Poemas com Rimas de minha Rua
era doida, diziam..
ela andava pela rua colecionando sorrisos, olhava para todos e esboçava seu riso simpático, alguns retribuíam, outros não, alguns mais, outros menos.
"Sabe o que espera um ser humano, quando na rua alguém te olha nos olhos? (...) HONESTIDADE, é a única coisa que nos leva à Paz, à Aceitação e à verdadeira Comunicação! - Estas são as 3 coisas que todo ser humano busca..." - SERGI TORRES - Palestra "La Confianza de Existir" 24:27 (fonte: youtube)
A todos aqueles que eu mal conheço, aqueles que passam na rua sem ao menos dar um bom dia, aqueles que fazem a diferença em minha ou que tanto faz estarem vivos, desejo uma bela noite e que Deus sempre esteja presente em suas vidas, que todas as forças da natureza ajam a favor de seus benefícios. A natureza é sábia e DEUS se mostra a todo instante através dela, nos mostrando o caminho, nos guiando silenciosamente para o futuro.
Ouvia ao longe os sons vindos dos último bares abertos. Andava pela rua e começou a garoar, dava pra ver as finas gotas pelas luzes dos postes. Às três da madrugada não tem muita gente andando pelas ruas, os poucos que passaram por mim andavam sem pressa, de cabeça baixa, olhavam em meus olhos por dois segundos e eu ficava imaginando se eles tinham algo a fazer ou se assim como eu estavam com os pensamentos a mil. Pensei o quão legal seria falar com uma delas, conversar sobre o que lhes perturbavam, mas por fim, quando me vi numa longa rua deserta por onde aquelas pessoas também haviam passado, percebi que nossas dores eram as mesmas, os motivos podiam ser diferentes, mas nos impedia de dormir, nos fazia andar por aí numa madrugada fria. Então, não importava se andássemos juntos falando do que nos afligia, não podíamos nos ajudar, afinal, de dores já bastam as nossas.
Eram dois office-boys de blusa bege de lã, caminhavam pela rua de número quinze, com suas pastas pretas recheadas de milhões, conversavam corriqueiramente sobre qualquer coisa, soltavam largas risadas sinceras das mesmices dos finais de semana, eram apaixonados discretamente por algumas atendentes, que carimbavam e digitavam freneticamente envoltas em camisas entre abertas e perfumes inapagáveis, caminhavam, adoravam o mês de Dezembro andar pela rua de pit pavê, cheia de cabeças que poderiam ser vistas da parte alta da rua, entrando e saindo com sacolas saciadas, mal sabiam o que eram e o quê queriam da vida, eram uma indefinição por decreto.
O destino continuava a lhes reservar a amizade, regada de festas e música, de viagens com chevette, que as vezes rampava a divisória de pista das BR’s, de fronteiras com bebidas fortes e ciganas que não conseguiram ler o destino, de caminhões traçados chacoalhando entre as dunas aos gritos de amizade e alegria, de longas conversas a beira do lago titicaca, até as boas bandas de Buenos Aires, e um el pogo de whisky escocês de graça, até um submundo do vagabundo selvagem em La Paz, de noites que viraram dia, e tristezas que viraram alegria, de uma amizade que nem o tempo nem a distância apaga. Ao amigo Foca.
Um dia, encontrar-me-ei contigo pela rua, e em um abraço forte, saberás o quão importante fostes para mim.
Duas ou quatro da manhã, dia vinte ou dezesseis, na rua ou na cama. Não importa o local, dia, hora. Se me chamar eu vou.
Sinto saudades, saudades dos tempos de criança em que eu brincava na rua... Saudades dos velhos amigos, os que sem motivo se afastaram e os que precisaram ir pra longe. Se saudades matasse, juro que já estaria morta. Mas não pode-se fazer nada, apenas ir vivendo, e o que realmente for de verdade sempre dá um jeito de nos reencontrar.
A poesia sem doutor. A poesia sem pudor. A poesia achada na rua. A poesia forjada na poeira. A poesia de porta de igreja. A Poesia de criança abandonada. A poesia da sopa daquela madrugada. A Poesia não elitizada. A poesia gerada por um pobre sem título, mas que conserva sua postura e, não puxa o saco de ninguém. A poesia sem livro. A poesia não convidada. A poesia deixada para morrer em doses homeopáticas.
“Eu posso ser o seu, o meu, o nosso, posso ser o bobo apaixonado, o garoto da rua ao lado, aquele seu amigo preocupado. Posso me tornar sua rotina, a essência da sua vida, ou até mesmo o ar que você respira, por receio me escondo e quando menos esperar posso aparecer como um poema ou uma rima, uma frase, verseto ou poesia, um texto, uma música quem sabe? Quero estar presente a você nem que seja da mais simples forma, pode ser como um sorriso, um abraço, um lembrança, uma história ou quem sabe, uma vida.”
Passei a achar mais agradável sair na rua e ver vibração, sentir esse sol quente, ver gente, coisas acontecendo. Me energiza. Já não dava pra continuar daquele jeito que estava.
Prefiro uma fiel aqui em casa
comigo, do que ir atrás de várias na rua e na hora na carência não ter nenhuma
Entregar seu coração a alguém é tão perigoso quanto atravessar uma rua movimentada de olhos fechados.
Hoje eu tive um sonho forte, para não dizer profético; olho para um calendário na rua, estávamos no futuro, as pessoas pareciam assustadas, algumas deprimidas, a maioria com um olhar vazio, era uma tarde nublada, um carro imenso da polícia para ao meu lado, todos saem com armas de guerra, as pessoas na rua começam a acelerar o passo, diante a situação vou para dentro de um barzinho e me sento. Sozinho começo a escutar a conversa das pessoas; um cara ao meu lado ficava lamentando a situação política, falando que tinha votado nas pessoas erradas e que agora seria diferente, uma mulher a minha frente falava sobre uma garota que desapareceu na rua de sua casa, mas o que mais me chocou foi ver uma criança dizendo para sua mãe que não era para ela se preocupar, pois só ia morrer quem se metesse com eles (???) depois disso eu acho que acordei, mas será que foi um sonho?
As luzes da rua que levam ao ritmo do teu coração, são sentidas nas pedras e cores rudes das calçadas inertes no vazio da madrugada...
sabe o que é se sentir bem? Quando você esquece alguém. E ela te ver na rua faz um escândalo ao te ver e você diz apenas … olá,
Pare de reclamar da sujeira da sua rua! Seja um exemplo, limpe a frente da sua casa. Cada um de nós possui sua colaboração para fazer desse mundo um lugar melhor. Pense que os outros só farão se você fizer.
Meia noite trava no relógio, um pingo incessante na pia da cozinha, pneus de carro cantam na rua, um bebê no quarto ao lado não para de chorar, mas não me incomodo. Fico com a caneta na mão, mas estou digitando num teclado. E aquele papel destinado para a minha nova música está em branco. Já não tenho a insônia como uma vilã. Sigo num ciclo vicioso entre sofá-geladeira-cama. Estou em algum tipo de transe causado pelo seu ultimo pedido. Ainda sinto o calor do seu sussurro em meu ouvido. Mas o arrependimento de não ter feito nada, de ter ficado ali como uma mosca lerda, anestesiada pelo seu poder em mim, corrói meus pensamentos. Tento entender como você consegue ter tanto poder sobre mim, mas envergonhada eu também digo que nunca tentei sequer me esquivar desse poder. Estou no papel que um povo tem em uma democracia. Tenho todo o poder, mas prefiro deixa-lo com você sem fazer qualquer objeção, mesmo sabendo que você é como um governo com muitas outras prioridades, egoísta, sacana e forjado.
