Poemas de despedida de morte para dedicar a quem partiu
Mais um dia onde sonhos, esperanças e surpresas já não me acompanham o imortal sono e frustrado despertar. Nada mais excita, surpreende os humanos são, apesar dos séculos os mesmos que desfilavam outrora: vaidades, torpezas, frivolidades e crueldade! Sempre foi divertido caçá-los e extinguir vidas tão desnecessárias; absorver o doce licor de suas pulsantes veias, saborear o apagar do brilho de seus olhos... Porém, assim como seco suas veias e descarto o corruptível corpo, os séculos drenaram minha ansiedade e a sede já não se satisfaz! A insatisfação e monotonia de todo esse tempo passado e, àqueles que sucederão, me enchem de tédio e anorexia. Nada, ninguém que valha o esforço, a atenção, o cuidado... a chamar atenção real, para saborear aquele rubro e quente derramar de vida! Então, um riso meigo e olhar gentil aguça meu desejo e arde minha sede... alvíssima pele em roliço e macio pescoço de jovem vendedora de flores, Em seus longos e ruivos cabelos resquícios de minúsculas flores brancas qual grinalda de prometida noiva... nas veias o sangue em rápida e enlouquecedora marcha! Enfim sinto a ânsia retornar e crescer a tal ponto de não suportar perdê-la. Preciso de sua essência dentro de mim revigorando-me, alimentando-me! Alguém compra-lhe as flores enquanto eu aguardo nas sombras aquele instante perfeito onde a caça cai nas garras do caçador, um momento único de união perpétua. Ao findar seu estoque retira-se satisfeita à caminho de casa. Acompanho seus movimentos sinuosos ardendo em chamas de loucura! Num instante arrebato-a para afastado jardim e entre os arbustos sugo o sangue tão avidamente desejado e necessário ao refazimento de minha personalidade carcomida. Seu macio e perfumado cabelo ruivo tinge-se do rubro de seu sangue enquanto viajo no sabor único de sua vitalidade enchendo-me à luz de indefinível luar.
Ariadne
Há quem se enriquece por meio de privação e economia, e acaba ganhando isto: Quando ele pensa que já pode descansar e aproveitar seus bens, não sabe que logo vai chegar o tempo de morrer e deixar tudo para os outros.
(Eclesiástico 11, 18-19)
SONETO SOLENE
Memorar. Um ano. Que importa o ano? Talvez
somente para lembrar os suspiros de tua ida
do silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez
Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez.
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida
Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida
No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - a bênção outra vez!
Luciano Spagnol
julho, 2016
Cerrado goiano
Um ano de morte de meu pai.
►Parte do Ciclo, Aproveite
E se você descobrisse
O ano que ia morrer?
Me diga, o que iria fazer?
O que acabaria por resolver?
Apenas agradeceria pelo término de seu sofrimento?
Afinal a vida é difícil, eu comento
Por algum motivo já pensei sobre
Cessaria as dores
E por fim, em um caixão cercado de flores
Também acabaria as dores dos amores
Acabariam também as cores
Acabariam também os temores
Partiria desse mundo de horrores.
A morte é algo a se pensar
Pode a conhecer enquanto estas a caminhar
"Não a temo", alguns ouço falar
Mas será mesmo que não?
Choras-te a morte de teu irmão
Descreio na vida após a morte
A pessoa atropelada não teve sorte
Acredito que ela é o fim
Se a encontra-se, lhe diria sim
Será que ela precisas de mim?
Será ela capaz de matar até mesmo um serafim?
O que nasce, morre, isso é de lei
Sobre esse ciclo eu sei
Não adianta temer morrer
Não faz sentindo correr
Não faz sentindo esconder
Como já disse, só devemos viver
E a cada dia mais, aprender
Não posso dizer que não iras se arrepender
Pois eu mesmo posso dizer
Que me arrependo por coisas que fiz
Me arrependo por não fazer coisas que quis
"Viver sem arrependimentos" eu discordo
"Viver bem" concordo.
A sua vida pode acabar rapidamente
O seu tempo aproveite radicalmente
Porém não seja imprudente
Aproveite ela usando sua mente
Da melhor maneira possível
Da melhor maneira cabível
Faça valer a pena cada segundo
Se assim desejar, viaje pelo mundo
Se quiser, leve alguém junto
Faça da vida uma experiência em conjunto
Você verá que terá vivido muito.
SE EU MORRESSE HOJE...
Por Rita Coruripe
Se eu morresse hoje, confesso que iria por falta de opção, e não antes de ter argumentado muito com a morte.
Gosto da vida, apesar das incertezas que desanimam, das reviravoltas e das reticencias.
As ausências então, doem muito, mas ainda assim, eu amo viver.
Seu eu pudesse escolher?
Não morreria nunca
Não deixaria para trás, tudo que tanto me faz feliz.
Mas como não tenho escolha, quando chegar a minha hora de partir, irei com a certeza de que minha vida não passou em branco, e que vivi extremamente, cada momento, cada situação, tenha sido ela boa ou ruim.
Irei agradecida pelos bens que aqui recebi:
Por ter tido um Pai que me amou incondicionalmente, e que junto com minha avó e com minha mãe me fizeram a pessoa que sou (ou fui), pelos filhos que gerei em meu ventre e pelo neto que gerei em meu coração, pelos amigos que tão calorosamente, me acompanharam na difícil arte de viver.
Grata pelos amores vividos até a última gota de paixão
Pelas conquistas, pelos "nãos" que me obrigaram, tantas vezes, a dar passos para trás antes de continuar a caminhada.
Pelos meus irmãos, que compartilharam comigo uma infância PERFEITA, pelas experiencias e principalmente, por ser proprietária de um coração que jamais conseguiu guardar mágoas, ou desejar o mal de alguém, ainda que tenha sido tantas vezes ferido e tripudiado.
Levarei comigo a única coisa que a morte não me tomará:
As lembranças deliciosas de tudo que vivi neste plano, e que mesmo sendo tragada pelo mortífero sono, não se apagarão, pois em algum lugar do meu espírito elas docemente adormecerão, mas nunca deixarão de existir.
Então eu a vi, não estava mais como antes
Olhei para ela e foi como se eu visse o presente, passado, e o futuro, mas que pena, a melancolia tomava conta dela, foi a cena mais triste que já pude presenciar
fui cada vez mais se aproximando e conforme ia, ela corria, e lá estava ela, a vida, dando adeus a mim e lá se foi, correndo sem paradeiro, olhei para trás e vi andando calmamente a morte e não dava mais tempo, então, morri!
soneto da frase sobrando: O poeta esta morto
O poeta calou-se depois do meio dia
Inúmeras informações sem afeto
Datas, nomes, números(informação fria)
Senta-se na calçada, taciturno
Nada falava, nada sentia
Miríade de comentários floresciam
Foi a mão desumana e hipócrita
Ordinária mão do meio dia
Razão pela qual o poeta calou-se
Amar já não era a política que via
Temer a ambição da matilha sedenta
Emergente ação pacífica
Melhor calar-se e observar a volta
Enquanto a ternura retorna vívida
Ruas gritam pela volta da poesia
Fim dos tempos
Todos temos uma certeza
A única que podemos ter
Não importa se foi bom
Ou qualquer atitude ser
Rico, pobre, simplesmente
o destino será o mesmo
Os olhos serão fechados
Seu corpo apenas pedra
que na terra será nada
Seus feitos talvês lembrados
Por poucos, ou muitos
Somente isso que restam
Contos, histórias, passados
Alegres, tristes, conformados
Viram cantigas e prosas
Sem memorias, no tempo
esquecidas ou lembradas
Este é o grande momento
Deixar aqui os seus traços
Gravada marcas do tempo
Rugas do envelhecimento
Somam todos momentos
São os legados que ficam
Eternizados
Ou no esquecimento
"Sangue e outras drogas."
Não leia estes versos de solidão!
Pelo deus não mais rogado,
Em lápides, abandonado,
Eu sei, tua mente diz-te "Não!"
No refúgio do completo delírio.
Insegurança alheia ao querer.
Transmutei-me em meio ao "ser"
Ao tentar manter-te sóbrio.
Outros tantos aspectos adversos,
Outras tantas redes convexas,
Outras tantas paredes complexas,
Tantos outros amores anexos.
Ares ébrios, desnorteados.
Do perdido ao inconsagrado,
Pelo caminho do verbo ao vocábulo ligado,
O meu "eu" em teu ser, ilegitimados.
Desmistificando o antigo pudor,
Tomo a mim um temor crescente,
Revenda recorrente.
Dois corações sem valor.
Minha mão segurava um passado que se desprendia
A notícia no rádio anunciava o sepulcro
Tua voz ecoava um teatro do absurdo
Pelo quebrar de ossos o mundo implodia.
Thaylla Ferreira {Epitáfios para Lígia}
Eu Quero ser Eu
Eu sei que o tempo corre veloz
sei que ele é meu algoz
Quando vejo já se foi, se escafedeu
Mas eu só quero ser eu...
Os dias passam, as noites passam...
Amores passam, a lua, as estrelas...
A luz, o breu...
E eu... eu só quero ser eu.
Quero ser livre como o vento,
correr livre como as águas da cachoeira,
Ir além do tempo,
ao me transformar em poeira.
Não basta esta vida, e seu desabrochar,
Não basta a morte, e seu findar
Se eu continuar perdido neste mundo meu.
Minha vida não é vida, enquanto eu não for eu.
Eu quero ser eu.
Eu quero ser o que meus olhos vêm ,
o que meu corpo transpira...
Eu quero ser a verdade,
Deste eu de mentira.
E, se ao fim de tudo
eu não puder ser eu
Coloque em minha lapide
Aqui jaz quem nunca viveu.
Não coloquem flores, nem vela
nem cruz eu quero lá
Pra que minha alma
não se apegue nela
e agora livre possa voar
Para um mundo que suponho
um lugar além do sonho.
Onde eu possa ser eu
onde a vida vença a morte
e eu grite bem forte
Eu quero ser eu
E me abrace a luz da lua
e as estrelas ao redor
ao despertar desta vida
para uma vida melhor.
UNSENTIMENTAL
O copo esta vazio
sem magoas ou rancor
Sem sentimentos
sem nem uma dor
Esta tudo parado
Tudo congelado
como um retrato
que fora deixado de lado
esquecido no tempo
meus sentimentos morreram
não tem mais sentido
perder meu tempo em algo destruído
Nada faz sentido,
nada é pra valer
Então não há motivos para viver
Ao fim do dia irei partir
e não terei que me despedir
Ao fim do dia irei partir
E esse será o único momento em que irei...
....Sorrir
Inocente
Dormente, assim estou
Feliz, assim eu sou
Abra seus olhos
Veja como sou..
Tranquilo e anil
Como silencio após o tiro do fuzil
Vermelho, como o sangue que se esvaiu
Medo, como nunca sentiu...
Gritos, que nunca ouviu
Sonhos, que não se despediu
Roupas, que se quer despiu
A vida se foi, e ele nem viu...
Pensamentos vãos
01:54,
Noite quente,
Vazio estridente,
De um pequeno quarto.
Passaram-se 3 minutos,
90 segundos,
Que se parecerem horas,
Onde a mortalidade atormenta as mortais hordas.
Um homem,
Talvez não tão homem,
mas tão mortal quanto os outros homens,
pensa no hoje e no ontem.
Pensou no que teve,
no que já perdeu,
no que talvez nem existiu,
verdades ou mentiras que leu.
Morre por seus pensamentos,
como a cada dia já morreu,
apenas para acordar no outro dia,
e perceber que infelizmente não pereceu.
TEMPLOS E NÃO TÚMULOS (Bartolomeu Assis Souza)
Todo dia morre alguém
A cada 24 horas morre alguém
A cada nascer do dia e
a cada anoitecer morre alguém
Assim nossa vida deve ser
templos divinos e não túmulos...
Ela foi até os lugares que só iria se ele estivesse ao seu lado.
Ela esperava encontrar ele lá, mas ela sabia que era impossível.
Sentou-se e experimentou o sorvete que ele tanto falava mais ela nunca quis tomar, jamais imaginou que o sabor daquele sorvete era tão péssimo assim, jamais imaginou que ter ele ao seu lado era tão valioso, se soubesse teria aproveitado mais.
Ela não sabia se ele tinha ido para cima ou para baixo, sabia apenas que ele tinha ido embora para sempre, mesmo assim, ela o desejava, mesmo que fosse por um instante, apenas para abraçá-lo como se aquela vida não fosse ter fim.
O coração
Eu seguirei o meu, onde ele me manda, pois quando deixei de o seguir, morri, vivi morto, fui um zombie no percurso da vida.
Renasci dos mortos, despertei de novo para a vida, agora sigo o coração.
Obrigado, a quem me ressuscitou, espero em breve receber o abraço da vida.
Sigo o meu coração, segui-lo-ei até á morte.
Já Não tem Nais.
Todos nós tivemos aquele dia em que nada deu certo.
Todos nós tivemos aquele dia em tudo saiu como planejamos.
Todos nós tivemos aquele dia que saímos sem planos.
Todos nós tivemos aquele dia desejando alguém por perto.
Todos nós tivemos aquele dia de esperança.
Todos nós tivemos aqueles dias de silêncio.
Todos nós tivemos aquele dia de criança.
Todos nós tivemos aqueles dias de lamento.
Todos nós tivemos aquele dia de luto.
Todos nós tivemos aquele dia de luta.
Todos nós tivemos aquele dia de tudo.
Todos nós tivemos aquele dia de lua.
Todos nós tivemos aquele dia de nós.
Todos nós tivemos aquele dia livre.
Todos nós tivemos aquele dia a sós.
Todos nós tivemos aquele dia triste.
Todos eles tiveram. Já não tem mais.
Não Adianta Você Viver a Vida Fingindo
Que não vai sofrer Esquecer todas as doenças e morte.
O Melhor A Fazer E Aprender com Esses Momentos Infelizes,
Que loucura é a vida... encontro e desencontros, amores que viram conhecidos, amigos que viram lembranças...
Caminhar para a morte... talvez não seja um bom angulo de ver a vida, mas aceitar que é a única certeza que temos é necessário... e viver como se fosse o ultimo dia, tem que ser feito, nem que seja em pequenos detalhes do dia-a-dia... como mudar o percurso de volta para casa, mandar uma mensagem para aquela pessoa que vc morre de medo de não te responda, experimentar novos gostos, sensações, sentimentos...
VIVER DE VERDADE, NÃO APENAS SOBREVIVER...
Vc já fez algo diferente hoje, que te faça sorrir ou até mesmo chorar?! FAÇA... coloque vida, na sua vida
Vou embora da minha vida para não mais voltar.
E se quiseres saber de mim, me procure em suas memórias.
Nas mágoas esquecidas.
Na vida sofrida, cuja a qual não quero mais voltar.
- Relacionados
- Poemas de Morte
- Cartas de despedida de morte para quem deixa saudades
- Poemas de Saudades de quem Já Morreu
- Poesia que Fale da Morte Fernando Pessoa
- Frases de despedida para refletir sobre finais e recomeços
- Mensagens de despedida para amigos para marcar o coração de quem parte
- Frases sobre a morte que ajudam a valorizar a vida ✨
