Poemas e Poesias
RESILIÊNCIA
Vontade de reagir
para superar o trauma.
Enfrentar dificuldades
com paciência. Ter calma.
Manter fé e equilíbrio.
Buscar cura e alívio
do sofrimento da alma.
CORRIDA
Não fique na inação,
calce o tênis, vá correr.
Há trilhas a percorrer!
Controle a respiração,
observe a pulsação
e regule sua passada,
pois corrida é ritmada.
Mas um conselho de mestre:
se não pode São Silvestre,
então faça caminhada!
Quando a chuva trouxer a solidão,
junto a ela faça uma cantiga,
mesmo num dueto sem afinação
e que seja saudosa, até antiga
Assim lavando a sua alma
em horas de muita paz,
sua mente ficará em plena calma
junto à meditação que a chuva traz
Olhar Poético
Como um filme
Vejo cenas que marcaram a sociedade.
Como um filme,
Gostaria de rebobinar muitas cenas
Mudar alguns atores
Alguns lugares
Alguns roteiros.
O 11 de setembro por exemplo
Eu mudaria...
Colocaria meu olhar poético sobre aquelas primeiras horas do dia
Colocaria poesia na vida daqueles homens-bombas
E salvaria!
Tantas vidas
Tantos sonhos
Tantos filhos e pais
Amigos e irmãos.
Não voltaram para casa.
Não acenaram um adeus.
Tiveram suas vidas ceifadas
Pela secura das emoções
Pela amargura de um luta cruel.
Como um filme
Vejo cenas que marcaram a sociedade
E a poesia não estava lá.
Eu sou uma ave em um oceano;
Sem onde pousar;
Sem onde descansar;
Eu sinto que não vivo nesse mundo;
Eu sinto que não fui criado para viver;
Eu fui criado para amar;
Eu fui criado para lutar;
Pela perfeição;
E pelo mundo dos ideais;
Amo você, alma.
Lá fora
Não a mais nada lá fora, a não ser as ilusões que nos serca , a não ser a multidão com sua pressa, e uma vasta solidão , que não se limita e jamais dorme, deixando claro para min que a lá fora muitos outros sorrisos sem vida.
S.y
SONETO DOS FINADOS
Dia dos mortos, túmulos... Finados!
Dois de novembro, fé, um ritual.
Almas no céu? Inferno? Funeral.
Cemitérios, os corpos enterrados.
Covas, ossadas, pó... desencarnados!
Orações, rezas... Um tempo no umbral.
Lamentações, espírito imortal...
Mortes, óbitos, ciclos acabados.
Desafinados, só boas lembranças?
Ó sumida pessoa falecida,
Aos teus filhos deixaste uma herança?
Fecha caixão, velório, despedida.
Anos se vão... A única esperança:
Reencontrá-los no além, fim da vida.
Sinta como é doce essa teia que criei para você
Como um algodão que você saboreia devagar
Que desmancha como açúcar na sua boca,
no calor da sua língua,
aos pedaços
Sinta a intensidade e o amargo da minha picada
Ela é pontiaguda e perfura fundo...fundo
Você não a vê penetrar, tampouco sangrar
Apenas sente quando está lá dentro
Como uma lâmina afiada e enterrada dentro da sua carne
Sente como destila
pela sua circulação
Posso ver evaporar pela
sua pele
E pelos seus olhos
É doce? ou amargo?
É bom?
eu gosto!
No modo automático
O tempo passando rápido.
Anos e anos se passam,
e não me sinto realizada
Por que sinto que fui programada,
eu que estou funcionando
no modo automático.
Acabou-se as vontades,
acabou-se a paixão.
E não consigo mais ver
a luz, ou a razão
para continuar lutando
Sigo no modo automático,
para o bem dos que me rodeiam,
e ninguém nem percebeu,
que faz tempo que não estou mais presente.
Sou somente uma casca,
uma boneca robotizada!
Pode ser negra ou branca
Não importa sua cor,
Para mim o que importa,
É ser feliz,vivendo uma história de amor.
Olhei em teus olhos,
Querendo te beijar,
E fiquei pensando...
Como é bom te amar.
Não sei se é amor,
Não sei se é paixão,
Só sei que é você
Que quero para meu coração.
Te amo muito,
Mas tenho medo de te dizer,
Pois você é linda
E um dia vai me pertencer.
Na rua onde moro não há falsidade
Somente a verdade que alguém escondeu
Há crianças na rua brincando
Entretidas e não lembrando que são mais velhas que eu
Na rua onde moro existe uma praça
Por lá um velho caça as glórias que viveu
Nela há um bebedouro
Onde vertia um tesouro que alguém distraído bebeu
Na rua onde moro impera a nostalgia
Lembranças de um estranho dia que nunca aconteceu
Histórias do bar da esquina
Onde morava uma menina que no vento se perdeu
Na rua onde moro as casa são vermelhas
Portas, janelas e telhas transparentes como eu
Pra visitar não tem segredo
Em sua mente perca o medo de criar um mundo seu
Ainda há justiça na terra?
Será que a justiça tem interesse em absorver regenerados?
Será que a justiça repara falhas de acusados sem culpa?
Será que a justiça condenaria caluniadores?
Sim: a "justiça divina" existe e faz muito mais: ela não dá sossego à consciência dos vilões, alertando: a tua hora vai chegar! arrepende-te, repara o mal e regenera-te....
Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá.
Ficou moderno o Brasil
ficou moderno o milagre:
a água já não vira vinho,
vira direto vinagre.
Nosso amor foi um deserto
mas tinha tudo pra dar
faltou apenas dar certo
questão de hora e lugar
A razão me trouxe embora
mas eu queria ficar
a paixão que me devora
sei que ela vai me matar
A vida vai lá fora
preciso de respirar
mas sem você é um sufoco
eu não me mato por pouco
ando fugindo do azar
Nosso amor passou por perto
tava tão fácil de achar
só faltou ser descoberto
questão de hora e lugar
Lero-lero
Sou brasileiro
de estatura mediana
gosto muito de fulana
mas sicrana é quem me quer
porque no amor
quem perde quase sempre ganha
veja só que coisa estranha
saia dessa se puder
Eu sou poeta
e não nego minha raça
faço verso por pirraça
e também por precisão
de pé quebrado
verso branco rima rica
negaceio dou a dica
tenho a minha solução
Não guardo mágoa
não blasfemo não pondero
não tolero lero-lero
devo nada pra ninguém
sou esforçado
minha vida levo a muque
do batente pro batuque
faço como me convém
Eu sempre quis acertar
só me faltou pontaria
eu nunca soube cantar
mas sempre tive mania
nunca brinquei carnaval
e nem saí da folia
nunca pulei a fogueira
e nem dancei a quadrilha
Eu nunca amei a ninguém
nunca devi um vintém
nem encontrei minha trilha
Eu me perdi muito além
sendo meu próprio refém
na solidão de uma ilha
Já não tenho pressa
Já não faço mais nada com pressa
Descobri o prazer de dar tempo ao tempo
A dadiva de estar no presente
Quanta graça existe no devagar, uma lindeza
Agora mesmo, eu estava lavando umas frutas, senti seus cheiros, texturas, vi suas cores
Tão sem pressa que praticamente tivemos um diálogo
Isso me inspirou tanto que eu não resisti a escrever esses versos
Afinal, eu não tenho mais pressa, e as frutas, elas podem esperar
Então, inesperadamente, me assaltou um pensamento
Por que demorei tanto para entender que é melhor viver sem pressa?
E eu entendi por que esse pensamento me assaltou
Pra provar para mim mesma que aprendi
Afinal, demorar é não ter pressa.
Ah se tu soubesses o efeito do teu sorriso...
Se soubesses a trama que se monta em minha cabeça quando a vejo passar...
Gastarias mais tempo conversando comigo, até o recôndito da minh'alma impetrar.
Se soubesses que tua presença me cativa, e que teu cheiro desperta aquilo que há de melhor em mim, nunca irias pra longe....
Ficaria sempre aqui.
Querida;
Você pode parar de ser bela?
Minha vida é um resumo;
Um resumo de amar;
De lhe admirar;
De lhe afeiçoar;
É uma delicadeza imensa;
Eu cultivo meu amor todos os dias;
Esperando que um dia me dê frutos;
O fruto da esperança;
De um amor impossível;
Eu te digo agora;
Não vou parar de lhe amar.
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