Poemas de Corrupção
Políticos, embora nos mandais;
Mulher e filhos, temos de deixar.
Novos empregos, temos de arranjar...
Ides ver se de nós vós vos soltais!
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Alguns bancos a fechar
E o Zé-povinho a pagar.
As empresas a falir...
A ordem é p'ra fugir!
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Governar assim não custa;
Todos sabem liderar...
Estas regras não são justas,
Pois os bens podem esbanjar!
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Com mentiras arquitetam...
E as nossas vidas, nos tramam!
Passam-nos pura utopia
E um mundo de fantasia.
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Perdemos a identidade;
Vivemos de caridade.
A colina será dada,
Quase, em troca de nada!
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Eles causam os problemas
E vivem de estratagemas.
Nós temos que obedecer,
Para não ter de sofrer.
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Alguns, altos cargos são cobiçados
Mas, só os bandidos os podem ter.
Muitos dos seus dados são deturpados,
P'ra bons empregos poderem obter.
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Já não existem valores,
Nas nossas sociedades.
Muitos vivem dos horrores
E das suas crueldades!
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Ó, agraciados, cicerones,
Que em nós pondes as vossas verdades!...
Originais as guerras e as fomes;
Viveis fechados, pois sois cobardes!
In VERSOS - Trovas e Sonetos
O íntegro é banido
E, por vezes, excluído.
O bandido é louvado
E, também, acarinhado.
In VERSOS - Trovas e Sonetos
Num passado, não muito distante
Muitas contendas se travaram…
Por causa de um simples “irritante”
As amizades quase se despedaçaram.
Agora que se sentem lesados
Vêm suplicar por colaboração.
Deveriam ser ignorados
E privados de qualquer atenção.
Alegam que ela os furtou
Mas, sempre a apoiaram…
Agora que o panorama mudou
Querem que os demais por eles ajam.
Covid-19
A incompetência, decididamente, anda à solta
Propiciando o aparecimento, diário, de novos casos.
Se as fronteiras fossem fechadas, atempadamente, com uma escolta
A morte, fria e impiedosa, enfrentaria, indubitavelmente, inúmeros atrasos.
Mas, para alguns intervenientes, nem tudo são más notícias
Pois, o número de pensionista, inevitavelmente, irá decrescer.
E, com a supressão, aos “empecilhos”, de algumas ajudas vitalícias,
Os cofres, de muitos “agraciados”, certamente, já se poderão encher.
by António Vilela Gomes
Acreditar no governo é o mesmo que acreditar em deus.
Você fala, fala, ora, ora, e ninguém tem ouvidos para você.
Ambos foram criados pelo homem...
Primeiro foi o verbo...
Com a palavra conquistou o povo.
No poder,
Em primeiro passa a ser verba... pública!
Tudo em nome do povo.
Não, do roubo!
“O pior cego, não é aquele que não quer vê.
Mas aquele, que finge a verdade... E vive, entre os pântanos da sociedade. Sob as migalhas de sua consciência.
Pobre não é aquele, que não tem recursos financeiros, mas aquele que nunca se libertou da miséria de sua mente."
CIDADE DE CIMENTO
Cidade de cimento cimentou meu coração!
O que me comovia, hoje me dá medo;
No que eu repudiava, me tornei então!
Cidade de cimento
Bagunçou o meu discernimento;
Dissipou os meus bons sentimentos;
E me tornou num bloco de cimento...
Cidade de cimento cimentou a minha esperança!
Vejo tudo com desconfiança...
Aprendi a viver com a violência cotidiana
E me acostumei com a insegurança...
Já não me assusta a corrupção,
Já me adaptei com a miséria da população,
Já não me comove, só vou dizendo não, não, hoje não...
Já me acostumei a dizer não!
Já me acostumei a negar o pão!
Vou seguindo a ordem de não dar esmolas
no trem, na estação...
Cidade de cimento cimentou o meu coração;
Cimentou a minha humanidade;
Cimentou a minha emoção!
Cidade de cimento transformou seus cidadãos
Em blocos de cimento, sem calor, sem paixão!
O que restou de sentimento foi a triste sensação
De estar em 1800, na Industrial Revolução,
Onde tudo era cimento, fome, dor e desalento...
E o operário que, sem tempo para o próprio pensamento,
Se tornou num bloco de cimento.
Cidade de cimento cimentou!
As grades da sociedade que enibem o pensamento,
A falsa escolha de liberdade da vida,
As algemas monetárias,
A falta de consciência, a maldade,
Engolindo nosso povo mais que areia movediça,
O sol que um dia iluminou,
Hoje se apaga,
Envolto na fumaça que sobe das chaminés da ignorância,
Valores invertidos,
Amores corrompidos,
Famílias se esmigalham,
Com essa chuva ácida de falta de valores,
Nesse jogo de interesse,
Pessoas se fazem e fazem outras descartáveis,
Se usam,
Se estragam,
Se machucam,
Os olhos se secam com a poeira da corrupção,
Cegos,
Não só de governantes,
Mas à todo instante,
Uma enxurrada de hipocrisia constante,
Onde as palavras não tem peso de regra,
E tudo vira uma tremenda bagunça,
Enquanto isso...
As bocas se calam,
As mãos se fecham,
E o mundo não para de girar.
Um país desses não pode ser sério. O Brasil é o país onde tudo é muito bem feito pra nada funcionar. DWSF
@DW SALDANHA FONTELLES
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