Poema Filosofia e Arte
Laço
Quero saciar seus lábios
Trocar saliva
Roçando a minha língua
Na sua
Feito o movimentar
Das folhas de uma árvore
Ao bater aquele prazeroso ventinho
Da aurora
Fazendo-nos arrepiar
Os últimos fios de cabelo.
Quero me aprofundar
No seu ser carismático
E dentro dele formarei
Um laço
Que só você pode designar
E dele fazer do nosso amor
Uma eternidade.
Amor desmanchado
Fecharei os meus olhos
E abrirei,
Quando a esperança
Surgir.
Voando, infinito
Venha, não se perda de mim,
Sinto saudades...
Você é minha rainha,
Meu universo,
Mas hoje as vezo
Como um pássaro
Voando no infinito!
Musicalidade
A sua ingenuidade
E beleza singela
São os meus erros
Autográficos,
Paixão sonora
Me mexe
Como concha
Perdido no paraíso.
Aventureiro
Subo degraus
Com medo.
Sou o vento,
Perdido
Num ambiente fechado.
Carrego peso
Do passado lasso,
Em minhas mãos.
E você canta
Belas cortinas
Estampadas no seu sorrir,
Disfarce do seu dia,
Ilusão da sua noite.
O silêncio fala
E você canta!
Rosa
Nascem botões
Brotam
Fascinam,
Encantam
Reconciliáveis
Quando tudo
Está ao avesso.
Vícios
Entra de cabeça e pés
Em um caminho sem saída
Sua vida iguala um forte rubro
Sem paz!
Faz da vida um jogo
Que flutua e desce
Nas águas cristalinas
E se transforma
Em sofrimento singelo
Se perde nos vícios asquerosos
Quando tudo está pra ser tarde
Você se isola, se entrega
Sequer vislumbra vontade
Se debate com crise
De abstinência, pertinência
Dias depois tudo parece ser bem.
É solto!
Mas o que vem a sua cabeça
Alimenta-se dos seus vícios
Deixando tristes lágrimas
Descendo pelas cachoeiras?
A paixão
Tudo fica sem nexo
Quando triscamos,
Em um rubro, a paixão!
Te deixa fora de ti
É uma fisgada!
Que te pega com garras
De dragões
tudo entra em chamas.
A paixão é uma loucura
Instantânea,
Nem sempre
Dá para segurar.
Traços
Rastros
Que se vão...
Por ir...
... São teus,
Mulher errante!
Encontro-me
Numa pane
No fundo
Esvairado...
Me congelaste...
Moça de vida fácil?...
Virgem dos lábios núbeis
De olhares soslaios
-cheiro de traição:
Minh´alma se confunde
Duas mortes
Num só luar
Eu e tu...
Fragmento lasso
Quero arrancar
Os teus lábios
Dos meus...
Quero traçar
O teu corpo,
No meu!
Louco sozinho
À noite!
Quero teu corpo.
Cachoeiras
Descem
Nos seixos
Delírio nós dois
Feito cometa
No cais...
Nós dois grudadinhos
Na chuva, no mar!
Soneto
Quando Fílis as lágrimas bebia,
em um fio de pérolas brilhante
da matutina luz, bela, e flamante
precursora do sol, e mãe do dia,
uns dentes se lhe partem à porfia
para a união das pérolas amante,
que sendo a qualidade semelhante
os quis conglutinar a simpatia.
Bem que ao beber as pérolas luzentes
se lhe quebrem os dentes, julga e toca
não serem as matérias diferentes,
pois sem se conhecer mudança, ou troca
enfiados por pérolas os dentes
têm por dentes as pérolas na boca.
Soneto jocoso
Pondero a emudecida formosura
De Fília, sem temer que impertinente
Possa, no meu soneto, meter dente,
Pois carece de toda a dentadura.
Se, por cobrir a falta, esta escultura
Tão muda está que não parece gente,
Estátua de jardim será somente,
Se de pano de raz não for figura.
O Senhor Secretário quer que a creia
Bela sem dentes; eu lho não concedo:
Desdentada é pior do que ser feia,
E em silêncio só pode causar medo,
Ser relógio do sol para uma aldeia,
Para um povo estafermo do segredo.
Abismo, infinito
Tudo sai de si,
E a vida chuta
Desmancha-se de lágrimas
A única coisa
Que lhe resta.
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Arde por dentro o coração.
Tudo corta deprimidamente
E o que vem a cabeça
A morte?
Você se encontra no esmo
É como uma pista
Em buracos
Desviando carros
Nessa vida tropeço
Em abismo
E caio no infinito.
Sem rumo
Amor sem rumo,
Você dá o de se:
Corre, chora, proclama...
E mesmo assim
Fica sem nexo...
Chega a hora
Em que você se cansa
Assim como ela aparece,
Sem rumo,
Feito bolhas de sabão,
Se desfaz...
E mesmo assim
Fica a solidão,
Dentro de si...
Vezo
Furtarei a tua fragrância...
Sinto todos os dias
O teu aroma!...
Vou me banhar no teu corpo,
Todas as noites de jasmim!
Só para degustar o teu
Perfume.
Aonde eu vago pelo mundo redondo
Daqui um minuto você vai embora
e eu não vou mais estar lá
porque a locura da vida vai me levar de novo a outro lugar
por favor não me esqueça
eu sei que a gente ainda vai se encontrar
e você vai se lembrar
vai lembrar que um dia
eu já te mandei te ferrar
então no fim
no fim
a gnt se reinventa
CAROLINA DE JESUS
Era negra e catadora de papel
Morava na favela.
Mas foi alfabetiza;
Aprendeu a ler e escrever.
Carolina Maria de Jesus se
apaixonou pela leitura;
Nas horas vagas,
Tudo que via e vivia: escrevia nos
Cadernos que a rua lhe dava...
O seu cotidiano pesado deu um diário,
Que virou best-seller: Quarto de Despejo.
Carolina teve três filhos,
E criou todos sozinha.
E ainda virou poetisa.
O seus cadernos ouviu,
e copiou tudo que ela falava.
E Carolina disso sobre o livro:
"Quem não tem amigo mas tem um livro tem uma estrada".
Peixinho de Mariana
Sou um mega tubarão,
E me chamam de pinoquio.
Navego no grande oceano de Mariana,
Chamado Rio Doce em Galiléia.
Amo Comer incetos e larvinhas...
E as vezes consigo pegar minhoquinha.
Viemos pra cá para sermos felizes.
Nosso mundo tem muitas delícias.
Somos do paraíso, raízes...
Quem nunca viveu, precisa nadar.
Não há necessidade viver de malícias...
Só precisamos curtir a vida e desfrutar.
Quando tudo se desmoronou sobre mim.
Eu vi o sol se rompendo por trás das montanhas.
Eu vi o meu sorriso se escondendo por trás do lamaçal.
Eu vi o meu amor se escondendo por trás do desespero.
Eu vi a minha vida se escondendo por trás de um sujeira,
sem me dar tchau.
A corrente impetuosa é chamada de violenta
Mas o leito do rio que a contem
Ninguém chama de violento
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Na vida nem tudo são flores,
As vezes orquídeas
As vezes dores
Mas na maioria são rosas
Lindas e cheirosas
Mas tudo passa tão rápido
E as pétalas caem sem parar
Ficando apenas lembranças
Do que um dia foi belo e singular
Por isso devemos apreciar cada momento
E guardar no coração o que é importante
Como as flores, que mesmo efêmeras,
Deixam um rastro de perfume marcante
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