Poemas de despedida de morte para dedicar a quem partiu
voz meu algos
no demais o que se passou
morte voraz
mero a dose de veneno,
o que mais sonhar
no gelo do coração...
sensação perigosa.
A mãe é a única que senti a dor da sua própria morte,
quando ver seu filho morto.
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A morte de um filho para mãe é ela mesmo ver um pedaço dela morta.
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A mãe não chora pela morte do filho mas por um pedaço dela que morreu.
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O filho chora não pela morte da mãe mas pela falta.
A morte é inevitável, nem vale a pena questionar…
Já todos sabemos que vamos desaparecer…
Mas enquanto muitos se limitam ao simples factos de existir,
Eu optei por tentar viver.
dor pode ser pior que qualquer coisa,
mais quando para é um prazer,
este alivio parece a morte,
tudo pode ser definitivo e único...
sempre determino certas coisas estranhamente,
pode ser um calmante e assim tempo passa
retenho momento a dor involuntária...
nessas disfunções tudo pode ser o final
terminantemente pode ser bom
e austeridade tantas vezes a morte...
caminho doce e afio tão fina a linha
do tais resquícios exatamente uma falha perdida
em nossas atormentadas,
a que desejo deste destino
o final do cálice do infinito em um sono eterno.
Envelhecer é surpreender-se a cada dia!
Começamos a estar mais perto da morte a partir do momento que nascemos.
Então vivamos,ascenda a luz da vida a todo momento!
Sob as luzes de um Brasil cinzento,
Tanta gente e todo o povo se escondendo,
Com tanta morte, quanta falta de educação...
Com tantos lares, quantas crianças perdidas!
Ao longe o mar, quanta beleza escondida!
De uma história quantas frases mudaram ?
Com tantas ruas, quantos carros passaram ?
Pra onde eu vou viajar?
Aonde eu vou me encontrar?
Se me perder fosse tão facil assim,
Tanta ángustia, não quero isso pra mim..
O meu medo não é da morte e sim da vida,
a vida que não valorizei, a vida que me esquivei,
os momentos que não vivi, os erros que cometi,
as mágoas que carreguei, as críticas que me envolvi,
as atitudes que não tomei e os desafetos que provoquei.
Este sim é o meu medo mais profundo, de passar por tudo isso e ao final da existência perceber que faltou coragem, faltou vontade e fé para superar todos estes obstáculos.
O luar floresce...
Quando nutri o amor
semeia a dor profunda
tão pura quanto a morte,
brilha no fogo ardente,
sempre perdura doce paixão,
como fruto oportuno...
desejo proibido...
amor perfeito.
Doce voz de poeta
Consumindo as palavras poéticas
Vives vontade de morte
E eu, vontade de viver morte.
MEU AVÔ
A morte nos ensina muito. Ver a morte se apossando lentamente de alguém, é um aprendizado sofrido, eu diria. É como se Deus, ou quem quer que seja, escancarasse na nossa frente, a nossa fragilidade perante o mundo, perante tudo. Aprendi muito com meu avô e sua espera da morte. Meu vô Zé, um lindo senhorzinho que se foi a pouco tempo. Aprendi com ele e na verdade, aprendi sobre mim e sobre todos. Por que estamos todos à espera da morte. Estamos todos sentados em cima de uma cama, esperando a morte chegar. O que nos diferencia, é como esperamos esta morte. Por que é certo, é definitivamente certo que ela virá. E nos cobrirá os olhos com seu manto negro. Somos todos mortais. E de uma hora pra outra, ser mortal parece uma afronta.
Risível. Sim, é de rir. É de rir, nos ver afrontados com o divino pela morte. Vê-la nos olhos de outra pessoa e agir com ira e insanidade. Por que? Alguém sempre pergunta. E outro responde: Por que é injusto! Embora, ninguém nos tivesse dito, que seria o contrário.
A morte nos aproxima dos nossos, nos une, nos fragiliza e nos fortalece ao mesmo tempo. Uma grande ironia. De certo isto foi pensado por um ser maior? Por Deus? Quem responderia estas perguntas? Quem poderia nos dizer como e quais caminhos e que ventos nos levam à morte? E quais os motivos? E se devem haver motivos?
Sei que nos olhos de minha família, houve tamanho sofrimento. Muito sofrimento. Por que aquele que gostaríamos de ter conosco, teve que ir. Esta dor transforma. Une. Mesmo que as relações antes, estivessem rompidas, trincadas. A morte, esta vilã, uniu, transformou. Que ironia, isto tudo.
Pra mim, viver é uma grande ironia. E a morte a única certeza.
Vi a morte de perto,
a olhei nos olhos,
Senti seu cheiro,
A beijei ternamente,
Senti seu suspiro
Como ela era linda, linda, linda
Senti desejo de morrer
E ser ninada em seus braços
Senti medo de morrer
E ser enterrada em seus laços.
Morte culpada e inocente!
Morte nunca culpada, mas sempre presente, seja em tragédias ou no curso natural evolutivo da vida. Morreu de que? Pergunta frequente em todas as situações de “morte”, ninguém responde morreu de morte ou a morte matou, sempre existe uma justificada mesmo que inebriada de dor a morte logo e absolvida, morreu pela idade, por alguma doença ou morreu de um acidente, mas morreu de "morte" nunca é dito.
O medo da morte a raiva à sensação de impotência diante dela será certo ou errado ela não mata, mas exerce um papel fundamental nesta enigmática existência que é a vida, a morte em culturas antigas e comparada com um barqueiro que tem a função de transportar as almas.
A morte faz um papel que ninguém gostaria ou quer fazer, um papel necessário de acompanhar as almas, ao contrário do que se diz ou que já foi escrito ela não é o ceifeiro da vida, pois a cada morte existe uma justificativa nunca “morreu de morte morrida”, mesmo que incompreendida a morte é, e sempre será culpada, nunca será inocente.
Como em todo conto sempre existirá um herói e um vilão um não sobrevive sem o outro, a vida só faz sentido pela existência da morte, mesmo que trágico e cruel viver é um ato de ação e reação, de fatos e atos, eterna interpretação e incompreensão, uma viajem com várias paradas no qual o destino final de cada passageiro é a estação de nome morte.
O que se deve saber, que cada ser vivo que existe neste grande mundo tem uma missão e quando sua missão já foi realizada sua alma “espirito” evolui para outro plano, e não somos nós mortais em nossas limitações que iremos questionar o plano do Grande Mestre “Deus” e seu fraterno amor pelos seus filhos.
Já nascemos com passagem comprada para a morte.
Cada dia a mais é um dia a menos.
Depois dos 40 anos percebemos o quanto mais próximos do fim estamos. É só a partir daí é que começamos a considerar a inexorabilidade da morte: Não somos eternos.
Acho que passei a ser uma pessoa melhor a partir dessa consciência. Talvez por isso eu não valorize tanto as coisas materiais e também eu não me obrigue a ter que conviver com pessoas hipócritas e que só maquinam o mal, mesmo sabendo que "elas um dia passarão e eu... passarinho." (diria M. Quintana)
Caminhamos
Lado a lado
Com a onipotente morte –
Simples, pura e real...
Deusa dispersiva, ignorada
E desconhecida por leigos
E doutos capitalistas;
Inobstantemente,
Ovacionamos a vida –
Complexa, falsa e fictícia...
Onde
Um câncer terminal,
Sua fragilidade,
Justifica...
Quem é e onde está o falso e
Perecível criador desta vida?!
A morte de Bento Rodrigues
O que eu posso fazer é um poema,
Já que o meu dilema
Ninguém vai escutar.
A lama lambeu Mariana
E numa atitude insana
Passou também a vomitar.
Ficou tudo dejetado
Que até o meu compadre
Veio a se afogar...
Pobre de Bento Rodrigues
Que morreu soterrado
Na Barragem do Fundão.
O culpado, segundo atestado
Foi um tal de Samarco
Que fazia a exploração...
Agora ficou complicado
Pois até em Espírito Santo
Essa lama chegou.
Tudo foi contaminado
Pelo pior dos pecados
Que é a ganância
Desse povo explorador.
Leandro Flores
BH, 09/11/2015
*Em solidariedade as vítimas no desastre ambiental em Mariana-MG.
Deixe morrer
Morte ao que te segura,
Morte à frase bonita na sepultura.
Deixe morrer...
Morte ao falso amor,
Morte para tudo que nos causa dor.
Deixe morrer...
Morte a ele, a ela, a vós.
Morte para todos aqueles que nos deixaram sós.
Deixe morrer...
Para que, finalmente,
você possa
viver.
A MORTE DO RIO DOCE
Lamentavelmente,
o Rio Doce
não será mais
aquele rio fértil
que saciava
a sede
de muita gente
e das plantações ....
Foi mutilado,
estuprado,
atrozmente
infectado...
Por muitos anos
em suas águas
se ouvirá
o lamento
sombrio
dos seres vivos
que o tinham
como fonte
de sobrevivência ...
Suas águas,
lágrimas
amargas,
sofridas,
estéreis,
sem vida...
mel - ((*_*))
14/11/15