Poema Quase de Pablo Neruda
É nesta presente falta de ar que passamos sempre a viver,
Quase como um sentimento de vazio sufocando o peito,
Isso até enquanto por angústia ou medo,
A falta do entendimento de nós mesmos.
Jorge Jacinto da Silva Junior
"As Trevas és Soberana e Reina, Pois Quase todo o Universo é feito de Escuridão."
Occultum Luciferus.
Luminária à Senhora da Orada -
Na aldeia é noite escura,
não se vê quase ninguém.
Mas no adro da Igreja,
vai de negro vestida, Marianita do Outeiro,
que junto à porta da capela
se ajoelha p'ra rezar
profundamente por alguém!
À porta da Igreja
põe um pote com azeite
com um trapo embebido,
qu'ilumina as tristes preces,
orações, rezas, pedidos,
da pobre viuvinha
com tantos anos já vividos.
E o adro da capela fica todo iluminado
parecendo um Sol de Primavera
qu'ilumina o tumulo
de Nosso Senhor Ressuscitado.
"-Oh Senhora da Orada, vinde abençoar,
proteger, encaminhar, este vosso povoadao!"
E de pé frente à capela
um'Alma simples, boa,
pedindo à virgem esta graça!
Que a Senhora da Orada se lembre dela
como o brilho d'uma estrela
que brilha no seu manto e nunca passa.
"-Oh Senhora das novenas,
oh Senhora dos pregões,
vinde ceifar todas as penas,
vinde salvar os Corações!
Acudi ao meu pedido,
ouvide minha oração,
escutai o meu gemido,
escutai o meu pregão!"
Marianita do Outeiro
cai por terra fervorosa,
rezando, frente à porta da capela
com tal força, devoção,
que ao longe, se escuta um trovão!
Assustada, nem se mexe!
De mãos postas, olhos fixos na Igreja, pede,
"-Nossa Senhora nos proteja!"
Abrem-se as portas de par em par!
A Senhora da Orada, sobre o altar,
de roxo vestida, de Luz adornada,
surge risonha, de manto a esvoaçar ...
E erguendo os olhos, levantando o braço,
sobre o Outeiro, traça no espaço,
o doce Sinal da Cruz!
E p'la madrugada fora
lá fica a luminária,
de Marianita do Outeiro
à Senhora da Orada,
junto à porta da Capela ...
(Recordando com Saudade a "Ti" Mariana Paias que, tantas e tantas vezes, durante a minha infância, pelo cair da noite, vi iluminar o adro da Igreja da Senhora da Orada no Outeiro (monsaraz) com as suas luminárias ...)
Se passaram quase uma década
E ainda sinto seu sorriso
Me lembro de você antes de dormir
Me lembro de você nos lugares nas músicas filmes e sabores
Me lembro de você e as vezes queria não lembrar, pelo tanto que isso me faz mau estou envelhecendo
A cada dia mais perdido a cada sonhos mais distante a cada copo mais destruindo
Eu deveria agradecer por ter amado tanto
Só que quando não se sabe amar só resta dor e lembranças e um velho corte no peito que em certa data dói mais ...
PauloRockCesar
Lá no sertão, quase ninguém tem estudo
Um ou outro que lá aprendeu ler
Mas tem homem capaz de fazer tudo, doutor
E antecipa o que vai acontecer
Fui tocada pelo seu olhar naquela festa , enlouquecida.
Quase não percebi seu perfume quando chegou.
Seus olhos tão concentrados no meu, não perguntei seu nome .
Fiz uma foto sua com meus olhos .
O som da música diminuiu quando você falou comigo.
Me entreguei no seus braços.
Esqueci o medo de ficar a sós e me nesses envolvimentos. Te levo pro meu mundo, vamos ?
Ou prefere dançar a noite inteira ?
Nesse movimento, nesses toques com gosto de frutas, vou me perdendo, enlouquecendo .
E toda hora que me lembro, estou te beijando.
Em algum momento achou que fosse ser assim?
As pessoas estão nos olhando e comentando.
E agora nem lembramos mais de ninguém .
Toca a próxima DJ.
Porque as crianças conseguem quase tudo que querem?
Por que acreditam que é possível fazer!
Entende agora a diferença de ser adulto?
EU E VOCÊ, VOCÊ E EU:
Eu, tão insolente
Quase insólito.
Você. Tão evidente
Ângulo, côrtez.
Teses a meus
Sentimentos!
Pises de mancinho
Pode está meu
Coração.
Decisão -
Partiste sem quê nem porquê!
Triste devaneio, quase enlouqueci!
Sem ti, ceguei, esperar para quê,
se nunca mais te vi!
Sofri, esperei - tudo em vão!
Partiste, então, quase enlouqueci,
quase parou meu coração,
quase da vida me perdi!
E de repente alguém chegou ...
Outro olhar, outro gesto, outro Amar!
E esse alguém se declarou ...
Tremi! Tive medo! Mas pensei ...
Pensei, repensei e sentindo que te perdi,
decidi esquecer-te e aceitei!
A palavra é temática da vida,
Dos temas quase impercebíveis.
Ora expressada, ora escondida,
Às vezes suave, às vezes fatal.
Linda, mais que demais...
Essa tua faceta meiga e doce, quase um amenina levada, travessa como a personagem narizinho, com um ar de Emília e a autoridade do Visconde, oculta uma mulher forte e determinada.
Quero sentir o calor do teu corpo junto ao meu, quero te envolver no meu abraço de tal sorte e com tamanha volúpia que jamais deseje se desvencilhar de mim.
Quero o doce néctar dos teus favores inundando o meu paladar, enquanto finco minhas mãos nos teus quadris, imobilizando-a até que a última gota de teu prazer faça-a tremer a alma.
Quero você, descuidadamente entregue aos meus caprichos, para nutrir-me dos teus anseios, do teu prazer, para lhe consumir em paixão e fazer eclodir das cinzas a fênix de um amor sem medida.
Casthoro´C
nos rompimentos o digerimento quase nunca é fácil.
a dor causada ainda está entalada, as feridas ainda estão expostas.
você verá a impulsividade assumir as rédeas, palavras em tons ríspidos sendo atiradas ao vento, e bater de portas rompendo qualquer possibilidade de contato, restando apenas a amargura e ressaca moral.
o que é normal. faz parte do sentimento que ainda está machucado,
e isso só não ocorre quando a indiferença já havia assumido o seu lugar,
ou quando já se bebeu demasiado do cálice do próprio amor.
...
Quase quinquagenário
Virei trovador
Não sei qual foi o cenário
Que me percebi escritor
Acendi uma nova verdade
Extingui a visão realista
Uma nova possibilidade
De virar um idealista
Talvez o luto de um irmão
A distância de uma ninhada
Ou a fuga de uma opressão
Uma estrofe, angústia versada
Só sei que virei um poeta
Na quinta às cinco, aos cinquenta
Foi quando surgiu o alerta
Palavras como vestimenta
Vesti meu verso
Despi minha prosa
Olhei acima Universo
Plantei abaixo uma rosa
Um tributo linda trova
Atributo bela bravata
Obtive singela prova
Um soneto com serenata
Testemunhei cá poesia
Outrora, composição
Me livrei de toda heresia
No pulsar do meu coração
E aí entendi o motivo
Da rima como osmose
Do meu ar conotativo
Da minha metamorfose
Soneto para Ela
Naquela quase manhã primaveril / num dia vinte e cinco qualquer / ainda sem pandemia nem nada / era um novembro tardio
Tinha nada a dizer / Encontrei um contato na agenda/ Lenda urbana existe / lembrou-me logo você
Lentamente vi que era sábado / domingo não era era não / vivia de "bar em bar" / como Cazuza dizia, naquela Linda canção
Vá, coragem, pensei comigo mesmo: falo ou não falo? Garçom! pedi a conta e perguntei aleatoriamente: falo? Ele respondeu: sim, sincera e simplesmente.
Lá estamos nós de novo,
Na rua daquela cidadezinha
Você quase ultrapassou o sinal vermelho
Porque estava olhando para mim
O vento no meu cabelo, eu estava lá
Eu me lembro disso tudo muito bem
Alguns vivem a vida reclamando que nunca foram amados
Porém quase ninguém vai nos amar verdadeiramente na vida
Ama o que podemos oferecer,nosso status ou aparência,ou está com nós por momento...
Por que amar é pra poucos.
Tempo!
Que passa tão rápido agora!
Quase que desenfreadamente em busca de uma chegada.
Que atropela!
Que interpela!
Quando menos se espera finda!
O que outrora era fera
Hoje em fantasia se transforma!
A casa era grande!
O riacho era largo!
Peitoril - muralha!
Dois canteirinhos - um jardim!
São acepções que o tempo
De forma e de cor
Tamanho e textura
Se alteraram pra mim.
Tempo de chover
Tempo de "ensolarar"
Tempo de mudar
E tempo de acolher
Passa o tempo
passatempo
passa tempo!
Esmiúça os grãos que faltam
Estilhaça os vidros da retina
Quando tarde ou cedo
quiseres saber de mim
Já há de saber o que faço
bem longe de ti tempo ruim
Pois vou envolver em meu abraço
E já refeito do cansaço
O espaço que sobrou de mim.
(Sérgio Pinho)
De verdade, ao passo que quase nada permanece tal como na sua originalidade, tudo se torna não verdadeiro como sua primeira versão, às vezes, não por melhoramento da versão que segue a atualização do mundo veloz da atualidade, mas sim, por intenções estruturais de um sistema.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
