Poema Voce e Importante para Mi

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nevermore

fizemos piqueniques em Pasárgada
tramamos romances rocambolescos
nas praias mais improváveis.
cifras grifos dragões dalém mar
cuspiam fogo em nossa eros-dicção
você era mais luz: eu era mais treva
fomos quase felizes para sempre
antes que você escolhesse o dia
a hora o grand-finale do espetáculo
(ou não escolhesse: a morte é sempre
um pas-de-deux com o deus do acaso)

Geraldo Carneiro
Balada do impostor
Inserida por pensador

bilacmania

livre espaço a ave aurora
as asas cantando climas céus
nuvens agora o sol o vôo
a vida o olhar (re)volta
tempo alegria de novo

Inserida por pensador

a prosa do observatório

o poeta esquadrinha a natureza
em busca de indícios: eclipses
o grafismo das garças no lago
estrelas cadentes e outros sinais
da língua de deus.
e deus, crupiê do acaso,
foi passar o verão noutra galáxia
deixou no céu uma guirlanda de enigmas
e mais meia dúzia de coincidências
pra orientar o frenesi dos tolos
e as especulações da astronomia

Geraldo Carneiro
Pandemônio, 1993
Inserida por pensador

canção do exílio

o poeta sem sua plumagem
é um deus exilado do cosmo
strip-teaser metafísico
só lhe resta sambar no inferninho
do caos
sob os neons do nada
sempre nu diante do espelho
sem espelho diante de si

Geraldo Carneiro
Folias metafísicas, 1998
Inserida por pensador

o espelho

do outro lado um estranho
faz simulações como se fosse
um demônio familiar
é sempre noite, um assassino sonha
com mulheres assassinadas em série
sob as palmeiras de Malibu
o mundo é só uma ficção plausível
a imagem que baila ao rés-da-lâmina
é um último e improvável vestígio
da existência de Deus
o resto são ecos de outras faces
gestos de espanto e despedida
a música dos relógios, a morte

Geraldo Carneiro
Folias metafísicas, 1995
Inserida por pensador

pequenas ocupações da poesia

a procura da palavra mágica
a contra-senha do apocalipse
o codinome do diabo os esconjuros
as juras aquém-além palavra
amor e outros monstros inomináveis
Iracema é anagrama de América
termo é anagrama de morte
dog, em inglês, é o contrário de deus

Geraldo Carneiro
Pandemônio, 1993
Inserida por pensador

conspirações

alguma coisa se desprende do meu corpo
e voa
não cabe na moldura do meu céu.
sou náufrago no firmamento.
o vento da poesia me conduz além de mimo sol me acende
estrelas me suportam
Odisseu nos subúrbios da galáxia.
amor é o que me sabe e o que me sobra
outro castelo que naufraga
como tantos que a força do meu sonho
quis transformar em catedrais.
ilusões? ainda me restam duas dúzias.
conspirações de amor, talvez não mais.

Geraldo Carneiro
Balada do impostor
Inserida por pensador

eternidade

para os estóicos o tempo não era
a mera caravana dos sucessos,
essa aventura quase sempre sem sentido
no rumo da anti-Canaã,
a terra onde não há qualquer Moisés
extravagando no Deserto dos Sinais
existe assim um outro tempo, imóvel,
no qual paira a palavra impronunciada,
o mito, sendo tudo e nada,
e idéias como flores ainda à espera
de outra Era ou só da primavera
e da decifração posterior
em suma, se os estóicos não criaram
um sistema solar irresistível
capaz de orientar a órbita dos astros
e as caravelas do conquistador,
em troca talvez tenham inventado
a melhor metáfora do amor

Geraldo Carneiro
Lira dos Cinqüent'anos, Relume-Dumará, 2000
Inserida por pensador

corações futuristas

pular a bandeira
pular a bandeira bordada
pular a bandeira bordada de seda e estrelas

rodar no balanço
rodar no balanço do mundo
rodar no balanço do mundo de sombras e
cachaça

dançar a ciranda
dançar a ciranda do sono
dançar a ciranda do sono perdido na noite

guardar o segredo
guardar o segredo da lua
guardar o segredo da lua afogada no poço

Inserida por pensador

quase soneto cheio de si

ó minha amada, canto em teu louvor
como se fora nato noutras terras
mais adestradas nos bailes do amor,
em Franças, Alemanhas, Inglaterras;
canto-te assim com tal engenho e arte
que até Camões invejaria o fogo
com que me ardo, outrora degredado
entre mil musas lusas e andaluzas,
e agora regressado aos seus brasis,
ó minha ave, minha aventura
e sobretudo minha pátria amada
pra sempre idolatrada, salve, salve:
o resto é mar, silêncio ou literatura

Geraldo Carneiro
Lira dos cinqüent'anos, Relume-Dumará - Rio de Janeiro, 2002, pág. 86.
Inserida por pensador

Olhos de ressaca

minha deusa negra quando anoitece
desce as escadas do apartamento
e procura a estátua no centro da praça
onde faz o ponto provisoriamente

eu fico na cama pensando na vida
e quando me canso abro a janela
enxergando o porto e suas luzes foscas
o meu coração se queixa amargamente
penso na morena do andar de baixo
e no meu destino cego, sufocado
nesse edifício sórdido & sombrio
sempre mal e mal vivendo de favores

e a minha deusa corre os esgotos
essa rede obscura sob as cidades
desde que a noite é noite e o mundo é mundo
senhora das águas dos encanamentos

eu escuto o samba mais dolente & negro
e a luz difusa que vem do inferninho
no primeiro andar do prédio condenado
brilha nos meus tristes olhos de ressaca

e a minha deusa, a pantera do catre
consagrada à fome e à fertilidade
bebe o suor de um marinheiro turco
e às vezes os olhos onde a lua

eu recordo os laços na beira da cama
percorrendo o álbum de fotografias
e não me contendo enquanto me visto
chego à janela e grito pra estátua

se não fosse o espelho que me denuncia
e a obrigação de guerras e batalhas
eu me arvoraria a herói como você, meu caro
pra fazer barulho e preservar os cabarés.

Inserida por pensador

►O Palhaço II

Olá, sou eu novamente
Formando em versos mais um pensamento
Pena que seja no lamento
Mas vejam, dou-lhes um presente.

Minha face mostra um sorriso
Animar os amigos, as amigas
É bom vê-los em alegrias
Amigos, amigas, teus sorrios preciso.

Vivo em prol de saídas
Me vejam como um psicólogo
É grátis, aproveitem logo
As tristezas serão destruídas.

Escrever é uma arte
Você só precisa da caneta
Irão dizer que é careta
Não se preocupe, faz parte.

Ontem escrevi versos
Me disseram que para isso não presto
Tudo bem, mas sou honesto
Mas, vejam em meus versos, gestos!

Inserida por AteopPensador

►Minha Querida Psicóloga

Não possuo tantos amigos quanto parece
Mas na verdade isso não me aborrece
Não possuo alguém para me abraçar,
Ter aquele círculo de amizades para desabafar
Mas, entretanto, possuo alguém que me ajuda
Uma pessoa que vou e digo “Me acuda”
Falo de minha amada "tia-mãe" que comigo dialoga
Minha querida psicóloga!

Decidi tirar um tempo para falar dela
Hoje está viajando para uma cidade bela
Animada para andar pelas favelas, só ela
Outrora, ela fica sentada ao lado da janela
Com aquela roupa simples dela, amarela
Em certas discussões com minha mãe, ela advoga
Minha querida psicóloga!

Tantos valores ela repassou em minha criação
Tia, de verdade, te agradeço de coração
Sempre que saio de noite, você faz uma oração
Sabe que por ti tenho uma enorme admiração
Você e meus pais me prepararam para essa geração
Até mesmo me xinga quando grito “Que Droga”
Minha querida psicóloga!

Tantas vezes já gritou comigo
Engraçado, não me lembro de ficar de castigo
Mas isso tudo valeu a pena, já te digo
Pois hoje eu poderia está no perigo
Com a mente fraca e desmotivada
Escrevo isso com a mente chateada
Me apoia para continuar a ser um palhaço,
Tomem, lhes dou aqui uma piada
Quando a senhora chegar, correrei para o abraço
Da minha psicóloga eu não me desfaço
E se for para agradecer, que seja por esse laço!

Obrigado, Tia
Obrigado, Tia
Leia isso, ria!

Inserida por AteopPensador

►Meus Problemas Mentais, Ideais

Quero uma saída para o caos que vivo
Ou quem sabe, necessito apenas de um novo objetivo
Preciso de um apoio talvez, um incentivo
Me encontro tão inativo, cativo
Talvez quem sabe um simples motivo
Pode-se pensar também que esse sentimento seja relativo
Quem sabe?

Me sinto feliz em ver outros felizes
Afinal, é melhor vê-los assim do que infelizes
Mas para alcançar essa felicidade, cometi alguns deslizes
Fui ignorado algumas vezes
Mas a felicidade que passo à eles, o tornam capazes
De transmitir a outros esse mesmo sentimento
Deveras, isso me ocorre em um pensamento
Talvez seja esse o meu tratamento
Vou tentar, seja esse um experimento
Quem sabe?

Ser recluso possui grandes desvantagens
Ajoelhado no canto do quarto, em meus olhos passam imagens
Me levanto, abro a janela e vejo as nuvens
Com lágrimas, enxergo mensagens
Dizem que chorar não é para os homens
Não irei acatar essas ordens , lamento
Sou um jovem rapaz, esse é meu depoimento
Prestem atenção ao que escrevo neste momento
O que estão a ler, é apenas um fragmento
Um simples pensamento, talvez
Quem sabe?

Sim, me apego em coisas materiais
Reativam o inativo, apesar de ser relativo
Materialismo, é essa a palavra certa?
Não sei bem, sou uma pessoa de “Mão aberta”
Admito me sentir feliz utilizando equipamentos
Mas, antes que fuja do contexto, fiquem atentos
Sou um filho único de meus pais
Porém não sou o primogênito de tais
Nunca iram saber o que sinto, jamais
Pois é, esse é um de meus ideais
Acredite, tenho de mais, que chegam a ser anormais
Talvez eu seja um jovem com problemas mentais
Quem sabe?

Inserida por AteopPensador

Teu eu

Resgate-me se puder
Ou me deixe
Deixe-me ser Inconstante, volátil
Um impostor mal resolvido
Que nunca encontra a própria arte
E talvez
Nunca encontre a própria parte
Aparte-me se quiser
Separe-me
Abstraia ou subtraia um pouco de mim
Espalhe pelo espaço retalhos em sangue e deixe a ferida aberta
Descubra-me se couber
Destrua-me
E se algo aqui ainda houver me encontre
Ouça-me, suplico:
Seja você!
Seja você...
Seja ruim e me vire do avesso
Leve o que quiser dos meus versos
Do meu berço
Deixando aqui um pedaço que não me pertence
Teu eu
... nunca se afaste de mim.

Inserida por WezzBezerra

Esse mesmo amor
Que por Zeus foi abençoado
Ninguém pode compreender
E só Hera para imaginar
O seu limite
Talvez a imensidão do oceano
No qual irritaria Poseidon
Por tamanha blasfêmia
Por este amor tenho certeza
Atena eu confundiria
Ou por ele uma batalha
Contra Ares teria declarado
Até mesmo Afrodite eu negaria
E para junto de Hades
Iria sem reclamar.

Inserida por danielribeirog

Olhos

Esses olhos que são duas pequenas bolas de gude de Mel, um olhar que diz muito sobre o mundo e pouco sobre si.
Que luzes são essas que embrenham-me, como uma espada nipônica sobre o coração.
Essas bocas que unem a saliência e o pecado, me atrai, que me rouba, que me faz criança quando lhe é dado o doce.
O doce dos seus lábios que me adoça minha alma e acalenta ego.
Boca com boca, nariz com nariz, olhos com olhos. Que delicia te ter em mãos, pequena.

Inserida por hebnerarroyo

►A Era das Maquinas

O ser humano e suas falhas
Acordando todo dia para suas batalhas
O ser humano e suas muralhas
Mas vejam o avanço que estamos vivendo
Os humanos estão se desenvolvendo
As tecnologias que estão trazendo
As novas maquinas que estão fazendo
Todas essas informações que pelo celular
Estão recebendo.

Estamos vivendo uma vida alienada
Já não pensamos em mais nada
Será que devemos seguir nesta jornada?
Deixamos nossa mente abandonada, largada
Vivemos tempos de avanços
Mas vejam nossos traços
Estamos sendo amarrados
Estamos sendo configurados
Olhem os preços nos mercados
Os valores estão "melhorados"
Juros e mais juros estão sendo gerados
Quando seremos liberados
Logo então seremos degenerados.

O mundo está sendo dominado
O pobre, discriminado
O rico, iluminado
O revolucionário, marcado
O mente-fraca, alienado
Nós somos os culpados disto
Vejam só para isto
Já era previsto
Nós nos metemos nisso
Temos que aguentar e saber lidar
Devemos, do mundo, cuidar
Para ele não se acabar
Não devemos mais duvidar
E de nossas mentes, largar
Devemos que liquidar, trucidar
O mal olhar
Vamos começar a pensar
Ou melhor, repensar
Estudar, ajudar, MUDAR!

Inserida por AteopPensador

Eu e Eu ....

Eu, amor?
Talvez,...
Quem disse?!
tal foi?
Impróprio,
não entendo.
Tal foi,
Qual argumento?
Hoje?
Não sei...
Justo eu?
Talvez?
O errado?
O sempre certo,
nenhum,
o nada certo?
E seu primor?
Não sei,
e o justo?
Faceiro?
Eu?
Sou,
amor ...

Inserida por Marques880

Sempre penso em te ver
Todo dia e toda hora
A coisa que eu mais quero
É te ter

Sempre quando estou junto de ti
Todos os meus medos somem
Se você aceitar ser minha mulher
Serei pra sempre teu homem

Seus olhos refletem
Toda a beleza do mundo
Seu sorriso ilumina
Até o escuro mais profundo

Uma das coisas que quero falar é
Que não consigo ficar sem você
Nos dias em que não te vejo
Nem água posso beber

Agora vou ir dormir
Terei os sonhos mais lindos que alguém pode ter
Porque tenho certeza que em meus sonhos
Você ira aparecer

Inserida por iMrP

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