Poemas de Janela
E o sol é quente, como todos os dias
e isso me faz tão em casa
O tempo se passa pela janela
e a cada metro um novo mundo
Talvez não te reconheça em uma outra outra vez
mas não há como te esquecer
Um novo caminho, andado vacilante
com novos olhares, jeito e sorrisos
Não há como não ser marcante
Conversa frívolas entre desconhecidos
que um olhar desatento acredita serem irmãos
As malas um pouco mais cheias
O coração um pouco mais preenchido
Voltamos pra casa
mas não somos os mesmos que foram
Do cantinho de uma janela,
vê-se o belo de belas cores
de uma noite que se aproxima
cheia de amores.
Hoje é um belo dia para ser feliz 🙂, Seja também .
Um ser errante -
Naquela Janela de fronte
há uma vida aprisionada
sem vontade nem horizonte
de voltar a ser amada!
Na verdade um Ser errante
alguém por trás de uma prisão
que entre as grades delirante
já não pensa em salvação!
E em que mais pensa aquele ser,
naquela Janela de fronte,
que ao fim do dia posso ver?!...
Não pensa mais do que penso eu
que em liberdade constante
me sinto preso neste breu! ...
Deixa na janela do ontem as desesperanças e que o vento as leve para longe.
Plante, mas plante agora a semente do futuro, pois a vida é breve, os dias passam voando com os pássaros no céu.
É vida no tempo presente e aprendizado com o tempo passado.
Viver é compreender que a estrada é só nossa, mesmo tendo uma multidão do lado .
Nildinha Freitas
O mundo dá voltas
Hoje, pela manhã, abri a janela.
Os pássaros que lá ficavam, haviam sumido.
Não estavam mais cantando.
Me arrumei e fui à padaria.
As torradas que lá vendiam, não eram mais as mesmas.
Elas estavam pretas, queimadas;
E o gosto delas também não era o mesmo.
Mais tarde, fui para o meu trabalho.
As almofadas da minha cadeira eram tão duras quanto o trabalho que tinha a fazer.
O meu dia estava péssimo.
Era como se todos estivessem me tratando mal,
E aí conclui: eles estavam me tratando da mesma forma como eu os tratava.
Aquele dia amanheceu mais cinza do que o normal.
Olhei pela janela, mas o que vi não me animou.
Depois que você se foi, os dias passaram a ser mais lentos.
Olhar para o teto costumava trazer bons pensamentos,
Agora tudo que consigo pensar é em como sua ausência dói.
Agora, me pego olhando pela janela, na esperança de ver um pequeno raio de sol romper as nuvens escuras lá em cima.
Nunca imaginei que um vazio pudesse ocupar tanto espaço.
Abro a janela da cozinha e sinto o cheiro do novo dia.
Sinto o cheiro da planta molhada pelo orvalho da noite anterior.
Como eu gosto do barulho do ônibus, quando começa o dia.
No silêncio da rua apenas ouço o ônibus chegando e partindo,
Deixando e levando as pessoas, sabe se lá para onde...
Ouço os primeiros passos pelas calçadas da rua,
Um passo apertado e rápido ao som do toque-toque do salto alto do sapato,
Logo vem um passo leve acompanhado ao som das risadas soltas,
É a criança que passa, brincando e cantando ao amanhecer na avenida.
Em seguida ouço, um passo arrastado e lento do senhor que mora no final da rua,
Toda manhã ele sai, para buscar o jornal.
O vento sacode as árvores, as flores e as plantas.
As flores soltam um perfume, mostrando que já é primavera.
O dia começa pedindo licença com um lindo sol brilhando.
Transitório
Vejo da minha janela
O planeta estilhaçado
Onde reina o desamor
Com cada um pro seu lado.
Não vejo mais caridade
Somente atrocidade
Num mundo contrariado.
Santo Antônio do Salto da Onça/RN
23/11/2023
Sem cores
Grossas gotas de chuva batem na janela.
A terra está encharcada.
As raízes apodrecem.
As águas dos rios crescem.
E com força extrema vão carregando tudo o que veem pela frente.
Sem dó.
Mundo dolorido.
Mundo sofrido.
Um mundo quase em agonia...
Chove o dia todo... todo dia.
Ouço falar de tristeza.
Ouço falar que se foi junto com as águas toda a beleza.
Queria ouvir falar de flores...
Mas...
O que mais ouço é falar de dores...
De um mundo sombrio, sem cores.
Abre a Janela -
(Para Maria João Quadros)
Nunca mais sentirei o teu abraço nas noites de fado
nas vielas escondidas, nas travessas tortuosas,
nunca mais saberei do teu coração cansado
dando voz às guitarras virtuosas...
Para onde foi o timbre da tua voz?!
A suavidade com que me tocavas o rosto?!
Não ouves ... mas estou aqui ... a sós ...
ausente de mim, sem vontade nem razão, dentro do corpo.
Incapaz de voltar atrás ... a morte chegou ...
... sinto-me impotente ... cheio de frio e solidão!
Mas a vida é um ciclo, não pára nem parou
e em nós bate ainda o teu coração...
Teu rosto, teu perfil, tudo endureceu
alumiado à chama de uma vela,
não deixes quem te ama e não morreu
"meu amor abre a janela!"
(Na Basilica da Estrela em Lisboa.
À minha querida Maria João Quadros com todas as saudades possiveis e imaginárias tipicas de quando nos afastamos ... guardo-a no coração ... para sempre.)
INTIMIDADE
É manter a porta e a janela aberta, para quem desejas
Que tenha livremente, o acesso ao teu domicilio
Partilhar do melhor que conservas nas tuas prateleiras interiores
Apresentar cada detalhe especial e indiferente do mesmo
Dos móveis novos aos velhos, da grama às escovas de dentes
Permitir que se sentem no chão, cama, esteira e papeiem
Repartindo planos a curto, médio e longo prazos
Incluindo pastos e prantos
Intimidade
É algo pessoal ou alguém muito especial e, (in)transmissível
Cujo partilhas feelings, abertamente e com mente aberta
Colhidos do imo, ambos trajados com a sua natureza
Concordando que se dispam as almas, trocando nomes
Feios que naquele instante são lindos, porém, carinhosos
Rindo alto e falando baixo, diante do segredo dos segredos
Revelando o amor com sinais simples e vitais, sem esforço
Com direito ao PIN e ao PUK do que vos faz resguardar
A intimidade
É criar conversas curtas, longas e profundas pejadas de loucura
À vista de quem está de fora, sem proferir uma palavra sequer
Com troca de olhares, ao som de alguma melodia que algo vos diz
Ao olor de alguma fragrância, que algo vos faz rememorar
Depositando total confiança através de desafogos d’alma
Expressados pelo corpo, dirigidos a quem seleccionas à dedo
Sem temer que dali saia o que ali acontece, pois o que por ali passa
Por ali fica, na vossa inteira e plena intimidade.
Opoetadafogueira 🔥
Olho através da janela.
Anseio um recomeço, um futuro ausente de lágrimas e grata por despertar a cada nascer do sol.
Digna de um amor que transborde os rios e mares que serpenteiam meu coração rachado, secos após tantas lágrimas perdidas.
Então, ao olhar através desta janela branca, desgastada com o tempo, eu escuto.
Escuto o sussurro dos pássaros cantando, a suave brisa da maresia,que agita a vida presente nas folhas de Louro.
E, ao fundo, escuto o som da água, a correnteza cristalina que purifica meu horizonte luminoso.
”O amor ecoou em minha janela,
Pois prometi jamais amar novamente;…
Voltarei a amar, assim que o amor me devolva minha sanidade perdida”
Imagine que Fred olhe pela janela e diga: “O solo lá fora está úmido. Deve ter chovido.” Ele está dando um argumento. O que deveríamos pensar disso? Poderíamos dizer:
Oh, querido, como o pobre Fred é medíocre! Ele obviamente está afirmando o seguinte: se chove, o solo fica úmido; o solo está úmido, portanto choveu. Se ele alguma vez tivesse frequentado um curso de lógica e erística ele saberia que ele acabou de cometer a falácia da afirmação do consequente!
Sim, poderíamos dizer isso, mas (parafraseando Haldeman parafraseando Nixon) isso seria um erro. É simplesmente desarrazoado e, na verdade, injusto, acusar Fred de cometer uma falácia assim tão flagrante quando uma interpretação alternativa deste argumento está prontamente disponível. Pois, embora Fred pudesse estar raciocinando dedutivamente e cometendo a falácia em questão, o mais provável é que ele estivesse raciocinando indutivamente, mais ou menos da seguinte maneira:
Quando o solo descoberto fica úmido, a chuva é a causa usual, conquanto ocasionalmente existam outras razões, como uma inundação. O solo de meu quintal está úmido agora e não há razão para pensar que alguma destas outras causas possíveis estejam operando, e uma boa razão para pensar que elas não estão. De maneira que é bastante provável que tenha chovido.
Obviamente este é um exemplo perfeitamente respeitável de raciocínio probabilístico, e o que os logicistas chamam de “princípio da caridade” exige que presumamos que Fred tinha algo como isso em mente, em vez da interpretação alternativa falaciosa, a menos que estejamos de posse de fortes evidências em contrário. Se falhamos em proceder assim, somos culpados do tipo de irracionalidade de que estaríamos acusando Fred.
está fazendo frio,
vejo chovendo
pela janela
do meu quarto,
busco sonhos,
para curtir
momentos intensos
de alegrias,
esta noite.
OLHEI
olhei para a porta
esperando você entrar
olhei pela janela
estava nublado
olhei o celular
não havia notificações
você se tornou passado
apenas uma memória...
"Na janela fechada"
Havia um reflexo
Eu achei os olhos e a beleza de antes
Eu desacreditei de mim
Mas estava lá... bonitos desafios que arqueavam a sobrancelha quando eu olhava
Se eu atravessasse o reflexo, eu via
As luzes da cidade, das outras tantas janelas
Se olhos são janelas para a alma, o reflexo é apenas lembrança de ti
Lembrete que você está ali...
É desafiador, no silêncio da noite, se encarar em um reflexo
Pode refletir muito.
Hoje com o dia em luz
A janela vibrava o barulho da rua,
As tantas janelas escuras, buraco de outros...
O céu azul, rajado com rosa, laranja e nuvens brancas...
Não havia reflexo de mim...
30.11.2022
Medo Exasperado
Um som requintado
O castor reverbera na janela
Empurrando e batendo, chamando atenção
Sempre ouço, mas o desprezo.
Num dia, estava lá novamente
Soava rítmico, como água corrente
Decido estudá-lo. Parece aflito
Mas afoito com o inexplorado
Tentando adentrar à casa
Noutro dia, abrir-lhe entrada
Soa mais interessante conquanto observá-lo
Sua entrada, estupenda
Sua estadia, demorada.
O crepitar do fogo é mais aconchegante
Do que aquele conflito incessante.
Você está exausto, cansado desse sentimento todo acumulando no seu peito, vc olha na janela e vê o Horizonte a linha infinita, Seu corpo começa a relaxar, você respira tão fundo que seus pulmões enche de ar rapidamente.
O sol atinge sua pele começando a esquentar, um conforto sem fim e quando você abre os olhos você vê aquela pessoa que tanto almeja, montanhas sem fim atrás dando um aspecto lindo de se ver. Sou um louco alucinado que apenas quer ver sua amada.
Subo no parapeito do prédio no terraço, meus pés ficam gelado pelo chão frio que logo se esquenta pelo raios solares, a chuva que caia sobre mim já não existe mais, seu corpo que estava molhado já está totalmente seco.
Já ali mesmo naquele lugar você coloca um fim na angústia sem fim, acaba deslizando do parapeito fechando seus olhos já sem brilho, soltando a última respiração que você tinha no seu pulmão. Acabando com o fim que tinha vendo a luz que tanto queria .
