Poema sobre a Seca

Cerca de 1112 poema sobre a Seca

⁠Na seca eu fui embora
trabalhei na construção
a dor de viver fora
maltratava o coração
mas fiz caixa no sudeste
e voltei pro meu nordeste
pra ser feliz no sertão.

Inserida por guibson

⁠A seca
tornava o rio vazio
como vazios ficavam os dias

de borrasca
aqui dentro
melancólicos espaços
da humana nevasca.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Crônica da Linha de Fronteira Seca: Ponta Porã e Pedro Juan Caballero

A linha de fronteira seca entre Ponta Porã, Brasil, e Pedro Juan Caballero, Paraguai, é uma região única, repleta de histórias antigas e memórias culturais. Este território, que hoje une dois países, já foi palco de inúmeras rotas e caminhos antigos, cruzados por povos indígenas, portugueses, espanhóis e missões jesuítas.

A Formação Histórica.

Desde tempos imemoriais, a vasta mata e as grandes áreas de erva-mate nativa atraíram colonizadores, migrantes e emigrantes de diversos lugares. Os tropeiros e comerciantes viajantes que por aqui passaram deixaram suas marcas, e muitos decidiram fixar-se, dando origem a estâncias e fazendas que, cada uma, conta sua própria trajetória e história.

Lendas e Memórias.

As lendas locais falam de quadrilheiros e bandoleiros que cruzaram a região, mas também das patrulhas volantes, formadas por valentes da região, que expulsaram os bandidos. Essas histórias são contadas através de crônicas locais, lendas e causos de outros tempos, memórias de um passado que deixou gravado na história contos para serem contados.

A Riqueza Cultural.

A riqueza cultural e histórica da linha de fronteira seca é inegável. Cada canto dessa região guarda memórias de um tempo em que a fauna e a flora exuberantes eram observadas com admiração pelos primeiros exploradores. As missões jesuítas, com seu legado de fé e conhecimento, também deixaram marcas profundas na cultura local.

Conclusão.

Hoje, Ponta Porã e Pedro Juan Caballero são cidades irmãs, unidas por uma fronteira que, mais do que dividir, une histórias e culturas. A linha de fronteira seca é um testemunho vivo de um passado rico e diversificado, que continua a inspirar crônicas e contos, mantendo viva a memória de uma região única e cheia de histórias para contar.

Inserida por yhuldsbueno

⁠Um poeta, justo e sofrido, jaz ao lado; flores enfeitam o caixão.
Sem pressa, o ar seca à sua volta. As flores, quase mortas, exalam o cheiro da tarde fúnebre.
O choro se entrega ao vazio, misturado ao álcool consumido antes do velório — tédio, dor e ódio.
Para os que ficam sentados, olhando aquela cena, não haverá mais poemas, não haverá mais questões.

Chorosa, pensativa e discreta, a amante incerta recorda os momentos de amor.
Não haverá mais beijos, nem paixão, nem ereção.
Tenebroso, rancoroso e coeso, o cobrador ileso reflete sobre a dívida que não será paga.
Não haverá pagamento, nem provento.

Ao lado do caixão, calada, os olhos da mãe se desfazem em lágrimas.
Seu pranto não é ouvido, mas sua dor apavora a solidão.
A filha, aflita, não compreende; cede ao impulso de abraçar a carne morta.
Sem consolo ou alívio, esta dor também a sufoca.

Cala-se o poeta ao som da tampa que fecha a urna que será enterrada.
Dentro dela, nada mais restará.

Inserida por aragalvao

⁠' SEMENTE VINDA DE LÁ '

No nordeste a terra seca,
Uma terra maltratada,
Morrendo de sede o gado.
Produz sabores de frutas,
A raiz de araruta
Que por vezes não
Existe em outro estado !
Então não podemos reclamar
Se temos jaca,caju, aqui,
Assim como o sapoti
É Semente Vinda de lá.

Da terra se extrai minérios,
O criador tem lá seus mistérios
Não devemos nos preocupar
Pois onde jesus nasceu,
Entre Nobres e plebeus,
é um grande deserto
Embaixo desse azul
Para o mundo foi aberto.*

Deus em sua magnificência,
Ele é a própria ciência!
nem mesmo o homem;
Em sua ciência, pode até querer;
Mas Não sabe como explicar
Portanto vamos agradecer
Deixando o agir divino
Em nosso lugar falar !

Salve nosso irmão nordestino !
Que vive no sertão,
Ou que vive em outro lugar,
Cada qual tem um destino,
Então porque reclamar?
Abençoe DEUS nossa terra ,
Entre sertão, rios, mares e serras
Com a sua provisão ;
Embora a terra seca ;
Que na mesa nunca nos falte,
Um pedaço de pão !

Inserida por mariafrancisca50leit


NO CORAÇÃO DO CERRADO

Poeta Brithowisckys

No cerrado, onde a seca impera,
E o cinza domina a paisagem austera,
Surge um milagre dourado, uma quimera
Os ipês amarelos, em sua primavera.
As árvores nuas, de galhos retorcidos,
Guardam segredos de tempos idos,
Mas os ipês, em flores vestidos,
Transformam o árido, em sonhos coloridos.
Cada pétala, que ao chão se entrega,
É um suspiro da terra que se alegra,
No contraste do seco, a vida se apega,
E o cerrado, em ouro, se reintegra.
Oh! Ipês, que desafiam a aridez,
Com sua beleza, trazem a lucidez,
De que até na seca, há solidez,
E no deserto da escassez, floresce a altivez.
No horizonte, o Sol se despede,
E o cerrado, em silêncio, cede,
À noite que chega, mas não impede,
Que os ipês brilhem, como uma prece.
O Sabiá gorjeia no frondoso Cipreste
Fugindo da agressividade do agreste
Ventanias, relâmpagos e trovões...
Ribombam no horizonte campestre.
A chuva tão esperada...imediatamente cai...
Como espadas fincando nos corações!

Inserida por Brithowisckys

⁠Um dia de cada vez

A terra seca sob meus pés
não é menos dura que o peso do dia.
O corpo ainda aprende a habitar-se,
a não exigir mais do que pode,
a suportar o silêncio sem o entorpecimento do esquecimento,
a segurar o fruto da liberdade que insiste em escorrer pelos dedos.

Já fui campo sem cerca,
onde a ânsia galopava sem freio.
Uma chuva que não rega,
e apenas fere a raiz.
Hoje sou roça semeada
na paciência do tempo,
esperando que algo brote.

Há uma fome que não se vê,
uma sede que não é de água.
Elas gritam no calor do meio-dia,
na solidão dos olhos que evitam encontros.
Mas eu, com mãos calejadas,
mesmo após uma década,
aperto o arado do instante
e traço linhas que só o amanhã saberá decifrar.

Sei que as marcas do passado
não se dissolvem como o barro das unhas.
Elas permanecem, silenciosas.
Mas, enquanto o sol nasce,
me permito regar o presente.
Um dia de cada vez.
E isso, por agora, basta.

Inserida por Epifaniasurbanas

ORAÇÃO DEUMA MÃE DE AUTISTA
⁠Senhor, renova nossas forças e energias, seca nossas lágrimas quando ninguém mais puder nos consolar. Sustenta-nos firmes e fortes nesta jornada desafiadora da Maternidade Atípica.
Revitaliza-nos a cada amanhecer, para que possamos enfrentar os obstáculos que surgem pelo caminho. Dá-nos sabedoria, equilíbrio e discernimento, mesmo quando o cansaço tenta nos derrubar. Fortalece-nos na fé e no amor, para que possamos cuidar, proteger e amar com todo o coração os filhos que o Senhor nos confiou, os maiores tesouros de nossas vidas. Amém!

Inserida por sukapriscile2015

⁠meus sonhos foram levados pelo vento
Como uma folha seca perdida no ar
E não os encontrei mais ...
Onde será que está

Inserida por Binhalok

MINHA ÁRVORE SECA
Desenho da solidão.
Hoje sem vida, na paisagem perdida,traz sua história ainda cravada no chão

Inserida por devanirpirolla

⁠Sapienciais 2:4

A seca e os furacões vêm em suas épocas; governantes e presidentes são substituídos; tudo passa, mas a sabedoria de Deus é imutável.

Inserida por pensadorposmoderno

⁠Busca

Ias como a seca em busca da chuva,
E antes eras como a pura
E límpida água do mundo;
Não cansavas, nem por um segundo,
A banhar a vida cruel e bruta!
Ias como a beleza enraizada,
Não havia outro alguém,
E outro alguém cantava
A delicadeza que só tu tens!
Cantavas e cantavas e choravas,
Quando esse alguém sumia;
Havia outro alguém,
E outro alguém havia,
Onde o teu olhar nem sonhava!
Vi-te fraquejar – num pulo! –,
As cores todas se esvaindo...
Fostes só, e só sumindo
Envolta num pálido casulo!
Perdi-te, então, à vista...
E a névoa espessa te envolveu.
Em um fino invólucro
De estabanado artista:
Tudo, tudo em mim morreu.

Inserida por s_farias

⁠A seca traz desilusão
traz descaso e aperreio
se na mesa falta o pão
no prato falta o recheio
mas se chover no sertão
toda nossa população
amanhece de bucho cheio.

Inserida por guibson

*"POEMA DA FORMIGA E O TAMANDUÁ"*

Em uma terra quente e seca,
Uma formiga pequena, mas corajosa, se via.
Ela estava sozinha, mas não se rendia,
Quando um tamanduá, com olhos famintos, se aproximava.

O tamanduá, com sua língua longa,
Tentava capturar a formiga, com uma mordida forte.
Mas a formiga, com sua força e astúcia,
Lutava com todas as suas forças, para não ser devorada.

Ela se escondia, em uma rachadura,
E o tamanduá, com sua língua, tentava alcançá-la.
Mas a formiga, com sua velocidade,
Escapava, e o tamanduá, ficava frustrado.

A luta continuava, por horas e horas,
Até que o tamanduá, cansado e faminto, desistia.
A formiga, vitoriosa, saía da rachadura,
E continuava sua jornada, com coragem e determinação.

Essa formiga pequena, mas corajosa,
Mostrou que mesmo os mais fracos, podem ser fortes.
E que a luta pela sobrevivência,
Pode ser vencida, com coragem e determinação.

Inserida por aldino_marques_1

In Memoriam (JP)

Partiu jovem demais,
Como um rio que seca,
Antes de chegar ao mar,
Deixando-nos a margem com pressa.

Partiste, mas ficaste,
No verso a rimar,
Numa história a se contar,
Na canção que não cessa.

Como um verso sem final,
Uma canção só de refrão,
Ecoa na memória,
Insiste em não parar.

Inserida por robertosim

⁠A seca quando avança
não aduba o pé da serra
quando eu fui era criança
feito um cabrito que berra
e meu coração balança
sem perder a esperança
de voltar pra minha terra.

Inserida por guibson

⁠No seu jardim era sempre outono
Mas a folha seca não quer tombar,
E vive em uma eterna dança com uma borboleta amarela.

Inserida por eujanesants

No coração fiel a Deus, flui o Ro da Graça Eterna que jamais seca, revelando o Amor que não tem fim, a Luz que não se apagará e a presença Daquele que nunca nos abandona.


Dilson Kutscher

Inserida por kutscher

ESPLENDOR DOS IPÊS


Meus olhos lacrimejam pó

Minha garganta seca dá dó

Minhas pernas trêmulas dão nó

No horizonte tênue, cinza e pó

Estamos em agosto, que desgosto!

Estação seca das arvores tortas

Das flores e folhas mortas!



Do céu sem nuvens, descem vendavais

Formam redemoinhos de poeiras infernais

Estalos de galhos soltos criam asas latentes

Balanceiam como peraltas ambulantes

A mercê das correntes constantes...



Olho a imensidão dos eixos Sul e Norte,

Que unem as extremidades das asas do Plano Piloto

Onde carros apressados passam sem perceber

Do seu interior a beleza efêmera e tênue dos Ipês!

O roxo e o rosa enchem as retinas, bonito de se ver,

O amarelo é ouro e atraí abelhas e beija-flores

O branco é o símbolo da paz, que colosso!



A natureza nos brinda com esplendor

O destaque denso e um colorido revelado

Que se escondem na noite de um céu estrelado

E na manhã seguinte, o espetáculo bonito de se ver,

As explosões coloridas dos exuberantes Ipês!

Inserida por Brithowisckys

Só percebemos o valor da água
Quando a fonte seca
E no amor é a mesma coisa
Talvez ele esteja em sua frente
As vezes não conseguimos enxergar
Quando percebemos, muita água já rolou,
aí já é tarde
O que fica é um coração partido
Cheio de saudade

Inserida por Ladu

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