Poemas Campos
PELOS CAMPOS (SE TE FLORES)
Se Te Flores
Flores será
Florescerão
Flores seremos
(Anderson Delano Ribeiro)
Nos campos devastados da Palestina,
Onde a esperança insiste em fazer morada,
Ergue-se o heroico povo, em desobediência divina,
Contra o jugo da opressão descarada.
Terras banhadas por lágrimas e sangue,
Voraz cenário de um genocídio impune,
O grito silente de um povo que não se exangue,
Ecoa no vazio de um mundo que se ilude.
Cada pedra lançada é um poema de resistência,
Cada lar desfeito, um testemunho de vergonha nossa.
Os corações que pulsam ali, em franca persistência,
Convocam a humanidade a enfrentar sua farsa.
Sob o céu velado por drones e fumaça,
Crianças desenham sonhos com dedos de coragem,
Enquanto adultos, heróis de toda uma raça,
Transformam dor em força, em vida e em mensagem.
Radical é o amor que não sucumbe ao terror,
Crítico, o espírito que não se dobra à tirania.
Ácida, a verdade em seus olhos, refletindo o horror,
De um mundo que, cúmplice, nega-lhes a cidadania.
Cada lágrima é uma estrela desafiando a noite escura,
Cada sorriso, um ato de insurreição pacífica.
O povo palestino, na sua luta tão pura,
É espelho de uma justiça que nos falta, explícita.
Que a vergonha recaia sobre as nações mudas,
Sobre os palcos de líderes, mascarados e covardes.
Pois na Palestina, a resistência é mais que agudas,
É um hino à vida, desafiando todas as grades.
Entre Lembranças e Novos Caminhos: Uma Homenagem a Camila Furtado
De Volta Redonda aos campos do sul,
Você veio, amiga, buscar outro azul.
Foi um começo estranho, de clima e de chão,
Como se fosse em terras de outra nação.
"Foi foda" no início, assim você diz,
Mas, aos poucos, achou seu país.
Hoje, Joinville é teu paraíso,
O melhor lugar pra viver e sorrir preciso.
No Glória, o clube, teu lar de verdade,
Entre amigos, risadas e saudades,
No padel, em quadras de um mundo novo,
Você fez sua casa, dia a dia, de novo.
Um filho crescendo, já quase um gigante,
Na paixão pelo esporte, no sonho distante.
.
Teu marido ao lado, fiel companheiro,
Todos juntos, em laços, num elo inteiro.
Você passa os dias no ritmo da bola,
No jogo que une, consola e embala,
Dos treinos noturnos às manhãs de torcer,
Pois entre querer e ser, há tanto a fazer.
Hoje, depois de tantos caminhos,
A gente se encontra em novos cantinhos,
Entre amigos, quadras e histórias guardadas,
Em Joinville, cidade que é nossa morada.
A força é um termo empregado em diversos campos q tem o intuito de designar q algo é feito a base de certo pressionamento, esforço ou estímulo. No campo psicológico, emocional ou espiritual é a forte energia q se obtém p/ superar algum tipo de desafio ou problema.
A força é o q vc faz p/ converter as opiniões alheias, os julgamentos, as suas dificuldades, os diagnósticos médicos em um prognóstico muito bem sucedido. Vc usa a força p/ propulsionar ou vc fica estagnado?
O q te propulsiona* (o q te faz ir p/frente)? Qual sua força motriz?!
ANAJATUBA.
Oh! Querida anajatuba.
Tao distante de ti estou.
Minha princesa de belos campos.
Voltar para te ver eu vou.
Sinto o perfume dos teus campos.
Tu que és de mistérios e magia.
Amo-te terra minha.
Tu és minha poesia.
Tantos são os teus encantos.
De modo que nao se pode contar.
De filhos altivos e honrados.
Terra de crendices e de anajá.
Terra de campos verdejantes.
Tenho-te profunda afeição.
Terra de encantos e mistérios.
Terra idolatrada do meu coração.
A Senhora de Vale-Flôr -
De pele trigueira e olhar firme
porte de gazela, pelos campos ao calor,
- ó Poeta -, fala, escreve, diz-me,
alguém há que se assemelhe à Senhora de Valle-Flor?!
Alta, esguia, perturbante,
passa por entre os nobres sem temor,
deixa a um canto a Senhora Duquesa de Brabante
a Senhora Marquesa de Valle-Flor.
Vestida de brocados e cetins,
pedras, pérolas, jades incolor,
desliza p'los salões ao toque dos clarins
a muy nobre dama Senhora de Valle-Flor.
Mas um dia, algo terrivel ocorreu,
chega-lhe a noticia que a deixa sem fulgor,
Jenny, sua filha, tão jovem, morreu!
Pobre e contristada Senhora de Valle-Flor.
O Marquês, deixara-a antes tão nova,
esse, a quem dera tanto amor,
agora, sua filha, 20 anos, vai à cova,
triste, no Palácio, a Senhora Marquesa de Valle-Flor.
A Rainha, Dona Amélia de Bragança,
vem ao Paço dar a mão à sua dor,
traz-lhe flores e um abraço de esperança:
"- Aceitai estas Rosas Senhora de Valle-Flor!"
De negro vestida, véu cobrindo o rosto,
tão ressentida, pálida, sem cor,
cai aos pés da rainha - tal o desgosto
da muy nobre Dama - a Senhora de Valle-Flor.
" - Alevantai-vos!" Diz a Rainha. "- Pobre mãe,
alembrai de Maria a sua dor,
sabeis agora o que é ser mãe - tão bem,
Senhora Marquesa de Valle- Flor."
"- É tão funda, Senhora de Bragança,
a dor que me assola o coração,
que não há Rosas nem esperança
que me tirem deste valle de solidão!"
Ainda hoje, à porta do jazigo da defunta,
se vê passar um vulto que liberta um odor
das Rosas que leva no regaço! Quem é? Alguém pergunta!
E há um suspiro que se escuta. É a Senhora de Valle-Flor!
(Poema à Senhora D. Maria do Carmo Dias Constantino Ferreira Pinto Valle-Flor (1872-1952) Primeira Marquesa de Valle-Flor, e à sua filha, Jenny Valle-Flor, falecida muito jovem, ainda adolescente ...)
Pensamento -
A minha casa é a rua,
minhas vestes são os campos,
meus olhos de alma nua,
na voz do povo são dois cantos ...
A noite - cama onde me deito,
feita de linho, brocados e cetins,
tem alvas ondas - o teu jeito,
ao pôr as rendas sobre mim ...
Tocam na dolencia os sinos da igreja,
dão horas, meia-noite, tu não estás ...
E onde foste? Aonde irás? Que a vida te proteja!
Que eu, no frio da minha noite, sem nada,
na tristeza das colchas de damasco, adormeço
em silêncio numa cama já cansada!
Caçada -
Pelos campos, na herdade,
saem galgos a correr,
manhã cedo, uma caçada;
é noite, na verdade,
e entre frio, a chover
desce ainda a madrugada!
Há um galgo branco e leve
a correr direito ao rio
entre a névoa densa e clara,
pelos campos uma lebre
que ao saltar cheia de frio
lhe parece jóia rara!
Desce o Sol no horizonte
e no meio da claridade,
voam tordos pelo ar;
a caçada vai a monte
no silêncio da herdade
correm galgos sem parar!
Se Alguém me Procurar -
Se alguém me procurar pergunte ao vento
que se agita pelos campos sem se ver
procure o meu olhar por um momento
que se agita na alegria de viver!
Se alguém me procurar pergunte ao vento.
Se alguém me procurar pergunte às fontes
procure em cada sitio onde estive
pergunte até aos versos que me esconde
se um dia nos meus olhos não os tive!
Se alguém me procurar pergunte às fontes.
Se alguém me procurar pergunte ao tempo
porque o tempo deu-me a vida que me deu
procure o meu olhar no pensamento
e a memória de um sorriso que era meu!
Se alguém me procurar pergunte ao tempo.
A vida é este canto que me abraça
como estrelas à luz do firmamento
sou a chuva que bate na vidraça
que se agita conforme agita o vento!
Se alguém me procurar pergunte ao vento.
Poema para Celeste Rodrigues
musica do guitarrista Pedro Castro
No olhar de quem se esconde é que se pode ver a cegueira do mundo.
Campos, florestas, montanhas ou oceanos, tudo ficou preso lá fora.
Ali dentro restou apenas o sofrimento da prisão auto imposta.
Nem o vento que sopra livre pelos vales é sentido.
Ao negar-se, fechou a cela jogando a chave fora, sofre, e calado chora.
A CRIATIVIDADE
“A criatividade é uma das habilidades mais admiradas em todos os campos, e sem dúvida, o principal atributo daquele que vence”.
[A HISTÓRIA ESTUDA A HISTÓRIA]
A História (ou Historiografia) é um dos poucos campos de saber cujo nome da própria disciplina coincide diretamente com aquilo que ela estuda. A História estuda a história. A Astronomia estuda os objetos celestes de todos os tipos, em suas múltiplas relações; a Biologia estuda a ampla diversidade de seres vivos e seus modos de existência; o Direito estuda tudo aquilo que diz respeito às leis e à organização dos sistemas jurídicos. Mas a História estuda a própria história. Ou seja: por um lado. História é o nome de uma disciplina ou campo de saber; e por outro lado a história é um objeto (ou mesmo um universo) a ser estudado: é o conjunto de processos, acontecimentos e sociedades que já existiram ou se manifestaram até hoje no tempo. Todos nós estamos literalmente mergulhados na história, pois ela vai se desenrolando no tempo através de um devir sem fim que nos arrasta junto às sociedades nas quais vivemos. Mas parte desta história – quando temos fontes e outros recursos para acessá-la de alguma maneira – pode ser estudada mais sistematicamente por uma ciência específica que também é chamada de História. Alternativamente – um pouco para evitar a confusão entre os dois diferentes significados impostos pela relação entre História e história – podemos chamar a História também de Historiografia (“escrita da História”).
[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. "História e Historiografia: todas as relações possíveis" In A Historiografia como Fonte Histórica. Petrópolis: Editora Vozes, 2022, p.16].
[OS CAMPOS HISTÓRICOS NÃO EXISTEM ISOLADAMENTE]
Apesar de falarmos freqüentemente em uma “História Econômica”, em uma “História Política”, em uma “História Cultural”, e assim por diante, a verdade é que não existem fatos ou processos que sejam exclusivamente econômicos, políticos ou culturais. Todas as dimensões da realidade social interagem, ou rigorosamente sequer existem como dimensões separadas. Mas o ser humano, em sua ânsia de melhor compreender o mundo, acaba sendo obrigado a proceder a recortes e a operações simplificadoras, e é neste sentido que devem ser considerados os compartimentos que foram criados pelos próprios historiadores para enquadrar os seus vários tipos de estudos históricos. [...]
A saída é não utilizar as classificações como limites ou mesmo como pretexto para o isolamento. Não se justifica o recuo diante de uma curva demográfica, quando o objeto de estudo o exige, sob o pretexto de que a sua é apenas uma História Cultural. Da mesma forma, um historiador econômico não pode recuar diante dos fatos da cultura (ou dos aspectos culturais de um “fato econômico”).
[trecho extraído de 'O Campo da História'. Petrópolis: Editora Vozes, 2004, p.15-16].
[EVENTUAIS OPOSIÇÕES ENTRE CAMPOS HISTÓRICOS]
É digno de nota o fato de que algumas das 'dimensões' - os campos históricos que se referem aos enfoques que são trazidos a primeiro plano nos estudos historiográficos - podem começar por ser construídas na história da historiografia por contraste com outras, por vezes gerando certas oposições mais marcantes, até que em seu desenvolvimento posterior certas interfaces possam ser estabelecidas ou retomadas. De certo modo, a História Social e a História Econômica do século XX começaram a ser edificadas a partir de um contraste com a velha História Política que se fazia no século XIX – e isto resultou no provisório abandono de alguns objetos por estas novas sub-especialidades (por longo tempo, declinariam na prática historiográfica profissional do século XX a biografia de personalidades políticas importantes e a história das grandes batalhas, temas que depois retornaram nas últimas décadas do século XX). Em suma: o caleidoscópio historiográfico sofre os seus rearranjos. E estes rearranjos são eles mesmos produtos históricos, derivados das tendências de pensamento de cada época e das suas motivações políticas e sociais. Os paradigmas acabam sendo substituídos uns por outros, por mais que tenham perdurado, e trazem a seu reboque novas tábuas de classificação.
[trecho extraído de 'O Campo da História'. Petrópolis: Editora Vozes, 2004, p.21].
MUCURI
Terra nobre, pequena e saudável!
Águas líricas, verdes campos...
Caminhos que levam à saudade
Mucuri, lamúrias por ter te deixado.
Fonte de prazer, do brilho ardente do sol.
Da frieza da brisa de primavera
Do cantar saudoso do colibri
Mucuri, horizonte azul de minhas quimeras.
Seu infinito é um pouco de meu pranto
Tuas muralhas afastaram-te de mim
Doce jaqueira, pequeno pomar de paz!
Mucuri, terra fértil onde nasci...
CHORAMINGO PELOS CAMPOS
O vento vem me falar de amor...
Conto-lhe coisas...
Sai choramingando pelos campos...
comovido pela minha dor...
assovia saudades!
_____ angela dias.
21/10/17
9h38min
A sutileza do amor
Andei pelos campos a procura de uma flor
Vi diversas delas, com perfumes diferentes
E algumas delas, da mais linda cor
Pensei qual te daria pra provar o meu amor
Já que no momento da nossa despedida
Você negou a sua dor
Mas percebi que nenhuma flor,
entre todas as que vi no campo
Representaria tanto o amor que tenho por ti
Decidi não colher nenhuma delas
Afinal, quem verdadeiramente ama
Não arranca do solo nem a mais desejada flor
E foi lá no campo entre folhas e flores
Que descobri a sutil diferença
Entre desejar e amar
Voltei pra vida sem me arrepender de ter as mãos vazias.
.
By Shirley Morata.
Vão
Sou uma árvore sozinha no meio ao vão, sabe aqueles longos campos de nada quando estão secos ou mortos depois de longas épocas de colheita?
Não existe nada só a imensidão por léguas e léguas de solidão, e eu uma única árvore ali, tão perfeita verde, pura, por mais que exista alguns galhos secos e folhas que estão por vir a senescência eu me encontro ali a imensidão e eu.
Não vejo formas não vejo cores só me vejo tão sozinha me sinto uma árvore no meio do nada, mais em minha completa plenitude de beleza mesmo estando ali, eu devia me sentir assim só? Se eu tenho todos os dias o sol que bate em mim que da luz e brilho as minhas folhas as minhas flores e pétalas, me deixando viva, mas ainda me sinto mesmo com tudo isso mesmo com universo conspirando pra eu ser feliz, eu me sinto uma árvore sozinha em meio ao vão.
Tome muito cuidado com aqueles que ficam te inflando com elogios.
Na verdade são como campos minados
E a qualquer momento podem explodir você.