou.
Quem sabe uma prosa?
Ah, sim! Prosear eu vou.
Mas, se eu juntar as palavras,
E escolher um tema,
Quem sabe eu consiga
Em meio a ressalvas
Formar um poema?
RASTROS DE POEMAS
Revisitando meus escritos Antigos e inglórios Tais quais pergaminhos Encontrei tanta coisa Estranha Até teias de aranha E amarelidão no papel Letras de datilografia Palavras do primórdio Tudo revelando o tempo Passante, passado, passeante De fato tudo passou Eu não sou mais o mesmo Hoje gosto de pão com queijo E veja até de cerveja... Do amanhã não sei nada ainda O que sei apenas é que a poesia mora e sempre vai morar em mim Ela pulsa latente, de forma irreverente, não me deixa ficar ausente E assim eu sigo rente eu e a poesia, de mãos entrelaçadas, deixando um rastro de poemas.
Poe.mo.[l]de.lo
Na (poesia), poesia-
mode.lo não tem mo[l]de.lo
Na moda mode.lo molda
Eu mor.do mode.los e mo[l]de.los
Eu morto
Renasço em outro (mo[l]de.lo)
dele não me escapo
ou se não me capo
ou me re.mo[l]de.lo
poesia mo[l]de
(mascara) máscara
poe.molde poe.mode
(pô, e pode?)
Poema triste.
Quando escrevo um poema triste,
às vezes sinto, outras eu minto.
Mas, a ferida sempre existe.
quase que uma sombra no instinto.
A tristeza, não sei explicar.
Quando sinto, às vezes requinto.
Assim consigo simular,
a alegria, que às vezes minto.
Quando o espelho me mostra triste,
raramente eu olho e desminto.
Minha alma sabe, mas resiste,
o que sinto, e ao mundo minto.
José Luiz da Luz
Entre as pausas.
Quero compor meus espaços em poemas.
Minha vida em musicas e minhas palavras em sinônimos de silêncios.
É assim que minha alma estará em descanso, pois quando escrevo não são as frases que importam, mas sim as pausas entre elas.
É nesses espaços que eu moro.
Venha passar essa noite comigo.
Descubra meu nome nos lençóis.
Não sou escritor, sou apenas um poeta e por isso não encontrará nada em minha fala.
Leia a poesia dos meus olhos e sinta a escrita dos meus toques.
Acorde comigo.
Caminhe comigo entre as pausas.
Essa tarde está perfeita para um poema.
Eu lhe empresto meus chinelos e divido minha caneca.
Há muitos, muitos espaços a serem compostos.
Poesia no Metrô
No vazio do metrô...Daqui a pouco chegarei em casa e onde estará meu Amor???
No vazio do metrô....talvez algo mais está vazio aqui...pessoas por trás de mim com fones de ouvido...ouvindo Rock'rool pra descansar o coração...
No vazio do metrô....Alguém entrou e me olhou...olhar triste que me emocionou....porém eu rir pra ver se o deixava Feliz....
No vazio do metrô....minha estação chegou....e aquele olhar triste me acompanhou e veio falar de Amor....disse que seu Amor se suicidou mais meu sorriso o salvou.....
No vazio do metrô....no vazio do metrô....no vazio do metrô....minha alegria se repassou....mais eu pensei onde estará meu Amor???
BORBOLETAS
...São poesias em cores /
Vivacidade em luz /
Delicadeza em encanto /
Assim são as borboletas/
Que não são flores /
São cores que voam /
Adornando a natureza com cores...
Jmal Jamal
Versos Escarpados - Borboletas
há sempre um degrau
entre o que se escreve
e o que se gostaria
de ter escrito
e quando há um poema
inexaurível
desses que nunca mais se pode
parar de ler
que não se pode mais soltar
porque no meio dele há um vórtice
um poço d’água potável
onde se pode nadar muito
em círculos, sem pressa
onde se pode apanhar com as mãos
os peixes intermináveis
não há como não ponderar
sobre qual seria o verdadeiro poema
aquele outro ainda maior
mais robusto
que alguém tentou escrever
um cavalo pode mudar o curso
de um poema
é preciso não temê-lo
os saltos, os espaços vazios
de como se arranjam entre si
de como, sem atrito, produzem luz
disse
deixe o seu corpo boiar
pra que as letras pairem diante dos olhos
é preciso que o dia nos encubra
com alguma névoa pálida
e a fumaça dos automóveis forme
entre nós e as coisas
uma espécie de anteparo vertical
quase transparente
e nos faça avistar de longe os músculos rijos
de um bando de animais que trotam
por entre os carros
O poeta usa sua dor para
fazer poesia.
O músico, melodia.
Use sua dor para criar energia
e superar-se.
