Poemas de Ciranda
"Infância, bons tempos de criança"
Que saudade de ser criança, de girar naquela ciranda, de entrar naquela dança, viver cheio de esperança, sonhos e mais sonhos, que saudade da minha infância. Agora que cresci, a vida me cobra preços muito caros, e eu só tenho centavos, minha dívida é a fortuna de um bilionário, mas é o preço, por ser um adulto salafrário... que saudade daquele peixe no meu aquário, quando tinha 10 anos e vivia em um mundo imaginário, saudade do meu primeiro cachorrinho, que eu queria que fosse eterno, mas a vida levou embora junto a minha juventude e disse: “agora chora, vou levar tudo embora”.
Eu choro, como antes chorava por ralar o joelho, só que agora o motivo das lágrimas são outros, e o peso de cada uma equivale a um colosso, tristeza colossal, pelo simples fato de ter de encarar o mundo real. Que saudade de ser criança, ingênuo, achar tudo legal, que saudade da minha infância.
"A vida é ciranda, às vezes estamos tão distraídos que nem percebemos quem segura nossa mão.
Outras vezes estamos apressados demais para ouvir o “verso bem bonito” de alguém que acabou de entrar na roda.
E assim dançamos a dança da Vida às vezes contrariados porque não é a música que esperávamos; às vezes seguramos a mão de quem está do nosso lado tão displicentemente, que nem percebemos quando ele solta a mão.
A Vida é ciranda e cada um de nós tem um verso bem bonito para dizer e depois é só Adeus e vai embora.
Vai embora, mas fica o verso bem bonito e a suspeita de que essa ciranda só existe para nos ensinar a segurar a mão do outro com força, cantar bem alto e dançar junto... no meio de tudo isso, ficar atento para nunca oferecer pouco Amor."
Não era peixe não era
Era Iemanjá
Rainha
Dançando a ciranda
Ciranda
No meio do mar
Intérpretre - N'zambi
Roda da Vida
"Nas voltas que o mundo dá
Faça ciranda das horas
Importe-se
Com o lado em que não está...
Pois o que está embaixo, para cima gira
O que está em cima, pra baixo estará
De acordo com Deus é a sina
Há leis que o Universo ensina...
Pense bem no que fez, no que faz ou fará!
Pois ninguém pode esquivar-se das voltas
Nas voltas que o mundo dá!" Marilia Hoffmeister
A dança das cadeiras
Ciranda da vida, a dança das cadeiras,
Cada volta um ciclo, destino que desenrola.
A música soa, novos ritmos, novas brincadeiras,
E à cada parada, permanecer na dança, nos consola.
Na orquestra do tempo, novas melodias incluídas,
Cada reinício, um novo interesse, uma nova paixão,
Novos rostos, de velhas presenças desapercebidas.
Neste jogo de estar, uns ficam, outros se vão.
A cada parada, um adeus, uma despedida,
Como folhas que ao vento partem, vida após vida.
Mas há o encontro, na pausa, uma nova mão estendida,
Em cada assento vazio, uma história nova, uma ferida reaberta, uma ferida esquecida.
Assim gira a roda, na aproximação da distância,
A cada ciclo, a vida nos ensina a resiliência, a importância,
De saber dançar mesmo quando a música parece incerta,
Pois a cada volta, novo desafio, uma nova descoberta.
E quando a música finalmente parar, o que nos resta?
O eco dos passos, as memórias desta Festa.
Com suas perdas e ganhos, cada momento, uma chegada.
Na dança das cadeiras, da vida, o prêmio maior é a jornada.
Tudo está ligado a vontade
A vida tal qual uma ciranda
Dá pra dançar sem maldade
A gente é quem comanda...
Há um oásis que meu interior desenvolve
Nos sete dias que rezei, não é dança de ciranda que podes dançar
Tem gente que não é gente, a penas uma massa e com fôlego de serpente
NA CADÊNCIA DO SAMBA
Na cadência samba
conheci você,
dançando ciranda e o maculelê.
Morena brejeira dos olhos de mel
não és Julieta, e eu não sou Romeu
somos versos da história
que o amor escreveu.
Morena bonita
de endoidecer
eu fiz este samba pra lhe enaltecer
na rua ou no asfalto
meu partido alto é você.
Na cadência samba
conheci você,
dançando ciranda e o maculelê.
Ciranda
Cirandinha
Já não quero cirandar
Vou dar meia volta
Espairecer
Anéis de vidro
Cortam
Como amores poucos
Quando se acabam
Ah, e lá veio o vento brincar,sorrateiramente, com as rhapis da minha vizinha...
é uma ciranda muito divertida e qualquer dia desses eu entro nessa dança...
mel - ((*_*))
Ciranda
O tempo me prega peças
Tal como me estende a vida.
Corre quando o procuro
E passa quando descanso.
Na rua ouço seus passos...
Miúdos...
Que passa de casa...
Em casa...
Risadas!
O tempo me prega peças
E quando sonho que ele aperta a cigarra.
E nessa ciranda das horas,
Os ponteiros me espetam,
Como o levantar das aves.
Falar de Ciranda
É falar
De abraço
De aconchego
De afago
Falar de Ciranda
É falar
De respeito
De equidade
De Igualdade
De amor
Falar de Ciranda
É falar
De reafirmação
De autoconhecimento
De reposicionamento
Falar de Ciranda
É falar de tudo
Das boas
Energias
E da das
Companhias
'CIRANDA'
Pequenas sonatas,
Nas ruas que brilham,
Claves entreabertas,
Assimetria isolada.
Fogueiras - calçadas -,
Atravessando canções,
Estrelas desnudas,
Nas noites rajadas.
Ritmos pousadas,
Ciranda rodando,
Melodia sem cheiros,
Criança - na estrada -.
Bailando camadas,
A alma em canções,
Compassos desvairados,
Dobradiças quebradas.
Borboletas nas casas,
Metamorfose sem sedas,
Voos febris,
Saudade cascata.
No peito de magma,
Procura-se poemas,
Rodas de Tremas,
Cirandas sem asas.
Quando você me conheceu eu era uma poesia.
Hoje eu sou verso, sou prosa, sou ciranda e samba de roda.
Escancaradamente Mulher!
☆Haredita Angel-08.03.16
Na Ciranda Pantaneira
dançando com você
pude perceber o quê
significa desejar alguém,
E ao mesmo tempo
tocar com as duas
mãos o universo inteiro,
Em mim carrego o orgulho
de ter o teu nome
guardado no meu silêncio
e o teu amor resguardado
o tempo todo no meu peito.
Olhando nos meus olhos
as tuas mãos se entrelaçaram
com as minhas mãos
para dançar a ciranda praiana
dos nossos destinos,
Você me deseja do tamanho
que te desejo todos os dias,
Com balanço e amor atlântico
um traz o outro fascinado
pelo naufrágio divino
nos beijos tão desejados
e de outros tipos de astúcias
que permitidas só aos apaixonados.
Ciranda
Da Zaranda que virou Ciranda
lembro-me da primeira
dança da minha infância
que enraizou-me na terra
de tal maneira que virei poeta
que cirandeia com as letras
enquanto as pega emprestadas
com a Lua enquanto escuta
e canta as cirandas de Lia
protagonizando a interminável
com toda a possível Poesia.
Ciranda-baile
O meu olhar te busca
na Abertura desta Ciranda-baile,
Dançamos com malemolências
mil todas as miudezas,
E no Encerramento nos demos
conta que percebemos que
sem querer estamos morando dentro
Ciranda do Nordeste
Deixando-me levar pela música,
poesia e dança de roda
da Ciranda do Nordeste
até a viração da noite
para a madrugada ainda busco
ser amada nesta Zona da Mata
pedindo à Nossa Senhora
que me traga um bom marido
seja caixeiro ou vaqueiro
e que queira viver bem comigo
neste mundo que não tem
o luxo de ser como Pernambuco
que faz fez para tudo
cantando e fazendo roda de Ciranda
para superar e agradecer ao Criador.
