Poemas de Luto
A poesia me salvou tantas vezes
Dias em que queria fugir
Através dela encontrei refúgio
Os meus sentimentos transbordam em linhas
Me sinto livre para ser eu mesma
Escrever é despir a alma
Permitir que o papel revele!
Último poema
Ao respirar tua última palavra
Lembranças de toda uma vida
Murmurarás
Verás passar em tua frente
Tudo que passastes
Mas na impotência, que é teu presente,
Simplesmente sentirás a agonia, e as incertezas;
O dilema vida e morte
Quem fica o fazer?
Quem parte, como será?
Não existe tal resposta, suspire teu último poema, e transcreva o teu respiro....O teu último falar.
020125
Minha Presunção
Na poesia e na escrita,
Se acaso eu tivesse uma meta,
Uma ambição insana,
Não seria superar Homero,
Nem Shakespeare, nem Cervantes.
São mitos e lendas,
E há sempre uma sombra de dúvida
Quanto a se existiram de fato.
Mas há um espírito,
Um poeta maior que Dante,
Que não se alcança facilmente.
Seu eco de loucura fascinante
Ecoa além dos sonhos ou delírios,
Um poeta que é a soma de todos eles.
Eu, se fosse poeta,
Ou quem sabe um louco,
Em meus devaneios,
Só almejaria uma coisa:
Escrever como um tal Fernando,
Um esquizofrênico consciente,
Que, em meio à solidão,
Se superou e deu vida a tanta gente.
Um homem que, fragmentado,
Se multiplicou em vozes e versos,
Fez de sua dor uma constelação,
E do vazio, um universo.
Se eu fosse poeta,
Ou então um sonhador perdido,
Minha presunção seria esta:
Ser digno de ser chamado
Uma sombra,
Um eco de Pessoa.
Romantizar
Ah, essa mania de romantizar,
De transformar o banal em luar,
De ver poesia onde há silêncio,
De ouvir o coração, tão imenso.
É olhar devagar o que passa,
Um instante que ninguém abraça,
Uma flor solitária na calçada,
O brilho tímido da madrugada.
Romantizar é criar asas no chão,
Deixar que o vento guie a decisão,
É seguir o pulsar, não o relógio,
É tornar o ordinário mais lógico.
É ouvir o coração sem pressa,
Mesmo quando o mundo o apressa,
Sentir a beleza do que não diz,
E deixar o amor tornar-se raiz.
Ah, que bom seria romantizar mais,
Olhar o mundo com olhos de paz,
Deixar que o simples nos faça sorrir,
E o coração, no tempo certo, decidir.
SimoneCruvinel
Poema sobre Amor
Fazer amor é mais que o toque da pele,
é o encontro das almas num sutil laço que impele.
Um olhar que fala, um beijo que silencia,
carícias que tecem a noite em pura magia.
Os corpos se unem, mas é a alma que ascende,
num instante único que o mundo transcende.
E no calor de um abraço, a paixão se refaz,
descansam os sonhos em um laço de paz.
SimoneCruvinel
Para você, um sopro de poesia.
Quando se vê, o dia já foi,
o ano se despede em silêncio e cor,
tantas coisas passam, tantas se vão,
mas a vida — ah, a vida! — é um eterno renascer.
Ela vem como brisa ou vendaval,
com surpresas que nos dobram,
recomeços que nos curam,
porque o tempo ensina, sutil ou brutal.
Há dias em que a alma chora,
onde o cansaço se aninha,
e precisamos nos despir das máscaras
para sentir a pele da sensibilidade tocar.
Mas há também o instante do olhar,
quando a nossa dor se cala
e o amor nos leva a perceber
que há outra dor que espera acolher.
São essas danças — de lágrima e luz,
de cansaço e compaixão —
que tecem o sentido do que somos,
do que sonhamos,
do que, enfim, desejamos nos tornar
SimoneCruvinel
todo dia escrevo poesia
para encontrar o sentido do meu viver
sem perceber
nessa imensidão
no percurso-perdição
busco harmonia
para abraçar a alegria.
DIAS SEM FIM (Poesia experimental)
Dias escuros, choram por mim,
E eu aqui, sem você.
Dias claros não são iguais,
São diferentes, mais reais.
Todo dia acordo, e lamento a mim mesmo.
Todo dia recordo e me auto me beijo.
Cada dia é um dia de esquecer,
Todo dia tem dia favorito de amar (de lembrar, de lembrar, de lembrar).
Cheiro bom das lanchonetes,
Abrem os olhos, são cotonetes.
Agora o dia é tão escuro,
Mas a noite brilha, com fogo duro.
Todo dia acordo, e lamento a mim mesmo.
Todo dia recordo e me auto me beijo.
Cada dia é um dia de poder,
Todo dia tem dia favorito de esquecer.
Transcende alienígenas, tudo meio perdido,
Violão de bossa nova, tudo tão perturbado.
Coisas novas são velhas passadas,
Encontrando momentos, pegando a estrada.
Garota,
Passaram-se os anos e a poesias continua
As ruas das curvas da sua verdade
Será que permitiu se tocada por uma luz
E deixar a escuridão no passado fora do coração.
Ou continuado na sombra da vida cuidando da dor não sua
Feito menina ainda tem medo de correr as ruas, de lua se sentir nua
Alguém falou mal das bruxas que morrem na pureza da sua lealdade
Pobres Mãos santas de sangue, verdades e mentiras enforcadas no tempo.
Não existe verdade e nem mentiras a falsidade é também amiga
Tem a própria justificativa colocar culpada de tudo, sem trocar o assunto
O mundo diz o poeta “tem mais mistério do que nossa vã filosofia”
Não deixe de ter alegrias porque um sistema dominador te guia
A fé tem que brotar de dentro é da fonte correr a água da vida menina...
Olhe para dentro da suas opiniões as conclusões suas gera nova saída
Você nasceu e vai partir sozinha o destino é só seu então arisca.
Se o papa papão tem mais razão tu matas a fonte o próprio coração.
A vida é uma só ela bate dentro do peito foi desse jeito Deus fez
Não tem dinheiro nem a culpa da tradição a vida é ciclo de resignação
Que possa mostrar a direção certa porta aberta para a saída
Se entre você e Deus, arrisca, Ele te permite ser o seu próprio guia.
Fantasia ou realidade do tempo o pensamento corre pra frente e para trás
Traz a lembrança bonita do corpo o paraíso de mulher infinito brilho
Sinto homem e lobisomem correndo atrás da lua da madrugada e mistério
Nas estrada de seu corpo as curvas e os desejos capotam e permito a sonhar
POESIA DE DESPEDIDA
No teu olhar
Me encontro
Volto de um lugar
Que nunca entrei
Encontrar a paz, talvez?
O bom da vida é amar
Esquecer ou lembrar
Mais um dia passou
E nem foi pra frente
E nem mesmo ficou
Não consigo enxergar mais você
Te perdi, não posso te ver
Me encontro contigo, só por hoje
Vou morrer se não te ter
De alguma maneira, eu ainda lhe vejo
Nas lembranças, em um beijo
Acreditamos que a paz realmente não exista
Diariamente lhe possuía, mas em minha vida
Nada preencheria.
Porque o que sentia antes
Era tão vibrante quanto agora
Agora estou maduro
E teimoso, quanto tudo
Sinceramente, eu me queixo
Mandei algumas mensagens
Você respondeu de forma curta
Notei minha inutilidade
E te deixei para sempre
TRANSFORMANDO DOR EM POESIA
Dizia todos os dias que te amava,
mas saiu sem dar satisfação
com outro alguém já se relacionava
e insiste em dizer que não foi traição!
Sendo por você questionado:
Quando foi que perdeu o interesse?
Ainda ficou zangado
dizendo ser fantasia sua e que não crê-se.
Mesmo você percebendo a frieza,
o descaso com seu sentimento
te causando ainda mais tristeza,
pesar e descontentamento.
Sempre com o celular na mão
ignorando ao seu lado, sua presença
te tratando como um objeto de decoração
e você, ali, presenciando sua ausência.
Desconsiderava suas vontades
te impondo em aceitar dele, seu principal defeito
que desde o início faltou com a verdade
alegando que você não entendia "o seu jeito"
Te fazendo lidar com essa rejeição,
te fazia sentir-se culpada
Alegando não ter a sua compreensão
te obrigando a aceitar calada.
Se ele tivesse tido responsabilidade
e terminasse tudo com entendimento
e não faltasse com a honestidade
evitaria toda discórdia e sofrimento.
Tratou anos de convivência com desrespeito
faltou com consideração
tudo seria diferente e aceito
Senão fosse a traição!
Poema da Opressão
Na túnica obscura do poder estatal,
oculta-se a força de um jugo brutal.
Sob os holofotes da democracia ferida,
ergue-se a mordaça que cala a vida.
Censura, exceção, anomia reinam,
num sistema onde as injustiças tecem.
A liberdade é prisão, um cárcere oculto,
repressão vestida de ordem, fruto do insulto.
Desigualdade social em atrofia cruel,
o país, sob tirania, perde seu papel.
Monarquias de prepotência e aristocracia,
Luiz XIV, na história, uma sombra sombria.
O governo centralizador, tirânico e frio,
exerce seu poder sob o despotismo sombrio.
Coerção e coação em ondas violentas,
a brutalidade desenha cicatrizes cruentas.
Arbitrariedade e boçalidade, armas da dominação,
intolerância que corrói o chão da nação.
Prisão, ergástulo, enxovia do pensamento,
solidariedade e humanismo viram lamento.
Mas, mesmo sob o jugo da sujeição,
há quem sonhe com a ruptura da opressão.
Fraternidade e dignidade em luta renascem,
na corrosão do sistema, forças se entrelaçam.
Icônica será a força da liberdade,
quando o humanismo vencer a atrocidade.
Que a túnica negra caia, revelando a luz,
e a democracia, enfim, conduza à paz que seduz.
Poema do Terror
Na sociedade colapsada, ressoa o eco,
Do simbolismo social, barulhento e seco.
Militância nojenta, abjeta, imunda,
Na pocilga do ódio, a divisão se aprofunda.
Novas expressões, vernáculo ultrajado,
Vocabulário em frases, impactantes, revirado.
Ato subterrâneo, comportamento binário,
Amantes da democracia em caos planetário.
Populismo digital, extremista em vigor,
Ainda estamos aqui, apesar do terror.
Preceitos fundamentais que a sociedade forjou,
Agora no abraço da democracia desmoronaram.
Monstros sociais, utopias regressivas,
Militância doentia em lutas nocivas.
Idiotas da história, vanglória, mediocridade,
Roedores do erário público, artistas da falsidade.
Corruptos, sanguessugas, peculatários também,
Concussionários do dinheiro, humanos que nada têm.
Latrocidas da verdade, falsários do caminho,
Urubus sociais, abutres do dinheiro mesquinho.
Mentiras escorrendo em agressões cabotinas,
Narcisistas no espelho da latrina.
Imundície vil, ignóbil e cruel,
A sociedade em septicemia, sob o próprio véu.
Morte, agonia, decomposição e podridão,
Lixo humano em sujeira, canalhice em explosão.
Idiotas antissociais, com suas condescendências,
Apropriação indébita, criminosas evidências.
Anomia e hipocrisia em rebeldia disfarçada,
Mentiras como bazófia enganosa, mal intencionada.
Ilusão e jactância, ideologias em rupturas,
Fraudulentos forjando a corrosão das estruturas.
Um filme de terror com voracidade destrutiva,
A desconexão com a sociedade já é ativa.
A democracia, apaixonados proclamam amar,
Mas na escuridão, a humanidade deixa a sangrar.
DOR SOCIAL
(um poema solidário)
Demétrio Sena - Magé
Não entendo essa gente que bajula,
porque tem que ficar do "melhor lado",
coagula o carinho, a identidade,
por agrado a quem dá maior status...
Cuja escolha faz contas, avalia
os perigos do ético e do justo;
da real amizade, a promissória
ou o custo por não se tabelar...
Beija pés de patrão contra o colega,
se desvia do amigo por prestígio;
menospreza os afetos por "imagem"...
Vim aqui te abraçar, correr os riscos
desses fiscos cobrados ao redor,
nessa dor social que te sufoca...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
O tempo
Digno de figurar um poema
o relógio recita amiúde
o instante sem pressa
do célere tempo
Tic-tac, tic-tac, tic-tac
repetidamente
laborioso
Pudesse eu,
inverter o sentido destro dos ponteiros
que ascendem para a finitude
da fugaz existência
Pudesse eu,
resvalar pela espiral do tempo
para o abraço carinhoso
da mulher que mais me amou
Pudesse eu,
fazer parar o tempo
o tic-tac do relógio
e a dor da saudade
POEMA REVEL
Escrevo. E daí?
Estou cansado de regras
Dessa nota polidinha
Do teu jeito certinho de ser.
Escrevo porque sinto, pronto.
Se eu sair da faixa me deixe
Não sou eu quem vai perder
Escrevo porque preciso
Preciso por escrever.
Porque minha escrita
É underground e só
Poema: Ábdito
Caminhando entre túmulos imagino
Muitos vermes devorando um corpo inerte
E às vezes tenho medo que o desperte
E que o espírito deste corpo se liberte
Para então procurar seu assassino
E complique ainda mais o seu destino
E se torne dos dois mundos um peregrino.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
20 Julho 2023
"
Em meu coração existem muitos poemas.
Então lhe pergunto:
Se queres me conhecer verdadeiramente por dentro?
"
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