Poemas Curtos de Autores Famosos

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Outrora eu era daqui, e hoje regresso estrangeiro,
Forasteiro do que vejo e ouço, velho de mim.
Já vi tudo, ainda o que nunca vi, nem o que nunca verei.
Eu reinei no que nunca fui.

Que tamanho tem o universo?
O universo tem o tamanho do seu mundo.
Que tamanho tem o meu mundo?
Tem o tamanho dos seus sonhos.

Augusto Cury
"Nunca Desista de Seus Sonhos", Augusto Cury, Pergaminho, 2009

A maior represália contra um inimigo é perdoá-lo.
Se o perdoamos, ele morre como inimigo e renasce a nossa paz.
O perdão nutre a tolerância e a sabedoria.

Augusto Cury

Nota: citado no livro "Rosa Dourada", Rosângela Santos, Clube de Autores, 2006

Ninguém é digno do pódio se não usar suas derrotas para alcançá-lo.
Ninguém é digno da sabedoria se não usar suas lágrimas para cultivá-la.
Niguém terá prazer no estrelato se desprezar a beleza das coisas simples no anonimato. Pois nelas se escondem os segredos da felicidade.

Augusto Cury
"Nunca Desista de Seus Sonhos", Augusto Cury, Pergaminho, 2009

[...]Toda vez que encontrava um pai reclamando da vida, do salário, da empresa, ele olhava para o filho que estava ao seu lado e o chocava:
- Quanto vale teu filho?
Espantado, o pai dizia:
- Não tem preço!
- Então, tu és o mais rico dos homens.

Aproveite as oportunidades que a vida lhe oferece.
Encontre os oásis em seus desertos.
Os perdedores vêem os raios.
Os vencedores vêem a chuva e com ela a oportunidade de cultivar.

Há muitos
miseráveis no território da emoção
andando em carros luxuosos, usando joias
caras, roupas de marca e saindo nas
colunas sociais. Os verdadeiramente ricos
fazem muito do pouco, extraem prazer das
coisas simples.

"Sempre quis ser grande, uma estrela com astros gravitando em sua órbita. Percebeu que a busca da fama era tolice. Concluiu que precisava reduzir sua sombra social. Precisava aprender a encontrar grandeza na sua pequenez."

(O futuro da Humanidade - Página: 83)

Sem filosofar a vida, viverão na superfície.
Não perceberão que a existência é como
os raios solares que despontam solenemente
na mais bela aurora e se despedem
fatalmente no acaso.

do livro "O Vendedor de Sonhos"

Dicionário, não és
tumba, sepulcro, caixão,
túmulo, mausoléu,
és senão preservação,
fogo escondido,
plantação de rubis,
perpetuação viva
da essência,
celeiro do idioma.

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa
Poesias Inéditas (1930-1935). Lisboa: Ática. 1955. (imp. 1990). página 31

Segue o teu destino...
Rega as tuas plantas;
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
de árvores alheias

Fernando Pessoa

Nota: Trecho de poema do livro "Odes de Ricardo Reis", de Fernando Pessoa.

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Fernando Pessoa
Odes de Ricardo Reis. Lisboa: Ática. 1946 (imp.1994). P. 148

Eu não sei senão amar-te,
Nasci para te querer.
Ó quem me dera beijar-te,
E beijar-te até morrer.

Fernando Pessoa
Poemas de Fernando Pessoa

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho do poema X "Mar Português" da Mensagem, de Fernando Pessoa.

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou.
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.

Fernando Pessoa
Poesia Completa de Álvaro de Campos

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Odes de Ricardo Reis. Lisboa: Ática. 1946 (imp.1994). P. 133

Não sabemos da alma senão da nossa;
As dos outros são olhares,
são gestos, são palavras,
com a suposição
de qualquer semelhança
no fundo.

O que me doí não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...