Poemas Curtos de Autores Famosos

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Sou um homem de letras, nada mais. Não estou certo de ter pensado nada de original em minha vida. Sou um fazedor de sonhos.

Publicamos para não passar a vida a corrigir rascunhos. Quer dizer, a gente publica um livro para livrar-se dele.

A velhice poderia ser a suprema solidão, não fosse a morte uma solidão ainda maior.

Otro

De tanto andar una región
que no figuraba en los libros
me acostumbré a las tierras tercas
en que nadie me preguntaba
si me gustaban las lechugas
o si prefería la menta
que devoran los elefantes.
Y de tanto no responder
tengo el corazón amarillo.

Ir levando no caminho os amores perdidos
e os sonhos idos
e os fatais sinais do olvido.

Ir seguindo na dúvida das horas apagadas,
pensando que todas as coisas se tornaram amargas
para alongarmos mais a via dolorosa.

Professorinha ensinando à crianças; a adultos; ao povo;
toda a arte de ser, sem esconder o ser.


(Trecho de Drummond, no dia da morte de Leila)

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência herdada, ouvida.
Amor começa tarde.

que pode uma criatura senão,entre criaturas,amar?
Amar e esquecer,Amar,desamar,amar?
Sempre,e até de olhos vidrados,amar?...

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

E cada instante e diferente, e cada
homen é diferente, e somos todos iguais.
No mesmo ventre o escuro inicial, na mesma terra
o silêncio global, mas não seja logo.

Eu estava sonhando.
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar".

À beira do negro poço
debruço-me, nada alcanço
decerto perdi os olhos
que tinha quando criança.

PROIBIDO PISAR NO GRAMADO
Talvez fosse melhor dizer:
PROIBIDO COMER O GRAMADO

O poeta entra no elevador
O poeta sobe
O poeta fecha-se no quarto
O poeta está melancólico.

No Ouintana's Bar,
sou assíduo cliente.
É um bar que não é bar,
é um bar diferente.

Amo-te como se amam certas coisas obscuras, secretamente, entre a sombra e a alma.

Pablo Neruda

Nota: Trecho de "Soneto XVII"

Se perder um amor... não se perca!
Se o achar... segure-o!

Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
O mais... é nada.

Silvana Duboc e Fernando Pessoa

Nota: Os dos primeiros versos pertencem ao poema "Navegue" da escritora Silvana Duboc. Os dois últimos versos pertencem a uma ode de Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa).

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Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.

Machado de Assis
Assis, M. Obra Completa de Machado de Assis. vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994.

Nota: Conto "Verba Testamentária" da obra "Papéis Avulsos" de Machado de Assis.

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