Poemas de Encontro
Epigrama
Sim, ser escravo da Beleza –
mais filho do escuro que encontro
do que escrevo da gente
e da contingência.
Procura-se
a custos exorbitantes
a órbita ao menos
da palavra justa
e resta quitar-se ao lado
do quanto a palavra custa.
Minha melhor companhia sou eu.
Em meu mundo eu me perco e me encontro,
Vasculho cada canto,
Aprendo e desaprendo,
Caio e me levanto.
Sussuros...
Foi o encontro do seu coração
com o meu.
Quando em um abraço você me aqueceu.
__Sophia Vargas ♥
30/12/2009
"..que coisa linda
foi o encontro dos meus
lábios com os teus.
Poderia me afogar em teu beijo
e renascer no teu abraço para
então permanecer em teus
pensamentos durante todo o
dia e ser o motivo do seu
sorriso."
Ro Matos
O SILÊNCIO
POR: José Luiz Mak.
No anoitecer encontro o silêncio das ruas, o barulho tímido das folhas e o som distante da cachoeira, que cobre com um véu de espuma branca as mais escuras pedras do lago.
O silêncio da noite me faz lembrar as muitas em que passei a tua procura, passos largos enfrentando a chuva e o frio.
O vento no rosto corta como uma navalha me tirando a paz, aquele lenço guardado no bolso do jeans molhado com a cor do seu batom, manchado de inúmeras carícias em seus lábios.
As estrelas aparecem tímidas ao céu, um pequeno filete de luz da lua me envolve o rosto tomando a parte mais bela.
Os olhos já encharcados pedem desesperadamente por sua silhueta próxima ao meu peito.
Por dentro meu coração arrebentando, como uma orquestra no auge de sua maior nota em uma sinfonia tocada para uma multidão.
Sentimentos envolvem o encontro das almas frias já decompostas pelo tempo.
Cigarras caluniando o orvalho que toma conta das folhas já cansadas do vento.
Fingindo ter vida, a solidão me toma por completo, olho ao redor vejo o final da rua e você não vem.
Abri mão da própria vida, fui cúmplice de meus próprios erros, doei o que deveria receber.
Fui refém da esperança e percebi que estava cada vez mais distante.
Durmo todas as noites com seu nome em minha mente, esperando acordar e poder sentir o teu perfume em minhas entranhas.
Olho o quarto vazio, meia luz em um tom romântico lembra o suor de nossos corpos.
O silêncio da noite me trás as lágrimas e a certeza do final da música em minha garganta.
Proposital
Me encontro no encalço do delírio. Sou espectador, ator e diretor da minha própria Obra!
E em meio a essa peça teatral, que é este conceito nato de moral, se formam os algozes, em busca da sentença final!
Pobres carrascos… somente subjugam por obrigação. Porém o fazem com afinco, e imponencia...
Mas o real culpado da desgraça e do fim imoral, é quem perpetra o ato inicial!
Aquele que em primeira instância se julga correto afinal… e assim monta sua estratégia modal.
No mais, o fardo da busca interminável se faz essencial! E agora vem a certeza e a convicção do erro! No entanto, o destino já se fez cabal...
E de fundo se ouve o tilintar do ferro no concreto, os algozes se esvaíram… sobraram só os vestígios… do pobre conceito trivial...
Óh coração adolescente,
procuras amar intensamente.
Por todo horizonte dessa Terra,
encontro-lhe e penso que me levas.
Meu corpo, minha alma, eu sou teu,
sonhei, implorei por beijo seu.
Garota bonita, eu te amo,
conheço-te a pouco, porém anos.
Confuso fiquei, não deu certo,
perder-te me faz te querer perto.
Queria amar-te para sempre,
quem dera eu não fosse adolescente.
Chorei pelo fim, faltei à escola,
pra vida não quis nem dar mais bola.
Contigo partiram meus encantos,
pra sempre ficarei meio aos prantos.
Garota que era alma gêmea,
por ti cantarei meu poema.
Queria amar-te para sempre,
passastes óh amor, adolescente.
Vagas lembranças do que fomos...
O encontro dos nossos olhos já nada diz
e eles quase não se buscam mais.
Nossas bocas já sem juras, sem palavras...
Nenhum gesto... tudo se diluiu.
Nossa história naufragou
nas ondas do silêncio
que se fez escuridão...
E agora só há essa noite
que abafa os sussurros agonizantes
do amor que tenta fazer-se ouvir, em vão.
Cika Parolin
Prematura
Nos passos apressados dessa fuga
Onde não te encontro, não sinto teus abraços.
Corro da solidão.
Eu me visto das lembranças vividas,
De um tempo em que a troca de olhares
Já dizia tudo que sentíamos.
Nas palavras contidas pelo silêncio
Floresceram emoções de toda uma vida.
Vida não vivida, vida interrompida.
E dessa morte abrupta e prematura de sentimentos
Ao menos um sobreviveu,
O meu “amor” por você.
Edney Valentim Araújo
Eu fujo dos meus problemas
E corro para os seus braços
Lá eu encontro abrigo
É lá o meu porto seguro.
Noites em claro
Com você na cabeça
E com uma xícara de café na mão
A madrugada é tão linda
Iluminada pelas estrelas do céu
A rua fica calma
Igual a mim
As crises virão
Mas basta pensar em você
Que eu fico melhor.
Nos arriscamos
Mas está sendo pra valer
Cada dia que passa
Nosso nó fica mais forte
Espero que essa corda não arrebente
Ou que ela não sirva de companheira em nossa morte
As verdades não machucam
Eu serei sua companheira
Mesmo que digam que não é certo
Eu sei o que é certo para mim (você)
Olhando pela janela a chuva
Quando brigamos
Nossos olhos fazem como ela
Eu gosto de chover por você...
Aqui sou a semente do Bem!
O encontro dos pássaros,
A canção dos ventos,
O brilho do Sol e o aquecer do fogo,
A Fluidez das Águas,
A Conexão com Mãe Terra
Sou um Ser melhor que posso Ser em minha Existência!
Aqui Sou filha, neta é descendente de Mãe Gaya!
Cifra
Como num simples toque, Gerando um singelo som… me encontro em meio a um breve devaneio sob as cordas de um violão.
E neste pouco tempo falando sobre o som, que o próprio vento ecoa… Forma se a melodia! Que faz se do movimento em suas mãos...
Enquanto ao desenvolvimento, a melodia mesmo que tardia, gera em forma de poesia o momento!
E cada corda em sintonia, cada nota em harmonia, diz o real motivo! O temor retraído, a saudade ao relento.
Dentre outros movimentos o dedilhar se perde… e junto a ele vem o sentimento! O entendimento mesmo que por pouco tempo.
De uma nota escondida… ouvida porém não sentida! tocada, escrita, mas nunca redigida!
E em meio a multidão que parece não prestar atenção, nada mais consigo ouvir, além do sol, do lá, do si…
A cada vibração, vem do fundo a noção! Das partes de um inteiro, separadas… esquecidas…
E em mim forma se a empatia! Em forma de utopia! Porém logo vem angústia trazida pela sua avaria…
E agora vai se esvaindo a tal melodia... Pouco a pouco, nota após nota… e das últimas cifras, reduzidas agora a cinzas... Sobram apenas as breves lembranças da sua ousadia...
Enfim o silêncio! Que mesmo ao mais alto som, se faz absoluto…
Percebo então que não estive em mim durante esses minutos...
Volto e revejo… um ambiente agitado, a mesa cheia, o barulho ao meu lado… E eu aqui! Em devaneio, ao o som do seu violão...
Me encontro e me perco sempre em seu olhar
Com medo de amar, olha meio sem jeito
Ando sobre espinhos se me acompanhar
O amor é assim, ele domina o peito
Amor
O amor é um passarinho.
E o coração é o seu ninho.
Voa voa passarinho.
Vá de encontro ao seu destino!
Volta querida!!!!!
Estou sentado a beira da praia
Olhar fixo no horizonte
Encontro do céu com o mar azul e infinito
Penso em ti.
Meus olhos perdidos na imensidão
Veem navios movendo-se lentamente
Parecem parados na linha do infinito
E continuo pensando em ti.
Penso em nosso amor, em nossos momentos
Na triste separação de nossas almas
Nas noites em que te amei loucamente
E lagrimas descem dos meus olhos copiosamente.
Saudades! Saudades!
Quando lembro de ti parece que o tempo para
Parece que meu coração sangra
E minha alma clama por ti.
Onde estás?
Não te encontro ao meu lado
Nem nos meus sonhos
Estou triste nesta espera interminável.
Volta amor, vem me abraçar
Vem me beijar
Teus braços são meu aconchego
Teu corpo minha perdição!
Te amo sobre todas as coisas querida!
Volta!!!
Sou flores quando vejo teu riso,
Sou rosas quando ouço tua voz !
Sou luz quando encontro teus olhos
Sou mar, quando lembro de nós.
22/11/2017
Protejo-me de toda fraqueza
Encontro na tua beleza a minha fortaleza
Mas nada que está visível a minha visão
E sim, ao meu coração
Pois só o que reflete a verdadeira luz me interessa
A luz da tua alma.
" Quando você ouvir o som do encontro
eu estarei lá, pois nunca fui de partida
sou sinfonia da esperança, barulho de paixão
quando nossas mãos, forem ao encontro do tempo
eu poderei estar cansado, mas estarei lá
olhando, como a olhei na juventude
amando, como amei e a amarei desde a primeira vez
quando você pensar no futuro
minha querida
lembre-se de nós
e tudo quanto fizemos
por nosso amor
fique sempre comigo
eu quero você
e estarei lá...
Foram apresentados
Ele poeta
Ela pintora
O encontro foi breve
No verão de 1996
Susan vivia numa simpática casa
junto a serra da mantiqueira
um local paradisíaco
Foi por essa altura
que ela começou a receber a visita regular
daquele poeta que conhecera três anos antes
Ficavam abraçados no tapete da sala
bebiam chá
e ficavam a olhar um para o outro
calados ou falavam de coisas da vida
trocavam idéias...
Desses encontros nasceu o amor
O poeta absorvido na sua maneira de falar, de andar,
o jeito de vestir
Ouvi-a em silêncio
lia seus pensamentos
Entre elas havia uma comunhão de almas
O tempo passou
O poeta ficou famoso
As duas almas que em tempos se amaram
separaram-se
Ela foi sucumbindo e ficou no esquecimento
Ficou as lembranças do passado
de momentos eternos
de um entendimento profundo e de uma tristeza e nostalgia
encontrados na poesia
CONTEXTUALIZANDO:
Olho para dentro e me encontro fora!
Fora do contexto, fora dos padrões, das convenções
E dos cordões...
E no âmago desse destino “tino”,
Celebro meus desatinos “finos”.
No entanto nesse universal paradoxo
Despi-se e veste-se
Os meus mendigos arrimos, malinos.
