Poemas a um Poeta Olavo Bilac
[...]uma rosa...
...uma rosa é uma rosa
de uma beleza caprichosa
de um perfume em prosa
poesia, uma rima preciosa...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
VALER
Eu poetizarei um momento de riqueza
por uns termos tão poéticos e ditosos
que assinalem aos infelizes invejosos
a satisfação, esse bem que da certeza
Escreverei alacridades sem dureza
suspirando mimos tão carinhosos
que jamais serão atos caprichosos
pois, são vindos da doce gentileza
Pra quem servir, não tenho segredo
no agrado, é belo como o horizonte
do cerrado, com estupendo enredo
Nessa corrente, se sente, é fonte
de amor, paz, onde não há medo
inutilmente, e nem desmonte! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/11/2020, 08’40” – Araguari, MG
REMOINHAR
Fui no destino um amador exaltado
Tudo era pra vida um bem ovante
Ser, o haver, uma sensação cintilante
Do desejo, um sentimento sagrado
Fui apegando ao amor arrebatado
A vida se importava com o instante
A alegria no peito mais penetrante
Este um afável e amante passado
Sei bem o ruim de se achar solitário
Na eloquência dum triste cenário
Singular, então, não seja tardança
Ó emoção tão enigmática, talvez agora
Gire, e seja contagiante como outrora
Diz-se que o amor é eterna esperança!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/11/2020, 08’22” – Araguari, MG
QUANDO FOR AMOR
Não há amor que não tenha um encanto
Todos são cheios de emoção e de magia
O haver, por mais dissonância, tem tanto
Lirismo, que há de ter sensação e poesia
Mas acaso nada tem, temos, no entanto
A quimera que nos dá a ingênua fantasia
A pureza, a companhia, então, portanto
Cada um, um bem, um cheiro e ousadia
E nas surpresas da vida, aquele certo
Amor. Sentimento liberto e sem dor
Pois, no querer o desejo foi desperto
O sonho que se vive, ó curioso valor:
Farto em ventura ou se falto na flor
O amor, se define, quando for amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 19’51“– Triângulo Mineiro
ABRIGO
Abrigo um coração manso.
Era aflito e ganhei dos seus braços descanso,
Eu era fera e com seu beijo virei anjo.
INCONSTANTE
Dia nublado
É um dia inconstante
Para quem não decidiu
Abrir a janela
Para receber o sol da vida
ECLOSÃO
Há no afeto um momento de pureza
que é o do olhar no olhar, um infinito
descobrindo ao toque toda a leveza
do querer, enamorado e tão bendito
Uma poesia d’alma e de profundeza
de dois corpos se fundindo erudito
do encontro, e de prazerosa viveza
pondo o agrado no ápice do espírito
Um mistério de força dos amantes
Cada carícia, aflitos, e amima luzidia
beijos, sensações e o desejo em laço
Porque, entre dois seres delirantes
encena um ato com a sua melodia
musicando o amor num compasso
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/12/2019 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Não adianta!...
Você continuará na solidão se escolher um amor errado.
Não deixe que a solidão te acompanhe, acerte no amor!
A nossa vida é uma colheita! É um desejo de permanecer,
É ter um ideal.
A colheita é o sucesso de quem permanece no amor.
E o amor deve ser o nosso ideal.
FELIZ NATAL! Canto de um Sertanejo
Também eu, do cerrado, se o consentes
Quero louvardes em corpo e alma, ao chão
Vergar os joelhos em exaltação, clementes!
Ante o presépio do Menino Jesus, em oração...
Quero cantar, humilde canto ao infante menino
E também a ti, ó Virgem Maria, mãe da salvação
Na noite de Natal, de tão grande e celeste brilho
Encenando o amor, a fé, doadas ao coração...
Então, neste ato de confraternização, eu filho
De pecadores lábios, perdão, e assim cantarão
Tua glória a todo o sempre, que a nós provém
De Ti. Fonte primeira de todo o amor, gratidão:
Feliz Natal! União... Paz e Bem!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Dezembro, 2019 - Cerrado goiano
Deus Pai dai-me tua providência,
de ser um fiel cristão,
seguir teus ensinamentos
sou devoto do Sagrado Coração,
Jesus Cristo Misericordioso,
fiel, sagrado e bondoso,
oramos na tua consagração.
POESIA UM ACASO DO DIVINO
Existo fora de mim por completo em um universo que por tantas vidas faz parte de mim, que tanto tempo a vida parou sem ti.
Em órbita por conta de um impulso divino, um papel foi a liga que nos achou perdidos.
A primeira vista, foi o papel parar no chão amassado, porém o além após umas léguas de galáxias nos pôs novamente de frente, então outro papel reverso da parte do meu universo, uma caneta emprestada e pronto, um dentro do outro cada vez mais juntos como dois universos de uma mesma estrela.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
SEXAGENÁRIO
Velhice. Um novo horizonte num outro amanhecer
Lúrida, o vigor sem luz, roto e frágil; o pensamento
No ontem, a tremer, e o olhar revoando pelo vento
Cambaleando na encosta do tempo, e ali a descer...
Passa. Passando. Sucessivo, um novo sentimento
Que sombreia a fronte, o eu e o querer nesse ter
Sentir, ser, afinal, ainda no roteiro do poder viver
Amparando os passos, desamparados, sofrimento
E neste encanecido silêncio, a cada passo a ilusão
Volta, evocando o sentido do velho terno coração
Deixando a saudade solta pela lenta madrugada
E cochila o olhar: e o olhar alucinado, tão calado
Cabeceia nos segundos empoeirados do cerrado
Incomodado, tal um leão em uma furna apertada
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/06/2020, 09’33” – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiano
BARCOS DE PAPEL (soneto)
Na chuva da temporada, pela calçada
A enxurrada era um rio, e o meio fio
O teu leito, com barragem e desafio
Na ingênua diversão da meninada
Bons tempos felizes, farra, mais nada
Ah! Os barcos de papel, inventivo feitio
Cada qual com um sonho e um tal brio
Navegando sem destino, a sua armada
Chuva e vento, aventura e os barquinhos
Tal qual a fado nos mostra os caminhos
E a traçada quimera no destino velejada
Barcos de papel, ah ideais, são poesias
Que nos conduzem nas cheias dos dias
No vem e vai, no balanço, da jornada...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/06/2020, 11’05” – Triângulo Mineiro
Quem nunca sentiu a paixão se tornar amor não sabe a força linda da União de 2 corpos.
Um olhar dentro do outro, um sussurro ao pé do ouvido, uma excitação que arrepia, uma imensa alegria.
Um complexo entre medo e perigo, esperança e confiança, uma montanha de pensamentos sonhados. Um desejo de estar juntos, um amor tão forte que nem o tempo da espera enfraquece; nem a morte nem a vida elimina esse amor. " o mundo jamais verá amor igual ".
Poeta Nilo Deyson Monteiro Pessanha
UM AMOR CERRADO (soneto)
Cala-se o triste olhar. Anina o sentimento
E a deslizar pelo rosto mudo, a dor vencida
No exilio tão áspero dum vazio sentimento
Em uma lágrima de choro e de cor abatida
O horizonte se põe, nublado, suspira o vento
Algente, as sensações estão assim de partida
Pura! Frutificando na paz o ardente sofrimento
E a alma incrédula, ainda, não está convencida
Das gotas do pranto, abrasador as lembranças
E pela saudade a sofrência em estreitas tranças
Amarra o peito, apouca, e pelo clamor escorre
E sob o pesar tão cavado e magro, que tortura
Do sonho e as privações dos planos, - fulgura,
A dor, do derradeiro amor que cerra. E morre.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/07/2020, 06’45” – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
“A vida é uma namorada breve,
Queria que fosse um pouco mais demorada,
Que me levasse leve e minha alma lavasse”.
Amigos são verdades que ficam para sempre,
porque nunca entre nós, vai existir um fim
e nossas boas vindas serão sempre eternas,
pois Uma vida inteira nunca será muito
para permitir que se chegue ao seu final!
somente um ser morto é que se torna incapaz
pq enquanto houver vida, tudo é permissível
até realizar os sonhos mais impossíveis
Na verdade a impossibilidade é uma barreira.
mas com certeza,
barreiras foram feitas para serem quebradas
