Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Meu Mundo
Sou poeta,
Sou artista,
Dentro da minha imaginação.
Me descordo em ver o mundo,
Sem ter você no coração.
Me recordo aquele dia
que segurou a minha mão,
E a qual nos beijamos,
com tanta emoção.
POETA TROUXA
Te amo tanto que me perdi no medo de te perder
O meu temor de não ter mais você comigo,
Aquele medo horrível que nos faz tremer...
Não me deixou ver você se afastar de mim
E hoje vivo apenas com o medo,
Aquele medo que eu tinha de te perder.
No final de tudo nem isso me sobrou,
Esse medo se converteu nessa dor
Não te culpo, na verdade nem poderia.
Fui tão egoísta, que não vi o seu amor,
Aquele lindo e saudável amor
Que um dia você me trouxe.
Sou u poeta trouxa, um trouxa poeta.
Uma vida inteira escrevendo amor
E não soube lidar com um amor real,
Só sei lidar com a dor, com a tristeza.
Simplesmente, poeta!
Sou o poeta no divã da vida
Pernoitando no labirinto do sonho
Sem rua, sem travessa e sem esquina.
Onde não há mapa definido;
Só há papel e tinta.
Sinto nas ondas do sentimento
A inspiração dos poetas mortos...
E, tomado por uma força estranha,
Sobrenatural, ouço o eco para todas as reflexões
E me realizo e me proponho,
Criptografando ilusões e pânicos...
E ontem e hoje e sempre
Revelando tristeza e felicidade,
E decodificando sonhos vivos e mortos...
Assim eu sou,
Um eterno aprendiz da vida.
Simplesmente, poeta!
Eu x2
Penso muitas formas
de mim, varios eu’s
outra dose
Jack Daniel’s
certamente o poeta dorme tarde,
mas morre cedo.
Asas de borboleta
E o poeta
Hoje
Olhando pra beleza
Na natureza
As vê
Bailando no ar
Cantando
Sempre com seu par
E descobre
Que são feitas
Feitas de amor
De único amor
Amor eterno
Em todas suas vidas
Vão se cuidar
Não se apaixonam mais que a primeira vez.
Cuidaram dos filhos
Da prole em conjunto
Estarão juntas até o fim de seus tempos
Elas têm pena do poeta
Penas verdes, azuis, vermelhas.
Até já doaram algumas de suas penas
Para que ele escrevesse sobre Amor
Pois só existe um pra elas
Mas o poeta,
Cego,
Nunca viu o exemplo delas
De viver uma vida inteira
Sem se lamentar ou chorar
Só o cuidar de seu par
De amar.
E esse é o Amor que o poeta
Idiota e pateta
Sempre quis cultivar
Hoje ele olha pras araras
Chora
Porque deixou seu amor
Ir embora
E agora voa
Mais rápido que um atleta
Tropeça
Bate
Corre
Volta a voar
Quer lutar
Quer chegar logo perto,
De novo, de seu amor
Que já quase não alcança
Mas ainda insiste em estar lá
Deseja abandonar o lápis do lamento...
Quer ser sereno
E de seu amor cuidar
Jogou longe sua régua
Que de medida certa
Fazia as linhas retas
E fazia sua vida regular
Quer abandonar tudo
O trabalho
A vontade
O seguro
Só pra ter seu amor no altar
Mas hoje luta
De asas quebradas
De alma rasgada
Quer ser AMOR e amar.
Cordel é o canto de cantos diversos,
A voz do poeta, que emana passados,
Presentes, porvires vividos, sonhados,
Pecados, rubores perdidos, dispersos,
O grito fecundo de mil universos,
A gesta bendita que é luz e sacrário,
Lembrança, desejo de ser relicário,
Mergulho profundo no inconsciente,
Cavalo do tempo correndo silente
Nos campos sem cerca do imaginário.
Por que não posso escrever versos tristes?
É bom descrever o amor, mas como dizia o poeta:
__Todo grande amor só é grande se for triste.
O sofrer faz parte do nosso viver, sofremos, e assim
Valorizamos os momentos de alegria e prazer.
Por que um poema triste tem que ser autobiográfico?
Evidente que alguns de nós já teve desilusões, já derramou
Lágrimas copiosas pelo fim de um amor, ou pela
Perda de um ente querido, pela nostálgica e infeliz saudade.
Escrever sobre amor é descrever o som das águas que
Caem vertiginosamente de uma cachoeira virgem, salpicando
Filetes de luz colorido para extasiar os olhos de quem ver.
É falar do calor de um abraço apaixonado, ou de um
Beijo molhado de paixão, onde duas pessoas sentem
Fascinação, se querem, se amam....
Posso descrever que a brisa que vem do norte traz o
Cheiro do amado de alguém, que com esse cheiro relembra
Noites de louca e inebriante paixão que faz a alma sorrir.
Posso escrever sobre o orvalho que brilha aos primeiros raios de sol,
Como posso escrever sobre esse mesmo orvalho que embasa o vidro da
Janela e faz a menina chora desenhando no vidro um coração partido
Pela dor da angustiante saudade.
Posso também escrever sobre velas que enfeitam a banheira
Para um prazeroso banho a dois, como também posso
Falar do tremular das chamas dessas mesmas velas a zelar
Por um corpo que sem alma, pálido pelo o frio mórbido da morte.
Enfim... Posso escrever o que quiser sem que seja necessariamente sobre
A minha pessoa, o que não implica que já não escrevi derramando lágrimas
De dor... De saudade... De uma paixão que se foi do nada.
Luly Diniz.
04/04/18.
Só observando onde vai você com tanta pretensão de ser poeta...
... Não queira ser poeta.
Permita que a poesia seja você!
Sou eu...
Dos meus poema, sou poeta;
Das minhas histórias, sou escritor;
Do meu passado, sou personagem;
Do meu futuro, sou construtor.
Das flores, sou jardineiro;
Da vida, sou aprendiz;
Dos erros, quero as lições;
Das vitórias, quero ser feliz.
Das manhãs, quero a brisa;
Do sol, quero o calor.
Das estrelas, quero o brilho;
De você, quero seu amor.
Da lua, quero o encanto;
Dos pássaros, a liberdade;
Do horizonte, o mistério;
De um sorriso, a felicidade.
Aprendiz de Poeta
Se amar se ensinasse, de poeta eu seria aprendiz.
Viveria só de versos, deles tiraria o sustento,
e assim seria ainda mais feliz.
Mas nasci em um país onde não se vive de cultura
mas justamente por ser tão rica,
abandoná-la para cultuar a dos outros para mim seria tortura.
Se todo poeta é um pouco louco,
Então que seja essa a minha loucura;
O mundo, tenho ganas de conhecer e viajar,
Mas triste demais seria partir, sem saber quando voltar.
No seio dessa pátria cresci e é aqui que vou ficar.
Se espaço para meus versos me faltar,
trabalhando como operária seguirei
esse é um preço que estou disposta a pagar:
talvez nunca colher o que plantei.
Mas onde o solo é fértil, a riqueza brota
história boa, passa de pai para filho
e se nunca publicada isso pouco importa.
Se não puder contar, podem ler
E essa é a maior razão:
Dizer que minha raiz é de uma gente forte,
de muita cultura, porém pouca instrução.
Quase nada estudaram,
cedo tiveram que arar a terra e semear o grão,
Tudo o que me foi contado, guardo com estimação.
Mas só vai fazer sentido, se tudo o que for lido for com o coração.
Por isso tudo digo que não sou poeta
Sou só uma pessoa que para ganhar a vida, trabalha com os números
e para não perder a alma, me divirto com as palavras.
Todo poeta busca inspiração
nos pequenos momentos da vida,
o sentido é sua seta,direção,
e sua meta é retratar com razão
os mistérios do coração.
Quando a mente do poeta começa a desabar, baby
Não pare de tentar, a vida vai te pedir tento
Que nem pedágio dos ventos, permita-se pagar
Que Neste Natal
todos nós lembremos do nosso
Poeta maior: Jesus
Onde deu sua vida
como sacrifício por nós.
O seu amor
foi a mais linda poesia
que Deus, nosso Pai
tão generoso,
nos presenteou.
Poeta Dito
O poeta sente sede de dizer o não dito
de transformar lágrimas em palavras
de mostrar a alegria em versos
Moldar o sorriso em estrofes com rimas
O olhar pequeno dela colocado em três ditos
Suas mãos traçando o escrito
O “Eu te amo” em forma de papel
um sentido ou dois sem sentidos.
Sou poeta, sou palhaço.
Sou palhaço quando quero,
Sou poeta sem querer,
Já nasci com esse dom,
Não tem poeta mais bom,
Quando começo escrever
Ser poeta é um dom,
Ser palhaço é profissão,
Nas ruas arranco sorrisos,
Mas nas páginas de meus livros,
Eu desperto a emoção
Minha vida não é fácil,
Mas quem sou eu pra reclamar,
Em cada sorriso que arranco,
Vejo uma folha de palpel em branco,
Pra começar rabiscar
Não gosto de escrever,
Gosto mesmo é de sonhar,
Viajar nas profundezas,
Mas sempre tendo a certeza,
Que meu talento vem de lá
Um talento admirável,
De um palhaço sonhador,
Um guerreiro camuflado,
Com um traje de soldado,
E um coração de escritor
Falo de tristeza,
Mas também falo de alegria,
Sou poeta arretado,
Igual Assis com seu machado,
Que conquistou freguesia
Sou palhaço,
Ou será que sou poeta ?
Fui um palhaço sonhador,
Que se tornou escritor,
Alcançando sua meta.
(Desilusão)
Ser poeta é uma chatice
Incompreendido
Compreende a tudo em redor
Mas não consegue
Se compreender
Solidão de ideias
Quase sempre
vê a poesia sozinho
Vegeta em meio a utopias internalizadas
Caminha de costas
Sozinho
Na contramão
Ninguém quer saber o que senti o poeta
Ninguém quer saber de nada
Que flua do oceano das ideias
Esse papo de ser
Sentir
E blablablá ...
É tão distante
Tão obscuro
Tão platônico
O amor pela poesia.
O poeta e o poema
Dói meu poema em mim nos seus dois nascimentos:
sobre o papel, dentre em meu peito.
Ele me investe, á enfrentamento,
demônio feito
essa criança a quem se atira fora, ao lixo,
com tanta raiva e rejeição!
Rapta meus versos, só capricho:
São meus ou não?
Dói meu poema em mim no curso da escritura
pois que não quer minha lição.
Para ele eu sou escória pura:
lesma do chão.
Eu me pergunto quando irei compreendê-lo,
trazendo o ritmo seu comigo.
Tenho rigores ou desvelo
de um cão amigo.
Trata-me qual vilão: para que serve o poeta
se é bom sem ele o verso e a rima?
Eu sou a presença indiscreta:
Risque-se em cima!
Dói-me menos o poema uma vez instalado,
definitivo, bem nutrido,
e o meu humor fica acalmado
ao tê-lo lido.
Aceito-o, ele me aceita: uma doce harmonia
deverá, creio, vir à cena.
Tudo de ambíguo se esvazia:
Que paz serena!
Temos de juntos ir à conquista da meta,
deste vasto universo, ousados
pois o poema e o poeta
estão vedados.
INSPIRAÇÕES DE GENEROS
Ele vive como poeta, recluso,
ela tem jeito de menina,
sonhando quimeras, confusa,
sem saber porque é musa,
nem porque inspira rima,
tendo devaneios em parafuso,
ele sabe exatamente o que quer,
vate de verso pequeno,
escreve por prazer e é pleno,
ela lê, declama e se sente mulher,
ambos crianças na intenção,
moram na mesma constelação,
ele tem o espírito do trovador,
ela é puro recato de donzela,
cora as maças se cortejada,
aumentando seu brilho de fada,
ele sente nela cheiro de canela,
mas no peito o que sente é amor,
ela paira no mundo como colibri,
ele apenas olha, suspira e ri,
foram feitos pra morarem no peito
um do outro, não de outro jeito,
e sem saber se habitam de fato
se amam e se guardam em recato,
ela olhando o céu, se sente pequena,
lá ela sabe, lá se encontra a verdade
o bardo faz o universo apenas da pena
ela não entende como lá ela cabe,
então lê a poesia tal qual uma estrela,
e faz da poesia dele uma tela,
ela sugere à ele a atração abstraída,
que serve de tema aos poemas,
ele provoca na diva frêmitos e arrepios,
e a fazem orbitá-lo em frenesi, distraída
as linhas das odes tem vários temas,
mas sempre a ela voltam em corrupio.
P O E T A
- ah! Poeta...
que se encanta com as cores das flores
que diz que saudade tem cheiros...
que respinga estrelas nas poças d'água
que faz a lua brilhar numa escura noite.
que se enternece com o sorriso da criança,
lágrima que escorre ao ouvir suave canção,
nostalgia ao lembrar-se momentos da infância
que sente na alma a magia do lusco-fusco.
que faz amor com sua musa na lua que brilha
que sente a chuva cair bem devagarinho
que solta barquinhos de papel na enxurrada,
que traz para nós o arco-íris em festa.
- ah! Poeta!
