Poemas de Amargura

Cerca de 1022 poemas de Amargura

⁠Eis-me -

Num acesso de loucura
vim à vida sem vontade
sempre cheio de amargura
sempre cheio de saudade.

Cansado como a noite
cheio de noite e solidão
sem um colo onde me acoite
levo o silencio na mão.

Ai que tristeza contida
ai que martírio maior
ai é tão longa esta vida
cheia de dias sem cor.

Ai veneno que me deste
ai que silencio de morto
ai solidão tão agreste
que me corre no corpo.

Tanta gente perdida
tanta boca fechada
tanta gente despida
tanta Alma calada.

Adeus vida que me foge
sem nunca me ter tocado
venha a morte que me toque
e me possua em pecado.

Ai se eu pudesse morrer
com a luz do teu olhar
eu voltaria a nascer
só p'ra voltar a te amar.

Inserida por Eliot

⁠Espirito Cansado -

No meu Espirito cansado
há muito d'amargura e solidão
e até aquelas horas do passado
alvoroçam o meu pobre coração!

E há gritos, palavras e punhais
que se escutam em mim de lés-a-lés
sonhos que não voltam nunca mais
espinhos no caminho que ferem os meus pés.

É mentira o que me diz a tua voz,
a rua já não fala, a noite já não vê,
e eu, aqui, sou resto, tão só, tão só.

O caminho é longo e doloroso
cheio de buracos e abismos,
e eu, perdido, triste e ansioso ...

Inserida por Eliot

⁠Amargura -

Ai de mim que estou cansado
de viver além da vida
eu nasci p'ra dar ao fado
tanta amargura perdida.

Eu vivi sem ter nascido
porque o mundo não me quis
vou morrer sem ter vivido
e que mal à vida fiz?!

Os teus olhos não são mais
que uma faca de dois gumes
dois silêncios, dois punhais
ao sabor dos teus ciúmes.

Os meus versos são herança
p'ra deixar a quem se esquece
que afinal até a esperança
já não resta a quem padece.

Inserida por Eliot

⁠Ai -

Ai esta insatisfação que me habita
ai esta angustia que me come
ai esta amargura que se agita,
no meu peito, sem nome!

Ai esta loucura que eu visto
cheia de escárnio e solidão,
ai este não-sei-se-resisto
à dor que me esventra sem razão!

Ai esta mentira que eu vivo,
ai este pecado que eu sou,
um pobre coitado, vencido ...

Que vive a vida escondido,
perdido e calado, despido,
pois a esperança na vida, voou!

Inserida por Eliot

⁠Deixem Passar -

Deixem sofrer quem d'amargura vai vestido,
quem de sonhos vai despido, deixem passar,
deixem falar quem na vida está vencido,
sem mãe nem pai, como um barco a naufragar!

Deixem cantar quem ao Fado deu a voz,
quem tem olhos cor de medo, sem nada,
no silêncio d'um destino, acompanhado e só,
vivendo a vida numa casa abandonada!

Deixem passar quem à mágoa deu o nome,
quem plantou no coração a rosa brava,
que cresce na demência que o consome!

Deixem ouvir o grito das entranhas
que ressoa de uma alma em vão cansada
e deixem-no passar por entre as madrugadas!

Inserida por Eliot

⁠Cegos de Amargura -

Às vezes procuramos o que temos
na iminência de inventar felicidade
e ali está, ao nosso lado, não a vemos,
cegos de amargura e de saudade!

Somos da História um filho do meio
à procura d'um lugar que não é nosso
procuramos o que temos, que já veio,
vida que respiro mas não toco!

É tão estranho estar vivo e parecer morto
estar alegre e sentir uma tristeza
que nos invade de lés-a-lés o corpo
deixando a Alma revestida d'incerteza!

Será loucura acreditar na felicidade?!
Será a felicidade feita de loucura?!
Nada existe sem um pouco de saudade
porque a saudade é feita de ternura ...

Inserida por Eliot

⁠Pensar Obsoleto -

A melancolia dos dias desviados
cheios de nostalgia,
cheios de amargura e de silêncio,
enchem-me a Alma de Poesia e
resiliência ...
Nem consigo respirar ...
Vejo-me sufocado ...
Sinto-me vazio...
Caminho indiferente - nem sei onde!
Ora vivo ora morto em meu pensar
obsoleto.
E sou tão pouco, eu que julgava ser
tanto ... debalde ... não sou nada!
Cheira-me a incenso ...
Óh Senhor ... envolve-me o corpo ...
veste-me a Alma ... purifica-me o
Espirito ... salva-me de mim mesmo
que me vejo morto e abandonado,
cheio de poesia e desenganos,
num leito glacial de moribundo!

Inserida por Eliot

Anjo amigo, amigo anjo

Quando te encontrei na rua da amargura
De coração ferido, alma desprotegida
Eu sem pensar...
Quebrei uma das minhas melhores asas
E lhe dei
Para te amparar te confortar.

Anjo amigo, amigo anjo

Mas quando eu me encontrei na rua da amargura
De coração ferido, alma desprotegida
Sem ar... para respirar
Com uma asa apenas, e caída
Nesse momento, você já não estava lá
Alçou voo com suas asas novas
E eu fiquei sozinho pra morrer!

Inserida por NelsonMartinsPoeta

⁠Só quem sabe amar
sabe de encantos
sabe de amargura
sabe de valor
sabe de preconceitos
sabe de amor
sabe de não saber
não sabe esquecer
e por tanto querer
sabe de abandono
só quem sabe amar
sabe o sabor do mar
da vastidão da brisa
do brilho no olhar
dizer que quem sabe amar
sabe tudo
é ousadia
entretanto quem não sabe amar
sabe bem de covardia
e da melodia de viver só
pois por mais companhia que tenha
solidão será
até aprender
a...

Inserida por OscarKlemz

"O desprezo é uma capa que usamos para nos proteger.
Um manto de amargura que carregamos sobre os ombros. Libertemo-nos, auferindo perdão àqueles os quais desprezamos, não por eles...por nós!"
-Haredita Angel

Inserida por HareditaAngel

⁠Permaneça no modo Vida, soltando balões!
Inspire, respire mas solte seus balões de amargura, raiva, tédio, rancor, inveja e ódio, e todos os pressupostos.
Acreditem meus caros, reinará a Paz.
E vivenciarás o Amor.
N a m a s t ê !

Inserida por dalainilton

Meu coração está ferrado, e cheio de amargura
Mas não vai ser um novo amor
Que me trará uma nova cura

Inserida por Larissaloraschi

⁠O seria da tristeza de um coração
Que chora a angústia do amor
Torna- se a amargura
Que busca no choro
A libertação da emoção
De não querer pensar em você
Porquê a dor é imensa dentro do peito
E o amor vai se evaporando
Como a água em ebulição

Inserida por RosaV

⁠Amargura

Apatia mortal
Amargos restos
Destroço de um existir lamentável.

Inserida por kaike_machado_1

⁠Vale da tristeza

Vesti amargura
Letal expressar
Devasta ambiente
Tecendo rascunhos instáveis
Singularidade tenebrosa
Amplitude do ser amargurado nas ilusões.

Inserida por kaike_machado_1

⁠Adoece quem não ama, quem deseja mal ao próximo, quem não sorri, quem guarda amargura no coração, quem comete injustiça!
Quem comete essas coisas prejudica aos outros, mas principalmente a si mesmo!
Faça o inverso, e seja feliz!
O mal que eu não quero pra mim, não devo desejar ao próximo. Essa deveria ser a regra básica da vida, e para vida.

Inserida por barbaramelosiqueira

Não te encha de amargura e não se torne escravo da ternura... Viva e deixe viver para um tanto eternizar o amor...
Se apegue ao que te faça bem, crie independências para com o teu coração para que a sensualidade de seus olhos domine a paixão...
A paixão tem transmissão direta com o olhar que desencadeia sentimentos maravilhosos para conosco... Ah se você me entendesse poderíamos viver momentos perfeitos no qual atingisse o ápice...

Inserida por JULIOAUKAY

Amargura do cerrado

Aqui no centro do cerrado
Onde a chuva não chove
Chora o pó sulcado
Ressecado, onde o verde escorre
Pelo vento que levanta o chão
De sede que a existência morre
E o céu que rubra em explosão
O cinza que por ai colore
O rincão árido de erosão
O caboclo queixa por água
Nas promessas em oração
Das fendas escorregam bágua
Suspirando bafo de sequidão
De queimadas que frágua
A amargura do sertão
Poetado com carvão e mágoa
O estio do cerrado em aflição...

Inserida por LucianoSpagnol

Maldição

Se da má sorte, tive gosto da amargura,
Envelopado pelo asno e uma maldição,
Me vi chafurdado em uma lama escura,
Hoje, minha paixão abrirá em erupção.

Me deixei inerte sem cólera e loucura,
Os abraços sem laços e sem ter ação,
A solidão em atos vis e de vil tortura,
Agora sou grito, pronto pra explosão.

Maldito sejas o olhar por mim perdido!
O silêncio deixado no doce coração,
Dos amores o amor não será vencido.

Se calado antes mesmo de ter e ser,
A grata emoção não será mais em vão...
Minha compaixão é maçante no viver!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
22/08/2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

CAUSA (soneto)

Ah soneto porque agruras quer poetar
No diálogo da ledice com a amargura
Nem tanta alegria, nem tanta tristura
Sou devaneador que se põe a sonhar

Se o rimar então chora porventura
Também riem nos versos ao cantar
Tenho o céu e o cerrado pra inspirar
E o amor no coração, principal figura

E neste motivo vai o meu caminhar
Veloz ou lento, moldo está escultura
Desenhando o fado no ser e no estar

Então, antes que tudo seja ventura
Completo a lacuna com meu olhar
E no tempo, vou cingindo a costura...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol