Poemas com Rimas de minha Rua
Flagelo
Nascer sozinha no túmulo de uma rua fria.
sem colo, sem beijo, sem leite;
flácida, pálida e enrugada;
grata por ter um chão a quem lamber.
Sem pássaro no ar,
sem cão na terra,
nem ventre para voltar.
Nascer sozinha no fim da vida não dói, apenas cansa.
T
Os dias tem sido escuros, caminhei de rua em rua e voltei para o mesmo lugar. Tentei ir direcao contraria caminhei depressa e te encontrei em tudo que habitava ali, é fracassei!
Querido amado eu estou percorrendo essa correnteza de incertezas procurando resposta para nossa historia e tudo leva para o mesmo lugar, o fim.
Eu nao quero ter que seguir esse caminho ao te lado, caminho de dor, eu aceito esse fracasso que me venceu.
Querido amado eu ja nem sei mais, quem eu sou! Os dias tem sido tao longos para nos dois estamos indo em direcao contraria e se encontrando, continuar doi em mim como nunca doeu antes, o ar ao te lado me sufoca mais aceito esse fracasso nosso fim.
Voce nao sabe o que ficou pelo meu caminho para que eu chegasse ate aqui por nos dois, e de mim hoje nao resta mais nada voce ja sabe eu aceito esse fracasso.
Flagelo
Nascer sozinha no túmulo de uma rua fria,
Sem abrigo, sem paredes,
sem cama, sem colo, sem amor.
Grata por ter um chão a que lamber?
Nascer sozinha no túmulo de uma rua fria,
sem pássaro no ar,
sem cão na terra, nem ventre para voltar.
Nascer sozinha no fim da vida não dói,
apenas cansa.
Goiatuba
Estou com saudade da rua Maranhão
Onde meu coração caminhava alegre
Pela manhã e tambem à tarde pela rua
Só para contemplar o cheiro da doce lua.
Ela se movimenta bem macha lenta
Ela vem e arrebenta com sua inocência.
E meu coração forte finge que aguenta.
Toda emoção que ela provoca nas veias fomenta...
Uma bala de menta pra beijar o seu cheiro.
Aquele doce entre o cabelos liso e negro.
O meu olfato agradece da beleza a flor
o seu umbigo.
O paraíso que está no seu corpo escondido.
E um anjo perdido foi quem me revelou tudo isso...
Tire as roupas ali está o paraíso
uma delícia coisa louca
de deixar água na boca...
Eu sou o tipo de pessoa simples, gosto de ser assim, se me chamar pra sentar na porta da rua, pra ouvir oque tem pra falar, eu vou.
Eu gosto do que cativa, não quero muito nessa vida, apenas quero um dia ser inesquecível.
Ando com Deus, e se um dia eu for com ele, quero pelo menos deixar uma coisa minha, mesmo que seja minhas simples frases, porem através delas, serei lembrado.
Numa rua deserta com a chuva fjna caindo sobre ela,
vejo um misto de tranquilidade e abandono,
duas sensações distintas com emoções diferentes,
como se estranhamente alívio e tristeza estivessem presentes na mesma cena, representados respectivamente
pela vida de árvores frondosas e por uma ausência inconveniente.
A solitude e a solidão atipicamente ficaram entrelaçadas causando uma sensação simultânea de amor e lamentação nesta madrugada chuvosa que deixou a emoção tão à vontade que se expressou desta forma confusa, por isso que a mente ainda está inquieta e acordada nesta hora inoportuna, falando em voz alta.
Às vezes, durante a quietude, a alma sente a necessidade de chover lágrimas para desabafar e ninguém está perto para ver e nem precisa, o que importa é que ela chova para não se afogar por dentro por reter suas angústias ou contentamentos, então, graças a Deus que há este momento de purificação ao externar seus profundos sentimentos, uma contínua e necessária libertação.
Na nossa Rua -
Meu amor eu não te vi
Ao passar à nossa rua
Nessa rua onde eu vivi
Bem me lembro, não esqueci
Mas a vida continua.
Dessa casa que foi branca
Nada resta de nós dois
Junto à porta há uma santa
Um letreiro vem depois
Que tristeza, não encanta.
Na varanda não há flores
Nem cortinas nas janelas
A fachada não tem cores
Nada resta, pobre dela
Da casa dos meus amores.
E no meu peito continua
Desse tempo que abalou
A saudade nua e crua
Que da casa já passou
Mas ficou na nossa rua.
Hoje eu caminhei pela rua, fui resolver umas pendências pessoais e notei uma coisa muito estranha; aparentemente as pessoas estavam apagadas, era uma sensação de estar caminhando entre mortos; haviam idosos segurando suas bengalas e não fazia o menor esforço para dar um passo sem ela, não havia vida em seus olhos não havia vigor no seu caminhar e não foram dois nem três, eu vi no mínimo umas oito pessoas idosas mancando...
Vi também jovens "zumbisados" olhando pro celular, vez ou outra olhavam a sua volta e voltava a olhar fixamente naquela pequena tela. A vida passando ao redor naquele lugar fúnebre e eles não percebiam nada; alimentavam-se daquelas publicações, daqueles posts infinitamente vazios, nada que pudessem torná-los novamente viventes.
Vi mulheres, crianças claramente perturbadas, perguntando às suas mães "você vai me dar?", " eu quero!", "cadê?" "onde está?", "você não prometeu?" As mães, elas não ouviam. Percebi que tinha uma que brincava com os laços do seu sapatinho, parecia que estava em outro mundo e, de fato, deveria porque por um momento ela gargalhou ao brincar com o lacinho, enquanto sua mãe conversava com uma amiga sobre novel, séries.
Contou que tinha assistido uma e que havia sido maravilhosa. Disse com veemência que recomendava e ousou um spoiler. Foi trágico!
Ela dizia que era só de uma mulher negra que luta e ta, é negra; -"muito boa série você tem que ver, acho que e sbre uma juíza ou é advogada, um lance assim. Uma pessoa vazia que viu um filme vazio, mas tava dando dicas do que a outra deveria assistir.
Hoje eu estive na rua e percebi que estou viva apesar de ter andado em meio a tantos mortos, eu não voltei para casa nula. Eu voltei pensantiva e decidi fazer algo para o despertar destes; a ACORDA já é hora! ACORDE, lá fora o Sol brilha e você pode ressuscitar ao se deixar tocar por sua LUZ!
SERTÃO.
Shopping aqui não tem
não tem rua asfaltada
nunca vi metrô e trem
e nem casa conjugada
aqui nosso maior bem
é orar e dizer amém
pela terra abençoada.
Bate-bola
Já busquei Araçá
na porta da escola,
Saí pela rua com
a fantasia de Bate-bola,
Um dia quem sabe quando
menos pensar num toque
de abracadabra a gente namora.
Uma tontura no meio da rua, a vista turva, o corpo molhado.
Valei-me, Deus! Morre-se!
Passou.
Uma reza comprida, outra tontura!
Menino, que você tem?
Nada não, passou.
Um café, uma parede, outra pessoa, outra tontura.
Menino, tonteou?
Foi, mas já passou.
Um médico, um sorriso amarelo, um diagnóstico.
"Moço, é só coisas do coração, não mata não".
Te vi na vitrine ao cruzar a rua
A beleza de tal me fez querer ser tua
Me dei conta que o lugar era errado
Vitrine certa, saldo findado
Insensatez cruzar tal rua
Insensatez querer rimar com ser tua
Se não for por baixo, eu vou por cima
Se não for nessa rua, eu entro na outra
Se não for de carro, eu vou à pé
Se não for ao sol, eu vou à chuva
Se não for de fraque, eu vou pelado
Se não for desse amor, eu vou com o meu amor
Se não for, eu vou assim mesmo
🐍🐍...Duas serpentes na noite...🐍🐍
Lua cheia clareou...
Na rua deserta...
Alma desperta...
Inquieta...
Minha estrela brilhou no Oriente...
Nem chama...
Nem fogo...
Tudo se fez de repente...
Sou serpente...
Sete mundos andei...
Tanto vaguei...
Em sete raios aflorei...
Desabrochei...
Homem me fiz...
Menino me joguei...
Com música na alma..
Canto, danço, me embriago...
Sorriso maroto...
Desajuizado...
Num doce balanço...
Em abraço apertado...
Conversas irônicas...
Endiabrado...
Eu lhe encanto...
Sou encantado...
Como é bom...
Ter você...
Ao meu lado...
Sandro Paschoal Nogueira
Bailarina da lua
Dança sob a luz da lua
Desliza no palco da rua
Tal como folha de outono
gira ao sabor do vento
Em movimentos alegres e vivos
Com passos de elevação
Espírito solto, dança com o coração
Na ponta dos pés primorosa elegância
Nas mãos asas de borboletas!
Ninguém imagina graciosa bailarina
que as tuas mágicas sapatilhas
escondem sangue e feridas!
Ser bailarina demanda paixão
Elevação de espírito e determinação!
Rodopia com um sorriso no rosto
e com doçura no olhar
Doce bailarina teu destino é dançar
Num cabriole saltas e consegues voar!
És a protagonista no palco celestial!
As estrelas são codjuvantes
Num espetáculo magistral
Enquanto houver
Um palco
A rua
O chão
Amor e utopia
Contramão
A força de uma voz
Quando o sinal fechar
Não estaremos sós
Eu paro numa esquina
Olhando pros dois lados
Se penso em atravessar a rua
Eu olho pras pessoas
Elas vem de todos os sentidos
Olhares ressentidos
Caras boas maldormidas
Procurando
Tempo dentro dos seus próprios tempos
Buscando sós, só um jeito de cuidar
Das próprias vidas
Buscando suas esquinas pra parar também
Todos se vão, se vem, se vão...se vão...se vem
Mas não fica ninguém
Tão sozinho, olho pro chão
E ainda me molho quando a chuva cai
Todos eles tem dentro de si, ainda
Um pouco dessa coisa linda
Cujo nome ninguém sabe
Talvez seja pureza, beleza, ingenuidade
Pode ser que seja oxigênio numa bolha de sabão
Gáz hélio dentro de um balão
Coisa gostosa de se ter, mas que não vem; só vai
A cada um lhes cabe alguns desses balões
Que vão se furar lá no espinho da rosa
Parado numa esquina...a rosa vem devagarinho...e fim
De espinho em espinho a vida vai modificando a gente
A vida, antes tão quente, hoje fria...vazia
Toda aquela gente, que vem de todos os sentidos
Perdendo às rosas
Um pouquinho dessa coisa boa
Que deixamos se ficar pelas esquinas
Sempre sem querer
Sempre que buscando apenas
Um jeito de cuidar das próprias vidas
Perco a pressa e penso
Que é essa a beleza da vida
E a natureza de todas as coisas.
Edson Ricardo Paiva.
VÁ!!!
VÁ viver a vida,
VÁ construir o caminho pra essa rua sem saída.
VÁ fazer o que sempre quis,
VÁ viajar pelo mundo, VÁ ser feliz.
VÁ morar sozinha, VÁ morar em outro país.
VÁ mudar sua rota,
VÁ e não se deixe vencer pela derrota
VÁ lá fora, pular nas poças d'água formadas na rua.
VÁ dançar sob a densa chuva.
VÁ sentir as gotas d'água caindo,
VÁ olhar a Lua e admirar as estrelas sorrindo.
VÁ quando quiseres ir,mas se quiseres voltar volte.
VÁ segurar forte a mão daquele alguém, mas se quiseres solte.
VÁ e declara-te refém, do amor que em teu coração há tanto tempo, se mantém.
VÁ e somente VÁ.
VÁ e deixa-te levar,VÁ.
VÁ e deixa-te ir,VÁ indo.
VÁ não sei como irás ,mas VÁ.
VÁ somente,VÁ.
Não importa como for, seja em riso ou em dor, mas VÁ.
VÁ!
Escrito por: Beatriz Cruz
O ACENDEDOR DO DIA (soneto)
Lá vem o sol o acendedor do dia na rua
Este mesmo, rubro, que vem reluzente
Raiando no horizonte, turvando a lua
Quando o véu da noite se faz ausente
Parodiado a poesia, a prosa continua
Na energia, na quimera poeticamente
À medida que a luz aos poucos acentua
E a escureza da noite se vai de repente
Encantada evidência que Deus nos doa
Brilho que doira o dia e ilumina a vida
E que com tal esplendor nos abençoa
Assim, em nossa alma o amor insinua:
O bem, a fé, a felicidade a boa acolhida
Que na claridade com a gratidão tatua
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020, 07’22” – Triângulo Mineiro
SILÊNCIO
Rua vazia, folhas de árvores balbuciando conforme a direção do vento. Frio pairando como se já fosse. inverno nada de cães a revirar o lixo em busca de comida. não há discussões calorosas sobre futebol. Hoje o bar está fechado. Casa pequena e organizada
Nenhum olhar que chore sua ausência. Nenhum sorriso que se Alegre ao ver tua face.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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