Poema na minha Rua Mario Quintana
Quando eu te encontrar
na rua e num dia desses de luar
passeando ou observando as ondas do mar
eu irei te falar
o quao es especial para mim
e que sempre penso em ti
O FIO DE ARIADNE
para Ivan Junqueira
Mesmo que a chuva destrua
a rua, o muro, a rede elétrica,
olhe a casa que a água não levou
e veja que você está dentro dela.
Mesmo que o sol não volte a
abrir o sorriso da primavera,
olhe no interior daquela flor
e veja que você está dentro dela.
Mesmo que a luz se dilua
e os cegos se espalhem pela Terra,
olhe a voz que ninguém apagou
e veja que você está dentro dela.
Mesmo que os dias não mudem
— mesmo filme na mesma tela —
olhe a criança que ficou na plateia
e veja que você está dentro dela.
Mesmo que o mundo todo desabe
e não sobre pedra sobre pedra,
olhe suas mãos, o chão que ficou
e a vida ainda viva além da janela.
VIGÍLIA
Na rua à esquerda do sonho
bem na esquina com a fantasia,
seguirei sentado, cão sem dono,
esperando que amanheça o dia.
caminhando por uma rua vazia lembrando dos teus olhos vazios ao me ver.
sua boca calada diz muito mais que aqueles seus textos na manhã seguinte
eram todas as manhãs
obrigada por ter ido, e deixar lembranças do que um dia foi dolorosamente bom
essa dor machucou muito e fez feridas que estão sendo cicatrizadas
foram necessárias aquelas brigas desnecessárias para que nós pudéssemos enxergar que fomos construção de maturidade um para o outro.
gostaria que soubesse que eu não guardo rancor, não mais.
não sinto nada além do que você já sabe.
...Vejo-me de mãos dadas caminhando contigo na rua, depois na praia.
Eu, um simples mortal, à andar acompanhando da beleza, serenidade, ternura e paz.
Irradiação da alegria, na sua mais abrangente aparição.
Sorrimos, conversamos, almoçamos e vimos juntos o pôr do sol.
Era um mundo de felicidades, como um déjà vu.
E quando, esta aparente e distante fábula, parecia transcender à minha realidade;
Fui tomado por um súbito despertar desilusorio..
Sua carne queima...
Balas derretem na sua boca a saliva escorre...
No barulho da rua gemidos...
Os frutos do seu silêncio...
Divergências marcam seu corpo...
Prazeres proibido exalta a luxúria..
Te fazem se deliciar nada fronteiras da sua pele.
DIA DAS BRUXAS
Tava andando pela rua,
vi de longe uma caveira,
uma bruxa na vassoura
e uma zumbi guerreira,
vi um homem com abóbora,
jogando a cabeça fora...
era tudo brincadeira!
O matuto na madrugada
Generosa é a lua
A rua é malvada
Desvairada é a ladeira
A calçada uma estribeira
Onde rola aquela bola
Saltado de uma janela
Tropeçando ali na pedra
Cambaleando
Foi xingando cada quadra
O matuto atrás dela
Bola espera eu
Os dos outros já foi meu
O dono da bola gritou: é meu!
A bola desceu
O matuto correu
Mas da bola não se esqueceu
E a lua já sumiu
Amanheceu!
Tudo voltou ao que era
O matuto na estribeira
O dono não desistiu da bola
Mesmo achando que ela já era
O perdido foi achado
Achou ter ganhado o guri de pés descalços
Sob os percalços da vida, largado
Agarrou a bola
E não soltou mais ela
Larga ela
Disse a velha dando - lhe uma cintada
Você roubou ela, muleque atrevido
Deu-lhe no ouvido, uma tapada
A bola pela velha foi cortada
E se bem duvido
O matuto pôs ouvido
E reclamou dela
A velha disse: já era!
O dito ficou pelo não dito
Acredito, quase dois dias rolou
A lua novamente apareceu
O matuto disse muleque maldito
Enquanto isso o dono chegou
Apontou a arma e no matuto atirou
Dizendo seu ladrão, você me roubou!
A lua desvairada
Não podia fazer nada
Mesmo quem estivera na calçada se calou
O guri muito mais ainda apanhou
O dono da bola sumiu
O matuto morreu
E a polícia nem apareceu!
AO LONGE...
Ao longe um cachorro acoa...
talvez avise algo estranho que se passa na rua ou talvez sinta o cheiro de alguma fêmea trazido pelo vento e isso o torne inquieto, enlouquecido.
Ao longe um humano se cala...
talvez avise algo estranho que se passa em seu mundo ou talvez pré_sinta um novo tempo e isso o torna sem tempo algum.
Ao longe o silêncio grita...
talvez avise que não há nada estranho e que a resiliência é o caminho, a travessia e que o deserto não é infinito.
Ao longe... que não seja longe pra sempre visto que o longe pode ser logo ali e o pra sempre é um tempo que pode ser pra agora!
Ao longe...ao longe!
_____ angela dias.
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!
Nesta cidade velha, eu saio na rua e posso ver nossos jovens fantasmas dançando sob a luzes fracas dos postes, como se tivéssemos todo o tempo desse mundo.
Nós tínhamos.
Achamos por um momento que o amor era a melhor sensação do mundo.
Pensamos que a paixão que queimava dentro de nós era a vida.
Mas foi só por um instante.
Quando o sol apareceu não acreditávamos mais nessa paixão ardente.
Estúpidos. Éramos jovens demais para saber que tínhamos tudo.
E só depois de uma vida inteira que
percebemos que o amor era de fato a melhor sensação do mundo.
Que era a única coisa nessa existência vazia que realmente valia a pena.
Mas agora é tarde.
Você partiu e restou apenas nossos jovens fantasmas apaixonados, dançando em uma noite de verão, em um looping infinito.
Espero que em outra realidade não cometamos os mesmos erros.
E que na próxima vida sejamos mais do que dois estúpidos jovens.
Um mundo invisível
Existe um mundo invisível que poucos conseguem enxergar
Na rua
Na cidade
No meio da multidão
Na correria do dia a dia
E aquelas pessoas que estão conectadas, seja pelo bem ou pelo mal, conseguem perceber
Há uma linha imaginária percorrendo nossos corpos e nossa mente
Há algo que faz uma ligação
Ela ocorre principalmente pelo amor
Mas, na maioria das vezes,
Acontece pela dor, pelo desdém, pelo desprezo
Alguém que no meio de tantos e pela pobreza do seu ser
Consegue perceber a sua vulnerabilidade
Sente-se isso pela frieza do seu olhar
E assim invadem-se dois mundos
E só aqueles que estão envolvidos por essa situação transcendental consegue perceber essa energia
Na rua
Na cidade
No meio da multidão
Na correria do dia a dia
Esse mundo invisível é poderoso
É um misto de sentimentos
É só com o terceiro olho que conseguimos sentir
É preciso estar desligado muitas vezes do seu próprio mundo
Esquecer que ele existe
Esse mundo mágico que permeia os ambientes é uma realidade alternativa à parte
À qual vez ou outra eu mergulho
Me afogo
Sinergia
Presa
Na rua
Na cidade
No meio da multidão
Na correria do dia a dia
É difícil sair pra voltar ao mundo real
E então, saio
Me desligo desse mundo
E o meu caminho normalmente
E como se nada tivesse acontecido, continuo a seguir
Lunar
Meu verso de hoje
É como a lua
Cheia de tudo
Transborda na rua
Nem pro vento
Nem pro barco
Nem pra flor
Nem pro telhado
Nem pro choro
Nem pro sorriso
Nem pra dança
Ficou de castigo
Do caminho, a escolha
Do orvalho, a gota
Do tempo, o fruto
De tudo, só saudade
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 16/02/2022 às 19:15 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
#labirinto
""" Quando algumas pessoas forem constantemente atacadas pelos cães de rua, e outras tantas também constantemente assediadas por espertalhões disfarçados de mendigos...
Que ouçam os que ainda têm ouvidos!(hic) Pois essas tais pessoinhas, para sobreviverem nesta vida "malandramente moderna" que ora vivemos debaixo do sol, todas carecem urgentemente de REALINHAR seu caráter e sua vida sentimental... Isso que, mui provavelmente, tem alterado as suas ebulições espirituais e o próprio semblante.
Incrível isso, quando realmente todos podemos observar que os cães ferozes só atacam determinadas pessoas, mormente as de semblantes medrosos e ou enferruscados, enquanto os falsos mendigos escolhem a dedo as suas vítimas para desfiar seus "rosários" repletos de espertíssimas lorotas, no malandro intuito de arrecadar dinheiro fácil... """
Armeniz Müller.
...O arrazoador poético.
Alí declarara meu amor
Sob a luz da Lua
debaixo de uma janela,
no silêncio daquela rua pouco
movimentada e sem fim
alí declarara meu amor,
dois apaixonados sentados
a beira da calçada admirando a bela Lua
traçando planos para um futuro incerto,
oque importava é que
alí declarara meu amor,
as mãos em toques sutis se tocando
os olhos envergonhados se olhando
na sitonia que é o amor
a Lua era quem tocava a melodia e
alí declarara meu amor.
Obrigado amigo
Por ter comigo
Agradeço a visita
Aqui não tem pista
A rua é de terra
Bem-vindo a favela
Não tem muito lazer
Não tem muito o que fazer
A não sei trabalhar
Pra sustentar o lar.
Vem conhecer a minha casa
Não sei o que você acha
Mas é tudo que tenho
Pelo menos nesse momento
O lar não é muito grande
Em cima da estante
Apenas uma TV de 14 polegadas
E um rádio de duas faixas
Nas paredes as fotografias
Que guardo com alegria.
Tem dois quartos
Aqui você está guardado
Se precisar dormir
A comida é só dividir
Aí tem o banheiro
Quando conseguir dinheiro
Quero fazer uma reforma
Pra deixar em forma
Deixar mais adequada
Quando chegar a rapaziada.
Bora aí na cozinha
Tem pão e margarina
Pode se servir como quiser
É claro não pode faltar o café
Quando amanhecer o dia
Só não tem xícara
É copo extrato de tomate
As minhas riquezas, amor e humildade
O quintal é pequeno
Meu cachorro a companhia de todo momento.
RUA DO SOL
Recife,
Há quanto tempo não sai do meu pensamento.
Me consome da alma ao coração,
Transborda lágrimas em meus olhos
E deixa minha vida sem cor.
Recife,
Eu que conheci tuas histórias,
Tuas bravas conquistas,
Tuas batalhas incessáveis,
Hoje virei teu prisioneiro.
Eu que conheci tuas belezas,
Do castelo ao teu Marco Zero,
Do rio ao mar,
Hoje só vejo solidão.
Recife,
Tuas pontes só ligam meus desesperos,
Teus museus só contam a minha própria história,
Teus monumentos são retratos de dias que já se foram.
Nas ruas antigas e boemias eu vivo,
Me afundo às vezes no Capibaribe, às vezes nas tuas águas salgadas,
Mas não consigo me encontrar.
Na Rua do Sol,
de eternos escuros,
foi o último beijo,
último olhar.
Foi lá que parti de olhos marejados
e hoje vivo na Rua da Saudade.
(não a Rua do Recife, mas a Rua da Saudade que habita em mim).
Recife,
Há quanto tempo não sai do meu pensamento.
DISTANCIAMENTO
Já faz tempo que te dei
o meu último abraço.
Só te vejo à distância,
é da rua pro terraço.
Mas se é pra ter cuidado,
quero que meu pai amado
fique sempre bem vivaço.
''Menino de Rua''
Abandonei a professora e a carteira
Larguei um presente que hoje é passado
Esqueci que ontem era dia
E lembrei que hoje é noite
Tão novo e sonhava em ser um poeta
Sonho tão maior quanto o tamanho
Foram tantos sonhos e poucos fizeram sentido
Abandonei o papel
E desprezei a caneta
Tudo oque eu achava que era necessário para ser um poeta
Ninguém me entende
Aliás ninguém me entendeu
Por isso a frustração me dominava
Às vezes dormia e não acordava
Menino de rua
Corpo vestido de peluche
E alma nua
Amigo do filho do pai rico
Que também que era amigo do filho do pai pobre
"Não faz sentido''
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