Poemas de Casa
Em casa - em paz.
Ao acordar abro a janela
Lá fora o mundo grita e corre
Aqui o silêncio é minha paz.
O LOUCO DA CASA
Criamos muitas couraças,
Na vida são tantas ameaças.
Chega a hora em que vou partir,
Fui criticado agora tenho que ir.
Não sei o que é pele ou couraça,
O que virá se será amor ou ameaça.
Ando de cabeça erguida para o poente,
De longe até pareço ser gente.
Somos o nosso próprio vilão,
Matamos por causa do pão.
Dói confiar no tal do irmão;
Na esquina ele será a traição.
Sangra a minha alma,
O corpo não se acalma.
A couraça foi de papelão,
Sou besouro esmagado no chão.
Não aposto no sucesso,
Aposto no meu regresso.
O sucesso é efêmero,
O meu tempo é nictêmero.
Joguei o relógio fora,
Os insetos voam lá fora;
No regresso volto à luz,
Todos esqueceram minha cruz.
A cantora da um agudo.
O judeu está tão barrigudo.
O pintor fez o sorriso do querubim.
Os bêbados dão festas no botequim.
O sucesso é a fração do segundo,
É a maldita rodada do mundo;
É o também o bolor que come o pão,
É o verme que engorda dentro do caixão.
O fracasso é a lembrança,
É rezar com toda a esperança,
É o bolor na ultima fatia de pão,
É ter fome dentro da escuridão,
Querer cantar a beleza desafinada,
Mas sentir que a sua alma esta acabada;
O fracasso é fugir para o intimo exílio
E perto de todos sofrer um martírio.
Então aprendi a me avaliar baixo!
Mesmo de nariz empinado sou cabisbaixo,
Sou cria do meu pai.
Não posso falar ai.
Não tenho mais direito ao ir.
Caio sobre a terra escura,
Limpo a poeira como uma cura,
Guardo as minhas asas de querubim
E tenho apenas que sorrir... enfim.
Andre Zanarella 28-02-2012
Nictêmero = Espaço de tempo que compreende um dia e uma noite.
Estava chovendo e, deu saudade, de quando a gente se via, de quando você me deixava em casa, daquelas noites em que sentados, nenhum toque havia, e mesmo assim exalavamos “amor”. Deu saudade de quando tua boca sem jeito se encostava na minha, e o beijo mais tosco acontecia. Da tua risada trêmula, quando eu dizia que você me amava, e relutando você sorria. Deu até saudade das inúmeras mentiras que você contou pra eu dormir feliz, aquelas que me faziam os olhos brilhar, tão estúpida e doce, acreditando.. Deu saudade só do que eu era, antes de você partir, deixando poeira sobre os móveis e as fotos de uma história que nunca existiu.
2009, em alguma decepção.
O casamento de faz de conta - Eliane Gomes de Oliveira
É ótimo ficar em casa fazendo comidinha para quando vc chegar... ,
maravilhoso sentir seus braços em volta de mim... ,
cheiroso depois do banho , te abraçar
e ver-mos juntos o jornal Nacional ,
maravilhoso escutar vc falando do seu trabalho ,
dizendo q estava doido para voltar pra casa.
Essa brincadeira um dia vai ficar séria .
E um dia esse faz de conta ,
vai ser nossa realidade
Brincamos sim de verdade ,
sentimentos que rolam e nos fazem rolar na cama .
Adoro quando diz que me ama
Adoro sentir seus beijos , carinhos e caminhos .
saber que sua cama é o nosso Ninho .
Te sentir respirar ofegante por está perto de mim .
Ficar ofegante de prazer por sentir vc em mim .
Enfim..., coisas que a gente sente .
Sonhos que não se medem ,
amores cotidianos de amar sem fazer planos .
adiamos a volta , que para nós sempre demora.
o Amor e o sentimento , o prazer e o tormento .
de te ver sair todo dia e saber que volta sempre pra mim
e se torna meu guia .
Eu ali sentada na beira do rio
Sentindo saudades da nossa casa
Sim! Fazíamos dela “nossa casa”
Sentindo saudades de cada canto
Nosso quarto, nosso banheiro, nossa toalha, nossa escova
Sentindo saudades dos meus brincos, sapatos e casaco no seu carro
Sentindo saudades de cada beijo que te dava no ombro antes de virar na cama
Sentindo sua falta
E com tantas coisas para esquecer
Cheiros, beijos, abraços e risadas!
personagem
Publicado; maio 6, 2010 | Autor: vitorquintan | Arquivado em: casa das palavras |2 Comments »
não era dela q queria falar e nem precisava. não havia incômodo qq sobre a capa de beleza determinada por belas roupas. não havia nada a encobrir a não ser a solidão.
diante do travesseiro estamos todos na coxia, caem os textos e maquiagem e figurino, exposição. as personagens se vão logo q o pano fecha, fim do dia.
e ali, sem texto, sem platéia, sem direção desenrolava-se outro enredo, improviso. ninguém defere a própria dor. na franca e frágil percepção de si msm percebia-se só.
exigia-se tanto e tanto de todos q msm a solidão custava a lhe fazer companhia.
preenchia espaços entre os pensamentos com outros q pudessem afastá-la de si msm, cansaço. e esperava o sono, fuga.
És mulher virtuosa... És cheia de graça...
Mãe, esposa, dona de casa, com seus afazeres profissionais.
Acha tempo pra tudo e todos. Atenciosa, Intuitiva, com seu sexto sentido apurado, sabe da necessidade de lutar sempre por seus direitos.
E está conquistando seu espaço cada dia mais.
Todo carinho, todo elogio, todo amor que são merecedoras de receber. Não apenas nesse dia do calendario. Mas ontem, hoje, amanhã e todos os dias do ano.
Feliz dia das mulheres.
Estramos indo de volta pra casa.
E quando a gente sai de casa
procurando um alguém para
nos ajudar. Não achamos, porque
não temos a necessária capacidade
de acolhermos quem nos acolhe.
Ou então, vivemos como os ditos
loucos que são nos olhos da sociedade,
dando a cada passo uma gloria por estar
vivo. E se tudo fosse ao contrario ? Sera
que seriamos exatamente iguais ?
Poderíamos nos ajudar pelo qual somos
ajudados. E quando estamos cansados
de certas coisas, queremos falar o que
sentimos, e não podemos pelo simples
fato de colhermos o bem e plantarmos
o mal, por uma breve circunstância de
que nenhum de nos somos perfeitos, e
que sempre seremos errantes.
Enfim, é difícil conviver em um lugar, cujo
o mundo, em que não acreditamos em um
"viverei contigo para sempre". Para quem
não acredita em para sempre, não se ilude,
ou não. E no final "[...] nem desistir nem tentar,
agora tanto faz, estamos indo de volta pra casa".
Chove na tarde de verão
A chuva desce sobre o telhado
Da minha casa, e das que moram ao lado
A chuva desce até o chão
Caminhando sobre o asfalto
E dando vida ao verde que já estava amarelado
Por trás das arvores
Depois dos montes
A lua se esconde
Atrás de casa
Na minha frente
Eu vejo de longe
Em alguma esquina
Na mesma praça
De sempre
- Mais eu dou tudo a ela, casa, roupa, carro, absolutamente tudo, mais ela me deixou sem mais nem menos.
- E o principal?
- Principal?
- O amor, o carinho, o abraço, o beijo inesperado, você deu isso a ela?
- ( silêncio )
Beauty fool – Capo na 3ª casa
(D A4 G4/C Bm5+)
Ela passa horas em frente
ao espelho procurando
o que eu encontrei na
primeira vez em que a vi
ali sentada esperando
o mundo parar
pra lhe dar uma chance
de ser feliz
Ela passa horas em frente
ao espelho procurando
o que eu encontrei em
todas as vezes que lhe vi
imersa em pensamentos
brigando com o tempo
pra voltar a ser criança
e saber aonde ir
Refrão:
(G Em7 C4 C)
Esqueceu
que o céu pode desabar
o tempo pode até parar
e nunca mais luzir
que ainda é seu
o sorriso de criança
que eu levo na lembrança
nunca te falei pra ir
(G6/C Bm5+ G A)
Embora...
Eu não quero saber onde você mora.
Desde que você saiba o caminho da minha casa.
Eu não quero saber quanto você ganha.
Quero saber se ganha o dia quando está comigo...
Expectativas
Busca incansável
Confiança evaporando pelas frestas da janela.
Toda a casa suspira sua falta,
Mas você não vem... Você nunca vem.
A expectativa se frustra na indecisão,
A força se encontra na percepção da realidade
No desejo e na plenitude de si mesmo.
Você não vem. Eu não vou.
As coisas não mudam.
Não nos encontramos e tudo está suspenso.
Mas em mim me acho, me sustento, me espero.
E a neve tão fria,
Cansada de ser pisada
No caminho de casa
Resolveu se mudar para outra região.
Revelou para uma nuvem sua teoria.
Gostaria de ser amada, não pisoteada. Daí a necessidade,
De obter o menor contato com a humanidade.
E a nuvem compreendeu a situação.
Disse que durante 9 meses o sossego que tanto procurava, teria,
Embora seria obrigada a voltar assim que o inverno se instalasse.
Só assim para conseguir sua sonhada vida campestre.
E no Alasca, em seu novo lar, aos poucos esquecia
Dos sádicos que sempre diziam: "seria perfeito se hoje nevasse"
Mas eram os primeiros a utilizá-la como faixa de pedestre.
Sempre achei lindo ter uma casa com flores nas janelas, um jardim com caixa postal de madeira e um labrador latindo ao amanhecer quando passa o Jornaleiro...
No forno, uma colorida forma de cupcakes e ao acender o abajur um beijo de bom dia...
Aos que pensam que isso não é vida real, muito prazer, eu também guardo um chá mate gelado, logo alí em jarra de vidro dentro da geladeira com pingüim ...
Carpe Diem
"DE VOLTA PRA CASA..."
Entre os sorrisos disfarçados, a lágrima contida. Era mel que desejava, mas dos seus esforços só via brotar féu. Questionava as leis do mundo, e não obtinha resposta. Pensava em desistir. Seria hora de partir? Não sabia o caminho... "para onde ir?". Por mais que soubesse que aquele não era o seu mundo, também não conhecia o de origem. "E aí?". Resolveu, então, pintar o seu, à sua maneira... fazer de um, dois; multiplicar os pães da esperança. Trabalho árduo, cansativo; por vezes, quase esmorecia. Mas, algo maior lhe esperava - sabia. Então, numa manhã de outono, ao abrir os olhos, convidada pela luz da manhã que entrava pela janela, ouviu uma voz que dizia: "vem, minha menina... a sua hora chegou. Vamos fazer a sua tão esperada viagem. A viagem dos seus sonhos. A viagem de volta para o seu verdadeiro lugar". Não hesitou. Abriu os braços e deixou-se levar. A brisa tocava-lhe o rosto. Ela sorria. Relembrava da sua história. Sentia orgulho. E alívio. Estava indo... de volta pra casa...
De Cara na Porta
Toda vez que tento ir à sua casa
sinto que seria como escrever,
foge da minha compreensão.
Um sentimento abstrato,
uma ousadia no vácuo,
grande insistência no inato,
tentativa de reconciliação.
A borrifada de ar no meu rosto marejado
despertado no vazio
entender que não consegui o perdão.
O jeito sempre é voltar pra cama
e dormir sozinho,
no frio e solitário colchão.
