Poemas da Terra

Cerca de 10369 poemas da Terra

TERRA-MÃE

⁠Vinha o outono, de mansinho, a caminho.
Caíam chuviscos, ariscos, na terra-mãe.

Mostrava ela o interior do útero em ferida,
Naquela terra mártir em sôfrego revolvida,
Depois de lhe apararem os frutos do pão.

Daquele pão que ela nos dá airosa,
Famintos que somos do seu sabor
Que mata a fome da boca e do amor,
Mesmo quando a pedra nos sabe a rosa.

Era aquela terra, seio esventrado
Pela charrua crua e pelo arado,
Que depois serena acolhia a semente
Nas entranhas do húmus complacente.

Parecia-me uma mãe dolorosa
Que tinha acabado de dar à luz
Tantos filhos de uma vez só,
Que até o Criador celeste facundo
Em tom suave e místico, profundo,
Num clarão celeste que cega e seduz
Lhe começou a chamar de forma ardilosa,
Terra-mãe e avó-terra e eterna do mundo.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-09-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠OUTONO SEM COR

Dantes, eram cores e terra em sono.
Eram paletas de inebriar no outono.

Agora, não sei porquê,
Ele já não pinta nem dorme
Nem come com fome.

Será que ele vê
O mundo mais estarrecido,
Que já nem folhas deixa no chão,
Quase todas tombadas no verão?

Que outono este, tão distraído…

E eu que queria tanto pintar
Talvez mais até borrar
Uma tela,
Simples, singela,
Com cores mágicas de encantar.

A minha musa inspiradora
Do outono multicor,
Sumiu-se farta da pose,
Nervosa pela neurose
Do mau pintor
Plebeu,
Que sou eu.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 26-09-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠DAQUI

Desta terra em que vos falo,
Outros em tempos a habitaram.
Consta que dela também se fartaram
Dos mandadores crista de galo.

Ó terra amarga de que não calo
As injustiças tamanhas,
Dos que a roubam sem abalo,
Por ardis e artimanhas.

Os ouriços embrulham castanhas
Com a carapaça picante,
Assim me rasgam entranhas
Gentes do pior tratante.

E então logo num instante
E sempre que for preciso,
Peço aos mandões não obstante,
Que tenham melhor juízo.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠SAUDADES DE JÚPITER

Vivi tantos anos algures,
Num telúrico planeta
Chamado Terra...
Fugi para Júpiter um mês;
Esqueci o telúrico
E abracei o gasoso,
Num gozo
Sulfúrico.

Lá voltarei um dia, talvez …

Deixou-me saudades
O que Júpiter encerra,
Maior vapor
E muito mais amor,
Que na própria Terra,
De tantas necessidades.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-11-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

Na terra que já não ando
Na rua que já não brinco
A vida que está findando
O fim que já está vindo.

E eu vivo fugindo
Driblando a desesperança
Encontro a quem vem sorrindo
A encontrar-me durante a dança.

Inserida por EvertonArieiro

⁠Assim como sinto o calor desta terra queimar,
O asfalto derretendo sob meus pés inquietos,
Também sinto esse calor em mim pulsar,
Um fogo interno que consome meus segredos.

Meu corpo, em meio à multidão,
Se contorce, buscando seu toque particular.
As luzes piscam, neon contra o crepúsculo,
Espelhando o tremor elétrico em minhas veias.
Os suspiros que saem de forma espontânea sussurram seu nome.

Silenciosamente aguardo por sua presença,
Sou um oásis de desejo demasiado nesta metrópole de milhões,
Como um sorvete de baunilha que escorre derretido em meus lábios,
Esperando que sua pele acalme minha sede.
Pulsando, queimando, suspirando, ansiando por seu carinho, a incontrolável chama é como um caos de buzinas e faróis, ecoando a imagem da sua terra de gigante em concreto armado, largo, profundo e rígido em minha mente, um vulcão prestes a entrar em erupção num mar de pedras, sou uma ilha de emoções contida neste calor urbano.

Inserida por Gleyciane

Felicidade sem formas.
Marcel sena

Noite sombria sobre luar tão belo
Orvalho que cai e a terra umedece
A lua se esconde o sol aponta
Raios de luz aquecendo corpo.

Nada precisamos falar
Nem todos precisam notar
Sobre a lamina da agua reflete a beleza
Que na alma fora tocar.

No vento o som ecoa
O retumbar de um coração
Som inocente cheio de significado
Melodia na harpa de Orfeu orquestrada.

Caminhos estreitos feitos de terra
Barreiras sempre hão de vir
No embalo de um Deus onipresente
Sentimento abençoado sempre vai ser.

Felicidade se faz presente
Nesses simplificados corações
Podem as noites não ter estrelas
Mas somente sua luz ilumina o coração.

Inserida por senagel

⁠Silêncio.

O silêncio é privilégio.

Fico imaginando Deus a ouvir todos os sons da terra se propagando em ondas até o céu, e invadindo o seu universo, todo dia e toda noite… sem parar e infinitamente… infinitamente barulhento e ruidoso… sete bilhões de vozes, mais bilhões de ruídos de animais, e folhas e ventos e objetivos que se chocam, sons estridentes, músicas boas e ruins… buzinas, gritos, e orações. Pensamentos… preces silenciosas para os ouvidos, mas que soam ao coração. Sons de tiros, sons de gaitas e foles, o som de um parto, de uma obra qualquer… todos estes sons somados um a um, espalhando-se e multiplicando-se até os ouvidos de Deus. Meu Deus! Impossível de imaginar…

O silêncio é liberdade. É libertador.

Mas é quase utópico.

Estamos sempre acompanhados de sons… do mundo todo, e dos pensamentos, vozes, imaginação, inconsciente… até quando pensamos estar em silêncio… será, que de fato, estamos?

O silêncio é necessário…

Porém, ele, na verdade, não existe…

Falamos em silenciar o exterior, sempre na perspectiva de calar uma voz para ouvir outra (no caso, a interior), mas nunca para que não escutemos nada, de fato.

Como silenciar o externo, o interno, o consciente, o inconsciente, como é que podemos estar realmente, em silêncio absoluto?
Se silenciarmos tudo, ainda assim, a batida de nosso coração produziria som…

O silêncio absoluto significaria, então, a morte?

Nesta vaga reflexão,

Chego à conclusão de que atingimos o silêncio quando, na verdade, calamos a nós mesmos, aos outros tantos, e nos permitimos ouvir a voz e o som de Deus… é quando o som, seja interno ou externo, vem cheio de paz e alegria para a alma, para a mente e para o coração. Quando ele simplesmente conforta…

Silêncio é quando nos permitimos sentar no banquinho do jardim de Deus.

Inserida por lskato

SALVADOR - BAHIA - BRASIL
A terra do turista, do poeta do carnaval, a terra dos amores em céu aberto
dos amantes da boemia,
a terra dos faraós, do elevador
do senhor do Bonfim,
Aqui foi parido o Brasil Pela Baia de todos os Santos em Águas de março, cortada por morro em beira mar,
Terra do índio, do branco, do preto de todas as religiões e canções, quem aqui nasceu é soteropolitano, baiano da Gema, brasileiro do nativo.

Inserida por MarcosGuedes

⁠O sertão é terra quente,
Quente como a paixão,
Que aquece o coração,
Feito brasa incandescente.
O sertão é sol nascente,
Que sorri a cada dia,
É um facho de poesia
Que dentro do peito inflama
O sertão é uma chama
É o fogo da utopia.

Inserida por josegoncalves

O sol sobrancelha o mar
O mar se espalha na terra
A terra esconde meu caminhar
E meu caminhar me leva a sonhar.

Os sonhos de um dia ser
Como uma jangada a deriva
Sem a dor da despedida
Navegando a viver.

Na escuridão a desvanecer
Sem o sol anunciar que vai nascer
Sem água na fonte, sou horizonte,
A luz do amanhecer.

Inserida por gnpoesia

Pombal assim nos dá
a felicidade que nos adorna
foi na terra de maringá
de vovô Luiz Barbosa.

E saudando a vida
esbanjando sorrisos e amor
recordo-me de Valdecira
na Budega de vovô

E sentada no recanto
espreitando as idas e vindas
está vovó Belarmina
nossa mãe de acalanto.

Pelas ruas de Pombal há esperas
que encontro na imensidão
o amor de Dona Vera
que preenche meu coração

Inserida por gnpoesia

e a sombra que escure o céu, a terra seca se abre esperando por água, meu coração renasce tão puro feito véu, de noivas indormidas de noites mal vividas.

e as nuvens vai passando e água na terra jogando, feito o rio desaguando no mar, meu coração vai lavando e pela vida vou te amando.

Inserida por gnpoesia

O sol, amanteigado do sabor da terra, emerge da aridez que nos envolve com seu calor, feito a prece de um pecador implorando misericórdia, como um sertanejo olhando pro céu pedindo chuvas.

A noite é fria e parada, só escuto uivados de ventos e mais ventos que nada leva ou traz.

Estou em algum lugar, porém, perdido, à procura do que brilhasse, desenhei um sol na janela empoeirada de meu quarto mesmo escondido entre as cortinas para que ninguém mais pudesse ver.

As horas já desbotadas apressam o relógio sombrio do amanhecer e a madrugada traidora da noite que esconde de nós os gritos mudos do prazer, vem, à toa na vida, sem mais vasculhar alguma coisa entre a lua e as estrelas.

E de manhã o cheiro de café se esvai e no cotidiano saio, disfarçando todo meu ser depois de uma noite ensolarada e sem você.

Inserida por gnpoesia

Pombal assim nos dá
A felicidade que nos adorna
Eis a terra de maringá
De vovô Luiz Barbosa.

Inserida por gnpoesia

A noite lacrimeja de alegria o horizonte serenando a face da terra sob a fímbria de luz de um luar esplendoroso.

O acaso soprava favônios perfumados e o alvorecer prenunciava o amanhecer com seus raios dourados.

Os sonhos são estilhaços de luzes jogadas no firmamento feito estrelas nevoeiradas.

O silêncio da madrugada é a poesia suave de sua voz adormecida e os nossos mistérios trancafiados nas noites já esquecidas.

Inserida por gnpoesia

⁠As estrelas estilhaçam o céu,
A lua quase cheia amanhece a escuridão,
E desce sobre a terra um denso véu,
O prazer ente o acaso e a razão.

E o céu encobre o universo,
espargindo luzes faceiras,
reluzindo os amores controversos,
por debaixo de um denso véu de estrelas.

Inserida por gnpoesia

⁠Há uma flor no horizonte -
despetalando-se - para adornar a terra vazia,
exalando o odor dos ventos a perfumar o universo,
sombreando os caminhos do sol escaldante,
A flor das ventanias, a flor dos amantes.

Inserida por gnpoesia

Geraldo Neto lança mais um livro!

A editora Sal da Terra localizada na capital paraibana anuncia o lançamento do livro do escritor uiraunense Geraldo Rocha Dantas Neto popularmente conhecido por Geraldo Neto titulado como:“Textos que Rimam”, seu conteúdo traz poemas e poesias em suas diversificações, o livro terá como co-autor o professor e escritor cajazeirense Lucilândio Pereira Mareco autor do livro” Passeando pelas praças de cajazeiras PB”.
Em 2007 o escritor lançou o livro titulado por “Asas Poéticas” pela editora Real, seus trabalhos são espalhados por várias revistas, endereços virtuais onde se revela o Blog do Geraldo Neto um espaço de cultura e encontro com a poesia. Ele enfatiza que “escrever é um dos vícios da minha existência” e garante lançamentos de várias obras além de poesias e poemas na área sociológica, antropológica e jurídica que são marcas do seu próximo trabalho.
O livro “Textos que Rimam” está sendo comercializado pelo preço de 20,00 (VINTE REAIS) e quem quiser adquirir entrar em contato com o escritor Geraldo Neto pelo número 83-91452957

Inserida por gnpoesia

⁠Terra mãe
⁠Um dia você precisou ir atrás do brinquedo perdido e sem esperança tu foste atrás, e sem sucesso mais do que a expectativa de poder ter encontrado, você aprendeu que o primeiro passo é ir atrás sem saber qual será o resultado.
Será que esse é o propósito da vida, viver sem saber?
O que será do amanhã...
Olhe para você diante do espelho, essa imagem é única neste mundo.
O senhor levantará você deste poço tão profundo.
Seja humilde, na estrada da vida, pois nada é para sempre,o ontem é passado o hoje é o presente e o amanhã é incerto,meu companheiro.
E de repente eu corri com intensidade e gritei perante ao céu, trémulo e sem fôlego, obrigado senhor.
O cansaço era tanto, mas a dor...
Descansem em paz meus entes queridos,(SANTOS, 2025).

Inserida por Miranda08