Poemas de Chuva

Cerca de 7089 poemas de Chuva

⁠Ombros da Saudade

Naquele instante que os olhos percebem
A envergadura do mistério da noite,
O silêncio vela por aqueles que descansam.
Nos ombros da saudade o frescor dos dias
De chuva de verão cavalga em direção do nada
A vida passa rapidamente acenando e sorrindo.
Assim, fica apenas a sensação de que alguma coisa
Ficou para trás e nós apenas observamos.

Inserida por Rita1602

⁠O DIA QUE EU MAIS CHOREI

Quando embalsamei o meu corpo
No elixir sagrado - Vinho Panteístico
Que os deuses sorvem do ''místico''
Rebanho - salguei-me, absorto!

Chovia em todo meu ser, navalhas,
Perfurando-me o peito e os olhos;
E o mar, que chocalhava-me os ossos,
Chocalhava também as minhas falhas.

E só, no se ir das ondas, eu naufraguei
Meu barco nos corais: tanta beleza
Tinha no olhar, tanta sede; - Afundei

No azul de um céu que encontrei...
E ao beber de minha própria profundeza,
M'embriaguei, Tornei-me Deus, e me afoguei!

Itamar FS

Inserida por itamar_fs

Nem felicidade,
Nem tristeza,
Dentro de mim,
Nada se passa,
Faz chover na alma,
Numa forma tão rala e sem jeito,
A ponto de irritar a carne,
Nada me excita,
Nada me passa,
Chuva que fez meu tempo parar,
Sinto sono,
Sinto nada,
A vida me atrapalha,
Enquanto isso,
O tempo se esmigalha.

Inserida por LeticiaDelRio1987

⁠Quando nos permitimos ver além do que é óbvio ou esperado, podemos encontrar a beleza em todos os lugares, mesmo nos dias mais cinzentos e chuvosos.

#Direitinho

Inserida por Aniz

⁠Depois de chover intensamente, foi possível observar que um linda rosa havia acabado de ganhar algumas pérolas, feitas das gostas da chuva,

exaltando as suas pétalas vermelhas numa aparência intensa e cheia de elegância durante uma ocasião amável, singela, simplesmente, emocionante,

colorindo ricamente um dia nublado através da vida de uma natureza elegante que por alguns instantes deixou os meus olhos fascinados.

Inserida por jefferson_freitas_1

Quando chove no cerrado
Metamorfoseia pra todo lado
Molha o chão, chão molhado

Inserida por LucianoSpagnol

CHOVE

Acordei
E vi que chove
Observei
Que não era só lá fora
Revestido de breu
Minha alma
Também chora
Dengosa
Amorosa
Reclama do olhar
Da sua beleza singular
Sua essência
Desta sua silenciosa ausência
Não importa os desencontros
A sua irreverência
Não diminui o meu amor
Nem a dor
De sua indolência
Onde está?
Os sonhos sonhados
Os beijos por nós calados
Curvo-me diante desta ferida
Aberta
Sofrida
Tocada sem nenhum pudor
Nenhuma compaixão
Nenhum valor
Acho que foi só ilusão!
Agora solidão...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Rio de Janeiro, 30/08/207
05'30"

Inserida por LucianoSpagnol

bendição
o chão molhado
de um perfume ímpar
no sertão do cerrado
exala por todo o ar
o cheiro sagrado...
chove chuva, é salutar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/09/2019
Araguari, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

chororô

o cerrado chora
chororô
chove lá fora!

é chuvarada, sinhô
18horas: melancólica hora
e eu também tô:

- chorando...
pobre pecador!
que no peito vai gotejando

uma tempestade de amor
de chuva e choro infando
lá fora chove, e eu sofredor!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

rebento

depois da gestação do estio
a nuvem desembrenhou
no cerrado, e num envio
de seu rebento
num magnifico sobrevoo

chove... neste momento!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18/10/2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

DOMINGO CHUVOSO NO CERRADO (soneto)

Cerrado, as nuvens se encolheram
O céu abriu-se em gotas molhadas
A voz do vento dando gargalhadas
E as trovoadas o silêncio corroeram

Devagar veio o cheiro em pancadas
As folhas secas lânguidas desceram
Ao chão, encharcado e, obedeceram
Silenciosamente as suas chamadas

Uma a uma, gota a gota, vieram
Mansamente forrar as esplanadas
Cumprindo o fado que advieram

Aí, a relva e as árvores prostradas
Usufruindo, agradecimento fizeram
As chuvas no cerrado, tão clamadas

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Domingo, 27/11/2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Mutante

As chuvas que vem e vão
sobre a sequidão do cerrado

Dos ipês, atapetando o chão
enfeitando o pasmo encantado

No horizonte o céu encarnado
flor de pequi e buritis na enseada

Trafegam entre o pó ensebado
dos galhos, folhas e cor desbotada

Na vastidão as luas de prata
das noites cheia de tudo e de nada

E nesta estrada tão pacata
mutante o vem e vai da esplanada

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CHOVE... (soneto)

Chove... que sussurro no humedecido
Cerrado molhado. O cheiro se enleva
Em nubladas nuvens, o temporal leva
O dia, perfumado, no chão lânguido

É a poesia! Palpita a vida num alarido
E nos meus versos a saudade eleva
Na chuva, e que vai caindo em treva
A melancolia de este tempo chovido

Chuva, lá fora, cá dentro um roteiro
De solidão. Encharcando a emoção
Doudejante, em um silêncio inteiro

Entre os tortos galhos nus, troveja
E a enxurrada numa doce canção
De um latente gotejar, a terra beija...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 9 de novembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

novembro

já é novembro, dos ventos
o tempo fugaz caminhando
as quimeras em movimentos
rodopiando, e que seja brando
inflados de sentimentos...

as coisas já esquecidas
no bolso da promessa
que não sejam retorcidas
e tão pouco tenha pressa
que cure, todas as feridas...

há tempo após a existência

tenha fé, no nosso Criador
mais louvor... mais reverência
e assim, mais sal, menos dor
afinal, o penúltimo mês do ano
que o recebamos com amor
e que não sejamos, profano...

no coração todo o valor
lembranças, sem dano
mês de finados, luz, fervor...

bem-vindo!
- mês 11 do calendário gregoriano
chegou novembro, que seja lindo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/11/2019, 05'35"- Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ÁGUAS DE MARÇO (soneto)

Na tarde do cerrado, tarde de chuvarada
A vida, arfa das quaresmeiras o perfume
Lilás, exalando aroma em um tal volume
Espalhando pelo chão nuance desbotada

Na tarde tropical, de quaresma, o lume
Do dia, é embaçado, e a ventania riçada
O ar, a criação, e a flora toda ela calada
A hera faz que os pingos d’água espume

O silêncio é partido pelo grito da seriema
Num guincho alto de estalo e esto triste
Melando o peito com melancolia extrema

A tarde vai, num entardecer onde insiste
A chuva, quase em pranto, sem dilema
Pois, nas águas de março, poética existe!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/03/2026, 17'15" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Chuvarada... (soneto II)

Chuvarada... do céu caindo, no cerrado
e, sob o céu, a primavera ornando, além
exalando perfume, e o vento perfumado
agrado, que se sente, sentindo um bem
Chuvarada... molhando o chão ressecado
num movimento, encantado, de vai e vem
suave doçura, deste momento afortunado
dos suspiros da chuva, que as chuvas têm

Chuvarada... a chuva... feitiços diversos
de mil canções, em umedecidos versos
musicado na alma o compasso a pingar
Chuvarada... quanta vez a ti comparável
em um soluço nostálgico e tão insaciável
afim, cerro os olhos e me pego a chorar!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/09/2023, 14”14” – Araguari, MG
*na bolha de calor a dias, hoje, choveu no cerrado.

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O tempo e o vendaval

O tempo vem com um vendaval, e leva-se tudo...
Tudo se destrói...
Algumas coisas se constroem.
E o tempo é amiga da perfeição

E se voltássemos ao passado,
Apenas, atravessando uma esquina.
De um lado, os nossos sonhos.
Em outro canto, uma estação...

As nossas lágrimas desgarram em nossos olhos.
É como uma paixão que não envelhece...
Mesmo que permaneça algumas semanas,
O vendaval veio para ficar...

Ficaremos bem, meu amor?
E eu não quero ficar sozinha.
E diante do espelho, não quero mais chorar...
O tempo, geralmente, é cruel conosco.

Não chora, meu amor! O mundo nos dará recompensas.
Essas lágrimas são perdidas...
O tempo é cruel conosco.
É capaz de transformar o paraíso em cidades...

E sobre a mesa de bar...
As nossas lágrimas são os goles intermináveis.
O vento é o tempo...
Que nos corrói por dentro.

E a ideia de envelhecer sem você, não me satisfaz.
Então, ser mais um no meio da multidão, também não satisfaz.
Mesmo que os nossos passos sejam diferentes,
Encontrara-me no mesmo bar...

Só o tempo seria capaz de modificar tudo...
O vendaval destruiu os nossos sonhos.
E é por isso,
Que eu estou recomeçando, como a Chuva ensinou-me.

Titânico Mello

Inserida por TITANICO

"Fluente"⁠

Dia infinito. Rolé infinito.
Andando de bike o dia todo.
Bebendo cerva.
Fazendo os dois ao mermo tempo também.
Tô cansadão.
Mas benzão.
Peguei chuva voltando agora.
Chegando em casa meu corpo desaba.
Deságua...

Inserida por danmelga

As adversidades o caos e o renascimento

As adversidades são como as nuvens escuras que anuncia a tempestade que mesmo com raios, trovões e ventos, são necessários no equilíbrio da natureza e amenizam as tormentas da vida através dos benefícios das chuvas que caem com fluidos salutares que descarregam as pesadas cargas da atmosfera. Após a tempestade o Sol volta a brilhar e a vida renasce na terra, nos rios, nos mares e, tudo volta à normalidade. Assim também é a vida de cada ser humano, que como os astros surgiu do caos.

Inserida por isaiasribeiro

Quem pode ver o vento quando ele chega?

Pode-se sentir e ouvir seu canto em forma de assopro igual a música tocada em uma flauta
Ver sua irreverência quando ele brinca com as folhas das árvores fazendo as voar ou em qualquer lugar realizando uma coreografia de dança com um papel a voar
Chega de repente para colocar em desalinho os cabelos de quem estiver em seu raio de ação
Ele parece sempre querer nos chamar a atenção não apenas da chuva que sempre anuncia
Mas também para algo que ainda não temos a capacidade de entender...
Mais quando se está em um barco a vela em alto-mar
Sentimos sua imponência conduzindo o veleiro com segurança para um porto seguro.

Inserida por isaiasribeiro

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