Poemas sobre o Silêncio
O oculto
No silêncio encontro respostas indefinidas, confundidas pela mente quando existe um conflito entre a razão e a emoção.
Lados opostos que verbalizam pensamentos e resultados diferentes.
O consciente não admite a submissão ao inconsciente. E o que existe lá, apenas ele é capaz de sentir e entender.
Ira da mente
Cospe na cara
Dispoe sua tara
Descaradamente
Finge que cala
Grita o silêncio
Geme demente
Descompassadamente
Ira e mente
Mente delira
Livra outra mente
Deliberadamente
Mente a ira
Confessa ironia
Riso escancara
Monstruosamente
Ira semente
Vira somente
Vida doente
Desalmadamente
Mente a rosa
Despe a prosa
Soterra o que sente
Eternamente
Mente infinda
Finda a ira
Fim da mentira
Definitivamente
Sentimentos
A chuva cai mansinha
Ouço lá fora
O silêncio que faz-se
Desperta as lembranças
Como um filme
Tudo passa nos pensamentos
Tudo? Ouve tudo?
Sim, pois não é o tempo
Que marca os sentimentos.
Sim, é a intensidade
Que chegam sem tempo e
Estratégia para a defesa.
Invadem teu corpo
Como um flexa
Chegam ao coração.
Não satisfeitos
Dominam tua alma
Desprevenida se
entregue ao amor.
Sem força
Para lutar
Aceita a derrota
Com um prazer imenso
A paz nasce no peito ardente
E você volta para cas
O silêncio da noite descansa o realista, mas o sonhador desperta.
Imagens, lembranças, sensações fazem a festa.
Na escuridão tomam corpo, alma, emoções e envolvem.
Transformam àquela vida medíocre,
Numa cheia de afetos;
Da solidão um bailar de corpos,
Sempre em movimentos contínuos;
Do vazio, um habitar,
ocupando todo o espaço da alma.
Nascem vidas, almas gêmeas,
Que se completam.
Cria-se castelo de ventos,
Que se desfazem
à uma réstia de sol
que teima entrar
pela fresta da janela.
Uma nuvem de pó pelo espaço,
no tempo,
voam para a luz,
quando as janelas abrem-se,
e todos os fantasmas voltam
para suas casas.
E o mundo real aponta,
Com toda sua vicissitude.
Então, o sonhador descansa,
e o realista vive.
Sons do silêncio
Porta se abrem,
Breu
Explosão sem sons.
Dois corpos na troca total:
Emoções.
Momentos eternos,
Indiscretíveis.
Só o sentir.
Vão-se os mundos,
Unem-se as almas.
Tanta intensidade,
Que nenhuma fórmula matemática
Equaciona.
Químicas que reagem,
Equilibram-se:
Emoção e prazer.
No horizonte o mar ,
Segue seu curso.
Os pássaros voam,
O vento embala as folhas,
Tudo está tranquilo.
O momento se eterniza,
Sem palavras,
Só paixão.
Não me perturbes com a sua falta de silêncio
Não tire atenção de quem se envolveu pela paz
Ser incomodado pela sua falta de senso...
É como conseguir paz com o silêncio da guerra, rapaz!
"Um sorriso molda o rosto e não a alma.
Um soluço no silêncio me devora.
Quando um grito chega perto mas retorna.
É sorrindo que eu escondo o que não chora." (10/04/21)
Cala-te... Teu silêncio é teu refúgio, teu abrigo e uma única esperança.
Não busque inquietações a mais do que já te assombram, não fale, apenas fique em seu silêncio e solidão.
A solidão é um momento de reflexão e auto conhecimento sem igual, aproveite. Ao se sentir só, veja o que há dentro de você, a luz ou escuridão, mas tenho certeza, que nunca estará completamente vazio.
O vazio é estéril... Logo nada se têm e nem se produz. Portanto, a solidão é sua porta mágica, onde você pode fugir de tudo e todos, até de se mesmo, para assim, analisar os fatos de fora pra dentro, até conseguir se reencontrar e salvasse de se mesmo.
A dores bateram sempre em sua porta, mas a escolha é unicamente sua de deixa ela entrar.
A viagem da vida
Ela tramita.
Cala e também grita.
Tarde serena.
Maré violenta.
O silêncio estrondoso.
A mente que agita.
Trafega incessante.
De norte a sul.
Conduz o pensamento.
Ora equilibrado.
Ora turbulento.
O delírio como forma de vida.
Pois a realidade.
O conceito de sanidade.
É uma esperança atrevida.
Claro.
Precisa se alimentar um contexto vivo.
Que a morte não seja o forte.
A trilogia consciente.
É entender.
Que realmente é dado um universo.
Entender as vezes é perverso.
Se faz necessário então.
Andar, continuar mesmo na escuridão.
Se nesse infinito labirinto surgir a luz.
Entenderemos então.
Valeu a pena.
Ou não.
Vaidade como diz Salomão.
Ora, eu na quietude.
Cansado e exausto.
Vivendo cada fato.
Preciso manifestar.
Se a alma permite.
Esperança, fé e confiança.
Eu sou e quero ser desse time.
Não corri atrás do vento.
Talvez fui ou sou incapaz de viver esse intento.
De pé, rápido ou lento.
Continuo.
Alimentando.
Dar vida e sensatez.
Coerência ao pensamento.
A vida ampla, a criação, a subjetividade.
O desafio de estar, ser, que nada seja vão.
Nessa nossa condição.
De pertencer a esse firmamento.
Não pedi, mas nasci.
Se estamos, eu você, aqui.
Vamos resistir na viagem da vida, infinita simples assim.
Giovane Silva Santos
Sinônimos de um silêncio
De asas abertas,
Na chuva fina lá fui eu,
Encorporado por uma águia,
Voei,
No ar!
Fiz café e não parei,
Parece que a cafeína me deu energia,
Ou tirou meu sono,
Na noite escura e estrelada,
Continuei,
Momentos de desatinos,
Com a lua conversei,
De alma despida,
Sinônimos de um silêncio,
Minha vida analisei,
Para salvar ainda o que me restou,
Fechei os olhos e me pus á sonhar,
Uma conversa franca comigo mesmo eu precisava realizar,
Com assunto altamente inteligente,
Dei início a essa prosa,
De olhos nos meus olhos,
Promovi essa poesia,
E mais um poema se registra,
Da infância perdida,
E sobretudo que já vivi,
Não posso de nada reclamar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Samba / Canção
Paz nas Copas
Há uma paz que mora no silêncio das copas
Sempre altas a dançar
Acima do sofrimento
Embaladas pelo vento
Acima do bem e mal
Não se pode ter paz
Onde há um coração
Batendo acelerado
Em um peito encurralado
Sob ordem da emoção
Há uma paz que mora no silêncio das copas
Sempre altas a dançar
Acima do pensamento
Embaladas no sereno
Com orvalho a gotejar
Não se pode ter paz
Onde há um coração
Batendo sempre inflamado
Em um peito limitado
Feito de carne e ilusão
Se eu fosse como as copas
Eu dançaria em paz
Balançando com o vento
Sob a chuva e o sereno
Eu nunca almejaria mais
Mas não posso ter paz
Quando tenho um coração
Batendo sempre acelerado
Em um peito encurralado
Sob ordem da emoção.
Meu Silêncio
Meu silêncio
É só meu ...
Me pertence
Me devora
Me mantém
Meu silêncio
É egoísta,
Não divido
Com ninguém!
Nele conto
Segredos
Ao infinito.
Entrego
A minha
Saudade,
Meu amor,
Meu coração,
Tudo que
Houver de
Mais puro,
Sincero e
Bonito .
No meu
Silêncio
Me fecho,
Me tranco,
Me entrego ,
Me calo e
Às vezes,
Até grito !
Angelica M Spínola (Masy)
"Herói é quem suporta a sua dor em silêncio e a gente só percebe
que ele foi herói quando não podemos mais ajudar..."
Angélica M Spínola (Masy)
Anatomia artística
Silêncio,
Não fale nada,
Por favor,
Peço-te que fique em silêncio absoluto,
Inebriante é essa sua imagem,
Tua imagem quero eu esculpir agora,
Fazer do teu corpo,
Uma e única obra artística,
Quero que saibas,
O teu silêncio é que favorecerá essa minha inspiração,
Corpo belo,
Olhos azuis esverdeados,
Cores da natureza e celestiais,
Cabelos lisos,
Esse momento único,
Há anos eu desejei,
Agora,
Estás em minha frente,
Despida e paralisada,
Essa grafite será testemunha,
Embora que esteja totalmente usada,
O que sobrar dela,
Ficará como recordação,
Guardarei á sete chaves e sete segredos,
Esse desenho que faço de ti agora,
É um retrato falado do teu lindo corpo,
Não me pergunte quantas vezes eu sonhei para isso acontecer,
Foram muitas,
Isso !
Assim não se mexa,
Fique parada como estátua,
Não mova nem se quer um dedo,
Pois ao terminar essa arte,
Irei eu te oferta-la
Sou consciente de tudo o que aconteceu,
Sou também consciente de tudo que passamos,
Mas agora não vale a pena trazer o passado,
Ja se faz décadas,
Você se foi,
E eu peguei outro rumo,
Na estrada da vida nos conhecemos,
Eu te chamei para esse satisfatório momento,
Mas seus pais te chamaram e você simplesmente naquele dia,
Desapareceu...!
Sumiu,
E não tive mais notícias,
Afinal de contas eu tive que prosseguir,
Vivi e estou vivendo,
Mas o desejo do passado,
De mim nunca se apartou,
Quero que saibas,
Nas milhares horas insanas,
Tentei ao menos traze-la em rabiscos na anatomia humana
Chorei lágrimas,
Chorei rios,
E infelizmente não consegui.
Hoje a vida me presenteou,
Momento único esse,
Está vendo,
Já terminei,
Tão fácil você ter cedido aquele dia,
Mas fez questão de me deixar rabiscando ao vento,
E fiquei décadas,
Numa dolorida ilusão.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Omissão
O barulho do meu silêncio,
é maior que o barulho do vento
que anuncia a distopia,
ignorada pelos néscios,
alimentada pelo núncios.
#daseriemicrocontos
Coração que traduz
Nas chamas da vida.
.Coração que conduz
.Que faz-me resistir o silêncio.
.Coração administrado.
.Com o verso do querer.
.Coração maltratado.
.Por emoções machucadas.
.Pronome.
.Nome e sobrenome.
.Queima e arde.
Que vai Sufocando dentro do meu ser
Desconheço a autoria
Lotes Vazios -
Uma mão cheia de nada é o que
trago entre os dedos ...
Silêncio, vazio e solidão,
o que de mais inteiro e profundo
habita cada homem!
É um quase sonho de chegar a
qualquer parte, uma quase-vontade,
um quase ser capaz de pronunciar
o teu nome!
Talvez seja egoista este querer estar
sozinho,
este renegar querendo-te,
este pensar sentindo-te
este amar distante ...
Que estranha forma de sentir
tão cheia de poeira e loucura.
A minha Alma está cheia de Lotes Vazios!
Uma mão cheia de nada ...
Quero sentir as sombras do vazio
Neste silêncio longo e frio
Quero viver delírios do passado
Como um cisne negro e mal amado
