Poema sobre Existência
A felicidade é o sentido e o propósito da vida, o único objetivo e a finalidade da existência humana.
Acredito na existência de destino, em pequenos e grandes acontecimentos, porém acredito também em livre arbítrio, mas nada do que faço irá interfirir nos felicidades e tristezas que terei de viver.
Frente ao inegável fato de que a existência humana é louca, casual e sem finalidade, um em cada oito deles fica piradinho! E quem pode culpá-los? num mundo psicótico como este... Qualquer outra reação seria loucura!
Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa sociedade que insiste em negá-la.
Dor, prazer e morte não são mais que um processo para a existência. A luta revolucionária neste processo é uma porta aberta à inteligência.
Não se pode ignorar o sentimento que as fórmulas matemáticas têm uma existência independente e uma inteligência próprias e são mais sábias do que nós, mais sábias que os seus descobridores e aprendemos mais com elas do que inicialmente julgamos.
Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente, ainda é muito pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro.
Sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!
Durante toda a minha vida eu nem sabia se eu realmente existia. Mas eu existo, sim. E as pessoas estão começando a perceber.
Na amnésia dos últimos dias, percorro meu itinerário vagando pelos labirintos da mente. Nos espaços vazios dos territórios ulteriores mergulho, me perco. E quanto mais me perco mais me encontro livre. Na vertigem da infinidade de novos mundos conhecidos a amnésia me liberta dos preconceitos passados. A memória é paralisia. Lanço minha âncora ao vento, sem ponto de partida ou chegada. Clandestino, passageiro, minha história é o presente.
Procurar um significado é suicídio filosófico. Como alguém faz qualquer coisa quando entende a natureza fugaz da existência?
Que importa a vida real? Nós vivemos uma vida tão ociosa, tão parada, tão desprezível, estamos tão descontentes da nossa sorte, tão enfastiados da nossa existência!
Perfeita com Sabedoria
“No instante em que o primeiro ser humano entrou na existência, movido pelo sopro de Deus, as profundezas do centro de sua alma perfeita incendiaram-se com a chama silenciosa e magnífica da sabedoria.”
A outra – a incógnita e anônima – essa outra minha existência que era apenas profunda, era o que provavelmente me dava a segurança de quem tem sempre na cozinha uma chaleira em fogo baixo: para o que desse e viesse, eu teria a qualquer momento água fervendo.
Seus sentimentos, magoados sem que elas o percebessem, mas vivazes, o segredo de sua existência, tornavam-na exceções curiosas naquela reunião de pessoas cuja a vida era puramente material.
Mas o que dói mesmo é esse finalzinho de dia. A hora que eu validava a minha existência com a sua atenção.
E sobretudo há nessa existência primeira uma falta de erro, e um tom de emoção de quem poderia mentir mas não mente. Basta? Basta sim.
